Sempre na minha mente e no coração...

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

TURISMO João Pessoa BRASIL

João Pessoa-Paraíba


cheirinhocafe.blogspot.com
Comece reconhecendo o terreno. Manaíra, Tambaú e Cabo Branco desenham a sequência central de praias de João Pessoa e concentram hotéis e pousadas. Acorde cedo para aproveitar os 24 quilômetros de litoral, extensão total das noves boas praias urbanas.
A vida corre mansa no calçadão, frequentado por moradores em caminhadas, de bicicleta ou num cooper pela manhã e no fim da tarde. Nas noites de lua cheia, casais namoram sentados na areia. Com pouco mais de 700 mil habitantes, João Pessoa ainda tem dessas coisas. Em ritmo desacelerado para quem está acostumado a grandes cidades, a capital paraibana cativa já na chegada, pela altura dos predinhos da orla, restritos ao máximo de 35 metros. De carro, siga rumo ao sul da cidade, em direção ao Farol do Cabo Branco. Gostoso sentir a brisa enquanto dirige pela orla. Bonito visual, de baixo e de cima, depois de subir a ladeira até o alto da falésia, onde o farol foi instalado em 1972. De lá dá para ver o mar à frente e, logo abaixo, num trechinho à direita, a Ponta do Seixas. A praia de coqueiros marca o ponto mais oriental da América continental. Ali o sol nasce antes e, claro, se põe antes também.
O sol cai do lado oposto ao mar, no Rio Paraíba. A luz alaranjada no horizonte reflete na forma espelhada projetada por Oscar Niemeyer para o prédio principal da Estação Cabo Branco - Ciência, Cultura e Artes. Vá um pouco mais cedo para conhecer o complexo com 8.571 metros quadrados de área construída, com instalações para exposições, palestras e espetáculos. Antes de escurecer, veja o litoral tanto através da parede transparente do edifício como em cima dele, no mirante. Ao volante, ainda há muito para ser visto, não só perto da areia. A região central de João Pessoa merece ao menos uma tarde para ver construções tombadas pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como os predinhos coloridos em estilo art nouveau da Praça Antenor Navarro. Na Cidade Alta, o Centro Cultural São Francisco se destaca pelo barroco rococó e pelos azulejos portugueses. O complexo, com igreja e convento, começou a ser erguido em 1589, quatro anos depois da fundação de João Pessoa. Terceira cidade mais antiga do Brasil, depois de Salvador e do Rio, ela nasceu à beira do Rio Sanhauá, na Cidade Baixa. O pôr do sol do terraço do Hotel Globo, de 1929, dá uma bela visão do rio. No prédio, móveis e fotografias contam a história do hotel que abrigou celebridades quando estava em funcionamento.
De acordo com a localização no mapa, dá para dividir o centro da capital em duas áreas a serem exploradas. O centro é movimentado e pode dar trabalho para encontrar vagas. A outra área a ser vista se concentra em torno do Parque Sólon de Lucena - ali há estacionamento particular disponível. Cartão-postal da cidade, também chamado de Lagoa, devido ao enorme espelho d'água contornado por palmeiras imperiais, é um projeto do paisagista Burle Marx. 
Praia Do Coqueirinho - João Pessoa -
Por do Sol no Jacaré - João Pessoa
JOÃO PESSOA - Guardava João Pessoa na memória como uma parada no caminho entre Recife e Natal, para almoçar frutos do mar num restaurante de que meu pai gostava. Ele havia conhecido numa viagem a trabalho e quis aproveitar a passagem para mostrar à família os sabores descobertos naquela terra. Décadas depois, me veio à cabeça esse episódio quando saí com meu marido de carro para desbravar a Paraíba. Não voltei ao tal lugar para almoçar, mas mantive o apreço por alugar um carro e cair na estrada, especialmente em viagens no Nordeste.
Essa historinha infantil ilustra bem como João Pessoa era vista nos anos de 1980, e como ainda é encarada por alguns. Uma escala, um ponto no meio do mapa. Nesse caso, o mais oriental da América continental, aprenderá o viajante sobre Ponta do Seixas, na capital. Informação de almanaque apenas.
Na vida real, a Paraíba teve o azar de nascer entre Pernambuco e o Rio Grande do Norte. Ofuscado pelo tamanho e pela geografia dos vizinhos, o Estado demorou a entrar na rota dos viajantes. Atualmente é propalado por ser mais em conta que o restante da região e por manter clima de lugar pequeno, tudo verdade. Mas, de certo modo, essas comparações seguem desmerecendo as belezas paraibanas, como se o Estado precisasse de uma justificativa para ser escolhido entre os conterrâneos.
Interessante gastronomia do mar e do sertão, bonito artesanato rústico e moradores de bem com a vida (e com o turista) já formam em si um convidativo cenário de férias. Ainda mais considerando-se que a Paraíba tem 55 praias em 138 quilômetros de litoral de fácil acesso.
Pé na tábua. Por que alugar um carro? Tudo é muito perto, a Paraíba inteira tem 56.439 quilômetros quadrados de área - na porção litorânea, você percorrerá nem um quinto disso. Os passeios são na capital ou em cidades distantes no máximo 50 quilômetros.
Planeje bem a rota antes de sair, mas deixe espaço para imprevistos (trânsito não esperado, por exemplo) e para improvisar - um possível desvio a uma praia desconhecida, voltar àquela feirinha de artesanato... Liberdade, afinal, faz parte do espírito de viajar de carro.
http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,siga-aquela-praia,829170,0.htm
        
João Pessoa

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