Sempre na minha mente e no coração...

Sempre na minha mente e no coração...
Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Walmor Fernando " Meu filho, querido"


Ave ferida!!!

Ainda não me acostumei com a sua partida,
nada se justifica, sua ausência nada compara, 
muitas são as saudades pela casa espalha.
Como rastilho de pólvora descortina.


Não parei de pensar um segundo, nem um minuto
Minha memória não é falha, lembro-me nítido de tudo,
desde o primeiro dia, que vieste ao mundo.


Cada detalhe à cada momento,
era bem pequeno, tão lindo.
Nos seus olhos verdes tão serenos, 
bem rochunchudo, um encanto,
junto a mim ou ao seu pai, de mãos dadas.
Percorria pela casa,  por tudo...
Nem mesmo assim, as nossas mãos
te seguraram ou livraram, destas tentações, 
as ilusões desta realidade do mundo.


Qual nada!!!
Você cresceu, mais não amadureceu.
Foste assim solitário, em sua partida.


Como tudo isso doí...Me machuca, fere.
Não tem volta tão pouco, tem concerto.
Meu jeito aqui é desabafar!
Um meio de controlar tudo que sinto...
E não desabar ou arrebentar-me,
mas do que já estou em meus momentos.
Tentar segurar tamanha dor.
Daquilo que sobrou,
eu sou o que sou.
E, estou... 
Abandonada e largada, como uma...
Ave Ferida... Estou partida!
Por que muitas coisas aqui dentro, 
morreram em minha vida! 




A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste

 http://pensador.uol.com.br/frase/Mzk0MDQ/

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