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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Canal da Mancha

Canal da Mancha


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"La Manche" para os franceses, ou "English Channel" para os ingleses. Dois nomes diferentes para o mesmo lugar, conforme o lado em que se está. De certa forma isto representa bem o significado do canal que separa os dois países, e ilustra de forma divertida a eterna e notória rivalidade entre ingleses e franceses. Nos países de língua portuguesa esta faixa de água ligando o Oceano Atlântico ao Mar do Norte é conhecida como Canal da Mancha, e se você vai viajar entre França e Inglaterra, as chances são de 100% que você tenha que passar por este canal, seja por cima ou por baixo.

As primeiras travessias no Canal da Mancha eram uma temeridade. Os portos eram rasos, pequenos e sem proteção contra tempestades. Os navios precisavam esperar as marés altas para aportar. Em 1850 quase todos os navios eram a vela e com poucos recursos de segurança. Os passageiros do Canal da Mancha faziam travessias demoradas, perigosas e sujeitas a muito enjôo. Em meados do século 19, as cidades francesas de Boulogne e Calais começaram uma competição entre si para ver qual seria a mais bem sucedida no estabelecimento de uma rota marítima com a Inglaterra.  O interesse se justificava pelo desenvolvimento e lucros que o movimento trazia às cidades. Boulogne saiu na frente, mas Calais depois levou a melhor. Na Inglaterra era a mesma coisa, com Folkstone e Dover competindo entre si. 
O isolamento geográfico tem permitido à Inglaterra conservar com mais facilidade costumes e hábitos seculares. Pergunte à um inglês o que ele acha de morar numa ilha e provavelmente ele dirá: Graças à Deus, isso mantém aqueles franceses um pouco mais longe....


Atualmente, grandes navios cruzando o canal são uma visão constante, levando passageiros, automóveis e carga. Como já fizemos mais de uma vez o roteiro entre Inglaterra e França tivemos a chance de fazer esta travessia em diversas ocasiões, em horários diferentes e em diferentes condições de tempo, pegando desde dias com céu azul e temperatura agradável até dias de muito frio, vento e mar agitado.  O Canal da Mancha é famoso por suas tempestades, pela freqüente neblina e pouca visibilidade e até mesmo a invasão da Normandia pelas tropas aliadas, realizada no "Dia D", precisou ser adiada 24 horas devido a uma destas tempestades. Felizmente nunca pegamos um temporal nessa rota e o máximo de aventura que tivemos a bordo foi sentir o navio jogando de um lado para outro a ponto de precisarmos andar com cuidado para não derrubar a bandeja do almoço. 


Quando estamos próximos ao litoral inglês, os famosos rochedos brancos de Dover fazem a marca registrada do Reino Unido. De longe são até confundidos por muitos com imensas dunas de areia. O trecho mais curto do canal, entre Dover e Calais, tem 30 km de largura.
Os ferries que ligam a Inglaterra ao continente são navios dotados de todo conforto. São embarcações que levam desde passageiros, automóveis, ônibus e enormes jamantas de carga. O melhor lugar para estar no momento em que o ferrie zarpa é no convés superior, de onde se pode ver os outros navios ancorados ao lado, aguardando a hora de partir, os veículos entrando nas garagens do navio e os preparativos das equipes de terra, como se fossem um bando de formigas histéricas em volta de uma minhoca. Dover e Calais tem um movimento frenético de ferries de passageiros e carga, 24 horas por dia. 
Historicamente, foi o Canal da Mancha que salvou a Inglaterra de ser invadida em mais de uma ocasião, tanto pelas tropas de Napoleão, como pelos nazistas.
O nome "Ferrie" é dado aos navios que transportam veículos de rodas de um ponto à outro na travessia de um curso de água. Como a Inglaterra é uma ilha, o movimento de ferries é incessante em muitas cidades costeiras.

  Veja o vídeo que fizemos atravessando o Canal de Calais para Dover (num ônibus).

O tipo de terreno existente nos dois lados do Canal da Mancha, tanto na França como na Inglaterra, indicam que antigamente os dois países eram unidos por terra. Com as mudanças geológicas ocorridas no planeta, e o fim da idade do gelo, há 18 mil anos, o nível dos mares subiu, e formou-se o Canal da Mancha.
O Canal sempre foi a primeira barreira de proteção do país em relação ao resto do continente Europeu, e por isso a construção de uma ponte ou túnel ligando a Inglaterra ao resto do continente, um projeto sonhado por muitos, era vista por outros com desconfiança e receio. Estas dúvidas fizeram com que esta idéia fosse sucessivamente adiada sem que se chegasse a um consenso sobre sua conveniência.
A primeira linha regular de ferries entre Dover e Calais começou a operar em 1931. Depois que o navio se afasta do porto e a travessia do Canal da Mancha começa, seja com destino à Inglaterra ou à França, o cenário é muito semelhante: Água por todos os lados e a companhia de diversos outros ferries cruzando o canal em todas as direções.

Veja o vídeo da travessia em sentido inverso: Embarcando em Dover para Calais.

A menor distância entre Inglaterra e França é justamente no trecho do canal situado entre as cidades de Dover e Calais, por isso o movimento neste trecho da Mancha é muito grande e os portos são bastante movimentados. Os ferries de passageiros fazem a travessia entre Dover e Calais em apenas 90 minutos, mas oferecem tantos confortos, como restaurantes, bares, cafés e shoppings que quando nos damos conta a travessia já está quase no fim, e parece ter durado somente 20 minutos.
A lotação dos ferries, bem como o preço da passagem varia muito em função da hora. Depende do tipo de veículo e número de pessoas. É mais barato atravessar durante a noite, e mais caro entre 10 e 16 horas, quando ocorre o pique de movimento. Bilhetes de ida e volta tem desconto. Passageiros viajando sem veículos pagam muito mais barato. Nos horários de pique há uma saída a cada 40 minutos. 
 


As primeiras locomotivas a vapor surgiram por volta de 1820. Em 1850 elas já faziam trajetos regulares entre Paris e Calais, assim como entre Londres e Dover. Era moda entre os ricos da Inglaterra passear em Paris. O problema era a travessia do canal, um verdadeiro pesadelo para a maioria dos passageiros.
A arrumação dos veículos no interior dos ferries é meticulosamente orientada pelas equipes dos navios e executada com a precisão de uma operação militar. Em dias de muito movimento nenhum espaço pode ser desperdiçado, por isso é necessário seguir rigorosamente o que os "flanelinhas marítimos" mandam fazer e estacionar o carro exatamente no local indicado. Durante a travessia do Canal da Mancha é proibido permanecer dentro dos veículos, mas isto não seria mesmo uma boa idéia. Se você tiver a sorte de pegar um dia bonito, pode estar certo que irá desfrutar de visuais inesquecíveis do deck superior.


Fizemos esta imagem num dos porões do ferry, logo após estacionar nosso carro e antes de subirmos para o convés de passageiros. Pode-se ver ao lado um ônibus de turismo estacionado. A maior parte dos navios tem três porões sobrepostos, iguais a este, e embora em épocas de férias, fins de semana e outras ocasiões de movimento eles fiquem totalmente lotados de veículos, neste dia estavam quase vazios. Sempre curioso, especialmente para turistas que estejam de carro ou ônibus, é embarcar no navio pela mão direita e sair pela mão esquerda, já que as vias de trânsito na Inglaterra tem sentido invertido.


Na verdade, se você esquecer que está atravessando o famoso Canal da Mancha, a travessia em si é igual à qualquer outra do gênero, sempre com a companhia de algumas gaivotas. As duas companhias que há muito anos vem explorando a travessia do canal são P&O e Stena. Em todas as vezes que fizemos a travessia entre Calais e Dover, ou vice-versa, nunca precisamos comprar bilhetes com antecedência. Ao chegar na região de embarque basta estacionar, ir até o serviço de atendimento e comprar bilhetes para o próximo embarque. Depois é só aguardar em fila a hora em que o transporte será liberado, para estacionar num dos porões do ferry.


Alguns ferries fazem travessias bem longas, para Espanha, Holanda ou países nórdicos. Algumas empresas que operam nestas rotas, como a Brittany Ferries, oferecem opções bem confortáveis. Como certas travessias duram a noite inteira, passageiros podem optar por  passar a noite em poltronas reclináveis, cabines standard e cabines de luxo. Nos decks superiores há bar, lanchonete, restaurante tipo bandejão e restaurantes à la carte. A imagem ao lado foi feita  numa destas cabines, numa travessia entre as cidades de Portsmouth e Saint Malo. Elas dispõem de banheiro completo, duas camas, uma pequena sala de estar, frigobar e televisão por satélite. O café da manhã é servido no próprio quarto, 30 minutos antes da chegada ao destino.
Em 1881 firmas de engenharia da França e Inglaterra começaram a abrir um túnel entre Dover e Calais. Os trabalhos foram um sucesso e após um ano de obras, 2 km de túnel já haviam sido perfurados no fundo do mar. A idéia era utilizar trens movidos à ar comprimido, o que eliminava o problema da fumaça no interior do túnel.


  Os ingleses temiam uma invasão francesa, e os franceses achavam que os ingleses eram teimosos que insistiam em continuar isolados do resto do mundo. Em 1973 a idéia da construção do túnel foi retomada, mas voltou a ser abandonada dois anos depois, graças aos custos monumentais do projeto.
Em 1994, o que parecia um sonho impossível por séculos finalmente aconteceu, com a inauguração do túnel sob o Canal da Mancha, ligando Inglaterra ao continente. E atravessando o túnel estavam trens de alta velocidade, batizados de Eurostar. O impacto que esta nova ligação trouxe aos transportes, à noção de distância entre países, ao comércio e principalmente ao turismo foi imenso. Londres estava agora somente a pouco mais de duas horas de Paris, numa viagem ligando o centro das duas cidades com todo conforto. Muito chegaram até a profetizar que os tradicionais ferries estavam condenados ao desaparecimento. Mas, como sempre, o que determina o sucesso ou não de qualquer empreendimento são seus custos, e após passados os festejos e a euforia pela inauguração do Eurotúnel, os elevados custos operacionais do Eurostar  deixaram claro que continuaria a existir espaço para os ferries continuarem operando e também muitos passageiros para eles.


A imagem ao lado foi feita no interior do Eurotúnel, que faz ligação entre o continente europeu e Inglaterra. Este é o mais extenso túnel submarino do mundo, sendo que o comprimento do trecho submerso tem 38 km de extensão. Na verdade são três túneis, por onde circulam os trens de alta velocidade. Um túnel de ida, outro de volta e um de serviço, situado entre os dois principais. O comprimento total de cada um destes túneis é de 50 km. Mas se você vai atravessar o canal da mancha por este túnel não imagine que vai sentir alguma coisa especial, porque poderá ficar decepcionado. Embora o túnel chegue a 75 metros de profundidade sob o mar, a sensação que passageiros sentem é idêntica à proporcionada por qualquer outro túnel ferroviário.
O medo de uma invasão cancelou a construção do túnel iniciada em 1881. Os construtores até previram a instalação de comportas para inundar o túnel em caso de invasão. Um soldado ficaria sempre de guarda, pronto para puxar a alavanca de inundar o túnel. Mas o receio de uma invasão francesa era muito grande e o projeto acabou sendo cancelado.


Ao contrário do que alguns previam, a inauguração do túnel sob o Canal da Mancha não acabou com o transporte de passageiros e carga pelos ferries. Como o preço da passagem neles é relativamente baixo, muitas pessoas continuam preferindo usar esta opção. Mesmo porque a paisagem é muito mais bonita vista de um navio do que de um trem por baixo da terra...
Clique sobre esta imagem para vê-la em maior resolução
Atravessar o Canal da Mancha sobre as águas ou sobre as ondas é uma questão de gosto, pressa e disponibilidade financeira. Passageiros a pé, que queiram ir rapidamente do centro de Paris ou Bruxelas até Londres, que saibam a data exata de sua viagem e não pretendam modificá-la podem se aproveitar das boas ofertas promocionais do Eurostar, e encontrar bilhetes baratos. Já quem estiver de carro deve fazer as contas com cuidado, e provavelmente chegará à conclusão que é preferível ir até o litoral e embarcar num dos ferries da Stena ou P&O. A imagem ao lado foi feita embarcando no Eurostar, em Paris, Gare do Nord. Estávamos sem carro, compramos o bilhete com antecedência, conseguimos bons preços e neste caso valeu a pena.


Ao lado imagem do interior de um dos vagões de segunda classe do Eurostar. A viagem dura pouco mais de duas horas, ligando a Gare du Nord, Paris à Saint Pancras Station, Londres. Durante os horário de pique as saídas acontecem com muita frequência. As acomodações são confortáveis, as composições tem carro restaurante, trolleys oferecendo sanduíches e bebidas. Como viajam a 300 km por hora, é sempre divertido olhar pela janela e ver carros e caminhões que circulam a 150 km/h nas autoestradas ficarem para trás como se estivessem parados. Se você souber aproveitar os preços promocionais do Eurostar e tem pressa de chegar ao seu destino, essa é de longe a melhor opção de transporte.
Na verdade o túnel sob o Canal da Mancha é formado por 3 túneis paralelos. Um de ida, outro de volta e um terceiro de serviço. Eles passam dentro da rocha, 45 metros abaixo do fundo do mar e tem comprimento de 50,4 km cada. Passageiros são transportados pelo trem Eurostar e carga pelo Le Shuttle.

Veja três vídeos que fizemos ao viajar no Eurostar:
Partindo de ParisInterior do Eurostar e Chegando a Londres.

O ano de 1785 marcou a primeira travessia do canal por balão. Em 1875 ocorreu a primeira travessia a nado das turbulentas e geladas águas da Mancha. 1909 viu o primeiro avião sobrevoar o Canal. E em 1986 Margaret Thatcher e François Mitterand assinaram o tratado decidindo a construção do túnel inaugurado em 1994. O custo da construção foi de 9 bilhões de libras esterlinas. De barreira intransponível, isolando a Inglaterra do resto do continente europeu a mais um atrativo turístico, o Canal da Mancha percorreu um longo caminho, mas sempre mantendo seu charme e fama inalterados.


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A idéia de construir um túnel sob o Canal da Mancha surgiu em 1802. Este desenho ilustra um projeto de Albert Mathieu, apresentado à Napoleão Bonaparte. Pelo projeto, carruagens puxadas a cavalo iriam da França à Inglaterra pelo túnel, e respiradouros acima do nível da água garantiriam a circulação de ar em seu interior.
A idéia de construir um túnel sob o Canal da Mancha surgiu em 1802. O desenho acima ilustra um projeto de Albert Mathieu,
apresentado à Napoleão Bonaparte. Pelo projeto, carruagens puxadas a cavalo iriam da França à Inglaterra
pelo túnel, e respiradouros acima do nível da água garantiriam a circulação de ar em seu interior.

fonte imagem: pt.wikipedia.org
Jonathan Trappe, 36 anos, é o primeiro homem que atravessou o Canal da ...
fonte imagem: notasdodia.com.br






Canal da Mancha

Canal da Mancha é um braço de mar que é parte do Oceano Atlântico e que separa a ilha da Grã-Bretanha do norte da França e une o Mar do Norteao Atlântico.
Em francês ele é chamado La Manche (A manga), em alemão Der Ärmelkanal (O Canal da manga) e em inglês English Channel (Canal Inglês). Mancha é derivado de 'Manche', em francês, que foi traduzido erroneamente para 'Mancha' por portugueses e espanhóis. Em francês 'Manche' não quer dizer 'Mancha', e sim, 'Manga'.
O canal tem aproximadamente 563 km (350 milhas) de comprimento e sua parte mais larga é de 240 km (150 milhas). Seu ponto mais estreito (oestreito de Dover) tem apenas 33 km (c. 20 milhas), de Dover até o Cabo Gris Nez. Neste ponto mais estreito do Canal, é comum aventureiros de diversas nacionalidades tentarem fazer a travessia do canal a nado, inclusive com algumas tentativas resultando em morte, como foi o caso da brasileira Renata Agondi. A profundidade do Canal da Mancha varia de 120m na porção ocidental até 45m na oriental.
A circulação marítima no canal da Mancha é uma das mais intensas do mundo, com mais de 250 navios por dia. A essa circulação intensa há que somar a dos ferries que ligam a França à Grã-Bretanha por via marítima. Atualmente, o Eurotúnel constitui uma excelente e rápida alternativa de viagem.
Antes da batalha o Capitão Gabriel França da Costa Santos declarou uma escritura que deveria ser entregue á fora do canal da mancha
Devido à utilização das mais avançadas técnicas de engenharia é praticamente impossível a presença de acidentes.
As Ilhas do Canal ou Channel Islands localizam-se no interior do Canal da Mancha, próximas ao lado francês. A ilha de Ouessant ou aponta de Corsen constituem os pontos de referência da extremidade ocidental do canal.
departamento francês da Mancha, que incorpora a península do Cotentin, que avança em direção ao canal, tem esse nome devido à região marítima circunvizinha.

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