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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

MITOLOGIA GREGA - Greias, o caminho do autoconhecimento

Greias, o caminho do autoconhecimento

As Gréias, também chamadas de Fórcidas, tinham cabelos grisalhos desde o seu nascimento, por isso eram chamadas de Greias - as cinzas. Filhas de Cetus e Fórcis, elas eram divindades marinhas originadas de Gaia. Apesar de Cetus significar monstro, nome dado pelos antigos gregos às baleias, Cetus era uma deusa extremamente bela e gerou belas filhas porém perigosas e odiadas pelos deuses, como as Górgonas, a serpente Ladon, Equidna e as Gréias.
Elas pediram aos deuses a vida eterna mas esqueceram de pedir juventude eterna, portanto envelheciam sem morrer. Eram as três irmãs mais velhas e guardiãs das Górgonas. Decrépitas, tinham somente um olho e um dente que elas compartilhavam entre si. Nunca o dente e o olho estava ao mesmo tempo com uma só, ou seja, durante todo o tempo só uma delas falava, outra só uma tinha visão e a última apenas ouvia.

Enyo - o terror, Deino - o medo e Pefredo - o alerta, viviam no Extremo Ocidente, no país da Noite, onde jamais chegava o sol. Apesar das Gréias serem consideradas pacíficas, Enyo é possivelmente um hipocorístico feminino de Enyálios, deus das lutas armadas, muitas vezes associado ao grito de guerra. Trata-se, talvez, de divindade pré-helênica. Enyó seria "a que faz penetrar, a que fura". Também é considerada parte do cortejo sangrento de Ares. Em Roma foi identificada com a deusa da guerra Belona.

Somente as Gréias sabiam do caminho para chegar nas Gorgonas. Quando Perseu ofereceu-se a trazer a cabeça da Górgona, a Medusa, Hermes mostrou a Perseu o caminho das Gréias e ele conseguiu apoderar-se do olho e do dente das Gréias, recusando-se a devolvê-los até que elas mostrassem o caminho que lhe permitiria chegar até as Ninfas, que lhe dariam tudo o que necessitava para lidar com Medusa.

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Se o mito de Perseu e Medusa representa o enfrentamento dos nossos medos e temores, as Gréias representam o aprendizado necessário para o autoconhecimento. Como guardiãs do que se encontra mais oculto de nós, algumas vezes precisamos apenas olhar para nós mesmos, sem críticas e sem medo. Ora devemos ouvir, o que dizemos para nós mesmos. Ora devemos falar sobre o que mais tememos. São as Greias que poderão nos indicar o caminho para a autodescoberta.

Elas são grisalhas desde o nascimento e pela sua velhice aparente, estão relacionadas às antigas crenças que carregamos desde a mais tenra idade e que influenciam em nosso presente. Existem vários mecanismos que desenvolvemos desde a nossa infância, como sermos ensinados a lutar contra aquilo que achamos incorreto e por isso criamos afirmações do tipo: eu não posso, eu não consigo, eu não... Acreditamos que podemos evitar o que consideramos incorreto com simples convicções e expressões que gravamos em nós mesmos. Infelizmente, o que é positivo não aflora em nós naturalmente. 

Temos a opção de pensar apenas em coisas que nos façam felizes, reconhecendo os nossos talentos e habilidades. No entanto, muitas vezes esquecemo-nos desse aspecto e pensamos negativamente a nosso respeito quando as coisas vão mal. È difícil contornar a situação de modo a vencer este sentimento de derrota, o mais fácil é certamente entregarmo-nos à tristeza. A fórmula para vencer os nossos pensamentos negativos não está disponível em outras pessoas e em nenhum lugar. É preciso existir uma grande força interior para assumirmos o controle da nossa mente.

Tudo se torna mais fácil e divertido quando sentimos emoções positivas. Quando pensamos e agimos de forma diferente, o nosso pensamento torna-se criativo. Quando apreciamos e reconhecemos o melhor de cada situação ou experiência, nos tornamos melhores e naturalmente o mundo à nossa volta se torna melhor. Quando aprendemos a rir de experiências menos positivas, descobrimos que não precisamos estar mal diante de situações ruins. Ser otimista, é correr o risco de realizar sonhos, é acreditar na capacidade de gerir o nosso destino, pois a vida não é algo que podemos impor ou fazer barganha, mas que devemos construir.


Se conheces a ti mesmo, mas não conheces o teu inimigo, 
por cada vitória sofrerás também uma derrota. 

Se conheces o teu inimigo e conheces a ti mesmo, 

não precisas temer o resultado de cem batalhas. 

Se não conheces a ti mesmo nem conheces o teu inimigo, 

perderás todas as batalhas. 

(Sun Tzu, A Arte da Guerra)

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