Ultimamente, a preocupação do homem com a qualidade e a segurança dos alimentos vem crescendo. Por essa razão, na escolha dos alimentos, os consumidores cada vez mais levam em consideração os riscos alimentares que os produtos podem oferecer, como as práticas higiênicas, os riscos microbiológicos, os métodos de produção, as aplicações de pesticidas, o uso da biotecnologia e várias outras inovações tecnológicas.
O início da agricultura orgânica remonta à década de 1920. A partir da década de 1980, devido a mudanças nos hábitos alimentares da população a fim de buscar uma melhor qualidade de vida, esse tipo de agricultura se fortaleceu. E hoje é bastante procurado esse tipo de alimento.
As principais vantagens do consumo de orgânicos frente aos convencionais referem-se ao menor índice de toxicidade, qualidade nutricional e a manutenção do equilíbrio ambiental.
O termo "alimentos cultivados organicamente" denota produtos que tenham sido produzidos em conformidade com os princípios e práticas da agricultura orgânica. O sistema orgânico de produção parece ser um sistema favorável ao meio ambiente, sendo aceito pela União Européia e a Food and Agriculture Organazation (FAO) como uma alternativa ao sistema agrícola convencional (POLAT; DEMIR; ELER, 2010).
Alimentos orgânicos são alimentos produzidos utilizando-se técnicas específicas, otimizando recursos naturais e sócio-econômicos e respeitando a cultura das comunidades rurais, objetivando a sustentabilidade econômica e ecológica, aumento dos benefícios, minimizando o uso de energias não-renováveis, sem empregar materiais sintéticos, organismos modificados geneticamente ou radiações ionizantes (BRASIL, 2003).
No entanto, algumas questões têm sido levantadas a respeito da possibilidade de um risco aumentado de contaminação microbiológica e parasitária nos alimentos produzidos no sistema orgânico, em virtude principalmente do tipo de adubação.
O não uso de defensivos agrícolas ajudaria a evitar uma série de doenças, entre elas, dermatoses, cânceres e sequelas neurológicas a longo prazo (AZEVEDO , 2006 apud BADUE, 2007).
Os alimentos orgânicos são alternativas mais saudáveis do que os alimentos produzidos pelo modelo convencional. Contudo, ainda há pouco incentivo do governo no sentido de abrir linhas de crédito específicas para esses produtores. Por conseguinte, a produção se mantém em escala reduzida, os preços continuam altos e os consumidores são restritos a classe alta.
Quando o poder público se conscientizar de que investir na agricultura orgânica pode contribuir para a redução de gastos futuros com tratamento de doenças, não temos dúvidas de que os produtores serão realmente incentivados a converter para esse novo sistema que tem se mostrado mais sustentável e mais capaz de garantir alimentos mais seguros e saudáveis às futuras gerações.
O selo de garantia da produção orgânica também é um processo que demanda custos, pois as instituições certificadoras cobram uma taxa pela certificação e pelas visitas periódicas de fiscalização. Esta certificação representa uma garantia de que o produto, processo ou serviço é diferenciado dos demais assegurando ao produtor um diferencial de mercado para os seus produtos (BRASIL, 2009).
Fonte: NutriçãoeAssuntosDiversos
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