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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Protegida contra as armadilhas da AIDS

Protegida contra as armadilhas da AIDS



A cada ano aumenta o número de mulheres contaminadas pelo HIV, sinal de que a falta de informação persiste. Será que você corre risco sem saber?


Publicado em 30/11/2013
Fernanda Allegretti - Edição MdeMulher

Foto: Getty Images

Durante os últimos anos, as formas de contágio e de prevenção foram exaustivamente divulgadas. Mas as estatísticas seguem preocupantes. Para você não cair na maior das armadilhas a falta de informação, listamos algumas mentiras que são contadas sobre a doença. 

Mentira: Se ele não ejacula dentro de mim, estou protegida.
Por que as mulheres acreditam? Elas acham que o vírus só é transmitido durante a ejaculação. Assim, têm a ilusão de que, se o homem retirar o pênis antes, não há como se contaminar. 
A verdade: "O sêmen pode ser expelido durante todo o ato sexual", explica a ginecologista Rosa Maria Neme. "Por isso, existe o risco de contaminação mesmo antes de o parceiro ejacular." Você também corre perigo quando seu namorado ejacula fora, mas o sêmen escorre pela vagina.

Mentira: Com sexo oral não há risco.

Por que as mulheres acreditam? Imagina-se que, sem penetração, não há contaminação. 
A verdade: "As taxas de transmissão do HIV pelo sexo oral são mais baixas que no sexo vaginal ou anal, mas existe o risco", diz o ginecologista e infectologista Eduardo Franco. O médico alerta, entretanto, que há maior probabilidade de contágio quando a mulher engole o esperma - pois assim o vírus acaba tendo maior contato com o organismo.
Mentira: Posso me contaminar por meio da saliva. 
Por que as mulheres acreditam? Uma vez que é possível testar anticorpos do HIV na saliva, imaginam que ele também pode ser transmitido por ela. 
A verdade: Embora o vírus seja encontrado nesse meio, a concentração é muito pequena para infectar alguém. Existe apenas um registro de transmissão por meio do beijo, que aconteceu porque tanto o homem quanto a mulher tinham feridas com sangramento nas gengivas.
Mentira: Se o teste do meu namorado é negativo, não tenho o vírus.
Por que as mulheres acreditam? Além de confiarem na fidelidade do homem que amam, elas têm receio de fazer o teste.  
A verdade: O exame não é seu. Você precisa fazer um próprio! É impossível conhecer o histórico sexual de seus antigos namorados. Lembre-se: o risco de contaminação das mulheres é maior do que o dos homens. A mucosa vaginal é mais suscetível a vírus do que o pênis.
Mentira: Estou livre do vírus se meu teste deu negativo.

Por que as mulheres acreditam? Elas pensam que o exame é capaz de detectar a doença logo após uma relação sexual. 
A verdade: O teste acusa a presença de anticorpos contra o vírus. E o processo de formação deles pode levar meses. "Esse período, denominado janela imunológica, chega a durar meio ano. Durante esse tempo, apesar de o resultado ser negativo, pode haver contaminação", ressalta o infectologista José Valdez Madruga.

Mentira: Não pego AIDS porque não transo com pessoas do grupo de risco.

Por que as mulheres acreditam? Puro preconceito. Algumas mulheres ainda acham que só homossexuais correm risco. A realidade mostra um retrato muito diferente. É entre o grupo de mulheres casadas que o vírus se espalha de maneira surpreendente.  
A verdade: "Hoje, a população em geral é considerada vulnerável", alerta Madruga. Se você ainda pensa que só jovens e gays correm o risco, está engada. Em 2000, pessoas com mais 50 anos representavam 8,6% dos infectados. Em 2010, esta população passou para 17,2% do grupo contaminado. O retorno à vida sexual ativa expôs uma grande parcela da população ao risco. Esta exposição por falta de informação também atinge adolescentes que acreditam que a doença já tem cura e com mulheres casadas que não recorrem à proteção e a exames frequentes como parte da rotina de saúde da mulher. 

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