Sempre na minha mente e no coração...

Sempre na minha mente e no coração...
Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

sábado, 31 de janeiro de 2015

ARQUITETURA - Pé na areia: casa em frente ao mar de Angra dos Reis

Pé na areia: casa em frente ao mar de Angra dos Reis

A casa foi reformada com capricho para atender a um casal e conquistou novos acabamentos e muito mais luz natural.

Por Simone Raitzik (visual e texto) Fotos: André Nazareth

Placas cimentícias compradas na Mediterrani revestem o corredor lateral. Ali, um suporte feito de toras de cumaru, chumbado no piso, sustenta o caiaque e as pranchas dos moradores, praticantes de esportes aquáticos. A fachada foi pintada com tinta acrílica fosca (Suvinil, ref. sodalita, P343).
Ela rema o caiaque. Ele gosta de acompanhá-la equilibrado no stand up paddle. Cariocas fãs da vida à beiramar, a psicóloga Astrid Pires Ferreira e o advogado Domingos Rua tomaram uma sábia decisão na virada dos 50 anos. Com os filhos passando dos 30, a aposentadoria em vista e donos de seu tempo, tinham certeza de que conseguiriam se dividir, sem estresse, entre a efervescência da cidade e a paz do litoral, desde que encontrassem a casa de praia com que tanto sonhavam de preferência, ao suave som das ondas batendo junto à varanda. “Já tínhamos um imóvel em Mangaratiba, mas não era do tipo pé na areia. Num passeio de barco, o marinheiro nos mostrou este simpático e discreto condomínio em Angra”, conta a psicóloga. O casal se interessou, descobriu que havia uma unidade à venda e fechou negócio rapidamente. “O espaço atendia à nossa família, porém estava escuro e antiquado. Começamos a usá-lo sem mexer em nada e, depois de um ano, partimos para a reforma”, lembra Astrid, prima da arquiteta Carmen Zaccaro, que assina o projeto com a sócia, Marise Kessel. Entre as prioridades, figurava a cozinha integrada e bem equipada, já que o hobby da moradora é preparar quitutes para receber os amigos ao pôr do sol. Outro quesito importante foi privilegiar revestimentos de manutenção simples, a exemplo do porcelanato no piso. No teto, eliminou-se o rebaixo de gesso, e a estrutura fcou aparente, com forro de lambri. “Deixamos toda a área social mais aberta e integrada ao deck, que cresceu e agora acomoda uma churrasqueira. Ali é onde tudo acontece: do café da manhã aos encontros que varam a madrugada”, arremata Carmen. 
http://casa.abril.com.br/materia/casa-em-frente-ao-mar-de-angra-dos-reis#1
Astrid Pires Ferreira, psicóloga.

ARQUITETURA - Casa se transforma ao sabor do sol

Casa se transforma ao sabor do sol

Tetos móveis animam o lar inovador

17/12/2014 | POR NILBBERTH SILVA; FOTOS RAFAELA NETTO / DIVULGAÇÃO
Editora Globo (Foto: Editora Globo)
Não é todo dia que um arquiteto pode criar a morada dos seus sonhos. Mas essa foi exatamente a oportunidade que os sócios do escritório FGMF tiveram ao projetar aCasa das Pérgolas Deslizantes em Bauru, interior de São Paulo.

A tarefa começou em 2009, antes dos sócios Fernando Fortes, Lourenço Gimenez e Rodrigo Marcondes Ferraz conhecerem o proprietário. Nesse ano, o FGMF foi considerado pela revista britânica Wallpaperum dos 30 escritórios mais promissores do mundo.

A pedido da publicação, o trio projetou uma casa com o DNA do time. O lar tinha paredes pré-montadas e espaços que podiam se abrir e fechar para a paisagem. E a surpresa veio alguns anos depois, quando o trio foi procurado por um casal que desejava uma residência inovadora e móvel, assim como os desenhos que nunca tinham saído do papel.
Editora Globo (Foto: Editora Globo)
A dupla tinha um terreno em formato de V próximo aos muros de um condomínio fechado. Como a vista era pouco atrativa, os arquitetos criaram uma casa voltada para o interior. O terreno foi dividido em sete faixas paralelas, cada uma com 4 m de largura. O lar, formado por blocos residenciais, ocupa quatro dessas "fatias", enquanto os espaços restantes recebem jardins, piscina e espelho d'água. Sobre eles, ficam os pergolados móveis que dão nome ao lar.
As quatro estruturas quadradas de cumaru foram instaladas em trilhos sobre os blocos. Os moradores podem movimentá-las por controle remoto - "o motor é bem semelhantes ao de um portão automático", afirma o sócio Rodrigo. As estruturas ajudam a controlar a incidência de sol, expondo as paredes de vidro no inverno e protegendo-as no verão.
Editora Globo (Foto: Editora Globo)
"Criar vazios entre os blocos foi mais importante para a obra do que a arquitetura dos espaços fechados", conta Rodrigo. "A medida aumenta a sensação de amplitude", continua ele. As esquadrias largas de vidro também faz o lar de 185 m² parecer maior.
Um corredor envidraçado conecta ambientes internos e externos. A implantação ainda permitiu enriquecer os espaços que "sobraram" fora dos pátios e dos blocos. Esses retalhos viraram jardins e varandas.
Apesar da complexidade do projeto, as paredes, vigas e pergolados ficaram prontos em quatro semanas. Os arquitetos usaram painéis de concreto pré-moldados da Sudeste. O material exige desenhos mais detalhados, porém, fica pronto rapidamente. O acabamento liso e resinado permite mantô-lo sempre à vista.
Editora Globo (Foto: Editora Globo)
É difícil saber o que fica dentro e fora em uma casa tão integrada. Para solucionar esta dúvida, as áreas de permanência receberam pisos de madeira, e os corredores e áreas de serviço ganharam porcelanato branco.
Os móveis de design nórdico marcam os ambientes. O casal de moradores vive em viagens constantes entre o interior de São Paulo e a Suécia, de onde trouxeram peças como a luminária PH, criada por Poul Henningsen para a Louis Poulsen, e a mesa de centro Newton, projetada por Dan Sunaga e Staffan Holmkarl para a Karl Andersson & Söner.
Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

  
Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

Editora Globo (Foto: Editora Globo)

http://casavogue.globo.com/Arquitetura/Casas/noticia/2014/12/casa-se-transforma-ao-sabor-do-sol.html

DECORAÇÃO DE INTERIORES - COBERTURA RENDE-SE AO CHARME ETERNO DO RIO

COBERTURA RENDE-SE AO CHARME ETERNO DO RIO

INTERIORES     POR REDAÇÃO - 31/12/2011
Ipanema, Copacabana, Santa Teresa… Esses nomes míticos e as imagens paradisíacas que os acompanham brotam em nossos imaginários à simples evocação do Rio de Janeiro. A bela cidade, no entanto, não se entrega ao primeiro olhar e ainda preserva alguns segredos bem-guardados. Entre eles, o bairro da Urca figura em boa posição.
Encravada entre o mar e o famoso Pão de Açúcar, essa pequena faixa de terra sem saída, fechada por um forte militar, é uma das joias da baía. Preservado do turismo, esse bairro residencial oferece não apenas autenticidade e segurança raras, mas igualmente algumas das vistas mais lindas da antiga capital do Brasil.
É por sua localização única, em frente ao mar e com vistas para o Corcovado e o Pão de Açúcar, que o discreto proprietário britânico da Ipanema Contemporary Living, especialista em imóveis de luxo, optou por instalar lá seu apartamento tríplex ? uma extravagância de espaço digna do Novo Mundo. E foi o arquiteto paulistano Arthur Casas, autor de várias realizações de prestígio no Rio, que recebeu a incumbência da transformação de um velho apartamento familiar em uma das mais belas coberturas da cidade.
Em apenas 15 meses, o arquiteto transformou completamente os dois últimos andares de um pequeno edifício dos anos 1970 e adicionou um novo andar que abriga um cômodo voltado para o Pão de Açúcar e um terraço com vista excepcional para a Baía de Guanabara. Para explorar o melhor dessas paisagens dramáticas, Arthur Casas repensou totalmente as plantas e fachadas, integrando os ambientes e acrescentando superfícies transparentes em todo o apartamento.
O sucesso é garantido. Logo na entrada ? no segundo nível da cobertura, por uma porta corrediça ?, o espaço aberto e voltado para a baía nos deixa imediatamente sem fôlego. Fiel aos preceitos do modernismo tropical, Casas nos convida a uma comunhão com a paisagem, suprimindo os limites entre interior e exterior.
Em cerca de 3 mil m², o arquiteto desenvolve sua assinatura, feita de apuro, mobiliário vintage brasileiro, arte contemporânea com influências étnicas e uma paleta harmoniosa de tons naturais claros ? beges, brancos e marrons na linha de frente. Essa elegância típica de seus projetos, sem ostentação, desdobra-se em uma noção tipicamente brasileira de limites móveis entre os espaços das vidas privada e social, graças às imensas divisórias escamoteáveis, que podem aumentar ou diminuir o espaço em um estalar de dedos.
Porém, o verdadeiro tesouro reside no último andar da cobertura. Uma passarela de vidro conduz ao terraço e à piscina, pensada para refrescar os moradores nas horas mais quentes do ano. De lá, resta admirar, em silêncio e por longos minutos, uma das mais belas vistas do mundo e o balé dos aviões que sobrevoam a baía para pousar no Aeroporto Santos Dumont. Um outro Rio. (CÉDRIC MORISSET)
* Matéria publicada em Casa Vogue #316
(Clique em qualquer uma das imagens para vê-las ampliadas em galeria)
http://revista.casavogue.globo.com/interiores/cobertura-rende-se-ao-charme-eterno-do-rio/

ARQUITETURA - Poucas paredes, arte e o Cristo Redentor

Poucas paredes, arte e o Cristo Redentor

Um ‘apartamento galeria’ by Dado Castello Branco

21/10/2012 | POR PAULA PORFÍRIO PAIVA; FOTOS FILIPPO BAMBERGHI
  (Foto: Filippo Bamberghi)
O Cristo Redentor era presença eventual no apartamento, visto de relance vez ou outra. Agora, estende os braços em asa sobre os 14 m de extensão do ambiente que agrega living, jantar e um lounge sem paredes. No máximo, um painel de madeira ripada se ergue no entres salas, em uma sutilíssima divisão. O abre-alas se deu por obra do arquiteto paulistano Dado Castello Branco, que já havia feito os escritórios do casal no Rio de Janeiro e em São Paulo. Quando o apartamento de 450 m² foi comprado, Dado já tinha se tornado próximo dos moradores, ambos colecionadores de arte, o que fez da reforma uma feliz ação entre amigos.
Com as mudanças, a luz pode entrar à vontade. Ou quase. Painéis automáticos de tela descem nos horários de maior insolação. Tudo somado, o espaço é tão harmônico que ninguém diria que envolveu um desafio: boa iluminação natural significou menos paredes. E, com menos paredes, onde dispor as obras que se sucederiam profusas, instigantes, em escalas variadas de tamanho? “Tenho clientes colecionadores, estou acostumado”, conta o arquiteto. Mas admite: “Não é fácil ganhar luz, ganhar vista e ainda ter paredes”.
Não fossem mãos habilidosas, o espaço correria o risco de assumir ares de galeria. O fundo neutro, a começar pelo mármore travertino navona em todo o piso, permitiu que os olhos deslizassem de Frans Krajcberg a Vik Muniz, de Nazareth Pacheco a Daniel Senise, detendo-se nas fotos de Miguel Rio Branco ou nos relevos de Joaquim Tenreiro. Entre as obras, dispõem-se, silenciosos, sofás e poltronas claros, sem estampas, cumprindo o que se espera: design de qualidade e ergonômico para acomodar o corpo como se deve.
  (Foto: Filippo Bamberghi)
Os outros cômodos rezam pela mesma cartilha, unindo conforto e arte, do escritório-biblioteca ao quarto principal. Ainda neste ano, chega o primeiro bebê do casal, e Dado já está a todo vapor, preparando o espaço da garotinha, que certamente vai saber quem é Leda Catunda e Nelson Leirner antes de ouvir falar em Pero Vaz de Caminha ou Pedro Álvares Cabral.
Alguns truques foram essenciais para criar o clima contemporâneo e acolhedor na medida certa, como ocultar a pequena janela que dava para um prédio lateral, “a um metro da sala”, exagera o arquiteto, que fechou a indesejável abertura (mantendo, naturalmente, os caixilhos na área externa) e ainda instalou sobre o fechamento um díptico de Beatriz Milhazes. A saída não poderia ter sido mais honrosa e criativa.
A iluminação do apartamento, item essencial ao espaço de qualquer colecionador que se preze, teve projeto de Maneco Quinderé. Suas intervenções ajudaram a transformar o hall, antes acanhado e escuro, em área nobre, indicando ao visitante que a seguir virão novas surpresas e não apenas na forma de obra de arte. Uma delas é o lounge criado pelo arquiteto junto à mesa de jantar. É ali que o casal se aconchega após o café da manhã, rodeado pelo design feito também para ser saboreado com os olhos, como a poltrona de Joaquim Tenreiro que ganhou do arquiteto particular predileção. “Ela é pequena, baixa, uma gracinha”, derrete-se Dado sobre a peça do mestre. Lá fora, a vista do Cristo e da Lagoa completa a cena.
* Matéria publicada em Casa Vogue #326 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)
  (Foto: Filippo Bamberghi)

  (Foto: Filippo Bamberghi)

  (Foto: Filippo Bamberghi)

  (Foto: Filippo Bamberghi)

  (Foto: Filippo Bamberghi)

  (Foto: Filippo Bamberghi)

  (Foto: Filippo Bamberghi)
 http://casavogue.globo.com/Interiores/noticia/2012/10/apartamento-lagoa-dado-castello-branco.html

ARQUITETURA... A morada de vidro de Philip Johnson

A morada de vidro de Philip Johnson

Por US$30 mil, é possível pernoitar na casa ícone

25/02/2014 | POR REDAÇÃO; FOTOS RANDY HARRIS/ THE NEW YORK TIMES

Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)
No final de 2013, uma loja de produtos de luxo dos Estados Unidos revelou sua lista anual de fantasy gifts. A publicação, já tradicional da marca, trazia, dentre as opções de “presentes fantasiosos”, uma noite na lendária casa de vidro projetada e construída porPhilip Johnson, um dos maiores arquitetos norte-americanos. A estadia, incluso um jantar para dez convidados feito por um top chef do momento e drinques, poderia ser adquirida por nada menos que 30 mil dólares. A oferta ficou disponível apenas por algumas horas, já que logo em seguida surgiu um interessado.

Tal situação jamais aconteceria se o arquiteto estivesse vivo. Acontece que Johnson e seu parceiro, o curador David G. Whitney, não eram muito sociáveis. Apenas uma única vez durante as décadas em que habitaram a casa de New Canaan, em Connecticut, ele aceitou receber alguns clientes por um fim de semana, enquanto ficava em uma das construções adjacentes. Depois disso, jurou nunca mais hospedar ninguém.

Independente das predileções do arquiteto, é inegável que a Casa de Vidro é um patrimônio histórico reconhecido desde sua criação. Quando foi construída, em 1948, causou furor na vizinhança e hoje, mesmo recebendo pouco mais de 13 mil visitas por ano, é considerada a obra que consolidou a carreira de Philip Johnson. Curiosamente, dentre as mais de duas mil construções que fez em seus 98 anos de vida, somente duas – incluindo a Casa de Vidro são modernistas.
Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)
De acordo com o próprio criador, foram necessários 16 projetos completos até encontrar a forma ideal para a construção, mas somente cinco minutos para escolher o local.  “Você deve sempre construir sua casa sobre uma elevação, pois os bons espíritos serão capturados pela colina que está por trás da casa”, contou o arquiteto à historiadora Hilary Lewis, no livro Philip Johnson: The Architect in His Own Words.

Ao projetar sua morada envidraçada, sabidamente inspirada na casa de Mies Van der Rohe, Jonhson estava atrás de um clima de “viagem permanente de campo, mas protegida contra o tempo”. Por isso todas as paredes da casa são de vidro  exceto o banheiro e não há divisões entre os cômodos. Assim, em qualquer lugar da construção de 170 m² e poucos móveis, é possível vislumbrar quase trezentos e sessenta graus de natureza.

​Além da casa principal, o terreno de 20 hectares ainda possui várias outras construções, como a galeria subterrânea que criou para proteger suas obras de arte do sol, outra com teto de vidro para as esculturas e um pavilhão ao lado do lago. Anos antes de falecer, Johnson doou toda a propriedade para o National Trust for Historic Preservation e viveu lá até o fim da vida. Desde então, o lugar foi transformado em santuário da arquitetura. Para Henry Urbach, o diretor da Casa de Vidro, Philip Johnson e David Whitney ficariam felizes em ver o que as obras se tornaram hoje e gostariam até mesmo de saber dos hóspedes endinheirados. “Eles queriam que o lugar continuasse vivo de uma forma criativa, sofisticada e divertida”, conta.
Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)

Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)


Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)

Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)

Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)

Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)

Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)

Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)

Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)

Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)

Casa de vidro Philip Johnson (Foto: Randy Harris/The New York Times)
 http://casavogue.globo.com/Arquitetura/Casas/noticia/2014/02/morada-de-vidro-de-philip-johnson.html