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domingo, 30 de abril de 2017

TURISMO... Luxor

Luxor


Luxor é a Disneylândia dos apaixonados por história e está localizada há 670 km ao sul do Cairo, sobre a antiga Tebas, a rica capital do império egípcio. Dividida pelo rio Nilo entre a cidade dos vivos e a cidade dos mortos, Luxor guarda os maiores mistérios do apogeu desta civilização. Suas tumbas, templos, monumentos e estátuas são o testemunho das grandiosas conquistas do homem antigo, que começaram a ser erguidas no ano de 2100 a.C.!

Luxor é a cidade dos enigmas... Já dizia a esfinge: "Decifra-me ou devoro-te!"  ...vem decifrá-la comigo!

Templo de Luxor
O templo que deu o nome a cidade mede 260 metros de comprimento por 65 de largura e foi dedicado inicialmente ao deus Amon. Construído por diversos faraós ao longo de séculos, é o único no mundo que possui elementos greco-romano, muçulmano e copta. Após a decadência da cidade, o templo foi encoberto pela areia do deserto e tomada pelos árabes, que ergueram uma mesquita sob sua colunata e criou um mix interessante, sem dúvida! Sua fachada original era composta de dois obeliscos, mas um foi levado para Paris e hoje decora a Praça de La Concorde.  
Templo de Karnak
O templo de Karnak está ligado à Luxor por uma avenida de esfinges de 2 kms de extensão, descoberta há alguns séculos atrás e ainda parcialmente encoberta. É o maior e mais espetacular templo de todo o Egito e levou quase 2 mil anos para ser finalizado. Somente o anexo dedicado à Amon é capaz de comportar a catedral parisiense de Notre Dame inteirinha! O templo ainda consta com a magnífica sala do hipostilo, com suas gigantescas 134 colunas de 25 metros de altura cada, com capitel em formato de papiro de 15 metros de diâmetro que seguem desafiando o tempo! Outras salas ainda mantém o teto intacto (incrível!), com pintura original (mais incrível ainda!) e decoração invejável! Em uma delas está a famosa barca sagrada, responsável por conduzir o faraó à vida eterna junto aos deuses.


Karnak também teve alguns de seus obeliscos removidos, dentre eles, um que fora levado à atual Istambul (na época Constantinopla) para decorar o hipódromo local. Ainda hoje permanece por lá, ao lado da Mesquita Azul.

Deir El-Bahari 
É o complexo funerário de alguns faraós, dentre eles, Hatchepsut, a rainha que se "transformou" em homem para legitimar seu reinado como tal. As obras tiveram início no ano de 2050 a.C e além do moderno design em terraços com aproveitamento da bela falésia, possui baixos-relevos que contam a história da vida de Hatchepsut, incluindo uma expedição à Somália.
Em 1998, 60 turistas foram mortos num ataque terrorista ao local. Depois deste triste episódio, o policiamento foi fortemente aumentado e agora, o maior inimigo dos turistas que o visitam, é mesmo o sol.

Vale dos Reis e Vale das Rainhas
Após inúmeros saques nas tumbas reais (já era inclusive tido como profissão na época), o faraó Tutmósis decidiu no século XIII a. C construir sua tumba de maneira escondida, evitando que sua paz eterna fosse incomodada pelos saqueadores. Desta maneira surgiu o Vale dos Reis e o Vale das Rainhas, que desde então passou a guardar em tumbas subterrâneas as múmias dos faraós, suas esposas e toda a sua riqueza. Apesar disto, todas elas foram saqueadas algum dia ao longo da história, exceto a de Tutankhamon, que foi encontrada intacta no século XVIII pelo arqueólogo Howard Carter. Ainda hoje acredita-se que existem tumbas não exploradas e por este motivo o trabalho de escavação é contínuo. Ao todo já foram levantadas quase 150 tumbas, que vão desde uma única câmara até complexos subterrâneos de 120 câmaras. Em geral as paredes são decoradas com afrescos que contam a história da vida do faraó, desde o nascimento até (e após) a morte.  Infelizmente é proibido fotografar no Vale, mas encontrei na internet alguns espertinhos que o fizeram:
Luxor oferece ainda outros templos, museus e também souks (mercados árabes). Os lugares são interessantíssimos, sobretudo para quem estudou um pouco da história egípcia. É indispensável ir com um guia egiptólogo, que lhe contará detalhes dos quais não encontrará nos livros. Outro benefício de ter um guia é estar protegido. Como os templos são grandes, principalmente Karnak, há lugares que oferecem perigo ao turista desavisado, com nativos que te intimidam por uma bakshesh (gorjeta).

Ah, e não se esqueça: óculos, chapéu, roupas confortáveis, filtro solar e muuuuuita água. Esteja preparado para pagar 10 euros numa garrafa de 1 litro... Nas lojinhas dos templos a água é vendida a preço de ouro e barganhar com egípcio, é a coisa  mais estressante desse mundo!...

Luxor tem aeroporto internacional e recebe vôos diários de diversos países europeus. Cidadões brasileiros podem tirar o visto na chegada pagando uma taxa de USD 15. A cidade oferece boa infra-estrutura turística (próximo post sobre o histórico hotel Winter Palace Luxor) e merece no mínimo 3 dias inteiros para ser explorada.
http://www.viaggio-mondo.com/2010/03/luxor.html

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