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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

2015 - E 2015 será o Ano Internacional da Luz


E 2015 será o Ano Internacional da Luz

Sem ela, não existiríamos sequer. Não conseguiríamos fazer tantas coisas, desde observar o Universo quando era jovem a cirurgias a laser aos olhos.
A Assembleia Geral das Nações Unidas acaba de proclamar 2015 como o Ano Internacional da Luz, para celebrar a luz como matéria da ciência e do desenvolvimento tecnológico. Portugal não esteve entre os 35 países que apoiaram a proposta, que foi aprovada sem voto informa o astrofísico português Pedro Russo, da Universidade de Leiden, na Holanda, e um dos conselheiros da coordenação global do Ano Internacional da luz.

A ideia deste ano foi liderada pelo México, e entre os 35 países que apoiaram a proposta encontram-se o Chile, Israel, Nova Zelândia, Rússia, Sri Lanka, Estados Unidos, China, Cuba ou a Ucrânia. O objectivo é promover o conhecimento sobre o papel essencial que a luz desempenha nas nossas vidas e assinalar, como refere a resolução aprovada pela Assembleia Geral da ONU, algumas datas científicas importantes, que coincidentemente fazem aniversários “redondos” nessa altura.

Em 2015, completam-se 100 anos da teoria da relatividade geral, de Albert Einstein. E os 110 anos da explicação do efeito foto eléctrico, também de Einstein e que lhe valeu o Nobel da Física de 1921, anunciado no ano seguinte (neste efeito, um fotão uma partícula de luz, ao incidir sobre certos metais, arranca electrões que aí se encontram). Outra data, entre outras: em 2015 comemoram-se os 50 anos da descoberta da radiação cósmica de fundo, a radiação emitida no Big Bang (ocorrido há 13.800 milhões de anos) e que banha todo o Universo. Por esta descoberta, os norte-americanos Arno Penzias e Robert Wilson ganharam o Nobel da Física em 1978.

“Um Ano Internacional da Luz é uma oportunidade tremenda para garantir que os decisores políticos tomam consciência dos problemas que a tecnologia da luz pode resolver”, sublinhou o presidente da comissão para a celebração do Ano Internacional da Luz, John Dudley. “A fotónica fornece soluções de baixo custo para desafios que se colocam em várias áreas: energia, desenvolvimento sustentável, alterações climáticas, saúde, comunicações e agricultura. Por exemplo, soluções inovadoras na área da iluminação reduzem o consumo de energia e o impacto ambiental, ao mesmo tempo que minimizam a poluição luminosa, para que todos possamos apreciar a beleza do Universo num céu escuro”, acrescentou John Dudley, citado num comunicado da Sociedade Internacional para a Óptica e a Fotónica (esta é a ciência ligada ao processamento e à detecção de sinais de luz).

“A luz dá-nos a vida através da fotossíntese, deixa-nos ver para trás no tempo em direcção ao Big Bang cósmico e ajuda-nos a comunicar com outros seres vivos sencientes aqui na Terra e talvez com outros no espaço exterior, caso os encontremos”, notou por sua vez o cientista da NASA John Mather, premiado com o Nobel da Física de 2006 (juntamente com George Smoot), pelos seus trabalhos no satélite Cobe, que permitiu ver em detalhe a radiação cósmica de fundo quando o Universo tinha 300 mil anos, como até aí não tínhamos conseguido. “Einstein estudou a luz ao desenvolver a teoria da relatividade, quando acreditou que as leis da natureza que nos dão a luz deveriam certamente ser verdadeiras, independentemente da velocidade a que a luz se desloque. Agora sabemos que até os electrões e os protões se comportam de forma semelhante a ondas de luz, de maneiras que continuam a espantar-nos. E as tecnologias ópticas e fotónicas desenvolvidas para a exploração do espaço deram-nos muitas aplicações válidas na vida quotidiana.”

Este aspecto da luz como essencial à nossa própria existência é também sublinhado por outro laureado com o Nobel: “A civilização não existiria sem a luz a luz do nosso Sol e a luz dos lasers que agora se tornaram uma parte importante das nossas vidas quotidianas, desde as leituras [das embalagens] nos supermercados até às cirurgias oftalmológicas e as tecnologias de informação usadas nas comunicações ao longo dos oceanos”, diz o egípcio Ahmed Zewail, que ganhou o Nobel em 1999 pelos seus trabalhos na área da femtoquímica (que estuda as reações químicas a escalas temporais extremamente curtas).



http://www.publico.pt/ciencia/noticia/e-2015-sera-o-ano-internacional-da-luz-1617695

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