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terça-feira, 17 de maio de 2016

HISTÓRIA... A infância oculta de Jesus

HISTÓRIA

A infância oculta de Jesus

Textos apócrifos sobre os primeiros anos do Nazareno retratam um garoto de pavio curto - e revelam crenças do cristianismo primitivo.

POR 
 Reinaldo José Lopes  EDITADO POR Alexandre Versignassi


Uma das características mais frustrantes dos Evangelhos canônicos - os quatro que foram incluídos no Novo Testamento é a relativa economia de informações. Os autores simplesmente não se preocupam em escrever como um biógrafo de hoje, que toma o cuidado de descrever toda a vida de seu personagem com o máximo possível de detalhes. Os evangelhos de João e Marcos retratam Jesus como adulto logo de cara, como se ele tivesse surgido do nada. Mateus e Lucas até relatam histórias sobre o nascimento e a infância de Cristo, mas há um imenso buraco nessas narrativas: vemos Jesus bebezinho, depois temos um breve relato de uma passagem triunfal pelo Templo de Jerusalém, aos 12 anos de idade e acabou. Nada mais se fala sobre o Jesus criança, adolescente ou de 20 e poucos anos.
Essa escassez de informações estimulou todo tipo de hipótese estapafúrdia (na linha "Jesus foi estudar budismo no Tibete dos 12 aos 30 anos"). Mas os primeiros cristãos não resistiram à tentação de imaginar como era Jesus "antes da fama", ou de especular sobre a vida miraculosa de Maria e José antes de eles se tornarem a célebre Sagrada Família. É essa curiosidade que estimulou a criação dos chamados evangelhos apócrifos da infância: o Evangelho da infância de Tomé e o protoevangelho de Tiago (o prefixo "proto-" se refere ao fato de que boa parte do texto versa sobre o nascimento e a infância da Virgem Maria; anterior portanto ao nascimento de Jesus).
Especialistas como bart Ehrman, professor de história do cristianismo antigo da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill (EUA), consideram que esses textos são uma forma cristã de midrash, como são conhecidas as narrativas judaicas que"completam" histórias do Antigo Testamento, como episódios das vidas de Abraão e Moisés que não estão descritos na bíblia.
No fundo, é um fenômeno não muito diferente das atuais fan fictions na internet - histórias escritas por fãs sobre personagens criados por outros autores; e que podem falar sobre a velhice de Harry poter ou a infância de sherlock Holmes. Curiosamente, talvez por versarem sobre um momento, esses apócrifos não estão cercados pela mesma fama de"herege" associada a outros textos não canônicos. Muito ao contrário, aliás: embora não constem da bíblia, os apócrifos da infância estão na origem de algumas das tradições mais queridas dos cristãos sobre a sagrada Família. os nomes dos pais de Maria (Joaquim e Ana) só aparecem nos apócrifos.
E são Joaquim e santa Ana são venerados a ponto de serem nome de cidade no brasil - e de estação de metrô em são paulo. o presépio também é apócrifo: não há na bíblia a menção de um boi e de um jumento no local onde Jesus nasceu. Há uma série de pistas indicando que tais narrativas são mesmo um tipo de midrash, e não relatos históricos independentes. os apócrifos da infância tendem, por exemplo, a apresentar histórias mais detalhadas e mais sensacionais, em oposição ao estilo relativamente contido e seco dos textos canônicos.
LEIA MAISQuem matou Jesus?
Além disso, escorregam mais nos detalhes históricos e culturais - o conhecimento dos autores sobre costumes judaicos e geografia da Judeia, por exemplo, muitas vezes é sofrível. Finalmente, tendem a reciclar nomes próprios de personagens dos evangelhos canônicos e até trechos inteiros da narrativa, praticamente palavra por palavra (é o caso da conversa entre o anjo Gabriel e Maria no protoevangelho de Tiago, que o autor"copiou e colou" do Evangelho de Lucas).
Enquanto os polêmicos evangelhos gnósticos (leia mais sobre eles na página 22) só foram recuperados por golpes de sorte no século 20 e existem em apenas um ou dois manuscritos, tendo sido provavelmente ocultados ou mesmo destruídos por ordem da hierarquia cristã, os textos não canônicos que funcionam como"álbum de família" do Nazareno foram preservados em numerosas cópias e são estudados pela comunidade acadêmica há séculos. Esses manuscritos chegaram até nós em diversas línguas, das mais comuns na idade Média (latim e grego) às mais exóticas, como idiomas da Etiópia, da Europa oriental e da Geórgia. É o sinal mais claro de sua popularidade. Mas nem tudo são flores quando falamos desses textos - ao menos do ponto de vista do leitor moderno.
Os que abordam a vida de Maria têm, às vezes, uma obsessão quase ginecológica pela virgindade da mãe de Jesus. E o menino divino retratado por eles nem sempre é o que chamaríamos de bonzinho, usando seus poderes para fins aparentemente questionáveis. É essa a imagem temperamental do menino Jesus que o Evangelho da infância de Tomé, provavelmente escrito em meados do século 2, acaba traçando. A maior parte da história se passa no Egito, onde a sagrada Família havia se refugiado quando José ficou sabendo, graças ao aviso de um anjo, que o rei Herodes estava decidido a matar o menino Jesus. o pequeno Messias, tendo escapado desse perigo, parece ter resolvido descontar a perseguição nos coleguinhas.
BULLYING
Veja-se, por exemplo, o que aconteceu quando um menino começou a desfazer as represas de brinquedo que o garoto divino tinha feito na beira de um riacho:"Jesus, então, irritou-se quando viu o que tinha acontecido e disse a ele: ? Tolo injusto e irreverente! o que as poças d'água fizeram para te irritar? Eis que agora também tu secarás como uma árvore, e nunca terás nem folha, nem raiz, nem fruta?. No mesmo instante, o menino secou completamente".
E essa não foi a única vítima entre os garotos da região."Algum tempo depois, Jesus caminhava pelo vilarejo quando uma criança passou correndo e esbarrou em seu ombro. irritado, Jesus disse: ?Não seguirás mais o teu caminho?. Naquela mesma hora, a criança caiu e morreu." o menino divino ainda faz os aldeões que vão reclamar dele com José ficarem cegos e amaldiçoa um de seus professores. Por outro lado, ressuscita um amiguinho que caiu do telhado de uma casa, cura pessoas e faz a madeira crescer milagrosamente para que José consiga terminar um de seus trabalhos de carpintaria.
Levando em conta essa sucessão de histórias amalucadas, alguns especialistas, como o franco-alemão Oscar Cullman (1902-1999), quase chegam a agradecer a deus pela não inclusão do Evangelho da infância de Tomé no Novo Testamento - para Cullman, o texto sofria de"falta de bom senso, controle e discrição". Apesar desses defeitos, uma das explicações para a popularidade da história, avalia bart Ehrman, é a própria concepção que as pessoas tinham sobre a infância na Antiguidade.
Explica-se: diferentemente de nós, os habitantes do império romano não acreditavam que as pessoas adquirissem lentamente suas personalidades e características ao longo da vida. para eles, um futuro rei, guerreiro ou filósofo manifestava desde sempre as qualidades de quem assumiria esses papéis na vida adulta.
Retratar um Jesus superpoderoso desde pequeno era uma forma de prefigurar os poderes divinos do Nazareno quando crescido para audiências império romano afora. Seguindo esse raciocínio, as ações aparentemente violentas e arbitrárias do menino Jesus seriam apenas um sinal de como ele usaria sua potência sobre-humana para enfrentar as forças do mal.
A VIRGINDADE DE MARIA
No caso do protoevangelho de Tiago, a motivação do midrash talvez tenha sido outra: nada menos que a defesa da honra da Virgem Maria. É que, conforme as décadas passavam e os cristãos deixavam de ser uma minúscula seita judaica para se tornar um grupo razoavelmente numeroso e barulhento na sociedade do império romano, pensadores pagãos começaram a prestar atenção no movimento - e a tentar derrubá-lo por meio da sátira. Um desses polemistas anticristãos, chamado Celso, que escreveu nas últimas décadas do século 2, usou as histórias sobre o suposto"nascimento virgem" de Jesus para ridicularizá-lo.
Na verdade, dizia Celso, Maria teria concebido ao ser seduzida por um soldado romano, chamado pantera, e inventou a história do anjo para enganar o pobre José. Celso ainda aproveitou para apontar a condição humilde da família de Jesus: além de José ser um carpinteiro, Maria teria de trabalhar como tecelã para ganhar a vida. Ninguém de extração tão baixa poderia ser filho de um deus, argumentava o polemista pagão.
Os apócrifos contra-atacam afirmando que Joaquim, pai de Maria, era na verdade o homem mais rico da Judeia e que José, longe de ser um mero fabricante de cadeiras por encomenda, era um próspero empreiteiro (o termo grego que normalmente traduzimos como carpinteiro também pode ser equivalente a"construtor", daí essa interpretação). de quebra, a virgindade de Maria é colocada acima de qualquer suspeita, com os evangelhos apócrifos contando como ela foi mandada por seus pais para viver no Templo de Jerusalém desde os três anos de idade, fiando a preciosa cortina do Templo (e não a roupa de reles mortais) e sendo alimentada pela mão de um anjo.
Na ânsia de ressaltar a pureza de mãe de Jesus, esses textos cometem uma série de absurdos históricos, como a afirmação de que ela teria sido criada no chamado santo dos santos - a área mais sagrada e inacessível do Templo de Jerusalém, na qual, na verdade, só o sumo sacerdote judeu podia entrar, e num único dia do ano, o Yom Kippur ou dia do perdão. o ponto culminante da narrativa é a cena, um tanto constrangedora para as sensibilidades de hoje, na qual uma parteira cética chamada Salomé coloca seu dedo na genitália de Maria para se certificar que, de fato, ela não havia perdido sua virgindade ao dar à luz o salvador. Salomé é punida por deus por sua falta de fé: sua mão começa a queimar, mas ela se salva tocando o menino Jesus e adorando o pequeno Messias, seguindo as instruções dadas por um anjo (mensageiros celestiais, aliás, aparecem o tempo todo nesse apócrifo).
No Evangelho de pseudo-Mateus, o menino Jesus usa seus poderes divinos de forma bem mais benigna, em especial para agradar Maria e José. Numa cena que se tornaria famosa durante a idade Média, a sagrada Família vai descansar à sombra de uma palmeira, e Maria fica com vontade de comer os frutos da árvore. "Então a criancinha, sentada no colo de sua mãe, a virgem, gritou para a palmeira e disse: 'inclina-te, árvore, e sacia minha mãe com teu fruto'. Imediatamente, ao chamado de Jesus, a palmeira inclinou-se aos pés de Maria." Como se vê, segundo esse apócrifo, a capacidade de falar fluentemente ainda bebê era outro dos poderes do menino Jesus.
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Capa JesusSattu

http://super.abril.com.br/historia/a-infancia-oculta-de-jesus 

CONHECIMENTO ... SANTA SARA: A Filha de JESUS CRISTO e MARIA MADALENA

Posted: 05 Sep 2015 07:17 AM PDT


Contam as antigas lendas francesas relacionadas à descendência de Jesus Cristo e Maria Madalena que durante a perseguição aos cristãos primitivos ocorrida nos anos seguintes à crucificação, alguns dos discípulos do Grande Kabir e pessoas próximas ao Divino Casal fugiram da Judeia em um barco e chegaram à costa sul da Gália, atual França.

Na embarcação usada para a fuga pelo mar Mediterrâneo estavam os irmãos Lázaro, Maria Madalena e Marta, juntamente com a mãe dos apóstolos João e Tiago, chamada Maria Salomé, acompanhados ainda por Maria de Cleofas, a tia de Jesus, e Maximin d’Aix, um dos setenta e dois discípulos de Jesus Cristo e famoso evangelizador da região de Aix-en-Provence.

Além de todos eles, participava desta jornada uma jovem de pele morena, supostamente vinda do Alto Egito para servir à tia de Jesus como aia. Seu nome era Sara, quem atualmente vem sendo identificada na literatura sobre a descendência familiar de Jesus Cristo como sendo sua filha com Maria Madalena.

Esta tradição ressurgiu com força na década de 1980, graças à obra O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, dos escritores Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln. Nos últimos anos, as teorias sobre os frutos da união matrimonial celebrada entre Jesus e sua principal discípula vêm ganhando cada vez mais força no imaginário popular graças à publicação de novos romances históricos baseados nas ideias que acabaram sendo popularizadas pelo escritor Dan Brown.

Alguns autores mais recentes que aproveitam o sucesso do bestseller O Código Da Vinci e a ideia que identifica o Santo Graal com o Sangue Real dos herdeiros do Salvador e sua esposa redimida sugerem que Santa Sara, a menina egípcia que acompanhou os familiares e discípulos de Jesus Cristo na embarcação rumo às terras francesas, era na verdade a filha do divino casal da Galileia.

Este é o caso do livro The Woman with the Alabaster Jar: Mary Magdalen and the Holy Grail (A Mulher com o Vaso de Alabastro: Maria Madalena e o Santo Graal), escrito por Margaret Starbird e publicado em 1993, contendo a ideia de que Santa Sara é a filha de Jesus e Madalena, e que este fato seria a autêntica fonte da lenda associada com a mística de Saintes-Maries-de-la-Mer.

Como já mencionamos acima, a tradição local afirma que a cidade de Saintes-Maries-de-la-Mer foi o porto onde os familiares e discípulos de Jesus desembarcaram de sua fuga pelo Mediterrâneo. No barco estavam as chamadas Três Marias, Maria Madalena, Maria Salomé e Maria de Cleofas, as três mulheres que primeiro testemunharam a tumba vazia de Jesus, e cujas relíquias são o foco de devoção de peregrinos.

Assim que Jesus foi crucificado, as Três Marias e sua comitiva teriam partido da cidade egípcia de Alexandria acompanhadas de seu tio, José de Arimateia. As lendas francesas sustentam que a embarcação chegou ao território que hoje corresponde ao sul da França, onde havia uma fortaleza chamada Oppidum-Ra. O local passou logo a ser conhecido como Notre-Dame-de-Ratis, pois Ra se tornou Ratis (que em latim significa algo como “navegar”), para mais tarde tornar-se Notre-Dame-de-la-Mer, e no século XIX, Saintes-Maries-de-la-Mer.

Margaret Starbird afirma que o nome Sara significa “princesa” em hebraico, um forte indicativo de que ela seria a descendente esquecida do “sang réal”, o sangue real do Rei dos Judeus. O esquecimento de Sara teria sido consequência da supressão que o Catolicismo Romano realizou sobre a veneração e a devoção ao Sagrado Feminino, resultando num desequilíbrio espiritual da doutrina cristã.

Para a autora, o Cristianismo Primitivo incluía a celebração do chamado Hierosgamos, que significa “casamento sagrado”, a união sexual divina e divinizante, o mesmo Sacramento da Câmara Nupcial dos antigos gnósticos, e o Grande Arcano dos gnósticos contemporâneos, tal como foi ensinado por Samael Aun Weor em sua extensa obra.

Esta celebração oferecia um modelo arquetípico do noivo (Jesus Cristo) e da noiva (Maria Madalena), ensinando a metafísica da união do Espírito Puro (Real Ser Interior) com a Alma Arrependida (que vai sendo liberta dos Eus Psicológicos), e a ciência da união sexual entre homem e mulher. Este último corresponde à mescla inteligente do erótico com o sagrado, um ato religioso capaz de converter seus adeptos em deuses, ou seja, de levá-los à união com a Divindade para conhecer seus Mistérios.

Este modelo de unidade conciliadora da dualidade acabou sendo perdido logo nos primeiros séculos do Cristianismo, uma verdadeira tragédia espiritual que acabou excluindo as lideranças femininas, o que era muito comum no tempo dos primeiros discípulos de Jesus. A autora insiste que tal parceria sagrada é universal e apenas reflete aquela existente em outras regiões do planeta, em contextos religiosos muito anteriores ao daquele em que se formou a religião do Cristo.

Nos dias atuais, para o bem da retomada do equilíbrio de gêneros na religiosidade cristã e a revisão da importância da sexualidade para uma espiritualidade conciliadora do humano com o divino, Santa Sara converteu-se em um instrumento de oposição aos velhos padrões autoritários e de rigidez hierárquica, onde o masculino impera à força e às cegas sobre o feminino por puro medo de perder seu poder e de ser tragado pela sensualidade que secretamente deseja.

E para o esoterismo gnóstico, Santa Sara representa o fruto maravilhoso deste casamento divino que acontece no interior de cada discípulo que celebra o Hierosgamos, que recebe o Sacramento da Câmara Nupcial, e que opera com o Grande Arcano ensinado pelo Gnosticismo nos dias atuais. Este fruto é a alma cristificada, livre de toda amarra psicológica, das ilusões e dos apegos, pronta para experimentar a GNOSIS e com ela a VERDADE.

Fonte: SGI

http://aprimoramentohumano.blogspot.com.br/2015/09/santa-sara-filha-de-jesus-cristo-e.html

HISTÓRIA.... JESUS CRISTO TEVE FILHOS?


JESUS CRISTO TEVE FILHOS?

Embora seja uma simples obra de ficção, o best-seller O Código Da Vinci - maior sucesso editorial do ano - se apóia em teses aceitas por muitos conspirólogos, que afirmam: Jesus se casou com Maria Madalena e teve dois filhos.

POR Redação Super


Alexandre Petillo
São quase 20 milhões de livros vendidos em todo o mundo. É o número 1 nas listas de best-sellers em vários países, como Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Brasil. Hollywood já prepara uma versão cinematográfica da obra, tachada por alguns críticos como o “Harry Potter dos adultos”. Trata-se de O Código Da Vinci, escrito pelo inglês Dan Brown, de 38 anos.
A trama do maior sucesso editorial do ano se desenrola a partir do assassinato, dentro do Museu do Louvre, em Paris, de seu curador, Jacques Saunierè (um dos líderes do Priorato de Sião, sociedade secreta fundada antes da crucificação de Jesus Cristo). Pouco antes de morrer, Saunierè teria elucidado uma mensagem cifrada no quadro A Santa Ceia, de Leonardo da Vinci – um segredo capaz de abalar a Igreja Católica e todo o mundo ocidental.
JESUS PAI
A bela criptógrafa francesa Sophie Neveu e Robert Langdon, professor de simbologia em Harvard, tentam desvendar o segredo. No caminho, os dois cruzam com outras sociedades secretas, como a Opus Dei e os Cavaleiros Templários. A dupla de investigadores faz descobertas surpreendentes: que Jesus foi casado com Maria Madalena e teve dois filhos; que sua divindade foi votada no Conselho de Nicéia, no início do século 4; que os quatro evangelhos da Bíblia foram escolhidos entre 80 outros evangelhos porque consideravam Jesus divino, e os demais foram suprimidos pelo imperador romano Constantino no ano 325.
Trata-se, claro, de uma bela trama policial criada por Dan Brown. No entanto, ela é baseada em teorias conspiratórias aceitas e estudadas no mundo real por muita gente, maluca ou sã. Entramos agora no terreno da “maior conspiração de todos os tempos”. A figura-chave nessa intrincada armação é Maria Madalena. De acordo com a Bíblia e as aulas de catecismo, Maria Madalena foi uma prostituta que, arrependida, resolveu seguir Jesus Cristo e os apóstolos, até ser perdoada de seus pecados pelo filho de Deus. Os conspirólogos afirmam, no entanto, que na verdade, ela foi casada com Jesus Cristo, com quem teria tido dois filhos – Sara e Tiago. Os Manuscritos do Mar Morto, descobertos em 1947 numa caverna de Qumran, na Palestina, confirmariam a tese de que Jesus se casou e teve filhos com Madalena, gerando uma linhagem que teria o direito sagrado de reinar sobre a França e Israel. Esses documentos, porém, nunca foram exibidos em público e estão de posse do Vaticano.
Depois da crucificação de Jesus, Maria Madalena e seus filhos teriam fugido para uma comunidade judaica no sul da França. No polêmico e confuso livro Rex Deux, de Marilyn Hopkins, Graham Simmans e Tim Wallace-Murphy, a teoria vai além, dizendo que Madalena chegou à França só com uma criança, Sara, enquanto Tiago foi para a Escócia com José de Arimatéia, o homem que recolheu num cálice o sangue de Jesus crucificado.
Seria essa a razão de existirem na França tantas igrejas em homenagem à Maria Madalena. Uma delas fica na cidade de Rennes-Le-Château, no sul do país. Em 1891, o padre da cidade, chamado Berenger Saunière (atente para a semelhança entre esse sobrenome e o do personagem de O Código Da Vinci) decidiu reformar a igreja consagrada a Maria Madalena, construída em 1059 e já deteriorada pelo tempo. O padre levantou uma grana na comunidade e iniciou as obras. Ao retirar a pedra do altar principal, percebeu que as colunas que o sustentavam eram ocas. Dentro de uma delas havia quatro pergaminhos escritos em latim. Dois deles continham genealogias e datavam de 1244 e 1644. Os outros dois eram transcrições do Novo Testamento e traziam duas mensagens secretas. A primeira mensagem dizia: “A Dagoberto II, Rei, e a Sião, pertence esse tesouro e ele está aqui morto” (saiba mais sobre Dagoberto logo adiante). Já a outra mensagem era praticamente indecifrável: “Pastor, nenhuma tentação. Que Poussin, Teniers possuem a chave. Paz 681. Pela cruz e seu cavalo de Deus, eu completo esse demônio do guardião ao meio-dia. Maçãs azuis”. Entendeu?
Saunière levou os pergaminhos para serem analisados pelas autoridades eclesiásticas de Paris. Não se sabe o que aconteceu, mas ele voltou para Rennes-Le-Château com muito dinheiro. Ampliou a estrada que levava à cidade, construiu uma casa chamada Torre Magdala e uma casa de campo. Terminou a reforma da igreja e deixou alguns detalhes capciosos na construção. A pia de água benta é sustentada por uma estátua de Asmodeus (demônio de três cabeças da literatura judaica, responsável por separar casais e promover o adultério). Os vitrais da igreja mostram a Via Sacra e, em uma imagem, há uma criança com saiote escocês observando a crucificação (lembra-se de que José de Arimatéia teria levado Tiago, filho de Jesus com Madalena, para a Escócia? A imagem seria uma confirmação da tese).
CHANTAGEM?
Outra cena mostra o corpo de Jesus sendo retirado secretamente da tumba durante a noite. Saunière mandou gravar em latim, no pórtico da igreja, a inscrição “Este lugar é terrível”. Teorias conspiratórias afirmam que o padre encontrou documentos que confirmam a existência da linhagem secreta de Jesus e os usou para chantagear o Vaticano.
Mas recuemos um pouco no tempo. Na França, Sara e outros supostos descendentes de Jesus e Madalena se misturaram à linhagem real francesa, dando origem à dinastia merovíngia. E é a partir daí que a história ganha corpo e complexidade.
Os reis merovíngios governaram grande parte da França e da Alemanha entre os séculos 6 e 7. O fundador da dinastia se chamava Mérovée, que, segundo a literatura esotérica, era filho de uma princesa com uma criatura marinha  na verdade, essa criatura fantástica seria uma alusão à suposta linhagem secreta de Jesus e Madalena, antepassados dos merovíngios.
Segundo os conspirólogos, a Igreja Católica temia que, se essa linhagem crescesse, o segredo de Jesus e Madalena fosse revelado, levando o mundo a questionar a doutrina católica (e a crença em um Messias divino puro). No entanto, os merovíngios foram aumentando e fundaram Paris (isso é fato). Apavorado, o Vaticano financiou várias missões na França para eliminar todos os membros da dinastia. Essas missões seriam chamadas de Graal daí, a busca pelo Santo Graal.
Dagoberto II (lembra-se dele?) foi o último rei merovíngio. Morreu apunhalado no olho esquerdo enquanto dormia. O que o Vaticano não sabia era que ele tinha um filho, Segisberto, que escapou do ataque e deu continuidade à linhagem. Atualmente, o sangue merovíngio é identificado com o dos Habsburgos, da Alemanha.
Um dos descendentes de Segisberto, Godofredo de Bulhão, futuro rei cristão de Jerusalém, fundou em 1090 a organização secreta Priorato de Sião, cujo objetivo era recolocar a dinastia merovíngia no trono da França. Uma outra corrente conspiratória diz que o priorato teria sido criado 90 anos mais tarde, em 1099, quando Jerusalém foi conquistada pelos cruzados e Godofredo assumiu o título de Defensor do Santo Sepulcro.
O Priorato de Sião fez parte da Ordem dos Cavaleiros Templários até 1188, quando se separaram. O Priorato de Sião sobreviveu ao extermínio dos Templários na sexta-feira 13 de 1307 e está ativo até hoje. Seus objetivos atuais são defender os documentos sobre o Santo Graal, a tumba de Maria Madalena e os poucos membros da linhagem merovíngia real que sobreviveram até os tempos modernos – ou melhor, a linhagem de Cristo. Figuras históricas como Leonardo da Vinci, Victor Hugo, Sandro Botticelli, Clau-de Debussy e Isaac Newton fizeram parte dessa fraternidade (isso é fato e pode ser comprovado por meio de pergaminhos chamados Os Dossiês Secretos, descobertos em 1975 pela Biblioteca Nacional da França).
OS TEMPLÁRIOS
A Ordem dos Cavaleiros Templários, do qual o priorato supostamente fez parte, foi criada em 1118 para proteger as rotas de peregrinação e comércio que ligavam Jerusalém à Europa. Foi o primeiro exército uniformizado e regular a surgir no Ocidente depois da queda do Império Romano. Os Cavaleiros Templários eram financiados pela Igreja e logo se tornaram ricos proprietários de terras, o que gerou a cobiça do rei da França, Felipe, o Belo, que acusou-os de heresia e os queimou na tal sexta-feira, 13. A desculpa era de que os cavaleiros cultuavam um demônio de três cabeças (lembra-se de Asmodeus?) – que, segundo os conspirólogos, nada mais era do que a cabeça embalsamada de Jesus Cristo encontrada pelos cavaleiros nas ruínas do Templo de Salomão. Outras teorias dizem que, durante as escavações nas ruínas, os cavaleiros teriam achado a Arca da Aliança e descoberto toda a verdade sobre o Santo Graal. Por isso, tinham que ser exterminados.
Na mitologia cristã, o Graal aparece em dois momentos: primeiro, é usado na celebração da Santa Ceia e, depois, para recolher o sangue de Jesus Cristo na crucificação. Alguns teólogos acreditam que o cálice ficou com José de Arimatéia, que o enterrou na cidade de Glastonbury, na Inglaterra. Conspirólogos dizem que o cálice, na verdade, ficou com Maria Madalena, que o levou para a França. Mas a teoria mais aceita pelos conspirólogos é a de que o Graal não é um objeto, mas sim a tal linhagem de Cristo. Em muitos manuscritos antigos, o cálice é chamado de sangreal, que significaria “sangue real”. Para saber a verdadeira resposta a esse mistério, só mesmo encontrado o Santo Graal.

A Igreja contra O Código Da Vinci

Católicos e protestantes se unem contra as teses conspiratórias do livro do inglês Dan Brown
O sucesso de O Código da Vinci vem incomodando as igrejas cristãs. Membros do clero e estudiosos da Bíblia publicaram vários estudos rebatendo o livro de Dan Brown. Somente entre abril e maio desse ano, mais de dez livros foram lançados com a intenção de combater O Código Da Vinci. Igrejas americanas estão oferecendo folhetos e guias de estudos a quem o livro de Brown possa ter levado a questionar sua fé, além de promover palestras e sermões sobre o assunto. Chegaram a tachar o Código Da Vinci de "conspiratório"!
Protestantes evangélicos e católicos romanos o definiram como "mais uma infiltração de guerreiros culturais liberais". A Opus Dei, prelazia do Vaticano ultraconservadora, acusada recentemente de praticar lavagem cerebral, coerção e uma estranha prática chamada “mortificação corporal”, é retratada por Brown como uma seita sádica e sinistra. Em nota, a Opus Dei respondeu que "seria irresponsável formar opinião sobre a prelazia baseada na leitura desse livro". Recentemente, a Opus Dei inaugurou sua sede em Nova York, uma obra estimada em 47 milhões de dólares.
O escritor inglês Dan Brown, que, com essa polêmica toda, vem ganhando cada vez mais dinheiro, não está nem aí para a reação do clero. "Controvérsia e diálogo são saudáveis para a religião como um todo. A religião só tem um inimigo, a apatia, e o debate passional é um antídoto soberbo", diz o escritor em seu site, www.danbrown.com.

Eu acredito!

"Ao escutar pacientes paranoicos capazes de delírios organizados, é fácil constatar que um delírio não é necessariamente menos verossímil que outras crenças que não nos parecem delirantes. Os delírios são crenças que não conseguem se socializar. Hoje, graças à internet, essa diferença se tornou incerta. O Código Da Vinci propõe um enigma cuja solução explica os malogros do presente. O leitor de hoje gosta de enigmas porque eles confirmam que a bagunça de nosso mundo esconde um sentido. A tragédia não é que poderosos e feiosos tramem e manipulem nas sombras. A tragédia, o intolerável, é que os feiosos, exatamente como nós, são um atrapalhado exército de Brancaleone."
Contardo Calligaris é psicanalista, escritor e colunista da Folha de S. Paulo
http://super.abril.com.br/historia/jesus-cristo-teve-filhos

CONHECIMENTO... Encontrado manuscrito que diz que Jesus se casou e teve filhos com Maria Madalena


Encontrado manuscrito que diz que Jesus se casou e teve filhos com Maria Madalena

Tradutores conseguem descobrir o que o texto guardado na British Library dizia

10/11/2014 - 12H11/ ATUALIZADO 14H1111 / POR RENNAN A. JULIO


MANUSCRITO ALEGA QUE JESUS TERIA SE CASADO COM MARIA MADALENA (FOTO: REPRODUÇÃO)

Os pesquisadores Barrie Wilson e Simacha Jacobovic, da British Library, encontraram em um manuscrito antigo alegações de que Jesus Cristo teria se casado com Maria Madalena. Feito há cerca de 1500 anos, o “Lost Gospel” foi traduzido do aramaico e revela que os dois, inclusive, teriam tido dois filhos. Dizendo que a Virgem Maria “original” seria a mulher de Jesus e não sua mãe, a afirmação desbanca um dos maiores dogmas da Igreja Católica.

Por muitos anos, experts minimizaram a importância histórica da figura bíblica Maria Madalena. Mas de acordo com os tradutores, ela possui uma significância muito maior do que se imaginava. A sua representatividade pode ser encontrada, inclusive, em outros importantes momentos da vida de Jesus.

O curioso é que essa não é a primeira vez que uma alegação desse tipo é feita. “The Last Temptation of Christ”, de Nikos Kazantzakis; e “O Código da Vinci”, de Dan Brown, já tinham mencionado esse casamento. Enquanto isso, os pesquisadores guardam as outras descobertas – como os nomes dos filhos de Jesus – realizadas com a tradução do manuscrito.


http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2014/11/encontrado-manuscrito-que-diz-que-jesus-se-casou-e-teve-filhos-com-maria-madalena.html