Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Deusa Lakshmi




ein Bild DEUSA LAKHSMI Lakshmi é uma Deusa Indiana consorte Vishnu, um Deus Protetor, que é muito amada por seu povo. Foi ela que deu a Indra, o Rei dos Deuses, o soma (ou sangue do conhecimento) do seu próprio corpo para que ele produzisse a ilusão do parto e se tornasse o Rei dos Devas. A Deusa Lakshmi significa "boa sorte" para os hindus. A palavra "Lakhsmi" é derivada da palavra "Laksya" do sânscrito, significando o "alvo", o "objetivo".
ein Bild UM POUCO DE HISTÓRIA... A mitologia dos Deuses hindus é uma das mais ricas do mundo. A natureza complexa dos Grandes Deuses como Brahma, o Criador, Vishnu, o Protetor, e Shiva, o Destruidor e suas consortes, está representada em muitos mitos cheios de ação, aventura e romance. Esses mitos materializam o espírito sutil e generoso do próprio hinduismo. Existem grande quantidade de textos hindus que elogiam os Deuses,e alguns deles, como o Rig Veda, são muito extensos. A Índia é um país muito grande, com uma vasta população de mais de um bilhão de pessoas, onde se fala 745 línguas distintas. Em torno de 80 porcento de sua população é hindu. O hinduismo como religião parece ter suas primeiras raízes na civilização do vale Indus (2500 a 1500 a. C.), que já adorava Shiva, o Deus da Criação e Destruição, e Devi, a Grande Deusa. Esses Grandes Deuses logo se fusionaram com os Deuses Vedas dos arios, que invadiram a índia em torno de 1200 a. C. Os primeiros mitos hindus foram escritos em textos religiosos como o Rig Veda em torno de 1200 a. C., e as histórias continuaram desenvolvendo-se durante 2000 anos. A crença da reencarnação está presente na concepção do hinduismo. Cada ser vivo possui uma alma que experimenta o que denomina de "samsara", ciclo que ocorre através de muitas formas corporais. O samsara dita um ritmo de nascimentos e mortes que podem repetir-se de forma indefinida. A lei do "karma" (em sânscrito "feito") dita os feitos de uma vida e determinam o caráter da próxima. Uma vida de honra aos Deuses, poderá ser recompensada na próxima reencarnação. Assim como o homem se conduz, assim será conduzido: aquele que sempre fizer o bem, não precisa ter medo do mal, pois através de suas boas obras poderá se converter em um homem santo. O hinduismo dá maior ênfase a riqueza espiritual do que a material.
ein Bild LUGARES SAGRADOS A Índia está cheia de lugares sagrados chamados "tirthas", que significam "lugares onde vadeia um rio". Os hindus crêem que os rios levam poderes sagrados à terra e o mais importante desses rios é o Ganges, que nasce no Himalaia e atravessa de um extremo ao outro do norte da Índia para desembocar na baía de Bengala. Existem muitos lugares santos ao longo dos 25-7 Km do Ganges, dos quais o mais importante é Varanasi, a cidade de Shiva, onde seus fiéis vão banhar-se no rio. Os hindus dizem que banhar-se no Ganges é como estar no céu. Por isso, muitos são os peregrinos que se reúnem lavarem-se em suas águas, que se compara com amrita, o elixir da vida.
ein Bild NASCIMENTO DE LAKSHMI Como todas as Deusas no panteão Hindu, Lakshmi tem muitas histórias sobre sua origem. Uma delas conta, que o Rei dos Reis, Indra, um certo dia, perdeu seus poderes e envelheceu. Um sábio nomeou um Deva menor para ir até Brahma em busca de uma solução. Entretanto,esse último o conduziu até Mahavishnu (avatar de Vishnu) para um melhor aconselhamento. Vishnu sorriu ao ouvir o problema dos Devas (Deuses Menores) e deu-lhes uma solução. Disse que deveriam agitar o poderoso oceano de leite e beber amrita, o elixir que os faria recuperar a juventude e a força. Mas tal feito não era nada fácil. Como chocalhar o oceano? Usando a montanha Mandara e a serpente Vasuki. Os Devas então foram providenciar tudo. Mas a montanha Mandara necessitava de uma base para puxá-la. Então Vishnu transformou-se em uma tartaruga poderosa e serviu de base para a montanha. Colocaram ainda, a serpente Vasuki em torno da montanha para protegê-la. Os demônios acordados com tanta agitação, também quiseram compartilhar o elixir. Os Devas, como sabiam que não conseguiriam realizar a tarefa sozinhos, aceitaram a ajuda dos Asuras (demônios). Agitaram tanto o oceano até que seus braços se feriram e receberam então, quatorze presentes preciosos para à humanidade. A Deusa Lakshmi foi a última a emergir. Sentada sobre um lótus,era extremamente bela e encantou a todos. Os elefantes do céu derramavam gotas de água para refrescá-la. De acordo com a mitologia hindu, a terra inteira é mantida por quatro elefantes chamados Dik-gaj, onde "dik" significa o sentido e "gaj", o elefante. Lakshmi trouxe consigo o elixir, que faria reviver a força dos Deuses. Escolheu então, para ser seu consorte, Vishnu. Vishnu carregou Lakshmi do oceano até o céu e cada vez que ele desce na terra como um avatar, é acompanhado por um avatar de Lakshmi.
ein Bild A VIDA DE RAMA (VISHNU) E SITA (LAKSHMI) Quando Vishnu atravessou suas reencarnações, Lakhmi reencarnava com ele. Quando Vishnu se tornou Rama, Lakhmi tornou-se Sita. Quando ele virou Krishna, ela passou a ser Radha, a menina-vaca. Tais encarnações são chamadas de avatares.Calque será o nome do décimo avatar,no qual Vishnu aparecerá no fim da época presente no mundo, para destruir todos os vícios e malvadezas e restituir à humanidade a virtude e pureza. O herói mais importante da mitologia hindu é o príncipe Rama. A história da busca de sua esposa Sita, que foi raptada pelo demônio Ravana, se conta por toda a Índia. Foi escrito pela primeira vez na épica sânscrita de 50000 linhas, o Ramayana (200 aC. - 200 d. C.). No reino Ayodhya (hoje norte da Índia) há milhares de anos atrás, vivia um rei chamado Dasaratha, o qual estava casado com três esposas (algo habitual entre os reis) chamadas Kaushalya, Kaikeyi e Sumitra. Nenhuma das três havia podido lhe dar filhos. Desaratha aconselhado pelos sacerdotes brahmanas, organizou um grande sacrifício de fogo para conseguir um filho. Durante o sacrifício surgiu um ser místico que lhe entregou um tigela com arroz (se tratava de um alimento santificado) para suas esposas comerem. A Kaushalya por ser a mais importante das rainhas, comeu a metade do arroz,e dividiu o que restou entre as outras duas. Com o passar do tempo, Kaushaya deu à luz a um filho chamado Rama, Kaikeyi teve Bharata e de Sumitra nasceram os filhos chamados Lakshmana e Shatrughana. Rama tinha uma metade da divindade de Vishnu e seus irmãos compartem o resto. Os irmãos cresceram desconhecendo sua origem divina. Os hindus adoram Rama como uma encarnação do Deus Vishnu. Rama apaixonou-se por Sita, a filha do rei Janaka de Mithila, que é a reencarnação da fiel esposa de Vishnu, Lakshmi. Devido a um incidente na corte, Rama, Lakshmana e Sita foram viver tranqüilamente no bosque. Tudo ia bem até o demônio Ravana seqüestrar a Sita, que gritou a todas as árvores do bosque para dizerem a Rama que estava sendo levada contra sua vontade. Também tirou suas jóias e seu véu de ouro a cinco macacos e Hanumen, seu general. Então o sábio Agastya o aconselhou a adorar o sol, a fonte da vida. Assim o fez e também pediu emprestado uma carruagem e um cocheiro do Deus do Céu, Indra. Logo Rama foi atrás de Ravana e de seus exército de rakshashas demoníacos, que estava cheio de guerreiros ferozes com nomes como Morte-aos-homens. Rama juntou seu exército composto de macacos e ursos e atacou o demônio, depois de haver cruzado a ponte das pedras flutuantes sobre o oceano. Após diversas batalhas, Ravana, o demônio de dez cabeças foi morto pelas flechas de Rama, e Sita foi finalmente libertada. Rama junto de sua esposa Sita, e seu irmão Lakshmana acompanhados de devotos, regressaram a Ayodhya, depois de haverem passado 14 anos em exílio. Quando os habitantes de Ayodhya escutaram a notícia da chegada do rei amado, se vestiram com as melhores roupas e as mulheres se maquiaram e vestiram suas preciosas jóias. Justo aquele dia era de lua nova, tudo estava muito escuro, assim para iluminar o caminho do rei Rama, foram colocadas numerosas lamparinas de azeite por todo o trajeto, assim como no palácio e em todas as casas do reino. A palavra Diwalli significa literalmente "fileira de luzes", e foi assim, portanto, que se originou essa festa ancestral que se celebra em toda a Índia e em todo mundo onde vivem os hindus. A história de Rama e Sita é muito difundida muito além da Índia. É popular na Indonésia, na Malásia e na Tailândia. O casal Vishnu e Lakshmi regem o sentimento erótico, além de governar o elemento água. A mitologia hindu revela que desta união nasceu Kama, o Deus do amor. Kama é extremamente belo, retratado como um lindo pássaro. Em algumas ocasiões, é reverenciado durante o ato de amor. -*- O tema principal do Ramayna é a eterna luta do bem contra o mal, da luz contra a escuridão e das conseqüências dos nossos atos passados. Em Ramayana nos encontramos com o sacrifício da liberdade em nome do dever e da honra. Assim, como nos ensina que o amor, demanda um serviço,pois ele transcende qualquer status social. Rama não vive sem sua Sita, por isso, os grandes mestres espirituais sabem, que nunca deve-se adorar o Deus sozinho, mas sempre com sua consorte, ou seja, junto com sua energia feminina. Lakshmi é considerada como modelo da esposa hindu, unida em completa harmonia com o marido e sua família. Sempre que invocarmos Lakshmi, devemos nos recordar que ela não é só a Deusa da Fortuna material, mas sim também da espiritual que é a que realmente perdura e sobre tudo, não devemos esquecer que Lakshmi é ainda, uma Deusa do Amor.
ein Bild REENCARNAÇÕES DA DEUSA A Deusa-Mãe Lakshmi é consultada pela população hindu, buscando algum tipo de riqueza. Há oito modalidades de se adorar Lakshmi, levando em conta o resultado desejado. A imagem abaixo também ilustra as oito reencarnações da Deusa Lakshmi:
ein Bild * Santhana lakshmi Ela protege toda a Riqueza da Família, principalmente as crianças.
ein Bild * Gaja laksmi Ela surge como Rainha Universal com seus dois elefantes que atendem todas as preces e orações..
ein Bild * Aishwarya lakshmi Só Ela encerra a totalidade do conhecimento, tanto material quanto espiritual.
ein Bild * Dhanya lakshmi É Ela que alimenta o mundo nos concedendo a Riqueza da boa colheita dos grãos.
ein Bild * Adhi lakshmi Ela é a Mãe Divina e fonte de todo o poder de Vishnu.
ein Bild * Vijaya lakshmi É Ela que nos concede a vitória sobre obstáculos e problemas (vitória tb, no trabalho e aspectos legais)
ein Bild * Dhana lakshmi Ela é a doadora do todo tipo de riqueza
ein Bild * Veera lakhsmi ou Dhairyalakshmi É Ela que nos dá força e coragem para enfrentarmos qualquer sacrifício.
ein Bild OS BENEFÍCIOS DA ADORAÇÃO: Cada um dos aspectos ou reencarnações acima, são chamados de"vrata". Por exemplo, para alcançar a vitória na guerra ou em batalhas legais, deve-se ativar o vrata Vijaya-lakshmi. Para a saúde, o vrata de Veera-lakshmi da coragem e do poder deve ser ativado. Para que a casa ou comércio seja próspero o vrata indicado é o Dhanya-lakshmi. E assim por diante... Todos que empreendem a busca de um vrata da Deusa Lakshmi com fé e sinceridade, conseguirão o que desejam.
ein Bild ADORAÇÃO DO VRATA Para as mulheres é importante a conexão com a Deusa Lakshmi, pois ela traz muita prosperidade para toda a família. A mulher hindu tradicional preza muito pela conservação de um lar saudável e próspero. Conseqüentemente, as mulheres pedem a ajuda de Lakshmi para assegurar essa harmonia, especialmente porque ela é considerada como modelo de esposa perfeita. O relacionamento de Lakhsmi e Vishnu ilustra esse aspecto. Qualquer ritual deve ser realizado em uma sexta-feira que coincida com os dias 11 ou 21 do mês. Não deve-se comer carne nesse dia. Sempre que o puja(ritual de adoração) é realizado, ele compreende três componentes importantes: ter uma imagem ou ilustração da Deusa; o ato do puja, ou adoração que inclui moedas,flores, frutas e alimentos que devem ser lhe oferecidos e no final os alimentos são abençoados e devem ser consumidos. Executando-se essas três etapas cria-se um relacionamento emocional direto com a Deusa. Você pode criar em sua casa um pequeno altar para adorar Lakshmi e pedir prosperidade e riqueza para sua vida. É só achar um cantinho ou uma mesinha vazia, cobri-la com uma toalha amarela e colocar a imagem ou uma fotografia da Deusa. Coloque então uma vasilha com água pura, duas lamparinas à óleo ou velas vermelhas, incenso indiano, moedas, uma bandeja com 5 variedades de frutas da época, um vaso com rosas vermelhas, pasta perfumada da madeira de sândalo, e Panchaamrutam, que é uma mistura de mel, manteiga purificada (ghee), coalhada, leite e açúcar. Pode ser substituído por um doce de ambrosia, que é mais conhecido por todos nós. Coloque um som ambiental com músicas indianas. Depois que o altar estiver pronto sente-se em uma cadeira ou na posição de lótus no chão e feche os olhos. Agora imagina-se flutuando em um rio em cima de uma flor de lótus vermelha gigante. Ao seu lado estará Lakshmi, linda em seu sari vermelho todo bordado de dourado. Converse com ela e diga que você lhe trouxe muitos presentes para serem trocados por sua abençoada sabedoria. Deixe que o fluxo de sua imaginação carregue você, escute as palavras da Deusa e aqueça-se com sua abundância. Quando quiser voltar é só se despedir da Deusa, respirar três vezes profundamente e abrir os olhos.
ein Bild Seja Bem-Vinda! DEUSA DO AMOR, DA BELEZA E DA PROSPERIDADE Lakshmi é uma Deusa do amor e da beleza, da sorte, da prosperidade e do sucesso. No hindu moderno é representada como uma jovem de longos cabelos negros brilhantes e soltos, vestindo um sari (vestido típico das mulheres da Índia) vermelho com bordados dourados e usando diversas jóias como: colares, braceletes, pingentes e um aro no nariz com incrustações. Em sua cabeça ostenta uma coroa (Mitra) que representa o Monte Meru, a "Morada dos Deuses", que se vê circundada por um aro de luz que simboliza a Luz Solar. Em suas diferentes representações, pode mostrar-se com uma tez escura, ressaltando seu caráter de consorte de Vishnu; quando sua tez é da cor dourada, simboliza fonte de riqueza; se é branca, é a forma mais pura de Prakriti (da natureza); se a tez é rosada, se mostra como a Mãe de todas as criaturas. Apesar dela aparecer em inúmeras ilustrações com quatro braços, é normalmente representada apenas com dois, segurando uma flor de lótus, ou sentada sobre ela com um cântaro que jorra moedas de ouro e flanqueada por dois elefantes. Normalmente nos templos da Índia, Lakhshmi está em pé ao lado de seu consorte, o Deus Vishnu, o segundo membro da trimurti hindu. A Trimurti ("tripla estátua"), ou trindade, da divindade hindu consiste de: Brahma, Vishnu e Shiva. Quando é representada por quatro braços, os dois posteriores carregam flores de lótus (conhecimento desenvolvido); os braços anteriores mostram suas mãos doadoras de pepitas de ouro ou gemas, símbolos da fortuna que entrega aos homens: ouro e a gema do conhecimento. As quatro mãos significam os quatro fins da vida humana: dharma (atos de justiça e dever), kama (prazeres sensuais), artha (riqueza) e moksha (libertação espiritual final). As mãos da frente representam a atividade de mundo físico e as detrás, indicam as atividades espirituais que conduzem à perfeição espiritual. A posição das mãos: em Abhaya até Mudrá ou postura de Proteção no caminho da devoção, e em Varada até Mudra ou Doadora de dons. O assento de lótus, onde a Deusa se posiciona em cima, significa dizer que devemos apreciar a riqueza, mas não devemos nos tornar obsessivos por ela. Nossa vida deve ser análoga a um lótus, que cresce na água, mas não é molhada por ela. Os lótus, quando mostrados em vários estágios de florescimento, representam os mundos e os seres em vários estágios de evolução. A flor de lótus sustentada pela mão direita posterior nos dá a idéia de que devemos executar todos os nossos deveres de acordo com o dharma. Isso nos conduzirá ao moksha (libertação espiritual final) que está simbolizado por um lótus na mão esquerda posterior. As moedas de ouro que caem na terra da mão anterior de Lakshmi ilustram o seu poder de doar riqueza e prosperidade para seus devotos. Os dois elefantes ao fundo simbolizam o nome e a fama associados a riqueza temporal. A idéia passada é que o devoto que obtiver a graça da riqueza não é tão somente para adquirir nome e fama ou para satisfazer seu próprio desejo material, mas deve compartilhar com o outro a fim de também propiciar-lhe felicidade. As trompas dos elefantes que sustentam cânforas das quais jorram água, representam as águas do Sagrado Ganges ou também o Amrita obtido através do "Batimento ou Agitamento" do oceano do qual Lakshmi surgiu esplendorosa, com uma beleza sem par. Muitas vezes Laskhmi é mostrada portando uma cânfora com Amrita (elixir da imortalidade do espírito), coberta de Kusa (erva ritualística). Como Deusa da prosperidade Lakshmi, é chamada também como Dharidranashini (a que destrói toda a pobreza) e Dharidradvamshini (àquela que se opõe a pobreza). As vezes, se faz referência a ambos (Lakshmi-Vishnu) pelo nome Lakshmi-Narayan, sendo Narayan outro nome de Vishnu. Outros nomes que são dados para Laksmi incluem Hira (jóia), Indira (A Poderosa) e Lokamata (A Mãe do Mundo). Entretanto, é chamada também de Chanchala que significa "volúvel", ou aquela que não fica em um lugar por muito tempo. Isso significa que a fortuna e a riqueza não permanecem por tempo prolongado nas mãos de qualquer um. Somente aqueles que são merecedores do respeito da Deusa terão esse privilégio. Portanto, não devemos somente adorá-la, mas também não devemos desperdiçar dinheiro em artigos ou projetos desnecessários.
ein Bild A DEUSA E A CORUJA Em algumas pinturas (ou desenhos) Lakshmi aparece voando montada em uma coruja. A coruja é a representação simbólica do Rei dos Reis, chamado de "Uluka" quando aparece nessa forma, personificando a riqueza, o poder e a glória. Sendo assim, Lakhsmi, como uma Deusa da Fortuna, não poderia ter encontrado alguém melhor para lhe servir de montaria. Essa associação do Deus Indra a um pássaro que é parcialmente cego à luz do dia adverte sobre a procura secular da riqueza espiritual. Lakshmi associada ao Indra-coruja torna-se Mestra da sabedoria espiritual que dá todo o suporte para a riqueza material. Outra interpretação seria de que os olhos jamais se fecham para à luz da sabedoria ou para o sol do conhecimento. Toda Deusa-Mãe mantêm a ignorância sob o seu controle.
ein Bild FESTIVAL DIWALLI O festival de luzes de Lakshmi se chama Diwalli (25 outubro), que homenageia essa Deusa como a esposa de Vishnu. Nessa noite, as esposas hindus dançam particularmente para seus maridos. Lanternas de óleo são acesas por toda parte e pratos típicos são servidos. Esse é o Natal hindu, um período de boa sorte e prosperidade. Essa festa tem duração de uma semana. Um dos costumes associados com o Diwalli é o jogo, especialmente ao Norte da índia. Se diz que nesse dia a Deusa Parvati jogou os dados com seu marido Shiva e declarou que quem jogasse na noite de Diwalli, prosperaria durante todo o ano seguinte. Ainda hoje, os hindus conservam a tradição do jogo de cartas. Diwalli é de grande importância para a comunidade dos negócios. As casas e locais de trabalho se renovam e se decoram. As entradas se adoram com lindos motivos tradicionais de desenhos Rangoli para receber a Deusa da riqueza e da prosperidade. Para indicar sua tão esperada chegad se desenha por toda a casa pequenas pisadas com farinha de arroz. As lamparinas e velas devem ser mantidas acesas por toda a noite. As mulheres compram algo de ouro ou de prata, ou algum utensílio novo para ser usado nessa noite. Ao entardecer, quando se acendem as velas e lâmpadas de azeite, se venera a Deusa entoando canções de devoção e lhe é oferecido também, doces tradicionais. Os hindus devotos, creêm que Lakshmi atrai a boa sorte e a prosperidade. Se uma mulher é alegre e trabalhadora, se é boa cozinheira, ama a casa e os filhos, e se seu marido prospera, então seus amigos dizem: -"Tua mulher é uma verdadeira Lakshmi", ou seja, a mulher atrai a boa sorte. Normalmente a mulher casada, particularmente a mulher jovem casada e com filhos, é considerada portadora de boa sorte, pois apresenta aspectos da Deusa Lakshmi, ou seja, o arquétipo ativo da Deusa.
ein Bild DEUSA DA ECONOMIA Lakshmi representa a prosperidade mundana, é a abundância e riqueza, em particular nos aspectos domésticos. Ela é uma Deusa da Economia em geral e é muito popular entre empresários e comerciantes, os quais a adoram todos os dias antes de abrirem seus negócios. Em Nova Deli há um famoso e colossal templo de Lakshmi-Narayan. Foi construído por um multimilionário hindu moderno, um dos mais ricos da Índia em agradecimento a riqueza que já conseguiu. Mas, segundo os grandes Yoguis, se não estivemos afiançados com a pureza interior, não poderemos desfrutar do dom de Lakshmi que representa: o tesouro espiritual da iluminação. Por isso, são usadas muitas lanternas em suas festas, pois só a luz dissipa a obscuridade da ignorância, só a luz ilumina o caminho até a auto-realização, que é a maior fortuna que podemos aspirar: a paz interior.
ein Bild PARA ALCANÇAR A PROSPERIDADE Om Sreem Kareem Aum Kubera Lakshmi Kamala Daveenyai Dhanakashinyai Sowaha O mantra deve ser recitado 108 vezes e depois a riqueza e prosperidade estarão presentes em nossas vidas.

ORAÇÃO AOS ELEMENTAIS Pequeninos guardiães Seres de luz infinita De dia me tragam a paz De noite os dons da magia Invisíveis guardiães Protejam os quatro cantos da minha alma Os quatro cantos da minha casa Os quatro cantos do meu coração. 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A Nova Era..."SER DA NOVA ERA"



Os Nove Senhores do Tempo dispuseram-se a dar-te o Ser da Nova Era por vir.
arthurvianna.page.tl



"SER DA NOVA ERA"
H. Saraydarian
Às vezes, há quem pense que as pessoas da Nova Era
são os jovens ou as crianças do mundo, porque supõem
que cada nova era produz a sua própria colheita. Mas
não é assim. No passado, tivemos pessoas que estavam
3.000 anos à nossa frente em seu modo de pensar. Ser
nova era não tem nada a ver com a idade de uma pessoa,
mas com as expectativas e a realização. Não é a idade do
corpo que significa, mas a consciência. Se sua consciência
age em Harmonia com o Plano; se a sua vida como
um todo reflete a sua consciência; se você pensa e age
em termos de uma só humanidade, de um só
mundo; se sente que não pertence a si mesmo
mas à humanidade; se está desenvolvendo e
aperfeiçoando seus poderes intelectuais e também suas
qualidades do coração, seu amor e compaixão pela
vida como  um todo; se está tentando transfigurar
sua personalidade através do correto viver, sentir,
pensar e intuir; se está economizando o seu tempo,
energia e recursos para oferecê-los ao bem estar da
humanidade; se está dissolvendo o medo, o ódio, a
inveja e o ciúme através de sua própria vida e de seus
pensamentos; se está construindo pontes entre uma
pessoa e outra, entre uma nação e outrae desejando o
bem supremo para a humanidade; se está expandindo o seu
horizonte para o Cosmos e aprofundando sua humildade à
luz do Cosmos; se é agradecido pela existência como um
todo; se é capaz de compreender as flores, as árvores, os
pássaros, os animais e os seres humanos em seu
amor...  Então você é uma pessoa da Nova Era, uma
criança da Nova Era, e está no caminho para o Cosmos.
Você é uma tocha ardente, conduzindo a humanidade
da escuridão para a Luz, do irreal para o Real, da
morte para a Imortalidade, do caos à Beleza. Há uma
chamada, uma chamada para mais Luz, mais Amor, mais
Beleza. Os que ouvem essa chamada e a ela respondem,
entram num caminho de esforço, um caminho de Serviço,
um caminho de Alegria.

http://luzencena.tripod.com/reflex.html#texto1

Fechando para grande meditações...
Hoje um dia merecido pelos estudos profundos! Não apenas coloco aqui como leio tudo com calma com tranquilidade, analisando o há de melhor postar para todos. Isto requer estudo, paciência muita disciplina aos estudos.
Aqui só procuro o melhor para vocês como para mim também.
Sejamos todos viajantes nesta jornada chamado "VIDA" construindo em cada um uma caminhada para o bem servir a humanidade. Tudo em nossas vidas são as impermanências ora boas ou ruins.
Saibamos nos orientar pela "Luz da Verdade" como diz Osho "A VERDADE PURA", saibamos conduzir para uma jornada feliz de amor e redenção.
Sejamos poeiras cósmicas a flutuar pelo Universo como estrelas, expandindo o melhor dentro de nós.
Assim encontraremos o eqüilibrio natural e saudável para viver bem!

Boa Noite!!!

Segunda feira, se despede!!!


   Somos todos viajantes de uma jornada
cósmica – poeira de estrelas, girando e dançando
nos torvelinhos e redemoinhos do infinito: a vida é
eterna. Mas suas expressões são efêmeras,
momentâneas, transitórias. Gautama Buda disse
certa vez:   "Nossa existência é transitória como
as nuvens do outono. Observar o nascimento e
a morte do ser é como olhar os movimentos da dança.
Uma vida é como o brilho de um relâmpago
no céu, levada pela torrente montanha abaixo."
Nós paramos um instante para encontrar o outro
para nos conhecermos, para amar e compartilhar.
É um momento precioso, mas transitório. Um
pequeno parêntese na eternidade. Se partilhamos
carinho, sinceridade, amor, criamos abundância e
alegria para todos. Esse momento de amor
é eterno.  




    A expressão da alma é serena, mansasem 
arroubos ou depressões.A expressão da alma
é a expressão da paz, da tranqüilidade. A alma
não se exalta, nem se desespera. Se expressa 
sempre no mesmo tom, porque ela não busca 
nem evita nada, não tem que partir  nem chegar.
A alma vê e reage ao que vê,  sem ter que provar 
nada nem convencer ninguém. A alma brinca
e vive sempre da mesma maneira. Tudo para
ela é vida. Aexpressão da alma é a mais pura
e real expressão do seu eu interior. O ser 
interior, quando se expressa, é a expressão 
da verdade, daquilo que vê, sente, e ouve, sem 
subterfúgios, sem os jogos sociais. A alma, quando se
expressa, é percebida e sentida, vista e amada. A sua
expressão toca fundo nas pessoas, de maneira suave
e direta. Tocar as pessoas é um gesto da alma.
A máscara, os jogos encontram ressonâncias em outra 
máscara, em outros jogos. Para encontrarmos a 
pessoa do outro, precisamos nos expressar com a nossa
alma. É ela que atinge,transforma e faz vibrar na alma,
o contato, o encontro, o toque. A 
intimidade só é intimidade de almas. Na sua
profissão, você sabe, não tem jeito de ser efetivo 
sem a expressão da alma. É necessário que a
alma do outro se expresse para ser recebida 
e tocada pela sua. A sua alma será um convite
para a expressão da alma do outro. Se sua 
alma se esconder, ou não se expressar, você
estará mostrando ao outro que a alma dele também 
não poderá ser expressa. Então não haverá o 
encontro curativo. Ele perceberá que junto de você 
não existem condições para que sua alma se expresse.
Uma vez que você evita a sua própria, como então,
poderá receber a dele? Você só receberá a alma do
outro se estiver à vontade com a sua. Você só
encontrará o outro se antes tiver se encontrado com 
você. Sem você não poderá existir o outro.

Osho - A Verdade Pura


Verdade.
wwwerickfrases.blogspot.com


 A Verdade Pura



“O primeiro sutra.
Janak perguntou: 'Oh Senhor, como se alcança a sabedoria? E como acontece a libertação? E como o desapego é alcançado? Por favor, fale-me isto.'
         ‘Fale-me, Oh Senhor. Por favor, explique isto a mim.’ O rei Janak diz a um garoto de doze anos, ‘Oh Senhor, Bhagwan. Por favor, explique. Dê alguma compreensão a uma pessoa sem conhecimentos como eu. Desperte uma pessoa ignorante como eu.’ Três questões foram perguntadas. Como se alcança a sabedoria? Naturalmente, nós podemos querer saber: por que ele precisava perguntar? Existem livros repletos dessas coisas. Janak também sabia disto. Não é de sabedoria que os livros estão repletos. Estão repletos apenas da poeira que a sabedoria deixa para trás, das cinzas. Quando a chama da sabedoria queima, cinzas são deixadas para trás. As cinzas vão se acumulando e tornam-se escrituras. Os Vedas são cinzas; um dia eles foram carvoeiros queimando. Sábios védicos queimaram-nos em suas almas e as cinzas foram deixadas para trás. Depois as cinzas foram recolhidas, compiladas e organizadas sistematicamente. Da mesma forma como as pessoas recolhem as cinzas e os ossos depois que o corpo de um homem é cremado. Eles chamam aquilo de ‘flores’. As pessoas são muito estranhas. Elas nunca chamaram o homem de flor enquanto ele estava vivo, mas depois da cremação, elas recolhem os seus ossos dizendo que estão recolhendo as flores. Elas os conservam, guardando-os numa urna. Enquanto o homem estava vivo, ele nunca foi respeitado como uma flor; enquanto ele estava vivo, nunca olharam para ele como uma flor.Depois que ele morre, chamam seus ossos e cinzas de flores. O ser humano é insano! Da mesma maneira, quando um Buda está vivo, você não o ouve. Quando um Mahavira caminha entre vocês, vocês ficam com raiva. Parece que este homem está destruindo os seus sonhos ou está interferindo em seu sono: ‘isto é hora de se acordar? Justo na hora em que meu sonho estava começando a se tornar real, justo na hora em que o sucesso estava entrando em minha vida, quando as minhas chances estavam melhores, quando a flecha estava acertando o alvo – vem este camarada dizer agora que tudo isto é sem significado! Exatamente quando eu venci as eleições e o caminho para chegar ao poder estava aberto, aparece esse grande homem e diz que tudo era um sonho, que nada significava, que a morte virá e levará tudo. Não me fale isto! Quando a morte vier, nós veremos, mas não me venha trazer estas coisas agora.’ Mas quando Mahavira ou Buda morre, nós recolhemos todas as suas cinzas. Nós criamos o Dhammapada, nós criamos os Vedas com as cinzas e depois os cultuamos oferecendo flores. Janak também sabia que as escrituras estavam repletas apenas de informações. Mas ele perguntou, Como se alcança a sabedoria? – porque não importa o quanto você sabe, não é assim que se alcança a sabedoria. Você pode continuar reunindo mais e mais conhecimentos, aprendendo as escrituras com devoção, tornando-se papagaios, memorizando todos os sutras, deixando que os Vedas completos sejam impressos em sua memória – mas ainda assim não haverá sabedoria. Como se alcança a sabedoria? Como acontece a libertação? Ele pergunta porque o que chamamos sabedoria, conhecimento, na verdade nos amarram; como isto pode ser libertação? Sabedoria é aquilo que liberta. Jesus disse: ‘A verdade o libertará’. Sabedoria é aquilo que liberta – este é o critério da verdade. Os eruditos não parecem estar libertos, mas sim escravizados. Eles falam sobre libertação, mas não parecem ser livres. Eles parecem estar amarrados com mil correntes. Você já observou: as pessoas chamadas religiosas parecem estar mais escravizadas que você. Você pode ter um pouco de liberdade, mas os seus santos são mais presos que você. Eles são simples seguidores cegos da tradição. Eles não podem se movimentar livremente, eles não podem sentar-se livremente, eles não podem viver livremente. (...) Janak perguntou: Como acontece a libertação? O que é libertação? Explique-me a sabedoria que liberta.         Liberdade é o mais importante anseio do homem. Consiga tudo, mas se você não for livre, ficará uma dor. Alcance tudo, mas se a liberdade não for alcançada, você nada alcançou. O homem quer o céu aberto, sem limites. Este é o anseio mais profundo do homem, o anseio mais secreto: um espaço onde não existem limites, sem barreiras. Você pode chamar isso de anseio por se tornar divino, anseio por moksha, libertação. Em sânscrito, nós escolhemos a palavra certa, moksha. Uma palavra tão amorosa não existe em nenhuma outra língua. Existem palavras como céu, paraíso, mas tais palavras não têm a melodia de moksha. Moksha tem uma música sem igual. Ela simplesmente significa uma liberdade tão definitiva, que não há qualquer barreira; uma liberdade absolutamente pura e sem limites.
Janak perguntou: ...Como acontece a libertação? E como o desapego é alcançado? Oh Senhor, por favor, fale-me isto.
         Ashtavakra deve ter olhado com atenção para  Janak, porque isto é a primeira coisa que um mestre faz quando alguém lhe formula uma pergunta. Ele observa atentamente: De onde esta pergunta surgiu? Por que a pessoa formulou tal pergunta? A resposta do mestre só pode ser significante se ele compreender claramente porque a pergunta foi formulada.          Lembre-se: uma pessoa que alcançou a verdade, um mestre, não responde à sua pergunta. Ele responde a você. Ele não se importa muito com o que você pergunta, ele está mais interessado em saber por que você perguntou, o que está por trás da pergunta, o complexo escondido no inconsciente, qual desejo está realmente escondido por trás da tela de sua pergunta. Existem quatro tipos de pessoas no mundo: o sábio, o buscador, o ignorante e o idiota. E existem quatro tipos de perguntas. A primeira pergunta é sem palavras, é a pergunta do sábio, do gyani, daquele que sabe. Na verdade, a pergunta de um sábio não é uma pergunta. Ele sabe, nada ficou sem saber. Ele já alcançou, a mente tornou-se clara e calma. Ele chegou em casa, ele chegou ao estado de relaxamento.




Existenho Zen Tarot 
Assim, a pergunta de um gyani não é uma pergunta. Isto não significa que ele não esteja pronto para aprender. Um gyani se torna simples, como uma criança; ele está sempre pronto para aprender. Quanto mais você aprende, mais a prontidão para aprender aumenta. Quanto mais você se torna simples e inocente, mais você se abre ao aprendizado.O vento chega e encontra a sua porta aberta. O sol chega e não precisa bater na porta. A existência chega e o encontra sempre disponível.Um gyani não coleciona conhecimentos, ele simplesmente tem a capacidade de conhecer. Compreenda isto bem, porque será útil para você. ‘Gyani’ simplesmente significa aquele que está totalmente aberto para aprender, aquele que não tem qualquer prejulgamento, aquele que não tem qualquer amortecedor contra o aprendizado, aquele que não tem qualquer sistema ou estrutura de conhecimento montado previamente. Um gyani significa um dhyani, aquele que é meditativo.      
         Ashtavakra deve ter observado cuidadosamente, olhado dentro de Janak e visto que aquela pessoa não era um gyani, ele não havia atingido a meditação, caso contrário, a sua pergunta teria sido silenciosa, não haveria palavras nela. (...)  Ashtavakra deve ter olhado cuidadosamente. Quando você vem a mim e pergunta alguma coisa, você é uma pergunta mais importante do que o que você perguntou. Algumas vezes você pode perceber que eu respondi a uma pergunta que você não formulou. E talvez você pode até mesmo perceber que eu evitei a sua pergunta, deixei-a de lado e respondi alguma outra coisa. Mas para mim, a sua necessidade interna é sempre mais importante, o que você pergunta não é importante, porque você não sabe realmente o que está perguntando nem porque está perguntando. A resposta é dada somente para a sua necessidade, nada na resposta é definido pela sua pergunta. Ashtavakra deve ter visto que Janak não era um gyani. Seria ele ignorante então? Não, ele também não era ignorante, pois a pessoa ignorante é arrogante, ela se levanta cheia de orgulho. Ela não sabe nem mesmo como curvar-se em reverência, e este homem curvou-se aos seus pés, prostrou-se totalmente aos pés de um garoto de doze anos. Isto é impossível para um ignorante. O ignorante pensa que já sabe. Quem vai lhe explicar alguma coisa? Se uma pessoa ignorante pergunta, é apenas para provar que você está errado, porque o ignorante presume que ele já sabe e só quer ver se você também sabe ou não. A pessoa ignorante pergunta para testá-lo. Ashtavakra deve ter pensado, ‘Não, os olhos de Janak são muito claros. Embora ele seja um rei, ele perguntou-me, a um desconhecido, a um garoto de doze anos, ‘Oh Senhor, por favor, explique-me...’ Não, ele é humilde, ele não é ignorante. Seria ele um idiota? Idiotas nunca perguntam. Idiotas nem têm a idéia de que existe algum problema na vida.’ Existe uma semelhança entre os idiotas e os iluminados. Para os iluminados, nenhum problema permanece; para os idiotas nenhum problema sequer surgiu. Os iluminados foram além dos problemas; os idiotas nem entraram neles. Os idiotas são muito inconscientes, como podem formular perguntas? É impossível um idiota perguntar ‘O que é sabedoria?’, ou ‘O que é libertação?’ ou ‘O que é desapego?’ E se um idiota perguntar, ele perguntará como satisfazer suas paixões, como prolongar a sua vida. Libertação? Não, um idiota perguntará como tornar as suas correntes douradas, como colocar diamantes em suas correntes.Se um idiota pergunta, serão tais coisas. Sabedoria? Um idiota não consegue imaginar que sabedoria possa existir. Ele não consegue aceitar nem mesmo a possibilidade. Ele dirá, ‘O que é sabedoria?’ Um idiota vive como um animal.Não, Janak não é um idiota. Ele é um mumukshu, um buscador da verdade. A palavra ‘mumukshu’ precisa ser entendida. Mumukshu é o desejo por libertação, o desejo por moksha.          Ele ainda não alcançou a libertação, ele não é um gyani. Ele não está de costas para a libertação, ele não é um idiota. Ele não está preso a quaisquer idéias tradicionais a respeito de libertação, ele não é um ignorante. Ele é um mumukshu. Mumukshu significa que a sua pergunta é simples e direta. Ela nem está corrompida por idiotices nem distorcida por preconceitos ignorantes. Sua pergunta é pura, ele pergunta com uma mente inocente.
Ashtavakra respondeu: Oh amado, se você quiser libertação, então renuncie à paixão como veneno, e tome o perdão, a inocência, a compaixão, o contentamento e a verdade como néctar.
         ... se você quiser libertação, então renuncie à paixão como veneno. A palavra vishaya, paixão, é muito significante. Ela é derivada de visha, veneno. Visha significa uma substância que se alguém comer, morre. Vishaya significa aquilo que se consumirmos, morreremos repetidas vezes. Com paixões nós morremos repetidas vezes. Com comida nós morremos repetidas vezes; com ambições, raiva, ódio, inveja; consumindo estas coisas nós continuaremos morrendo repetidas vezes. Nós temos morrido repetidas vezes por causa dessas coisas. Até agora nós não temos realmente conhecido a vida através do viver, nós temos conhecido somente a morte. Até agora em nossa vida, onde está a tocha flamejante da vida? O que existe é apenas a fumaça da morte. Desde o nascimento até a morte, nós estamos morrendo aos poucos. Nós estamos vivendo? Nós morremos a cada dia. O que nós chamamos vida é um contínuo processo de morte. Nós ainda não conhecemos a vida. Como nós podemos estar vivendo? O corpo continua se enfraquecendo a cada dia, a força continua diminuindo a cada dia. O divertimento e a paixão continuam chupando nossa energia a cada dia, continuam nos envelhecendo. Paixões e desejos são como buracos, e a nossa energia e o nosso ser se esgotam através deles. No final, o nosso balde está vazio. Isto é o que nós chamamos morte. Você já observou? Se você atira um balde cheio de buracos dentro do poço, assim que ele afunda na água, parece que ele está cheio. Puxe a corda e levante o balde para fora da água e imediatamente ele começa a se esvaziar. Isto cria uma grande comoção. É isto que você chama vida? Caindo correntes de água. É isto que você chama vida? E na medida em que o balde se aproxima de suas mãos, ele se torna cada vez mais vazio. Quando ele chega às suas mãos, ele está vazio. Não há mais uma gota-d’água sequer. Assim é a nossa vida.         Uma criança, antes de nascer, parece estar cheia. Basta nascer e ela começa a se esvaziar. O primeiro dia de nascimento é o seu primeiro dia morrendo. Ela começa a se esvaziar: um dia morto, dois dias mortos, três dias mortos. O que você chama de aniversário, data do nascimento, deveria ser a data de sua morte. Estaria mais próximo da verdade. Você morreu por um ano e diz que um ano de vida aconteceu. Você tem morrido por cinqüenta anos e diz que viveu cinqüenta anos. ‘Vamos celebrar minhas bodas de ouro’. E você morreu por cinqüenta anos. A morte está se esboçando cada vez mais enquanto a vida está retrocedendo: o balde está se esvaziando. Você baseia o seu conceito sobre a vida naquilo que está retrocedendo ou naquilo que está se esboçando cada vez mais? Que tipo de inversão aritmética é esta? Nós estamos morrendo a cada dia, a morte se aproxima rastejando.Ashtavakra diz que paixões são venenosas porque cedendo a elas nós simplesmente morremos. Nós nunca conseguiremos vida alguma através delas.
Ashtavakra respondeu: Oh amado, se você quiser libertação, então renuncie à paixão como veneno, e tome o perdão, a inocência, a compaixão, o contentamento e a verdade como néctar.
         Néctar significa aquilo que dá vida, aquilo que dá imortalidade, ambrosia – aquilo que quando alguém encontra, não morre jamais. Então o perdão. A raiva é veneno. Perdão é ambrosia. Inocência. Astúcia é veneno. Simplicidade, inocência é néctar.Compaixão. Insensibilidade, crueldade é veneno. Bondade, compaixão é néctar. Contentamento. O verme do descontentamento segue devorando tudo. O verme do descontentamento se aloja no coração como um câncer. Ele continua penetrando internamente e espalhando veneno. Contentamento. Satisfação com aquilo que é, sem desejo por aquilo que não é. Aquilo que é, é mais do que suficiente. Aquilo que é, é mais do que necessário. Abra seus olhos um pouco e veja. Não é preciso impor contentamento na vida. Se você olhar atentamente, descobrirá que o que você tem é mais do que o que necessita. Você continua recebendo aquilo que você quer, você sempre obteve aquilo que você quis. Se você quis infelicidade, você obteve infelicidade. Se você quis felicidade, você obteve felicidade. Se você quis algo errado, você obteve. Os seus desejos modelaram a sua vida. O desejo é a semente e a vida é a sua colheita.  Vida após vida você tem obtido aquilo que você deseja. Muitas vezes você acha que desejou uma coisa e recebeu outra. O erro não está naquilo que desejou, você apenas escolheu uma palavra errada para aquilo que desejou. Por exemplo, você quer sucesso e obtém fracasso. Você diz que você fracassou porque o que você queria era o sucesso. Mas aquele que desejou o sucesso já aceitou o fracasso. Internamente ele estava com medo do fracasso. Por causa da possibilidade do fracasso, ele desejou o sucesso. E sempre que ele deseja o sucesso, a idéia do fracasso surge; a idéia do fracasso continua se fortalecendo. Algumas vezes ele será bem sucedido mas é certo que passará a sua jornada pela vida enfrentando fracassos após fracassos. A sensação de fracasso continua se aprofundando. Ela se aprofunda tanto que um dia ela se manifesta. Então você reclama que você queria o sucesso. Mas ao querer o sucesso, você pediu pelo fracasso.Lao Tzu disse, ‘Deseje o sucesso e você fracassará. Se você realmente quer o sucesso, nunca peça por ele. Então ninguém poderá fazê-lo fracassar.’Você diz que queria respeito mas está recebendo insultos. A pessoa que quer respeito não tem respeito por si mesma, mas quer o respeito dos outros. Aquele que não tem respeito por si quer que os outros tenham, para esconder esta sua falta de respeito por si. Esse desejo de respeito é o sinal de que internamente você sente desrespeito para consigo mesmo. Você tem uma sensação de que é um nada. Os outros devem fazer alguma coisa por você, colocá-lo num trono, hastear bandeiras para você, levantar bandeiras em seu nome. Os outros devem fazer alguma coisa. Você é um mendigo. Você já tinha se insultado quando pediu respeito. E este insulto continua se aprofundando.Lao Tzu diz, ‘Ninguém pode insultar-me, porque eu não quero respeito’. Isto é alcançar o verdadeiro respeito. Lao Tzu diz, ‘Ninguém pode me derrotar porque eu abandonei a idéia de vencer. Como você pode me derrotar? Você só pode derrotar aquele que quer vencer.’ Isto é um fato estranho.Neste mundo, aqueles que não pedem respeito, recebem-no. Aqueles que não pedem sucesso, obtém-no, porque aqueles que não pedem sucesso, já aceitaram que eles são bem sucedidos. Que sucesso maior você vai querer? Você já é respeitado pelo seu ser interno. O que mais você vai querer? A existência já lhe deu respeito ao lhe dar o nascimento. O respeito de quem mais você vai querer? A existência já lhe deu glória suficiente. Ela lhe deu a vida. Ela abençoou-o dando-lhe os olhos. Abra-os e veja essas árvores verdes, as flores e os pássaros. Ela lhe deu os ouvidos. Ouça a música, o som de uma cachoeira. Ela lhe deu consciência e assim você pode se tornar um Buda. O que mais você vai querer? Você já foi honrado. A existência já lhe deu o certificado. A quem você está, como um mendigo, pedindo um certificado? Àqueles que estão pedindo um certificado a você? Esta é uma situação muito hilariante. Dois mendigos, cara a cara, um pedindo ao outro. Como você pode obter alguma coisa? Ambos são mendigos. A quem você está pedindo respeito? Diante de quem você está de pé? Desta maneira, você está se insultando. E este insulto se aprofundará. Contentamento significa: Olhe para o que você já tem! Abra os seus olhos um pouco e veja o que você já obteve.Esta é uma chave extremamente valiosa que Ashtavakra está nos dando. Aos poucos isto irá se tornar claro para você. A visão de Askavakra é muito revolucionária, sem igual. Sua revolução é desde a própria raiz.  ... Tome ...o contentamento e a verdade como néctar. Porque aquele que vive em falsidade tornar-se-á ainda mais falso. Aquele que mente, que vive em mentiras, naturalmente estará rodeado por mentiras. Sua conexão com a vida será quebrada, suas raízes serão cortadas. Você quer estar enraizado na existência? As raízes somente serão possíveis através da verdade. Você só consegue estar conectado à existência através da autenticidade e da verdade. Você quer ser cortado da existência? Então crie uma tela esfumaçada de mentiras, crie grandes nuvens de mentiras ao seu redor. Quanto mais falso você se tornar, mais distante você estará da existência.
Você não é terra, nem ar, nem fogo, nem água, nem éter. Para alcançar a libertação, conheça a si mesmo como consciência de todas essas coisas, testemunhando.
         Esta declaração é tão imediata, nem sequer tem uma introdução. Ashtavakra proferiu duas sentenças diretas e chegou à meditação. Ele começou a falar sobre samadhi, sobre meditação profunda. Aquele que sabe só dispõe do samadhi para compartilhar. Primeiro ele disse duas sentenças porque se ele tivesse começado imediatamente a falar sobre samadhi, talvez você ficasse assustado demais para entender. Por isso as duas sentenças e, imediatamente após, ele já está falando sobre samadhi. Ashtavakra nem mesmo dá os sete passos. Buda deu sete passos e no oitavo, o samadhi. Ashtavakra nos traz o samadhi já no primeiro passo.
Você não é terra, nem ar, nem fogo, nem água, nem éter..
         Permita-se relaxar nesta verdade...
Para alcançar a libertação, conheça a si mesmo como consciência de todas essas coisas, testemunhando.
         A testemunha é a chave. Não existe chave alguma mais valiosa que esta. Seja o observador. O que acontecer, deixe que aconteça. Não há qualquer necessidade de interferir. O corpo é composto por terra, ar, fogo, água e éter. Você é a lâmpada interna pela qual tudo isso – terra, ar, fogo, água e éter – são iluminados. Você é o observador.
Entre profundamente nisto.
... conheça a si mesmo como consciência de todas essas coisas, testemunhando.
         Este é o mais importante sutra na existência. Seja uma testemunha. A sabedoria acontecerá através disto. O desapego acontecerá através disto. A libertação acontecerá através disto. As perguntas eram três, mas a resposta é uma.
Se você puder separar-se do corpo físico e descansar em consciência, então neste exato momento você será feliz, em paz e livre da escravidão.
         ...Neste exato momento! É por isto que eu digo que isto é uma revolução desde a raiz. Patanjali não é tão corajoso para dizer, ‘Neste exato momento.’ Patanjali diz, ‘Pratique disciplina interna e externa. Pratique o controle da respiração, volte-se para dentro e posturas de yoga. Purifique-se. Isto levará inumeráveis vidas, e depois a iluminação. ..’         Mahavira diz, ‘Pratique os cinco grandes votos. E quando inumeráveis vidas tiverem passado, o descondicionamento acontecerá, a purificação acontecerá. Então os vínculos do karma serão cortados.’ Ouça Ashtavakra:
Se você puder separar-se do corpo físico e descansar em consciência, então neste exato momento você será feliz, em paz e livre da escravidão.
         Exatamente aqui, exatamente agora, neste exato momento, Se você puder separar-se do corpo físico e descansar na consciência... Se você começar a ver o fato, .’Eu não sou o corpo, eu não sou o fazedor nem o que desfruta a vida: sou aquele escondido dentro de mim que vê tudo... Quando a infância veio, ele viu a infância; quando a juventude veio, ele viu a juventude; quando a velhice veio, ele viu a velhice. A infância não permaneceu, assim eu não posso ser a infância. Ela veio e passou, e ainda estou. A juventude não permaneceu, assim eu não posso ser a juventude. Ela veio e passou, e ainda estou. A velhice veio e está indo, assim eu não posso ser a velhice...Como eu posso ser aquilo que vem e vai? Eu estou sempre. Aquele a quem a infância vem, a quem a juventude vem, a quem a velhice vem... a quem milhares de coisas vieram e se foram. Eu sou aquele eterno, perpétuo.’ Como as estações de trem, elas seguem mudando: infância, juventude, velhice, nascimento. O viajante continua se movimentando. Você nunca pensa que se tornou um com as estações de trem. Vindo à estação de Puna, você não pensa que você é Puna. Quando você alcança Manmad você não pensa que você é Manmad. Você sabe que Puna chegou e ficou para trás.Manmad chegou e ficou para trás. Você é um viajante. Você é o observador que viu Puna; Puna chegou e ficou para trás; que viu Manmad, Manmad chegou e ficou para trás. Você é aquele que vê.A primeira coisa: separe o que está acontecendo do observador.
... separe a si mesmo do corpo físico e descanse em consciência...
         Nada mais há de valor a se fazer.
Assim como a chave do sutra de Lao Tzu é a entrega, a chave do sutra de Ashtavakra é o descanso, o relaxamento. Nada há para se fazer. As pessoas vêm a mim e perguntam como meditar. A própria pergunta está errada. Eles formulam uma pergunta errada, por isto eu digo a eles para fazer tal coisa. O que eu devo fazer? Eu digo a eles, ‘façam – uma coisa ou outra tem que ser feita.’ Você está coçando para fazer alguma coisa e essa coceira tem que ser satisfeita. Se ela coça, o que fazer? Ela não pode ficar sem ser coçada. Mas, pouco a pouco, só por mantê-los ocupados fazendo algo, eu os faço ficarem cansados. Então eles dizem, ‘Alivie-nos disto. Por quanto tempo nós continuaremos a fazer isto?’ Eu digo, ‘Eu estava pronto desde o início para lhes dizer, mas vocês precisavam de tempo para entender. Agora, relaxem!’

Silence -  Osho Zen Tarot
         O significado final da meditação é descansar... Descanse em consciência... Aquele que deixa sua consciência estar relaxada, aquele que descansa apenas em ser... Nada há para se fazer, porque você já tem tudo aquilo que está buscando, porque você nunca perdeu aquilo que está buscando. Não é possível perder, porque aquilo é a sua natureza. Você é o divino. Ana’l haq – você é a verdade. Que lugar você está procurando, para onde você está correndo? Em busca de si mesmo, para onde você está correndo? Pare. Relaxe. O divino não é alcançado através da corrida, porque ele está escondido dentro daquele que corre. O divino não é alcançado por se fazer alguma coisa, porque ele está escondido dentro daquele que faz. Para experienciar o divino, nada precisa ser feito; você é ele. Então Ashtavakra diz: ...descanse em consciência... Relaxe, deixe-se desligar. Deixe ir essa tensão. Para onde você está indo? Não há lugar algum para ir, não há lugar algum para ser alcançado... e descanse em consciência... agora ...neste exato momento você será feliz, em paz e livre da escravidão. A declaração é sem igual. Nenhuma outra escritura é comparável a isto.
Você não é um brâmane ou outra casta, você não está em qualquer um dos quatro estágios da vida, você não é percebido pelos olhos nem pelos outros sentidos. Desapegado e sem forma, você é a testemunha de todo o universo. Saiba isto e seja feliz.
         Como pode um brâmane escrever um comentário sobre isto? Você não é um brâmane ou outra casta... Como pode um hindu trazer esta escritura ao seu coração? Toda a sua religião é baseada em castas e estágios da vida. E desde o começo de tudo, Ashtavakra está cortando as raízes destas crenças. Ele diz que você não é um brâmane, nem um sutra, a casta baixa, nem um xátria, o guerreiro. Tudo isto é tolice. Tudo isto são projeções. Tudo isto são jogos da política e da sociedade. Você simplesmente é brahma, o divino, não um brâmane, não um xátria, não um sudra.
Você não é um brâmane ou outra casta, você não está em qualquer um dos quatro estágios da vida...
         E você não é um estudante brahmacharya ou um chefe de família, nem está num estágio antes do sannyas, você não está em qualquer um dos quatro estágios da vida. Você é o observador, a testemunha que está dentro, passando através de todas estas situações.Os hindus não podem reivindicar que o Ashtavakra Gita seja deles. O Ashtavakra Gita é de todos. Se existissem muçulmanos, hindus e cristãos no tempo de Ashtavakra, ele teria dito, ‘vocês não são hindus, nem cristãos, nem muçulmanos.’ Quem construiria um templo para Ashtavakra? Quem iria patrocinar suas escrituras? Quem iria reivindicá-lo? ...Ninguém, porque ele está negando todos. Isto é uma declaração direta da verdade.
Desapegado e sem forma, você é a testemunha de todo o universo. Saiba isto e seja feliz.
         Ashtavakra não diz que depois que você tiver tomado conhecimento disto você se tornará feliz. Ouça a sua declaração atentamente. Astavakra diz: Saiba isto e seja feliz.
Você não é um brâmane ou outra casta, você não está em qualquer um dos quatro estágios da vida, você não é percebido pelos olhos nem pelos outros sentidos. Desapegado e sem forma, você é a testemunha de todo o universo. Saiba isto e seja feliz.
         Seja feliz. Seja feliz agora. Janak pergunta, ‘Como se pode ser feliz? Como a libertação pode acontecer? Como a sabedoria pode acontecer?’ Ashtavakra diz que isto pode acontecer exatamente agora. Não há necessidade de se demorar nem mesmo um momento. Não há qualquer razão para deixar isto para amanhã, nenhuma necessidade de se adiar isto. Este acontecimento não acontece no futuro, ele acontece agora ou nunca. Quando ele acontece, é exatamente agora, porque não existe outro tempo a não ser agora. Onde está o futuro? Quando ele chega, é como agora. Assim, aqueles que se tornaram iluminados, foram no agora. Não deixaram para algum outro dia. Isto é esperteza da mente. A mente argumenta, ‘Como isto pode acontecer tão depressa? Primeiro você tem que se preparar.’As pessoas chegam a mim e dizem, ‘nós pediremos sânias. Algum dia nós pediremos.’ Algum dia! Elas nunca pedem. Se você adia isto, você adia para sempre. ‘Algum dia” nunca chega. Se você vai pedir, peça agora. Não existe outro tempo a não ser agora. Vida é agora, libertação é agora. Ignorância é agora, o saber é agora. Dormir é agora, o despertar pode acontecer agora. Por que algum dia?         Isto é difícil para a mente; ela diz, você terá que fazer preparações. A mente argumenta, ‘Como alguma coisa pode acontecer sem preparação? Quando uma pessoa quer um diploma de uma universidade, isso leva anos. Até alcançar um doutorado leva-se de vinte a vinte e cinco anos, trabalhando ano após ano, até que finalmente se obtém o doutorado. Como isto pode acontecer exatamente agora?' Ashtavakra sabe disto. Se você quiser ter uma loja, você não pode abri-la neste momento. Você terá que reunir tudo, arrumar as coisas, trazer os bens, construir a loja, atrair os clientes, colocar os anúncios. Isto pode levar anos. Neste mundo nada acontece exatamente agora. As coisas seguem passos ordenadamente, e isto é bom. Ashtavakra sabe disto e eu também. Mas existe um fenômeno neste mundo que acontece exatamente agora. É o divino. O divino não é a sua loja nem a sua banca examinadora, nem a sua universidade. O divino não acontece em degraus, ele já aconteceu. É simplesmente uma questão de se abrir os olhos. O sol já surgiu. Ele não está esperando pelos seus olhos, dizendo que está aguardando seus olhos se abrirem para ele surgir. A luz se espalhou por toda parte. Sua música está ressoando dia e noite. O som de Aum está vibrando em todas as direções. A música intangível está ecoando em todo lugar. Abra seus ouvidos! Abra seus olhos!Quanto tempo levará para abrir os olhos? Para se alcançar o divino, leva-se menos tempo. Leva-se um instante para a pálpebra piscar. A palavra hindi para ‘instante’ significa o tempo que se leva um piscar de olhos. Mas não se leva tanto tempo para se alcançar o divino... você é a testemunha de todo o universo. Saiba isto e seja feliz. Seja feliz agora. A religião de Ashtavakra não é a prestação. Ela é em dinheiro vivo, dinheiro na mão.
Oh expansivo, religião e ateísmo, felicidade e miséria – tudo são coisas da mente, elas não são para você. Você não é o que faz nem o que se diverte. Você sempre esteve liberto.
         A iluminação é a nossa natureza inata. Sabedoria é a nossa natureza interior. Divino é o nosso jeito de ser. É o nosso centro. É a fragrância de nossa vida, nosso ser. Ashtavakra diz: Oh expansivo... oh portador da alegria, oh magnificência luxuosa, ...religião e ateísmo, felicidade e miséria – tudo são coisas da mente...Tudo são ondas de pensamentos. Você fez o bem ou o mal, cometeu pecados ou praticou boas ações, construiu um templo ou deu esmolas – todas essas coisas são da mente.
Você não é o que faz nem o que se diverte. Você sempre esteve liberto.
         Vocês são eternamente livres, vocês sempre foram livres.Libertação não é um acontecimento pelo qual precisamos nos esforçar. Libertação já aconteceu em nosso ser. Toda a existência é feita de liberdade. Cada partícula dela, cada poro dela é feito de libertação. Liberdade é o material com o qual toda a existência é produzida. Liberdade é a própria natureza dela. Esta afirmação – basta compreendê-la e a transformação acontece. Nada há para se fazer exceto compreender isto. Se isto penetrar em você, se você ouvir isto com toda a sua mente, será o bastante.


The Master - Osho Zen Tarot
 Faça um esforço total para compreender Ashtavakra. Com Ashtavakra não há lugar para o fazer. Não pense que vai surgir algum método para você praticar. Ashtavakra nada sugere para ser feito. Ouça em repouso. Nada vai acontecer através do fazer. Assim, não traga um bloco de rascunho ou um caderno para fazer anotações quando surge um sutra. Não anote em baixo algo para se fazer depois.O fazer não funciona aqui. Ouça sem se preocupar com o futuro. Simplesmente ouça. Sente-se em silêncio comigo e ouça. Ouça-me relaxadamente. Apenas ouça... ouvindo você se torna iluminado! (...)  Com Ashtavakra uma coisa tem que ser lembrada: nada existe para se fazer. Você pode ouvir alegremente. Você não tem que extrair nada daquilo, nem tentar depois. O que tiver que acontecer aconteceráao ouvir. 
A chave é ouvir corretamente.

... neste exato momento você será feliz, em paz e livre da escravidão.
Liberte-se agora. Ilumine-se neste exato momento. Ninguém está detendo você, nada está impedindo você. Não há qualquer necessidade de se mover um centímetro. Ilumine-se agora onde você está, porque você já é livre. 
Desperte-se e ilumine-se.
Desapegado e sem forma, você é a testemunha de todo o universo. Saiba isto e seja feliz.
         Seja feliz. Não há necessidade de se esperar um único momento. É um salto, um salto quântico.
Com Ashtavakra não existem degraus. Não é uma evolução gradual, mas repentina. Pode acontecer neste exato momento.
Hari Om Tat Sat!

                                                    OSHO – Enlightenment: The Only Revolution- Cap. 1                                                                    Tradução: Sw. Bodhi Champak
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Uma reflexão profunda...