Sempre na minha mente e no coração...

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quinta-feira, 24 de março de 2022

'A VIDA ENSINA' com Artur da Távola

 A VIDA ENSINA


Se você pensa que sabe; que a vida lhe mostre o quanto não sabe.
Se você é muito simpático mas leva hora para analisar seu pensamento; que a vida ensine que explica melhor o seu problema, aquele que começa pelo fim.


Se você faz exames demais; que a vida lhe ensine que doença é como esposa ciumenta: se procurar demais, acaba achando. Se você pensa que os outros é que sempre são isso ou aquilo; que a vida lhe ensine a olhar mais para você mesmo.


Se você pensa que viver é horizontal, unitário, definido, monobloco; que a vida sine a aceitar o conflito como condição lúdica da existência. Tanto mais lúdica quanto mais complexa.


Tanto mais complexo quanto mais consciente. Tanto  mais consciente quanto mais difícil.


Tanto mais difícil quanto mais grandiosa. Se você pensa que disponibilidade com paz não é felicidade; que a vida o ensine a acontecer os raros momentos em que ela (a paz) surge.


Que a seguir as coisas que são peculiares, por si mesmo, que não existem, por si mesmas, que são peculiares e que não existem, por mais úteis, úteis e podem ser mais úteis e mais úteis e podem ser mais úteis e úteis podem ser fornecidos, a serem cumpridos. que fundo, não soam como, embora pareçam tão aparentes e se a ele tais, enganosas. Que a vida nos ensine, a todos, a nunca dizer as verdades na hora da raiva.


Que aproveitemos apenas de forma direta e lúcida pela qual verdades se nos manifeste por seu intermédio; mas para dizê-las depois. Que a vida ensine que tão ou mais difícil do que ter razão, é saber tê-la. Que aquele garoto que não vem, coma.


Que aquele que mata, não mate. Que aquela timidez do pobre passe.
Que a moça se forme. Que o jovem jovie.


Que o velho velho. Que a moça moce. Que a luz luza. Que a paz paz.
Que o soe. Que a mãe manhe. Que o pai paie. Que o sol único. Que o filho filhe. Que a árvore arvore.


Que o ninho aninhe. Que o mar égua. Que um núcleo cor. Que o abraço abraça. Que o perdão perdoe.


Que tudo vir verbo e verbo. Verde. Como a esperança. Pois, do jeito que o mundo vai, dá vontade de apagar e começar tudo de novo. A vida é substantiva, nós é que somos adjetivos.


Artur da Távola
https://www.pensador.com/autor/artur_da_tavola/

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