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sábado, 27 de maio de 2017

ARQUITETURA...Lar carioca em meio à Mata Atlântica.

Lar carioca em meio à Mata Atlântica

Uma releitura da arquitetura colonial brasileira

1/11/2012| POR CYNTHIA GARCIA, FOTOS: CRISTIANO

 MASCARO
  (Foto: Cristiano Mascaro)
As casas do arquiteto Jorge Hue festejam a elegância, o conforto e a brasilidade. O mestre, hoje com 89 anos, sonhou com esta casa durante anos. Em 1968, arquitetou-a, construiu-a e viveu nela com dona Ana Luísa e seus sete filhos por mais de 30 anos, até ser recentemente adquirida pelos novos proprietários.
Assim como a Waterfall House, de Frank Lloyd Wright, a casa projetada por Hue brota em relevo acidentado. “Coloquei nela tudo o que amava. Não fiz concessão a nenhum modismo besta. É uma casa espaçosa, esparramada no terreno, mas sem agredi-lo, assim como a orquídea se acomoda no galho da árvore. Foi construída com muito amor”, conta o senhor arquiteto, com saudoso orgulho.
  (Foto: Cristiano Mascaro)
Em 2011, o destino fez com que o projeto de reforma encomendado pelos novos donos coubesse a outro importante nome da arquitetura carioca, Paulo Jacobsen, que, coincidentemente, por ser amigo dos filhos de Hue, teve o prazer de frequentá-la na adolescência. A reforma centrou-se na reorganização dos espaços em torno da vida dos novos moradores.
O jardim – um esplendor, xodó do casal – leva a assinatura da paisagista Paula Bergamin. “Foram plantadas mais de 50 árvores nativas, entre ipês, quaresmeiras, pitangueiras, jabuticabeiras, pau-mulato, pau-jacaré, palmitos-juçara e tantas outras”, explica. A propriedade é uma bela releitura da arquitetura colonial brasileira, numa escala apropriada ao século 20.
* Leia a matéria completa publicada em Casa Vogue #327 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)
  (Foto: Cristiano Mascaro)

  (Foto: Cristiano Mascaro)

  (Foto: Cristiano Mascaro)

  (Foto: Cristiano Mascaro)

  (Foto: Cristiano Mascaro)

  (Foto: Cristiano Mascaro)

  (Foto: Cristiano Mascaro)

  (Foto: Cristiano Mascaro)

  (Foto: Cristiano Mascaro)

  (Foto: Cristiano Mascaro)

   (Foto: Cristiano Mascaro)

  (Foto: Cristiano Mascaro)

  (Foto: Cristiano Mascaro)
 http://casavogue.globo.com/Interiores/noticia/2012/10/lar-carioca-em-meio-mata-atlantica.html

ARQUITETURA / INTERIORES... Casa ostenta ‘a melhor vista do Rio’

Casa ostenta ‘a melhor vista do Rio’

Morada no Joá ganha vida nova após 40 anos fechada


24/10/2012 | POR SÉRGIO ZOBARAN; FOTOS: FILIPPO BAMBERGHI

A história desta casa é longa, começa em 1920. Mas a carioca Telma Rocha correu atrás. A residência foi erguida no Joá para um casal de ingleses que veio para cá fugido da 1ª Guerra Mundial e, depois, foi vendida a uma alemã que fugiu da segunda. Fechada por 40 anos, “a vista mais bonita do Rio, entre o mar e a Pedra da Gávea”, como elogia Telma, foi finalmente arrematada por ela em 1998, ao descobrir os herdeiros do proprietário seguinte para ser seu refúgio de paz, sem vizinhos, em meio à Mata Atlântica.
O portão destruído e o alto matagal escondiam o terreno de 5 mil m² em três platôs, uma escadaria junto a uma antiga piscina e uma sólida construção de 500 m² com arcos, em dois andares, tudo feito com as pedras retiradas do próprio morro. Uma grande reforma, empreendida pela dentista que cursou dois anos de arquitetura, transformou o prédio abandonado em uma confortável residência com o dobro de seu tamanho original, organizada em três pisos – agora, o sótão passa a ser usado. É neste imenso aposento que Telma, acumuladora compulsiva, armazena sua coleção de portas antigas, móveis e achados pelo Brasil e pelo mundo.
As salas de estar, jantar e almoço, a varanda hoje fechada com vidro,  o lavabo, a cozinha, a lavanderia e duas áreas de serviço estão no primeiro andar. O segundo pavimento, por sua vez, dá lugar a três grandes quartos nenhuma suíte, como no original, e um pátio externo.
  (Foto: Filippo Bamberghi)
Do lado de fora, uma horta completa, um lago, um caramanchão e a piscina revivida com sua água natural, de uma fonte nascida ali. E, também, um quarto de hóspedes com banheiro ao ar livre, em meio à floresta. O jardim, com muitas flores, como hibiscos e azaleias, é cuidado por Telma e abriga mangueiras, jaqueiras, bananeiras, abacateiros, laranjeiras. “Aqui, em se plantando, tudo dá, como dizia Pero Vaz de Caminha”, orgulha-se a dona, ao lado de seu cão, mistura de rottweiler e labrador.
Apesar de todas as vantagens ecológicas (“são seis meses de lareira e apenas um de ar-condicionado”), ela relembra que as pedras foram unidas com óleo de baleia, técnica hoje considerada politicamente incorreta, mas que, por garantir paredes de fortaleza, possibilitou a abertura de arcos sem danificar a estrutura da residência, o que trouxe mais luz aos interiores.
A garagem antiga se transformou em sala de jantar voltada para a piscina, e uma nova foi construída. As paredes agora têm várias cores, como terracota, verde-garrafa e pérola. Nos quartos, a cor é o azul. Os pisos que substituem os antigos são de peroba-do-campo ou de cerâmica Brennand intercalada com frisos de madeira, com tapetes marroquinos, curdos e turcos.
Por toda a casa, espalham-se obras de arte: Teruz, José Bechara, Tunga, Agostinelli e Fábio Del Re, fotógrafo e um de seus ex-maridos. O mobiliário mistura o novo e o antigo, com peças de família e outras adquiridas, como sofás e cadeiras vintage.
Neste lar eclético, Telma toca piano, lê e prepara comida mediterrânea para poucos amigos. “A riqueza é sinônimo de espaço, tempo e silêncio”, diz a ex-hippie que ama ver a lua nascer no mar, com as Ilhas Cagarras à frente como paisagem eterna.
* Matéria publicada em Casa Vogue #326 (assinantes têm acesso à edição digital da revista) 
  (Foto: Filippo Bamberghi)
  (Foto: Filippo Bamberghi)
  (Foto: Filippo Bamberghi)
  (Foto: Filippo Bamberghi)
  (Foto: Filippo Bamberghi)
  (Foto: Filippo Bamberghi)
  (Foto: Filippo Bamberghi)
  (Foto: Filippo Bamberghi)
  (Foto: Filippo Bamberghi)
  (Foto: Filippo Bamberghi)



http://casavogue.globo.com/Interiores/noticia/2012/10/casa-melhor-vista-rio-janeiro.html

ARQUITETURA... Casa com vidro: na copa das árvores e rodeada de Mata Atlântica

Casa com vidro: na copa das árvores e rodeada de Mata Atlântica

A casa de praia em Ubatuba deixa entrever um cenário de tirar o fôlego - árvores e muita beleza nativa do litoral de São Paulo


Por Eliana Medina (visual) e Lara Muniz (texto) Fotos Célia Mari Weiss


Filtrada pela mata, a luz entra à vontade, pois não há cortinas pelo caminho. Sem elas, o refúgio se conserva integrado à paisagem, que presenteia os moradores com cenários incríveis tanto de dia, sob o sol, quanto à noite, regado pelo luar. “Sempre desejei uma casa inserida por inteiro na natureza. Isso se reflete até nos materiais, sustentáveis e abundantes na região. Tínhamos grande reocupação em ocupar o espaço sem erguer uma estrutura que fosse chocante para o entorno”, detalha Américo Júnior, proprietário e amigo de longa data do arquiteto André Guidotti, autor do projeto. A busca do terreno ideal foi o primeiro desafio. Afinal, perto do mar, as exigências construtivas para garantir o equilíbrio ecológico são numerosas. “Usamos apenas 30% do lote a fim de interferir o mínimo possível na área. A construção se acomoda numa clareira já existente no local, algo que também contribuiu para causarmos o menor impacto”, conta André. Além da estrutura de madeiras de reflorestamento, mais soluções despontam como inteligentes decisões verdes. O conforto térmico da suíte, por exemplo, está assegurado graças a uma medida simples: o duto exaustor do fogão a lenha passa por uma de suas paredes, o que aquece o ambiente em dias frios. Outro recurso útil consiste em aparafusar os fechamentos de vidro do lado de fora das esquadrias – isso protege a madeira e evita a criação de nichos em que insetos indesejados poderiam se instalar. Já as telhas de fibrocimento receberam uma camada de pintura látex na cor palha, saída que ameniza o calor e dificulta a impregnação de sujeira. “Apesar de simples, ou talvez justamente por isso, esta casa foi planejada para ser básica e duradoura, como a boa e velha combinação de tênis, jeans e camiseta. Daqui a 20 anos, quando fizermos uma foto, tenho certeza de que ela continuará atual”, acredita Júnior.

http://casa.abril.com.br/materia/casa-com-vidro-na-copa-das-arvores-e-rodeada-de-mata-atlantica
Delineada no piso com cimento e Pó Xadrez (Lanxess), a estrela que simboliza os pontos cardeais é a atração do estar. O detalhe homenageia o proprietário, piloto de helicóptero. Renata acompanha o marido em esportes, como surfe e mergulho, que praticam no mar, a 80 m da residência. A casa tem projeto de André Guidotti.

modo slideshow 

Para ganhar área sem se elevar muito, a casa se espalha em quatro meios-níveis. O recurso atendeu, ainda, ao desejo do morador de permanecer bem à altura da copa das árvores. 

Projeto de André Guidotti.
Palco para jogar conversa fora e saborear refeições preparadas no fogão a lenha, a varanda principal é um dos ambientes mais concorridos, com cobertura de vidro que protege da chuva, mas libera a visão do céu. A cor das paredes externas é artesanal massa de cimento branco, areia e Pó Xadrez, protegida por resina impermeabilizante.
A suíte máster está na parte mais alta da construção. O quarto repete os elementos comuns a esse projeto de André Guidotti: cimento queimado, vidro e muita madeira.

No banheiro, a bancada de mármore branco pinta verde (Gramartins) faz par com as pastilhas cerâmicas. Resguardado pela mata, o boxe envidraçado cria uma impressão de banho ao ar livre. Projeto de André Guidotti.

De volta ao térreo, na cozinha, janelas basculantes trazem luz e deixam a brisa circular. Projeto de André Guidotti.

No patamar da escada, entre a sala e o quarto do casal, pausa para um descanso na rede. Projeto de André Guidotti.

Entre a sala e a varanda, o clima é despojado: a madeira da estrutura confere aconchego, ao mesmo tempo que o cimento queimado oferece praticidade na hora da limpeza. No lado externo, deck de cumaru. Para proteger toda a madeira à mercê das intempéries, aplicou-se stain Osmocolor (Montana). 
Projeto de André Guidotti.

Do lado de fora, percebe-se a naturalidade com que a fachada da /casa se insere na vegetação. O cuidado de elevar as lajes do solo (para fugir da umidade) também fica explícito aqui: a fundação com sapatas isoladas serve de apoio para o esqueleto erguido com eucalipto-citriodora e muiracatiara, espécies fartas na região, onde se ergue esse projeto de André Guidotti.

Passado o portão, o piso de granito rústico conduz à entrada e compõe a base das alvenarias. Ao redor da construção, o pátio é de dormentes e pedriscos.

Área: 198 M²; Construção: Almir Coutinho; Madeiramento: Madeireiro; Esquadrias e Armários: Marcenaria Ubatuba;


http://casa.abril.com.br/materia/casa-com-vidro-na-copa-das-arvores-e-rodeada-de-mata-atlantica#11

ARQUITETURA... Casa moderna se abre para a natureza

Casa moderna se abre para a natureza


Estrutura circular cria sala com vista para dentro e fora
12/12/2014 | POR MARLEY GALVÃO; 
FOTOS CHONG EIFFEL / DIVULGAÇÃO

A versatilidade do arquiteto Fabian Tan, que atua tanto em projetos arquitetônicos e de interiores quanto no universo das artes, com obras e instalações expostas em mostras, o levou a dar um toque de modernidade a uma casa em Kuala Lumpur, na Malásia, onde ele mantém seu escritório.



Diante de uma morada de campo, com direito a telhado rústico, o arquiteto decidiu enveredar pelas linhas retas na entrada da nova residência de 475m². Logo de cara, o visitante tem a sensação de entrar numa casa de estilo contemporâneo. E está mesmo. As placas de concreto aparente e as grandes árvores anunciam de forma contraditória a “suavidade” do lar.




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Casa brasileira com sotaque italiano

Passada a porta principal, de madeira, o olhar percorre um amplo living branco em praticamente sua totalidade. Sim, piso e paredes branquíssimos, propositadamente para reforçar a incidência de luz natural. A iluminação artificial discreta reforça o tom minimalista do espaço, que surgiu com a demolição das paredes. Para quebrar a monocromia do ambiente, um sofá em nuance bege dialoga sem comprometer a proposta.


Mas o grande destaque desta moradia vai além. É orgânico. Logo na visita inicial ao antigo imóvel, o arquiteto se inspirou nas grandes árvores para conceber o projeto. 
E daí surgiu uma área circular que intriga no primeiro momento. Envolta por uma estrutura de madeira que se abre para a área externa, o espaço surpreende ainda mais ao se descerrar por completo, sem obstáculos, dando a impressão de se estar no jardim. À noite, outro encanto, sua iluminação se amplia por entre a estrutura de madeira. No décor, apenas o essencial – dois sofás, uma cadeira e uma mesa de centro – para não poluir.



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Seguindo a mesma linguagem, a sala de jantar, que fica na extremidade oposta da casa, também incorpora a elegância discreta. Linhas retas, tons neutros e sem barreiras no quesito vista para o verde, proporcionado pelas amplas portas de vidro de correr, o ambiente foi projetado para garantir privacidade e ao mesmo tempo visão longitudinal do jardim. Para complementar, mobiliário de madeira.



Já a área íntima, que fica no piso superior, e tem acesso por uma escada com os degraus revestidos de madeira, foi basicamente mantida em sua estrutura, mas, no décor, trilhou o mesmo caminho do pavimento térreo ao adotar o branco e os traços limpos.























http://casavogue.globo.com/Arquitetura/Casas/noticia/2014/12/c
asa-moderna-se-abre-para-natureza.html