Lar carioca em meio à Mata Atlântica
Uma releitura da arquitetura colonial brasileira
1/11/2012| POR CYNTHIA GARCIA, FOTOS: CRISTIANO
MASCARO
MASCARO
As casas do arquiteto Jorge Hue festejam a elegância, o conforto e a brasilidade. O mestre, hoje com 89 anos, sonhou com esta casa durante anos. Em 1968, arquitetou-a, construiu-a e viveu nela com dona Ana Luísa e seus sete filhos por mais de 30 anos, até ser recentemente adquirida pelos novos proprietários.
Assim como a Waterfall House, de Frank Lloyd Wright, a casa projetada por Hue brota em relevo acidentado. “Coloquei nela tudo o que amava. Não fiz concessão a nenhum modismo besta. É uma casa espaçosa, esparramada no terreno, mas sem agredi-lo, assim como a orquídea se acomoda no galho da árvore. Foi construída com muito amor”, conta o senhor arquiteto, com saudoso orgulho.
Em 2011, o destino fez com que o projeto de reforma encomendado pelos novos donos coubesse a outro importante nome da arquitetura carioca, Paulo Jacobsen, que, coincidentemente, por ser amigo dos filhos de Hue, teve o prazer de frequentá-la na adolescência. A reforma centrou-se na reorganização dos espaços em torno da vida dos novos moradores.
O jardim – um esplendor, xodó do casal – leva a assinatura da paisagista Paula Bergamin. “Foram plantadas mais de 50 árvores nativas, entre ipês, quaresmeiras, pitangueiras, jabuticabeiras, pau-mulato, pau-jacaré, palmitos-juçara e tantas outras”, explica. A propriedade é uma bela releitura da arquitetura colonial brasileira, numa escala apropriada ao século 20.
* Leia a matéria completa publicada em Casa Vogue #327 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)
http://casavogue.globo.com/Interiores/noticia/2012/10/lar-carioca-em-meio-mata-atlantica.html