Índia: em algumas regiões nascer mulher é considerado
doença
9:13 PM, 02/08/2012
Marie Claire Brasil
A modelo e fotógrafa indiana Indrani
A modelo e fotógrafa indiana Indrani nasceu numa família rica, mas conhece
bem a realidade de outras meninas de seu país. Na
Índia, para muitas famílias, quando uma menina nasce não há motivo para se
comemorar. Consideradas
um peso para seus pais, muitas são abandonadas ainda muito pequenas ou são
forçadas a casar ainda crianças. Ou são vendidas como escravas sexuais e
forçadas a trabalhar. Quando isso não acontece, elas raramente vão à escola,
pois são mais úteis se ficarem em casa fazendo as tarefas domésticas.
Acesso
à educação seria a única maneira de tirá-las dessa condição miserável. Pensando nisso, Indrani juntou-se ao Projeto Nanhi Kali e à agência Strawberry Frog, e fez um vídeo chamado “The Girl Epidemic” , disponível no Youtube. A ideia é
arrecadar doações para ajudar essas meninas a estudarem. Para fazer a doação, clique aqui.
Assistam ao vídeo Epidemic Girl:
Banned Sex Slavery PSA
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=y_CrvvtTHq4
http://colunas.revistamarieclaire.globo.com/mulheresdomundo/
Infância é comum as meninas indianas já se prepararem para o casamento, já que a metade das mulheres indianas se casam antes dos 18 anos, normalmente elas se casa a partir dos 10 ou 11 anos. Muitas vezes elas se casam sem conhecer o futuro marido, quase sempre todos os casamentos são arranjados pelos pais dos noivos. As mulheres não podem dar nenhuma opinião sobre esse assunto, os pais e que mandam e pronto. Na Índia casamento com amor é visto como um pecado, são considerados uma vergonha. A lei indiana proíbe gesto de carinho e afeto em lugar público. Mães solteiras, separadas ou infiel são consideradas "párias" ou seja são mulheres desprezadas, excluídas da sociedade. Uma mulher solteira com seus vinte e tantos anos já é considerada uma solteirona, a mulher solteira traz vergonha para seus pais é um fardo, mais se ela for uma mulher casada ela considerada uma propriedade de seus sogros.
Poucas meninas vão para a escola, os pais acham que elas não precisam estudar, pois logo irá se casar e formar uma família. As escolas da Índia são separadas, uma é para os meninos e outra só para meninas. As mulheres são poucos valorizada pela sociedade, elas vivem em completa pobreza, sem educação, sem trabalho, sofre ainda superstições em contos sagrados que é uma influência da cultura indiana.
É difícil a mulher fugir desse ciclo, porque elas não tem para onde ir, a vidas delas é ficar presa sem ver a luz do sol, nas famílias tradicionais as viúvas não podem se casar, do nascimento até a sua morte é o seu destino. Segundo a tradição as indiana devem ficar isoladas da sociedade até o fim de sua vida. Em 1956, um ato Hindu determinou que as viúvas deve ser consideradas iguais a todas as mulheres, mais a influência, a tradição da Índia é mais forte.
As mulheres nunca se sentam junto da família para comer, ela tem que primeiro servir as pessoas, e se sobrar alguma coisa aí é que elas comem.
DESONRA:
Que comentem adultério, fornicação, ou estão querendo a separação, elas são assassinadas pelos familiares.
ABORTO SELETIVO:
É um problema cada vez mais sério na Índia, as mulheres são forçadas a abortar após de fazer um exame de ultrassom, com o avanço da tecnologia o exame do ultrassom dá a opção dos pais ficarem sabendo o sexo da criança antes de nascer.
A preferência é por meninos, as meninas não valem nada, com o aborto seletivo e favorecimento á homens, o mundo perde 2 milhões de mulheres ao ano.
Diz um texto Sagrado Atarvaveda, referindo-se a um dos seus deuses do Hinduísmo:
"O nascimento de uma filha, que ele conceda em outro lugar, aqui conceda um filho".
A Índia tem uns dos menores índices de nascimento de mulheres do mundo. Todo ano esse nascimento diminui, essa diminuição deve-se á proliferação de empresas clandestinas, que fazem o ultrassom, o governo proibiu a utilização do ultrassom, o dote e sexo abortivos são ilegais, mais as práticas continuam.
Foto da bebê indiana Anuskha que escapou do aborto seletivo:
Foto da BBC
São muitas meninas do sexo feminino que sofre na Índia, quando uma menina escapa do abordo seletivo ela corre grande risco de receber um "nome frase" um nome ridículo ou humilhante, que indicou ódio do pai ter tido uma filha ao invés de um filho homem. Alguns desses nomes são: "espero que seja a última", "nossa que castigo", são nomes absurdos que elas tem que levar pro resto de sua vida. Mais a preferência dos pais por filhos homens tem haver com o sócio-econômico e pelas tradições da Índia, o homem tem mais valor porque ele é que herda as propriedades, a herança, e assim ele tem a obrigação de cuidar dos seus pais na velhice,os homens eles fazem dinheiro, e as mulheres além dos pais ter que dar um dote bom, elas se casam deixa a família, e ela vai pertencer a família do marido.
NOIVA COMPRA:
É uma prática antiga em muitas regiões da Índia. Bride compra é comum nos estados da Índia, como em Haryana, Jharkhand e Punjab. As mulheres são compradas, vendida, traficada, estrupada e se casar sem o consentimento, os pais das mulheres são normalmente pagos uma média de 500 á 1000 rúpias indianas.
NOIVA-QUEIMA:
Bride-Burning é uma forma de violência doméstica praticada na Índia. Essas mulheres são queimadas até a morte. Antes do casamento a família do noivo exige um dote bem caros como: quantias em dinheiros, móveis, jóias, casas cara até carros, se o pai da noiva não dê o dote prometido ou se depois do casamento a família do noivo pedir mais coisas e o pai da noiva não dê, a moça sofre violência, física e mental, elas são mortas incendiadas pela família, e parentes do noivo, por falha de seu pai que não atende a demanda por dar mais dotes. Geralmente elas são mortas na cozinha quando estão preparando a refeição da família, para depois dizer que foi um acidente doméstico. Notícias como essas não escandaliza ninguém por lá, sai todo os dias nos jornais, é comum isso acontecer lá, é por isso que os pais não querem ter filhas mulheres. Além dessa violência elas apanham da família do marido, e algumas se torna-se portadoras de deficiência físicas, mesmo sabendo que correm risco de vida as noivas não tem para onde ir. Os pais não querem mais elas de volta, e alguns abrigos do governo não tem mais condições de moradia e é difícil conseguir uma vaga.
http://lucimarestreladamanha.blogspot.com.br/2011/12/mulheres-indianas-destino-cruel.html
No Chile, um jornal online feito só por mulheres.
7:52 PM, 01/08/2012
Marie Claire Brasil
O
Chile é um país conservador e por que não dizer, machista. Não só por ser
latino-americano, mas por manter alguns preconceitos que aqui já foram
superados. Mulheres sozinhas à noite, por exemplo, não são muito bem vistas.
Dançar sem a companhia de um homem tampouco. A hegemonia masculina naquele país
é grande. Na mídia e em outros setores, os homens dominam.
Na
tentativa de reverter esse quadro, sete mulheres, profissionais da imprensa,
lançaram o primeiro jornal online feito só por elas o lamansaguman.cl.
O nome brinca com a
expressão chilena “mansa” (tremenda) e a pronúncia de “Woman” (mulher, em
inglês). O slogan é, no mínimo, arrojado: “a voz política das histéricas,
santas, bruxas, loucas, putas e de todas as mulheres”.
Além
de matérias, blogs, seções de humor, erotismo e contos, e notícias sobre o
universo feminino, o jornal apóia uma campanha intitulada “machismo mata”, na
qual condenam a violência sexual e física. Kena Lorenzin, diretora do
Lamansaguman afirmou, entretanto, que o jornal não é só para mulheres. “É um
diário feito por elas, sendo que nossas fontes também são femininas. Queremos
fazer parte do debate nacional”.
Segundo
Kena, a ideia surgiu após alguns encontros nos quais as mulheres se reuniam
para debater o feminismo de esquerda. A partir deste primeiro passo, elas
decidiram colocar essas conversas num jornal próprio.
http://colunas.revistamarieclaire.globo.com/mulheresdomundo/
O melhor país para as
mulheres
Avanço em
relação a assuntos como aborto e sexualidade, salários iguais aos deles, longa
licença maternidade, divisão dos trabalhos domésticos. A Islândia ultrapassou a
Noruega no ranking que define o melhor lugar do mundo para elas.
Por
Bridget Freer
A partir da esq.: Ásdís Geirsdóttir, Svala Georgsdóttir, Audur Eysteinsdóttir e
Kolbrún Karlsdóttir. Os laços entre as mulheres são um dos pilares da vida
islandesa.
Diga a um islandesa que
ela não pode fazer algo por ser mulher: ela vai duvidar”
Edda Jonsdóttir
Edda Jonsdóttir
Katrín Jakobsdóttir
nunca se interessou por política. Isso até o ano de 2002, quando ainda era
professora de cultura islandesa e crítica cultural. Nesse ano, ela ouviu sobre
um consórcio estrangeiro que tinha recebido autorização para construir uma
represa para uma fábrica de alumínio. Isso prejudicaria a bela natureza da
Islândia, país capaz de desviar o curso de uma estrada para não passar por cima
de uma pedra. Revoltada, Katrín entrou para o Partido Verde local. Em 2007,
tornou-se deputada. Dois anos depois, ministra da Educação, Ciência e Cultura. Tinha
33 anos. Há poucos países no mundo onde é possível transformar um total
desinteresse por política em um cargo ministerial em menos anos. E sendo
mulher...
Katrín é de muitas
maneiras uma islandesa típica: inteligente, bonita, familiar, calorosa e
prestativa. Sua nomeação para o ministério em 2009 elevou o número total de
ministras da Islândia para exatamente a metade do gabinete. Além do ministério,
no Parlamento 43% das cadeiras são ocupadas por elas. Na mesma época em que
Katrín virou ministra, Jóhanna Sigurdardóttir acabara de ser indicada como
primeira-ministra da Islândia. Ela é a primeira mulher abertamente gay a ocupar
esse cargo no mundo. Junte os três fatos e é fácil ver por que a Islândia
superou a Noruega no topo do mais recente Índice de Diferença de Gêneros Global
do Fórum Econômico Mundial (O Brasil fica em 850 lugar). Com base em fatores
como probabilidade de chegar a altos cargos, igualdade de salários e licença
maternidade, a Islândia é oficialmente o melhor lugar do mundo para ser mulher.
E olhe que a economia local está on-line.
Há dez anos o país
vivia numa excelente situação. Já naquela época 82% dos islandeses tinham
acesso a internet, 60% usava celular e o país ostentava o recorde mundial de
pagamentos feitos com cartão de crédito. Hoje se sabe que era uma espécie de
“síndrome de novo rico”.
Colônia da Dinamarca até 1944, o país amargou cinco
séculos de submissão e pobreza até a independência. No começo dos anos 2000, os
islandeses não tinham, até então, registro de terem vivido de maneira tão rica.
Só que essa sensação de festa não durou muito. Com a crise global de 2008, a Islândia sofreu
mais que qualquer outro país do mundo, e só evita ou a falência com a ajuda de
bilhões do Fundo Monetário Internacional. Era necessário reinventar boa parte
de seu modo de vida. E isso começou dando fim à chamada “era da testosterona” os anos de sucesso econômico antes do estouro que foi posta de lado por
Katrín e suas colegas.
“Tudo aconteceu muito depressa”, diz ela.
“Houve
protestos, as pessoas queriam mudanças.” E conseguiram quando o governo
renunciou em janeiro de 2009.
Katrín e suas colegas estão agora transformando a
Islândia no Estado mais feminista do mundo.
Uma das primeiras metas é o fim da
indústria sexual.
Para isso aguardam a aprovação de uma lei que vai fechar
todos os clubes de Strip tease do país.
Assim, a Islândia tornou-se o primeiro
país do mundo a proibir a nudez e a dança erótica não por religião ou moral,
mas sim por feminismo.
Muito cool Vista de Reykjavik:
Não parece, mas a cidade é considerada um das mais descoladas do mundo por gente como Yvan Rodic, o criador do site Facehunter. Abaixo: concerto ao ar livre durante o verão
Não parece, mas a cidade é considerada um das mais descoladas do mundo por gente como Yvan Rodic, o criador do site Facehunter. Abaixo: concerto ao ar livre durante o verão
Chegar até aqui, no
entanto, só foi possível porque as islandesas vivem num contexto no qual o
machismo vem sendo limado há muito tempo. É comum que, enquanto elas trabalham,
alguém esteja cuidando da casa e das crianças e não é a babá.
“Eu tenho um
marido muito legal”, diz Katrín, rindo.
“Ele ficou orgulhoso de mim quando
consegui o cargo, mas também tivemos sentimentos dúbios.
Um cargo como esse é
uma pressão para qualquer relacionamento.” Gunnar, o marido, é professor e eles
têm dois nar trabalha meio período e cuida das crianças.
“Não temos nenhuma
empregada.
Simplesmente funciona”, diz Katrín.
E funciona, em parte,
porque começa com uma premissa saudável. Na Islândia, a mãe e o pai têm direito
à licença quando nasce o bebê. São nove meses de licença três meses cada um
e mais três para ser decidido entre eles.
“Eu já tirei cinco meses e meu
marido, quatro”, diz Katrín.
Outro aspecto especial no cotidiano do país é a
idade em que as mulheres costumam ter seu primeiro filho.
Enquanto na maior
parte do mundo moderno a maternidade é adiada, lá acontece por volta dos 25
anos.
Mais do que isso: não ter um marido não causa estranheza.
Há uma
mentalidade aberta em relação às mães solteiras a vida não acaba se você
estiver sozinha e grávida.
E em parte isso acontece por se tratar de uma
sociedade avançada em seus princípios, mas também devido ao ótimo sistema de
creches.
Além disso, famílias e amigos se ajudam.
Svala Georgsdóttir, 31 anos,
que teve seu filho aos 19 e rompeu com o pai dele pouco depois, não sentiu
preconceito por ser tão jovem na época da gravidez. Simplesmente porque é claro
para todo mundo que ainda é possível se educar, realizar sonhos e ter uma
profissão com ou sem filho.
http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI218113-17737,00-O+MELHOR+PAIS+PARA+AS+MULHERES.html
Mulheres
no mundo muçulmano
Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano
Introdução.
A temática deste trabalho foi sugerida pelo
Professor Francisco Carvalho com o intuito de nos mostrar as várias facetas que
os Direitos Humanos podem ter. Assim, eu com este trabalho individual pretendo
para além de ter boa nota para consequentemente subir a minha nota final a
Economia, aprender um pouco mais sobre este tema.
Um tema que é muito importante
para a Humanidade e com a situação que o mundo atravessa é um tema que levanta
sempre várias questões. Este trabalho vai-se basear fundamentalmente nos
direitos que as mulheres muçulmanas têm e que apesar disso, ainda continuam a
não ter um papel ativo na sociedade. No entanto, irei abordar de uma forma geral
o que são os Direitos Humanos e mais tarde os Direitos das Mulheres.
Os direitos
humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos e
surgiram em 1789 e a partir daí já existiram três gerações:
A 1 ª geração recai
sobre os direitos individuais, civis e políticos; a 2 ª geração abrange os
direitos econômicos sociais e culturais e por fim a 3 ª geração fala dos
direitos coletivos. Anos mais tarde, em 1975, as mulheres americanas
organizaram uma manifestação para reivindicar os seus direitos e como o golpe
foi bem-sucedido, um pouco por todo o mundo, as mulheres ganharam força e
coragem para dar voz aos seus direitos.
Assim o termo Direito das Mulheres
refere-se à liberdade inerente e reclamada pelas mulheres de todas as idades e
classes sem preconceito e discriminação. Porém as mulheres ocupam uma posição de
inferioridade na sociedade muçulmana, que ainda continua a subjugar as
mulheres!
Fátima Sousa Página 3
4. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano
1. Direitos Humanos Os Direitos Humanos são os direitos
básicos de todos os seres humanos. O conceito de Direitos Humanos apresenta a
ideia de liberdade de pensamento,de expressão, e de igualdade perante a lei.
Estes são Direitos que todas as pessoas têm devido á sua condição humana, de
forma a viverem em liberdade e dignidade. Eles são um direito inato, ou seja,
nasce com a pessoa. Os Direitos Humanos servem para eliminar todo o tipo de
discriminação, proteger a vida e a integridade física, assegurar condições mínimas
de vida e garantir o exercício dos direitos e das liberdades individuais. A
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão nasceu em França em 1789, mas só
mais tarde, a 10 de Dezembro de 1948,
a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou
a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que apresenta 30 direitos
referentes ao Homem.
No entanto, esta Declaração foi passando por várias etapas
desde o Cilindro de Giro em 539
a .C., Magna Carta em 1215, Habeas Corpus em 1679,
Declaração de Direitos da Virgínia em 1776, Declaração dos Direitos do Homem e
do cidadão em 1789 e por fim a Declaração Universal dos Direitos do Homem em
1948. Ao longo da história, os Direitos Humanos foram sofrendo uma
evolução,passando por diferentes gerações de direitos, como:
-1 ª Geração de
direitos humanos: surgiu no século XV||| e começou com os direitos individuais,
civis e políticos. Como por exemplo: direito de voto, liberdade de expressão, de
reunião, de manifestação. Fátima Sousa
Página 4
5. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano
-2 ª Geração de direitos humanos: surgiu no século X|X e XX e
passou a abranger os direitos econômicos sociais e culturais. Como por exemplo:
direito á greve, á segurança social, á educação e ao trabalho. -3 ª Geração de
direitos humanos: surgiu no século XX e englobou os direitos coletivos. Como
por exemplo: direito ao desemprego, á paz, ao desenvolvimento, á qualidade do
ambiente, ao usufruto do patrimônio da humanidade. Os Direitos Humanos também
apresentam algumas características de entre as quais: -Universal: pertencem a
todas as pessoas, qualquer que seja a sua condição social, gênero, etnia,
religião ou nacionalidade.
-Interdependente: os direitos humanos estão
inter-relacionados
-Indivisíveis: todos os direitos humanos são igualmente
importantes e necessários não se podendo hierarquizar.
- Inalienáveis: não podem
ser cedidos ou retirados a ninguém. Deste modo, os Direitos Humanos são algo
inatos e que cada pessoa tem o direito de não ser privado desses mesmos
direitos.
Fátima Sousa Página 5
6. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano dependente dos homens, se casasse passava a ser propriedade
do marido e em antes de casar era dependente do pai ou de um irmão.
A mulher não
podia exercer nenhuma função pública ou civil, não podia adotar nem ser adotada
e nem podia fazer testamento ou contrato.
Os homens casavam quando queriam,
divorciavam-se delas quando lhes apeteciam e casavam com o número de mulheres que
desejavam. Só em 1870 a
situação começou a melhorar para o sexo feminino. Mas até hoje a mulher no
oriente, continua a lutar pelos seus direitos. Atualmente, as reivindicações e
movimentos pela garantia dos direitos da mulher são assuntos prioritários nas
sociedades que lutam contra a injustiça da mulher, que faz com que a mulher se
sinta aprisionada e injustiçada. Não é dado á mulher o devido valor que ela tem,
mesmo sendo ela o alicerce da família, da sociedade e do mundo!
2.1 Direitos das
Mulheres O que são os Direitos das Mulheres
O termo Direitos das Mulheres
refere-se à liberdade inerente e reclamada pelas mulheres de todas as idades.
Por vezes esses direitos são ignorados ou ilegalmente suprimidos por leis ou por
costumes de uma sociedade em particular. Como surgiram os Direitos das Mulheres
Os Direitos das Mulheres surgiram juntamente com o Dia Internacional da Mulher.
Em 23 de Fevereiro de 1917 pelo calendário Juliano, que coincidentemente
Fátima
Sousa Página 6
7. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano caiu em 8 de Março pelo calendário gregoriano, o czar russo
Nicolau II foi obrigado a deixar o governo e garantir o direito ao voto das
mulheres. Somente em 1975, 64 anos depois da convenção socialista, as Nações
Unidas resolveram adotar a data como oficial para celebrar o Dia Internacional
da Mulher, que é comemorado por causa de uma manifestação de operárias em Nova
Iorque, no ano de 1857. Sendo também um símbolo de luta revolucionária que se
transformou numa jornada mundial de ação das mulheres pelos seus direitos
próprios, contra todas as formas de discriminação. Se considerarmos o
desempenho das conquistas europeias, observamos que as francesas, ao contrário
do que se pensa, foram tardias. Enquanto as britânicas e as alemãs obtiveram o
direito ao voto em 1918, pois conquistaram-no por influência da Segunda Guerra
Mundial, que possibilitou também a criação do exército feminino (contou com 430
mulheres encaixadas nas Forças Francesas Livres, somado a um número muito maior
de voluntárias). As espanholas, por causada vitória da esquerda, conquistaram o
direito ao voto em 1931. Entre as mulheres pioneiras em vitórias alcançadas, é
relevante ressaltar a alemã Emmy Noether, inventora da álgebra moderna e do
“teorema de Noether”, que conseguiu ser admitida como ouvinte na universidade em
1900, tornando-se professora em 1915. Quais são os Direitos das Mulheres 1.
Direito à vida. 2. Direito à liberdade e à segurança pessoal. 3. Direito à
igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação. 4. Direito à liberdade
de pensamento.
Fátima Sousa Página 7
8. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano 5. Direito à informação e à educação. 6. Direito à
privacidade. 7. Direito à saúde e à proteção desta. 8. Direito a construir
relacionamento conjugal e a planejar a sua família. 9. Direito a decidir ter ou
não ter filhos e quando tê-los. 10. Direito aos benefícios do progresso
científico. 11. Direito à liberdade de reunião e participação política. 12.
Direito a não ser submetida a torturas e maltrato. O papel da Mulher na sociedade
Até ao século XX, a mulher era vista apenas como um utensílio que tinha
como únicas utilidades: parir, criar e educar. O filósofo grego Platão
considerava a natureza das mulheres inferior à dos homens, na “capacidade para a
virtude”. A mulher era então vista por ele como um ser humano sem raciocínio,
comparando-a até aos escravos. Elas não tinham poder de escolha ou de decisão em
nada nas suas vidas,nem o marido podiam escolher, limitando-se a serem
escolhidas e até a serem passa das para outro se o marido assim o entendesse.As
suas obrigações eram venerar o marido,educar e criar os filhos, cuidar da casa
e manter-se submissa ao seu marido. No passado, os homens eram a super potência!
Porém, surgiu "a emancipação das mulheres". Atualmente, a vida mudou!
Os homens não são tão superiores, como no passado. As mulheres tomaram lugares
em alguns deveres que os homens possuíam. Pode então dizer-se que em
Fátima
Sousa Página 8
9. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano geral, a emancipação das mulheres igualou o status social,
tornando as mulheres capazes de explorar-se mais e permitir ser bem-sucedidas na
carreira. A emancipação das mulheres acabou com a inexistência de
restrições opressivas impostas pelo sexo, a autodeterminação e a autonomia,
assim como a realização dos seus objetivos econômicos políticos e religiosos. O
principal objetivo da emancipação da mulher era a liberdade, até porque
as mulheres têm direito á igualdade tal como os homens, uma vez que no passado,
as mulheres eram apenas objetos. Atualmente, os direitos das mulheres estão numa
lista na lei. Não deve haver mais violência e discriminação às mulheres. Elas
também são seres humanos que temos seus direitos de vida, liberdade de
expressão, igualdade, direito á economia, á cultura e aos direitos sociais. Emancipação
das mulheres em Portugal e a sua atual situação A Idade Contemporânea ficou
marcada pela luta social de largas massas femininas, pois as mulheres
consciencializaram-se da sua situação discriminatória na sociedade. Esta luta
social expressava-se por múltiplas ações comuns, em grande parte de formas de
organização e movimentos. O objetivo desta luta era a sua aspiração
à emancipação e à mudança para um estatuto social mais dignificante.As conquistas
democráticas conseguidas com o 25 de Abril de 1974 tiveram uma contribuição
de grande relevo da mulher, que participou de forma ativa e corajosa na luta
reivindicativa econômica e social, para defender a liberdade.O mérito de ter
tomado as primeiras medidas verdadeiramente a favor da emancipação da mulher,
ficou para o primeiro governo operário da história, a Comuna de Paris.Ainda
assim, não desapareceram de súbito os preconceitos sobre a mulher, pois
esses preconceitos têm na maior parte uma raiz histórica que não reside na
essência do Fátima Sousa Página 9
10. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano sistema sócio econômico pois ainda hoje as mulheres sentem
preconceito apesar de vivermos num mundo denominado de “ser tolerante”. Apesar
do grande atraso sócio econômico herdado da era colonial e da exploração
neocolonialista, que liquidaram em vários países a poligamia e o casamento de
menores, o analfabetismo e elevou-se o nível de cultura das mulheres. Deste
modo, Portugal é um país onde a igualdade entre homens e mulheres,deixou de ser
algo impensável. A luta contra a discriminação das mulheres é hoje um troféu a
erguer!
Diferenças entre homens mulheres -Educação: Existem 600 milhões
de mulheres analfabetas e 320 milhões de homens. Ainda há cerca de 130 milhões
de crianças que não têm acesso ao ensino primário, das quais mais de 80 milhões
são raparigas.Antigamente, a mulher frequentava apenas o 1 º ciclo, saindo depois
para aprender a fazer as lidas domésticas. Atualmente, tal já não acontece, uma
vez que a mulher ganhou a sua própria independência. Hoje em dia,as mulheres até
já têm cursos superiores e cargos de grande importância na sociedade!
-Trabalho:
Antes do século X|X, a mulher limitava-se a cuidar da casa, do marido e dos
filhos, porém hoje dia, a mulher para além de trabalhar durante 6 a 8 h fora de casa no seu
emprego, ainda tem de cuidar da casa, dos filhos e até do marido. No entanto, as
mulheres ainda têm um salário inferior ao dos homens, pois por maisque elas se
esforcem, continuam a ter de provar dia após dia, que também elas são capaz de
exercer tarefas tal como os homens!
Fátima Sousa Página 10
11. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano
3.Mundo muçulmano Mundo islâmico ou mundo muçulmano é o nome
dado ao conjunto de países que tem o Islamismo como religião seguida pela
maioria da população. O Islamismo possui á volta de 1,3 a 1,5 bilhões de
seguidores. A grande maioria dos muçulmanos vive no terceiro mundo, ou seja nos
países em desenvolvimento, por isso ainda são considerados pobres. Num passado
glorioso, as sociedades muçulmanas foram ricas e poderosas. Porém atualmente, isso
mudou e a sua decadência tornou-se num estado de impotência de exploração. Todas
as importantes religiões do mundo são baseadas nos seus Livros Sagrados, os
quais são frequentemente atribuídos a revelações divinas. O livro sagrado do
islamismo é “O Alcorão”que é a palavra de Deus, revelada a Mohammad, desde a
Surata da Abertura até a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos
livros revelados à humanidade. Ele encerra, a sua totalidade, tal como: a
felicidade, a reforma entre os homens, a concórdia no presente e no futuro.
Porém, uma parte do islamismo é um pouco violento e preconiza uma guerra para
estabelecer o reino de Deus na Terra. Aluta contra ele não é somente um
interesse do mundo ocidental como também da grande maioria dos muçulmanos, que
seriam as suas primeiras vítimas. No entanto,sem as transformações profundas na
estrutura da desigualdade global que mantém essas populações presas a um ciclo
de empobrecimento e de isolamento. 3.1 A mulher no mundo muçulmano No Islamismo
ensina-se a origem do homem e da mulher, que provêm da mesma essência, possuindo
a mesma alma, e com capacidades iguais para os méritos intelectuais, espirituais
e morais, pois consideram os direitos da mulher sagrados. Fátima Sousa Página 11
12. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano A mulher ocupa uma posição de inferioridade na sociedade
muçulmana.Quando falamos na mulher muçulmana, dois símbolos logo nos ocorrem: a
burca (é uma veste feminina que cobre todo o corpo, até o rosto e os olhos) e o
véu (é um tecido ou peça de vestuário, utilizado por mulheres de diferentes
culturas, usado para cobrir totalmente ou em parte a cabeça e a face). Estes
sinais surgem na subordinação das mulheres ao homem, apesar da igualdade
espiritual. A subordinação da mulher é demonstrada e justificada pela lei,
costumes e tradições da Civilização Muçulmana, dizendo mesmo que há apenas
um reconhecimento dos diferentes papéis dos dois sexos e não uma inferioridade
efetiva.
Assim, as marcas jurídicas da inferioridade da mulher são as seguintes:
-A mulher só pode ter um marido, ao contrário do homem, que pode ter
quatro mulheres ao mesmo tempo.
-A mulher só pode casar com um muçulmano,
ao contrário do homem, que pode casar com uma mulher de outra religião.
-A mulher
apenas pode pedir o divórcio em casos extremos, ficando a custódia dos seus
filhos para o pai e o testemunho do homem tem o dobro do valor do da mulher.
-A
herança da mulher é duas vezes inferior à do homem.
-A maioria das mulheres
vivem na reclusão, poucas foram as que tiveram papéis ativos em questões públicas,
embora atualmente haja uma crescente liberalização do papel das mulheres fora de
casa que começou sob a influência ocidental. A opressão da mulher é maior no
mundo árabe, porquê? Há locais em que a mulher não tem direito ao voto, não tem
direito à manifestação e a várias outras coisas. É o que acontece na Arábia
Saudita. Mas,novamente é preciso considerar o contexto social e político.
Fátima
Sousa Página 12
13. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano Nesse país, as mulheres também têm liberdades muito restritas,
se comparados às outras mulheres do mundo. Porém, como noutras situações
históricas,os mais profundamente afetados são as mulheres. Elas são os alvos,
pois o regime é muito mais repressivo aos que têm menos recursos físicos ou
sociais. A liberdade também depende da classe social, pois mulheres e homens da
família real têm acesso à educação e recursos ilimitados. Por outro lado, há
outros locais em que as mulheres têm acesso à educação, ao trabalho e á
liberdade de expressão, como no Líbano e na Palestina. As questões femininas que
vivem são semelhantes às que as mulheres ocidentais enfrentam.Porém, no mundo
árabe, há outros valores que o Ocidente não leva em consideração,mas que são
valores humanos, como a dignidade e o respeito à mulher. Num futuro próximo, quando
as mulheres viverem plenamente os seus direitos na família, na sociedade e na
política, as condições de vida das crianças melhorarão significativamente. Até
porque a discriminação das mulheres começa no lar e acentua-se em todas as
esferas da sua intervenção,desde o local de trabalho até à vida política,com
evidentes prejuízos não só para as mulheres, mas, também, para as crianças.
É negado, a muitas mulheres, o direito à participação em decisões cruciais da
vida doméstica e até as que dizem respeito à sua saúde. Algumas mulheres
muçulmanas são discriminadas toda a vida. Essa discriminação começa logo à
nascença. Nos dois países mais populosos do Mundo(Índia e China) há uma
proporção inusitadamente elevada de nascimentos de rapazes.O que sugere que,
embora ilegais, as práticas de aborto provocado e de infanticídio,com vista à
seleção de bebés masculinos, continuam a ser uma realidade. Para as raparigas
de muitos países do Mundo, o destino de desigualdade é traçado logo na infância,
quando são privadas de instrução. Entre as 15 milhões de crianças que não vão à
escola, a proporção de raparigas é muito mais elevada do que Fátima Sousa Página
13
14. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano de rapazes. Uma em cada cinco raparigas, nos países em
desenvolvimento, não completam o 1.º Ciclo. 10 º Ano 11 º Ano 12 º Ano Homens 3115
192 202 Mulheres 342 290 317. No Ensino Agricultura Comunicação Social Homens
Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 15% 85% 45% 55% 45% 55% Nos países em
desenvolvimento, apenas 43% das raparigas frequentam o Ensino Secundário. A
falta de instrução está diretamente associada a indicadores como o risco
acrescido de morte no parto e o não envio dos filhos para a escola. Na
puberdade, surgem os perigos ligados à mutilação genital e ao início precoce da
vida sexual. A Unicef estima em 130 milhões o número de mulheres e raparigas que
foram vítimas de amputação. Esta prática, além de representar uma humilhação e
uma submissão intolerável, tem graves consequências para a saúde,como o aumento
da suscetibilidade à sida, complicações no parto, doenças inflamatórias e
incontinência urinária. No entanto, as mulheres são vítimas de violência por
diversas formas. Aqui está um gráfico que representa as principais formas de
violência contra a mulher muçulmana.Fonte: Centro Demográfico 2009 Fátima Sousa
Página 14
15. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano No Afeganistão, outro país onde as mulheres continuam ainda
a ser oprimidas,existem regras que elas têm de obedecer durante o regime da
milícia islâmica talibã,como:
- É absolutamente proibido às mulheres qualquer
tipo de trabalho fora de casa,incluindo professoras, médica, enfermeira,
engenheira, etc.
- É proibido às mulheres andar nas ruas sem a companhia de um
homem (pai,irmão ou marido).
- É proibido falar com vendedores homens.
- É
proibido a mulher ser tratada por médicos homens, mesmo em risco devida.
- É
proibido o estudo em escolas, universidades ou qualquer outra
instituição educacional.
- É permitido chicotear, bater ou agredir verbalmente
as mulheres que não usarem a burca ou que desobedeçam a uma ordem talibã.
- É
permitido chicotear mulheres em público se não estiverem com os
calcanhares cobertos.
- É permitido atirar pedras publicamente amulheres que
tenham tido sexo fora do casamento, ou que sejam suspeitas de tal. - É proibido
qualquer tipo de maquilhagem.
- É proibido falar ou apertar as mãos de
estranhos.
- É proibido à mulher rir alto.
- É proibido usar saltos altos que
possam produzir sons enquanto andam.
- A mulher não pode usar táxi sem a
companhia de um homem (pai, irmão ou marido).
- É proibida a presença de
mulheres em rádios, televisão ou qualquer outro meio.
Fátima Sousa Página 15
16. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano de comunicação.
- É proibido às mulheres qualquer tipo de
desporto ou mesmo entrar em clubes e locais desportivos.
- É proibido o uso de
roupas que sejam coloridas
- É proibida a participação de mulheres em
festividades.
- É proibido o uso de calças mesmo debaixo do véu.
- As mulheres
estão proibidas de lavar roupas nos rios ou locais públicos.
- As mulheres não
se podem deixar fotografar ou filmar.
- É proibido às mulheres cantar.
- É
completamente proibido assistir a filmes, televisão, ou vídeo. A virgindade de
uma rapariga muçulmana é propriedade de toda a família, poisas comunidades
muçulmanas são as mais afetadas por estas práticas arcaicas, quer tenham lugar
em países muçulmanos ou na Europa. Além disso, os homicídios e as agressões
cometidas em nome da honra de um homem, de uma família ou de uma aldeia envolvem
um código complexo onde se misturam costumes e tradições.Todavia, é nos países
governados pelo islão que os crimes ditos de honra se multiplicam. Aí condenam
os pecados de violação e de adultério. As mulheres não dispõem de quaisquer
recursos, pois precisamente pela honra ser uma noção subjetiva se estende à
coletividade, pois não dizem respeito apenas ao marido. Muitas vezes
analfabetas, sem qualquer meio de garantir a sua subsistência, não tendo
dinheiro nem passaporte que lhes permita fugir, acabam por admitir culpas que
não têm. A morte e a punição suprema são decididas pelo coletivo familiar ou
pelo conselho da aldeia com base nos costumes. A agressão será de preferência
confiada a um irmão, e tanto melhor se este for menor de idade, com mais fortes
possibilidades de escapar ao código penal nacional, ou então a um cunhado, ao
pai, a um tio ou a um primo,Fátima Sousa Página 16
·
17. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano consoante os casos e as tradições, o crime é feito com uma
arma branca ou com uma arma de fogo. Curiosidades
-Quase um décimo da população
mundial é formada por mulheres do mundo muçulmano.
-Mais de 2 milhões de
mulheres por ano, são submetidas à mutilação genital. -1,3 bilhões de pessoas
mergulhadas na pobreza, 70% são mulheres. -2/3 dos 876 milhões de analfabetos
mundiais são mulheres.
-Na África Sub-Saariana e Sul da Ásia apenas 2 a 7 mulheres em cada grupo
de 1.000 frequentam o ensino secundário ou a universidade. -Mais de 1,2 milhão
de mulheres morrem a cada ano, vitimas de complicações evitáveis, durante a
gravidez e o parto. 3.2 Comparação entre a mulher portuguesa e a mulher afegã.
-Mulher portuguesa A Idade Contemporânea ficou marcada pela luta social de
margas massas femininas, pois as mulheres consciencializaram-se da sua situação
discriminatória na sociedade. O objetivo desta luta diversificada das mulheres é
a sua aspiração á emancipação e á mudança para um estatuto social mais
dignificante. As conquistas democráticas conseguidas como o 25 de Abril de 1974,
teve uma grande contribuição Fátima Sousa Página 17
18. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano para a mulher, que participou de forma ativa e corajosa na
luta reivindicativa econômica e social para defender a liberdade. Apesar do
grande atraso sócio econômico herdado da era colonial e da exploração
neocolonialista, liquidaram-se em vários países a poligamia e o casamento de
menores contratados por familiares, combateu-se o analfabetismo e elevou-se
o nível de cultura das mulheres. A educação da mulher portuguesa foi
neglicenciada praticamente até o século XX. O lugar do saber para a mulher
estava dentro de casa, nos afazeres domésticos;aquela que muito pensava “boa
coisa não era”, porque significava uma ameaça para o homem. Através de vários
séculos alguns autores masculinos propuseram uma linha diretriz de ação. Nessa
altura, Ana Hatherly inverte esta ordem, dando à mulher elementos para alcançar
o conhecimento de modo auto-didático, usando a intuição para atingir tal fim. Em
Portugal, a presença da mulher na vida pública evidencia que nos encontramos
numa sociedade mista, sem discriminação sexual jurídica pelo menos noque se
refere a direitos e obrigações. Mas o acesso da mulher ao mundo da atividade
política, da produção artística e das manifestações culturais nos mais variados
aspetos, está ainda longe de complementar suficientemente a maneira masculina
de abordar e desempenhar essas atividades. Supõe, indiscutivelmente, logo à
partida, um empobrecimento na qualidade e na quantidade de bens produzidos e
postos à disposição da coletividade. Mudanças sociais de tanta envergadura como
as requeridas para a cooperação,aqui propugnada e tão desejável, não se
improvisam. Deve precedê-las uma sólida preparação formativa, desde o Ensino
Básico ao Ensino Superior, passando também pelas diversas escolas de artesanato,
profissionais e de serviços, com as consequentes Fátima Sousa Página 18
19. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano repercussões na maneira generalizada de pensar e até nas
próprias estruturas arquitetônicas e urbanas. Não há por que negar uma melhor
disposição natural para determinados esforços e trabalhos ligados ao sexo, nem o
carácter insubstituível da mãe, se queremos evitar toda a falha nas atenções que
requer a educação da criança e do jovem nos primeiros meses ou anos. Mas isto
não implica que seja ela a carregar exclusivamente com todos os cuidados que a
higiene, a alimentação e a educação dos filhos na infância requerem. Não se
trata apenas de compensar, com a maior participação do pai no cuidado dos filhos
pequenos, o que se pode perder na atenção materna ao lar com o acesso da mulher
a trabalhos fora de casa. Trata-se de conseguir no interior do lar
uma valorização maior do cuidado educacional semelhante à diminuição que o
acesso da mulher à vida pública imprimiu ao trabalho econômico e social. Não é
somente o bem particular da família e dos seus membros que está em jogo. Toda a
sociedade, a paz, o progresso dependem em grande parte de uma sã organização do matrimônio e da família, como células do corpo social e vivência prévia
necessária para o acesso de todos os cidadãos à vida civil e de todos os
cristãos à vida eclesial, como membros ativos e fecundos das respetivas
sociedades. Até há meio século na Europa, a reduzida idade média da mulher, a
economia predominantemente familiar e o seu notável papel na transmissão da
cultura às novas gerações costumavam levar a mulher, sem frustrações que se
vissem, à sua aparente plena realização. Mas hoje, a instrução tem lugar na
escola, a função econômica concentra-se em instalações industriais, comerciais
ou de serviços fora do lar e,terminada a sua idade fecunda, restam à mulher
ainda muitos anos de capacidade produtiva, nos quais a sua plena satisfação
dependerá fundamentalmente do que a sua atividade profissional ou o desempenho
do seu emprego lhe sejam gratificantes. A educação é essencial para a realização
plena da igualdade entre mulheres e homens.Os estereótipos, as imagens e as
atitudes relativamente às mulheres são obstáculos à igualdade, e poderão ser
eliminados através da educação formal, nomeadamente Fátima Sousa Página 19
20. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano através dos meios de comunicação social, organizações
não-governamentais,programas de partidos políticos e ações concretas.
Relativamente ao papel da mulher na educação, em Portugal ela participa maisque
os homens quanto aos níveis de ensino, como também em alguns tipos de empregos.
Portugal é um país, onde a igualdade entre homens e mulheres, deixou de ser uma
mera utopia. Os factos históricos, acerca das conquistas femininas, não deixam
margem para dúvidas. Em 1867, surge o Primeiro Código Civil, que melhora a
situação das mulheres e, em 1910 o divórcio era finalmente permitido. Corria o
ano de 1824 e o 1 º Congresso Feminista e de Educação, marcava um novo progresso
na história das mulheres. Era finalmente, permitido às mulheres trabalhar na
Função Pública e mais tarde, votar. Em 1983, são introduzidas alterações de
valor inequívoco, relativamente à assistência prestada a mulheres, no campo
familiar e a prostituição deixa de ser penalizada. A própria Constituição da
República Portuguesa, apresenta alterações de uma importância extrema, no que
compete à igualdade entre homens e mulheres. O princípio da igualdade, da
família, casamento e filiação, a participação na vida pública, são artigos que a
constituição consagra. A mulher conquista ainda o direito ao trabalho e à sua
segurança, à liberdade de escolha de profissão e acesso à função pública, à
saúde, ao ensino e à participação política por parte de todos os cidadãos,
independentemente do sexo, a que pertencem. As mulheres invadem em maior número o
universo acadêmico do que os homens. A mulher conquistou também o merecido
auxílio,aos direitos reprodutivos, à maternidade, à invalidez, à reforma e à
velhice. Contudo, a violência nas mulheres, é um dos aspetos, mais preocupantes
em Portugal. O Código Penal introduziu alterações que, nem sempre são Fátima
Sousa Página 20
21. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano seguidas pelos cidadãos, em relação à violência que praticam.
A proteção é assegurada, mas não na sua plenitude. É na área dos serviços
sociais, das empresas e da saúde que, encontramos com mais frequência, alguém do
sexo feminino. Na comunicação social e na vida política, é notória uma subida
dos números que, simbolizam a presença das mulheres, nestes ramos. No atual
governo, existem mulheres na chefia, como por exemplo a ministra da agricultura,
a ministra da justiça, entre outras. Deste modo, podemos dizer que a mulher
portuguesa se instalou na sociedade de “armas e bagagens” e que “veio
para ficar”! -Mulher afegã O regime socialista reviu os direitos das mulheres no
Afeganistão e concedeu a permissão para não usar véu, aboliu o dote, promoveu a
integração das mulheres ao trabalho (cerca dos 245.000 trabalhadores, 40% dos
médicos são mulheres) e alfabetização feminina foi reduzida de 98% para 75%,
cerca 60% do corpo docente da Universidade de Cabul são mulheres).Fátima Sousa
Página 21
22. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano No entanto, ainda existem muitos problemas neste país para
as mulheres. Elas ainda continuam de luto pelas violações coletivas infligidas a
duas afegãs, por serem chicoteadas pelos sujeitos mais retrógrados, por serem
leiloadas no mercado público e pelas suas jovens filhas. Mas os perpetradores de
todos estes crimes são perdoados e por isso desfrutam de completa imunidade,
continuando a manter as suas posições de oficiais. Embora as mulheres Afegãs,
não esperem nada de diferente do regime, a dor delas torna-se cronica quando o
mundo acredita que os EUA e a NATO trouxeram a libertação, a democracia e os
direitos humanos e das mulheres para o Afeganistão. No momento as mulheres do
Afeganistão vivem uma nova era de catividade e estão nas garras de monstros
fundamentalistas. No Afeganistão, as mulheres preferem a dor física à dor da
humilhação. A tristeza é velha conhecida destas mulheres. Depois de enfrentar quase
duas décadas de guerras, elas foram impedidas pelo Governo de estudar ou
trabalhar e o fim das proibições, há três anos, não mudou muito a situação.
Ainda são muitas as mulheres que se atrevem a sair às ruas sem burcas e aquelas
que decidiram abandona-la para usar apenas o véu cobrindo a cabeça ainda são
vistas com alguma desconfiança por parte da população local. As mulheres se
escondem sob a burcão medo da reação de famílias conservadoras,
maridos autoritários e até dos velhos talibãs, que mesmo fora o Governo, ainda
tentam fazer valer seu ponto de vista. Na enfermaria de um hospital, a maioria
das mulheres não acredita em amorou em nenhum tipo de sentimento de
afetuosidade. Assim como elas, centenas, todos os dias, tomam a decisão de se
auto imolar, no que parece ser um silencioso movimento do protesto das afegãs.
Elas queimam-se.Fátima Sousa Página 22
23. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano O poder masculino, acima de qualquer lei e além de qualquer
limite, mata de alguma forma a condição feminina. Deste modo, depois de comparar
estes dois países tão distantes, deparamo-nos com uma realidade diferente para
as mulheres. Enquanto num, as mulheres já encontraram o seu papel na sociedade;
no outro, as mulheres continuam a viver oprimidas e continuam a lutar, em silêncio,
para terem um papel ativo na sociedade.Papel esse, que lhes é retirado dia após
dia pelos homens!
Fátima Sousa Página 23
24. Situação das Mulheres
no Mundo Muçulmano
Conclusão
Após ter concluído este trabalho, cujo tema é uma
problemática atual, pude perceber um pouco mais sobre alguns assuntos
relativamente ao mundo muçulmano, aos direitos humanos e consequentemente da
mulher e sobre a discriminação sentida por alguns humanos, mesmo em pleno século
XX|.
Durante a realização deste trabalho, pude constatar que apesar de todos
os obstáculos, a mulher vem conseguindo o seu lugar ao “sol”.
A mulher é mãe, é
dona de casa, é esposa, estuda, trabalha e faz tudo isso de “saltos altos”.
Ser
Mulher não é tarefa fácil!
Porém a cada dia que passa o espaço feminino aumenta.
Aumenta porque não cabe mais a ideia de submissão e de dependência de outros
tempos.
Os tempos são outros, não que o feminismo pretenda mudar o mundo, mas a
própria sociedade tende à mudança.
Ser mulher é sinônimo de luta e de sucesso!
Mas nem tudo é um “mar de rosas”, e espalhadas por este mundo fora,
ainda existem mulheres que são submissas e oprimidas pelos pais, irmãos,
maridos, no fundo são discriminadas pela sociedade em que estão inseridas!
No
entanto, tal situação tem a mudar, porque todos nós lutamos para que todos, sem
exceção, tenham igual acesso a todos os direitos.
Até porque só construiremos um
mundo mais justo e mais feliz se todos fizerem um esforço coletivo,no mesmo
sentido, que neste caso é libertar as mulheres da tirania em que vivem!
Fátima Sousa
Página 24
http://www.slideshare.net/Kevinkr9/mulheres-no-mundo-muulmano
Por que as mulheres muçulmanas têm
que se cobrirem com os seus Hijabs?
(véus)
Esta é uma pergunta freqüentemente feita aos muçulmanos, pelos não muçulmanos. Para as mulheres islâmicas, é um verdadeiro teste de fé; a resposta para a pergunta é muito simples, as mulheres muçulmanas utilizam Hijab (cobrindo a cabeça e o corpo) porque Allah, lhes ordenou que assim fosse.
Allah diz no Alcorão Sagrado:
"Ó profeta, dizei a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos crentes que quando saírem que se cubram com as suas mantas;
isso é mais conveniente, para que se distinguem das demais e não sejam molestadas; sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.''(33ª Surata, Al Ahzab, versículo 59)
Durante o período pré-islâmico, algumas mulheres costumavam sair com as partes mais atraentes dos seus corpos, como pescoço, a parte superior do peito e o cabelo, expostos, e os vadios e os lúbricos, ficavam assediando-as, em seguida Allah revelou este versículo ao seu Mensageiro, o Profeta Muhammad, ordenando a mulher crente a se cobrir com sua manta quando saísse de seu lar, de tal maneira que nenhum de seus atrativos ficasse visível; porque desta maneira sua aparência se tornaria claro a todos, de que ela era uma muçulmana, honrada, casta, pelo que nenhum hipócrita ousaria molestá-la.
A Chari'ah pede que a mulher muçulmana se cubra da cabeça aos pés deixando só a cara e as mãos descobertas, usar o hijab não é um sinal de atraso, ignorância ou incompetência mental, mas o dever de uma mulher islâmica e o seu direito.
O uso do hijab protege as mulheres da perseguição dos homens, é também um símbolo de devoção religiosa tal como de obediência a Allah.
As mulheres feministas ocidentais, por muitas vezes, referem-se às muçulmanas como traidoras do seu sexo, mas creio que as muçulmanas poderiam também referir-se às ocidentais dessa forma. Porque foram desfeminadas ao longo dos anos e perderam grande parte do respeito que lhes deveria ser inerente, andando quase nuas e submetendo-se a tratamentos pouco honrosos. Ora, tudo o que as feministas ambicionam, as muçulmanas têm. (Exceto o lesbianismo e o direito ao aborto.) As mulheres muçulmanas estão bem avisadas que a verdadeira sinceridade é evidenciada pelo seu comportamento consistente. Por isso, se alguma cobre a cabeça num país Islâmico, ela deve ter a coragem da sua convicção para fazer o mesmo no Ocidente.
Uma estudante Iraniana frisou o seguinte:
"Nós queremos que os homens parem de nos tratar como objeto sexual, como eles sempre fizeram. Nós não queremos que eles notem somente para nossa aparecia, mas sim queremos que eles estejam atentos, a nossa personalidade, capacidade e mentalidade. Nós queremos que eles nos trate com mais seriedade, e com mais igualdade, e não nos veja apenas como um objeto de desejo, dando valor somente aos nossos dotes físicos. Uma mulher muçulmana que utiliza o Hijab, está fazendo uma declaração, sobre a sua identidade, qualquer um que a vê, saberá que ela é uma muçulmana. As mulheres muçulmanas que usam o Hijab, se sentem dignas, e honradas, elas se sentem bem pôr serem identificadas como uma mulher muçulmana. Uma mulher que usa o Hijab, está cobrindo a sua sexualidade, mais jamais a sua feminilidade."
Diz o Alcorão:
"Entre os habitantes do inferno estão as mulheres que mesmo vestidas estão nuas, sedutoras e sendo seduzidas. Estas não entrarão no Paraíso, nem mesmo sua fragrância chegará a elas."
http://www.fotolog.com.br/tayra/40817036/