Sempre na minha mente e no coração...

Sempre na minha mente e no coração...
Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Redescobrindo passado e história...

16/01/2013 01 h 00 - Atualizado em 16/01/2013 01 h 00

Cientistas encontram dez covas com  mais de mil anos no México

Achado aconteceu perto do sítio arqueológico de Chichén Itzá.

Foram localizadas pelo menos sete ossadas, além de peças de cerâmica.


Ornamento encontrado perto de Chichén Itzá(Foto: Inah/Divulgação)

Uma dezena de covas com mais de mil anos de antiguidade, com restos humanos e peças de cerâmica, foi encontrada nas proximidades do sítio arqueológico maia de Chichén Itzá, no sudeste do México, informou esta terça-feira (15) o Instituto Nacional de Antropologia e História (Inah).
"Especialistas do instituto recuperaram uma dezena de enterros com mais de mil anos de antiguidade. A maioria dos esqueletos foi encontrada dentro de fossas, junto com quase 30 peças de cerâmica", informou em um comunicado o instituto, vinculado ao governo mexicano.
Os enterros, localizados a 20 km de Chichén Itzá, um dos maiores centros de desenvolvimento de cultura maia, correspondem provavelmente aos anos 600 e 800 da nossa era, segundo o instituto.
Estas descobertas e outras feitas na região permitiram "estabelecer que há mais de 1.200 anos havia uma densidade populacional importante, dispersa em assentamentos próximos", acrescentou o comunicado.
Foram localizadas ao menos sete ossadas, ao lado das quais, à maneira de oferendas, havia 30 peças de cerâmica, entre pratos, vasos, tigelas, além de pontas de obsidiana, contas de jade e brincos de conchas, o que indica que se comercializava com outras regiões da Mesoamérica.
Algumas das peças têm inscrições em hieróglifos, o que é pouco comum na área. 
A cultura maia se desenvolveu em cinco distritos do sudeste do México, assim como em Guatemala, El Salvador, Honduras e Belize.
Especialistas encontraram pelos menos 7 ossadas (Foto: Inah/Divulgação)http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/cientistas-encontram-dez-covas-com-mais-de-mil-anos-no-mexico.html

Modifique simples hábitos e emagreça com qualidade

Comece bem o dia. Em vez de pular o café da manhã, combine alimentos que lhe ...
mdemulher.abril.com.br


Modifique simples hábitos e emagreça com qualidade


Por Vanessa Carrara | Yahoo! Contributor Network – seg, 14 de jan de 2013 17:20 BRST

Com a autoestima abalada, muitas mulheres são estimuladas a inúmeros sacrifícios para perder peso, e frequentemente desistem no meio da dieta. O melhor caminho para que o regime não se torne um pesadelo são as pequenas mudanças de hábito, que reeducam o corpo e a mente. A nutricionista Leila Froeder ensina 10 hábitos simples que auxiliam no emagrecimento saudável, definitivo e sem frustrações.

1. Diminua a retenção hídrica
Alimentos industrializados contendo sódio e o sedentarismo podem resultar em "falsos quilos" e os sintomas são geralmente a sensação de barriga estufada e pernas pesadas.
Para prevenir ou tratar a retenção hídrica:
·                                 Ingira até 500ml/dia de chás diuréticos;
·                                 Diminua o sal utilizando alho, cebola e ervas aromáticas;
·                                 Polvilhe 1 colher de sopa de linhaça, que é anti inflamatória.

2. Aumente a sensação de saciedade comendo alimentos "volumosos" e com fibras, mas de menor teor calórico.

·                                 –Prefira cereais integrais e linhaça, que favorecem o funcionamento do intestino;
·                                 –Selecione frutas com poder laxativo, pois promovem uma limpeza e elimina toxinas;
·                                 –Coma devagar e mastigue bem os alimentos.

3. Alimente-se frequentemente
Alimentar-se a cada 3 horas ajuda a evitar os "ataques à geladeira", pois mantém o metabolismo ativo e saciado. Ficar em jejum por um longo período pode significar aumento do peso, pois, nessa situação, o corpo não sabe quando receberá alimentos novamente e reduz o ritmo do metabolismo para poupar energia.
Sugestões:
·                                 4 cookies integrais e 1 copo de chá de frutas;
·                                 1 copo de suco natural ou vitamina de soja light;
·                                 1 fruta fresca: maçã e pêssego são boas opções.

4. Alimente-se mais de alimentos com baixo índice glicêmico!

Não são apenas as calorias dos alimentos que os tornam engordativos. O índice glicêmico está ligado ao ganho de peso, pois define a capacidade de um alimento aumentar os níveis de açúcar no sangue e promove uma falsa sensação de saciedade que dura, no máximo, 2 horas.
Alimentos de baixo ou moderado índice glicêmico: pão e macarrão integrais, feijão, lentilha, goiaba,
limão, maçã, maracujá e morango.

5. Equilibre os grupos alimentares!

Os grupos alimentares que devem estar presentes nas refeições são as proteínas, os carboidratos e as gorduras. Já as leguminosas deve estar presente em 1 das refeições do dia.
6. Comece pela salada!

A ordem do consumo dos alimentos em uma refeição também interfere na saciedade e na perda de peso. Comece pela salada, depois coma a carne e deixe por último a fonte de carboidratos.

7. Diminua a ingestão de gordura saturada!

Seja criativo e faça em casa receitas de hambúrguer e pizza integral com ingredientes pouco calóricos e sem óleo.

8. Reduza as calorias em restaurantes!

·                                 Nos fast-food, prefira hambúrguer de frango sem maionese;
·                                 Na churrascaria, peça salada de entrada e acompanhe o grelhado com 1 porção de carboidrato não-frito.

9. Troque a sobremesa por receitas menos calóricas!

Mousse de limão diet preparado com iogurte desnatado e gelatina diet é uma ótima opção como lanche da noite ou sobremesa.

10. Antes de ir para festas, coma um lanche!

Antes de sair, faça um lanche com 1 iogurte ou queijinho light.


Ramona de Oliveira e Samanta Sychocki superaram seus problemas de peso apenas com essas medidas.
A internet também pode ser aliada no processo de perda de peso.

Muitas mulheres criam blogs divulgando seus diários de emagrecimento.

É o caso de Samanta Sychocki e Ramona de Oliveira, que perderam respectivamente 25 e 35 quilos, e são exemplos de determinação e superação.

http://br.mulher.yahoo.com/modifique-simples-h-bitos-e-emagre-com-qualidade-192000403.html


Muito saudável...

Sua Manhã... Bom Dia!!!



“Manhã”


A sua manhã é importante...



Não comece o dia com idéias negativas.

Nem se exalte ou discuta.


Valorize-se.


Aproveite a manhã para trabalhar com dedicação e prazer.

Preserve-a.


Antes do trabalho, uma boa oração.



Agradeça a Deus, ampla e generosamente.

Uma manhã bem vivida é começo de um dia feliz e proveitoso

Deus abençoou a alvorada para que pudéssemos ser felizes desde cedo.


A gente começa a ser feliz quando é capaz de rir da gente mesmo!!!


A Beleza Da Sua Vida Depende De Você.


Por isso...

Faça tudo pra ser feliz!


Tudo pra você e por você.


Lembre-se...

O impossível "ELE" já realizou por nós...


MUITA LUZ!





"A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida." 

(Vinicius de Moraes)
Bom Dia...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O Retorno | Por Robert Happé

O Retorno | Por Robert Happé


Olá queridos, hoje compartilho o mais recente artigo deste  cidadão planetário tão querido, desperto e consciente, o espiritualista, psicólogo e pensador holandês


Vivemos atualmente em uma era de mudanças que está transformando literalmente cada aspecto de nossas vidas.

É altamente recomendável que sejamos flexíveis e estejamos abertos a novas possibilidades.

As experiências que se apresentam a cada um de nós precisam ser vivenciadas, para que possamos desenvolver uma versão mais leve e refinada de nós mesmos.

A criação existe por causa do trabalho duro que cada indivíduo faz para melhorar a si mesmo e ao mundo à sua volta.

Viver não é estar em conflito e em competição com os outros. 

Esta é uma visão falsa da vida.

Viver é uma competição consigo mesmo para vir a ser aquele amor que buscamos nos outros.

É amor sem expectativas.

A vida em si é uma experiência espiritual. 

E espírito é amor!

Quando permitimos que os medos em nossa mente controlem o coração, 
não conseguimos enxergar mais claramente, e nossas expressões
se tornam poluídas pelo medo ao invés de amor.

Isso gera confusão é claro, mas ao mesmo tempo cria um anseio por um retorno ao amor.

Tal anseio é interpretado como saudade, e de fato, trata-se da voz da sua alma estimulando a mente em desenvolvimento a confiar que o amor não conhece o medo.

Quando nossos pensamentos se tornam mais amorosos e úteis, quando reconsideramos os valores do nosso coração e espírito, quando passamos a ser aquilo que esperamos que os outros sejam, então o sol no coração irrompe, afastando as nuvens do medo presentes na mente.

Quando passamos por essas experiências e aprendemos suas respectivas lições, depositamos finalmente a confiança em nós mesmos e deixamos que o amor nos guie.

O amor é nossa casa e no amor não há separação.
O processo de crescimento até este nível de consciência implica no abandono de infantilidades e de crenças simplistas e ingênuas às quais tantas pessoas se apegam.

A questão é discernir a verdade e a beleza de todas as coisas. 

Quando sabemos a verdade, logo reconhecemos as trivialidades e armadilhas que as forças da sombra colocaram no nosso caminho para impedir nosso processo de crescimento.

Foi-nos dado livre-arbítrio para escolhermos entre servir às sombras que se expressam através do controle, da desonestidade e do medo, ou à Luz que se expressa através do amor, da sabedoria e da responsabilidade.

Aqueles que despertam ao ponto de entenderem que há uma escolha, encontram-se na viagem de volta à compreensão plena.

Eles confiam em seus sentimentos e sabem intuitivamente o que tem valor.
Há um poder silencioso no fundo de nós que nos conecta à nossa essência espiritual.
Quando abrimos conscientemente nossas mentes a esta força divina, somos guiados a nos unirmos ao Todo da vida, e logo compreendemos por nós mesmos, nosso verdadeiro propósito neste planeta incrível!

Robert Happé
Fundador do Centro de Educação Espiritual
-----------

Pois sim, ‘’consciência é a resposta para um mundo de Paz’’, e o Amor é a única senha para adentrarmos e participarmos da nova Era Dourada, do Amor e da Luz na Terra.

Muita Luz, Paz, Compaixão, Amor, Sabedoria e Discernimento a todos nós…

·٠•●❤ Um abraço fraterno e um beijo em seu coração direto do meu!
Amor Incondicional e Paz em todos os Quadrantes, sem fronteiras. ❤●•٠·˙



Autor: Lucy Sem Fronteiras - Artigo original do Blog Amor e Paz Sem Fronteiras:


 
Uma doce noite... Luz e Paz!!!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Uma noite de Verão... Boa Noite, meu Brasil...Zil.

Entardeceu, o visual nas praias é bem assim...
O pôr do Sol no Verão, aqui no Brasil é deste jeitinho!
O final do dia fica com a cara de missão cumprida!
O dia acabou, mas tudo acaba para um novo dia renascer...
Amanhã será um outro dia...
Catando os meus caquinhos.

Tudo tem começo, meio e fim!!!

‎"E este é o segredo da vida: não só as gaivotas, mas a 
felicidade, a meditação, o êxtase... 
Tudo isso vem quando você está em um estado de total entrega, em uma disposição profundamente amistosa, em uma atitude amável para com a existência..."
Ou seja, para com você próprio e para com o universo. 
Quando você está de coração aberto, tudo isso vem. “
(Osho)
 "Tem gente que é só passar pela gente que a gente fica contente. 
Tem gente que sente o que a gente sente e passa isto docemente. 
Tem gente que vive como a gente vive, tem gente que fala e nos olha na face, tem gente que cala e nos faz olhar. 
Toda essa gente que convive com a gente leva da gente o que a gente teme e passa a ser gente dentro da gente.
"Um pedaço da gente em outro alguém.” 
(Fernando Sabino)
Armadilhas!!! Ser traída, pelos enganos da vida...
Bye..Bye...

LENDA "O Negrinho do Pastoreio"


Lenda Negrinho do Pastoreio
O Negrinho do Pastoreio


Naquele tempo os campos ainda eram abertos, não havia entre eles nem divisas nem cercas; somente nas volteadas se apanhava a gadaria chucra, e os veados e os avestruzes corriam sem empecilhos.
Era uma vez um estancieiro, que tinha uma ponta de surrões cheios de onças e meias doblas e mais muita prataria; porém era muito cauíla e muito mau, muito. Não dava pousada a ninguém, não emprestava um cavalo a um andante, no inverno o fogo de sua casa não fazia brasas; as geadas e o minuano podiam entanguir gente, que a sua porta não se abria; no verão a sombra dos seus umbus só abrigava os cachorros; e ninguém de fora bebia água das suas cacimbas. Mas também quando tinha serviço na estância, ninguém vinha de vontade dar-lhe um ajutório; e a campeirada folheira não gostava de conchavar-se com ele, porque o homem só dava para comer um churrasco de tourito magro, farinha grossa e erva caúna e nem um naco de fumo... 
E tudo, debaixo de tanta somiticaria e choradeira, que parecia que era o seu próprio couro que ele estava lonqueando...
Só para três viventes ele olhava nos olhos: era para o filho, menino cargoso como uma mosca, para um baio cabos negros, que era o seu parelheiro de confiança, e para um escravo, pequeno ainda, muito bonitinho e preto como carvão e a quem todos chamavam somente o “Negrinho”. A este não deram padrinhos nem nome; por isso o Negrinho se dizia afilhado da Virgem, Senhora Nossa que é a madrinha de quem não a tem.
Todas as madrugadas o negrinho galopeava o parelheiro baio; depois conduzia os avios do chimarrão e à tarde sofria os maus-tratos do menino, que o judiava e se ria.
Um dia, depois de muitas negaças, o estancieiro atou carreira com um seu vizinho. Este queria que a parada fosse para os pobres; o outro que não, que não!, que a parada devia ser do dono cavalo que ganhasse. E trataram: o tiro era trinta quadras, a parada, mil onças de ouro. No dia aprazado, na cancha da carreira havia gente como em festa de santo grande. Entre os dois parelheiros a gauchada não sabia decidir, tão perfeito era e bem lançado cada um dos animais. Do baio era a fama que quando corria, corria tanto, que o vento assobiava-lhe nas crinas; tanto, que só se ouvia o barulho mas não lhe viam as patas bateram no chão... E do mouro era voz que quanto mais cancha, mais agüente, e que desde a largada ele ia ser como um laço que se arrebenta. As parcerias abriram as guaiacas, e aí no mais já se apostavam aperos contra rebanhos e redomões contra lenços.
- Pelo baio! Luz e doble!...
- Pelo mouro! Doble e luz!...
Os corredores fizeram as suas partidas à vontade e depois as obrigadas; e quando foi na última, fizeram ambos a sua senha e se convidaram. E amagando o corpo, de rebenque no ar, largaram, os parelheiros meneando cascos, que parecia uma tormenta...
- Empate! Empate!, gritavam os aficionados ao longo da cancha por onde passava a parelha veloz, compassada como numa colhera.
- Valha-me a Virgem Madrinha, Nossa Senhora!, gemia o Negrinho. Se o sete léguas perde, o meu senhor me mata! Hip-hip-hip!...
E baixava o rebenque, cobrindo a marca do baio.
- Se o corta-vento ganhar é só para os pobres!... retrucava o outro corredor. Hip-hip!
E cerrava as esporas no mouro. Mas os fletes corriam, compassados como numa colhera.
Quando foi na última quadra, o mouro vinha arrematado e o baio vinha aos tirões... mas sempre juntos, sempre emparelhados. E a duas braças da raia, quase em cima do laço, o baio assentou de sopetão, pôs-se um pé e fez uma cara-volta, de modo que deu ao mouro tempo mais que preciso para passar, ganhando de luz aberta! 
E o Negrinho, de um pêlos, agarrou-se como um ginetaço.
- Foi mau jogo!, gritava o estancieiro.
- Mau jogo!, secundavam os outros da sua parceria.
A gauchada estava dividida no julgamento da carreira; mais de uma torena coçou o punho da adaga, mais de um desapresilhou a pistola, mais de um virou as esporas para o peito do pé... Mas o juiz, que era um velho do tempo da guerra de Sepé-Tiarayú, era um juiz macanudo, que já tinha visto muito mundo. Abanando a cabeça branca sentenciou, para todos ouvirem.
Lenda Negrinho do Pastoreio
- Foi na lei! 
A carreira é de parada morta; perdeu o cavalo baio, ganhou o cavalo mouro. Quem perdeu, que pague. 
Eu perdi cem gateadas; quem as ganhou venha buscá-las. 
Foi na lei! 
Não havia o que alegar. 
Despeitado e furioso o estancieiro pagou a parada, à vista de todos atirando as mil onças de ouro sobre o poncho do seu contrário, estendido no chão.
E foi um alegrão por aqueles pagos, porque logo o ganhador mandou distribuir tambeiros eleiteiras, covados de baeta e baguais e deu o resto, de mota, ao pobrerio. Depois as carreiras seguiram com os changueiritos que havia.
Lenda Negrinho do Pastoreio
O estancieiro retirou-se para a sua casa e veio pensando, pensando, calado, em todo o caminho. A cara dele vinha lisa, mas o coração vinha corcoveando como touro de banhado laçado a emia espalda... 
O trompaço das mil onças tinha-lhe arrebentado a alma.
E conforme apeou-se, da mesma vereda mandou amarrar o Negrinho pelos pulsos a um palanque e dar-lhe, dar-lhe uma surra de relho.
Na madrugada saiu com ele e quando chegou no alto da coxilha falou assim:
 - Trinta quadras tinha a cancha da carreira que tu perdeste: trinta dias ficará aqui pastoreando a minha tropilha de trinta tordilhos negros...
“O baio fica de piquete na soga e tu ficarás de estaca!”
Lenda Negrinho do Pastoreio
O Negrinho começou a chorar, enquanto os cavalos iam pasteando.
Veio o sol, veio o vento, veio a chuva, veio a noite. O negrinho, varado de fome e já sem forças nas mãos, enleiou a soga num pulso e deitou-se a um cupim.
Vieram então as corujas e fizeram roda, voando, paradas no ar e todas olhavam-no com os olhos reluzentes, amarelos na escuridão. E uma piou e todas piaram, como rindo-se dele, paradas no ar, sem barulho nas asas. O Negrinho tremia, de medo... porém de repente pensou na sua madrinha Nossa Senhora e sossegou e dormiu. E dormiu. Era já tarde da noite, iam passando as estrelas; o Cruzeiro apareceu, subiu e passou, passaram as Três Marias; a Estrela d’alva subiu... 

Então vieram os guaraxains ladrões e farejaram o Negrinho e cortaram a guasca da soga. O baio sentiu-se solto, rufou a galope, e toda a tropilha com ele, escaramuçando no escuro e desguaritando-se nas canhadas.
O tropel acordou o Negrinho; os guaraxains fugiram, dando berros de escárnio. Os galos estavam cantando, mas nem o céu nem as barras do dia se enxergava: era a cerração que tapava tudo.
E assim o Negrinho perdeu o pastoreio. E chorou.
O menino maleva foi lá e veio dizer ao pai que os cavalos não estavam. 
O estancieiro mandou outra vez amarrar o Negrinho pelos pulsos a um palanque e dar-lhe, dar-lhe uma surra de relho. 
E quando era já noite fechada ordenou-lhe que fosse campear o perdido.
Rengueando, chorando e gemendo, o Negrinho pensou na sua madrinha Nossa Senhora e foi ao oratório da casa, tomou o cotoco de vela aceso em frente da imagem e saiu para o campo. 
Por coxilhas, canhadas, nas becas dos lagões, nos paradeiros e nas restingas, por onde o Negrinho ia passando, a vela benta ia pingando cera no chão; e de cada pingo nascia uma nova luz, e já eram tantas que clareavam tudo. 
O gado ficou deitado, os touros não escarvaram a terra e as manadas chucras não dispararam... 
Quando os galos estavam cantando, como na véspera, os cavalos relincharam todos juntos. 
O Negrinho montou no baio e tocou por diante a tropilha, até a coxilha que o seu senhor lhe marcara.
E assim o Negrinho achou o pastoreio. E se riu...
Gemendo, gemendo, gemendo, o Negrinho deitou-se encostado ao cupim e no mesmo instante apagaram-se as luzes todas; e sonhando com a virgem, sua madrinha, o Negrinho dormiu. 
E não apareceram nem as corujas agoureiras nem os guaraxains ladrões; porém pior do que os bichos maus, ao clarear o dia veio o menino, filho do estancieiro e enxotou os cavalos, que se dispersaram, disparando campo fora, retouçando e desguaritando-se nas canhadas. 
O tropel acordou o Negrinho e o menino maleva foi dizer ao seu pai que os cavalos não estavam lá...
E assim o Negrinho perdeu o pastoreio. E chorou...
O estancieiro mandou outra vez amarrar o Negrinho pelos pulsos a um palanque e dar-lhe, dar-lhe uma surra de relho... Dar-lhe até ele não mais chorar nem bulir, com as carnes recortadas, o sangue vivo escorrendo do corpo... 
O Negrinho chamou pela Virgem sua madrinha e Senhora Nossa, deu um suspiro triste, que chorou no ar como uma música, e pareceu que morreu... E como já era noite e para não gastar a enxada em fazer uma cova, o estancieiro mandou atirar o corpo do Negrinho na panela de um formigueiro, que era para as formigas devorarem-lhe a carne e o sangue e os ossos... 
E assanhou bem as formigas; e quando elas raivosas, cobriram todo o corpo do Negrinho e começaram a trincá-lo, é que ele então se foi embora sem olhar para trás.
Nessa noite o estancieiro sonhou que ele era, ele mesmo, mil vezes e que tinha mil filhos negrinhos, mil cavalos baios e mil vezes mil onças de ouro... 
E que tudo isto cabia folgado dentro de um formigueiro pequeno...
Caiu a serenada silenciosa e molhou os pastos, as asas dos pássaros e a casca das frutas.
Passou a noite de Deus e veio a manhã e o Sol encoberto. 
E três dias houve cerração forte, e três noites o estancieiro teve o mesmo sonho. A peonada bateu campo, porém ninguém achou a tropilha e nem o rastro. 
Então o senhor foi ao formigueiro, para ver o que restava do corpo do escravo. Qual não foi o seu grande espanto, quando, chegado perto, viu na boca do formigueiro o Negrinho de pé, com a pele lisa, perfeita, sacudindo de si as formigas que o cobriam ainda!...
O Negrinho, de pé, e ali ao lado, o cavalo baio, e ali junto a tropilha dos trinta tordilhos... e fazendo-lhe frente, de guarda ao mesquinho, o estancieiro viu a madrinha dos que não a tem, viu a Virgem, Nossa Senhora, tão serena, pousada na terra, mas mostrando o céu... Quando tal viu, o senhor caiu de joelhos diante do escravo.
E o Negrinho, sarado e risinho, pulando de em pêlos e sem rédeas no baio, chupou o beiço e tocou a tropilha a galope.
E assim o Negrinho pela última vez achou o pastoreio. 
E não chorou, nem riu.
Correu no vizindário a nova do fadário e da triste morte do Negrinho devorado na panela do formigueiro. Porém logo, de perto e de longe, de todos os rumos do vento, começaram a vir notícias de um caso que parecia milagre novo...
E era, que os pastoreios e os andantes, os que dormiam sob palhas dos ranchos e os que dormiam na cama das macegas, os chasques que cortavam por atalhos e os tropeiros que vinham pelas estradas, mascates e carreteiros, todos davam notícia - da mesma hora - de ter visto passar, como levada em pastoreio, uma tropilha de tordilhos, tocada por um Negrinho, gineteando de em pêlo, em um cavalo baio!
Então, muitos acenderam velas e rezaram o Padre-Nosso pela alma do judiado. Daí por diante, quando qualquer cristão perdia uma coisa, o que fosse, pela noite velha o Negrinho campeava e achava, mas só entregava a quem acendesse uma vela, cuja luz ele levava para pagar a do altar de sua madrinha, a Virgem, Nossa Senhora, que o remiu e salvou e dera-lhe uma tropilha, que ele conduz e pastoreia, sem ninguém ver.
Todos os anos, durante três dias, o Negrinho desaparece: está metido em algum formigueiro grande, fazendo visitas às formigas, suas amigas; a sua tropilha esparrama-se; e um aqui, outro por lá, os seus cavalos retouçam nas manadas das estâncias. Mas ao nascer do sol do terceiro dia, o baio relincha perto do sei ginete; o Negrinho monta-o e vai fazer a sua recolhida; é quando nas estâncias acontece a disparada das cavalhadas e a gente olha, olha, e não vê ninguém, nem na ponta, nem na culatra.
Lenda Negrinho do Pastoreio
Desde então e ainda hoje, conduzindo o seu pastoreio, o Negrinho, sarado e risonho, cruza os campos, corta os macegais, bandeia as restingas, desponta os banhados, vara os arroios, sobe as coxilhas e desce às canhadas.
O Negrinho anda sempre à procura dos objetos perdidos, pondo-os de jeito a serem achados pelos donos, quando estes acendem um coto de vela, cuja luz ele leva para o altar da Virgem, Nossa Senhora, madrinha dos que a não tem.
Quem perder suas prendas no campo, guarde uma esperança; junto de algum moirão ou sob as ramas das árvores, acenda uma vela para o Negrinho do pastoreio e vá lhe dizendo:
- Foi por aí que eu perdi... Foi por aí que eu perdi!...
Se ele não achar... Ninguém mais.
Fonte: www.terrabrasileira.net
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/literatura-infantil-lendas-e-mitos-do-folclore/negrinho-do-pastoreio.php