Para prevenir câncer de mama faça check-ups regulares, exames de mama, faça mamograma na data certa e você tem boas chances de detectar o câncer de mama nos estágios iniciais. Mas e a prevenção? Há ações que possam reduzir os seus riscos? Sim, existem.
É verdade que fatos imutáveis como a genética, a bagagem médica familiar e simplesmente ter nascido mulher determinam grande parte do risco de desenvolver câncer de mama. E como todo câncer, o risco aumenta com a idade: para uma mulher de 30 anos, o risco de desenvolver a doença em um período de 10 anos é menor do que metade de 1%, ou 1 em 234, enquanto uma mulher de 60 anos corre risco de 3,5%, ou seja, 1 em 28.
Mas agora há evidências de que o estilo de vida influencie este risco. As escolhas mais impactantes incluem o consumo de álcool (nenhum é o melhor), a quantidade de atividade física (quanto mais, melhor) e se ela toma hormônios (quanto menos, melhor). Os médicos também motivam o manter peso em níveis baixos, pois a obesidade aumenta o risco durante os anos da menopausa.
O câncer de mama é uma doença que está ligada à quantidade de estrogênio no corpo e estes fatores aparentemente muito diferentes (álcool, atividade física e suplementos hormonais) afetam os níveis de estrogênio e outros hormônios.
Há fatores imutáveis como uma primeira menstruação precoce e parentes próximos com câncer, mas cada pessoa pode mudar muito sobre si mesma. Informação e conhecimento podem aumentar significativamente o poder preventivo.
Saiba o histórico médico de sua família, e mesmo que não haja incidência de câncer de mama não se acomode. Consulte um conselheiro genético se você está preocupada com o seu histórico familiar e pergunte se deveria fazer exames genéticos para detectar mutações que aumentam os riscos de câncer (mais comum em judeus asquenazes). Não esqueça que os genes do câncer de mama podem provir de ambos os lados da família, não apenas da sua mãe.
Entre os parentes os sinais mais alarmantes são o câncer pré-menopausa, câncer de mama bilateral (que surge em ambos seios) e câncer de ovário. Mas mesmo que ninguém em sua família tenha câncer isso não significa que você está a salvo, em realidade, apenas 10% das pacientes da doença possuem histórico familiar.
Fatores controláveis
Beba menos álcool ou corte-o de vez. Nesse ponto os estudos são bem consistentes: não existe nível seguro de ingestão de álcool. Mesmo uma taça de vinho por dia pode aumentar levemente seu risco. E ele aumenta quanto mais se bebe.
Malhação, malhação, malhação. A obesidade após a menopausa aumenta o risco de câncer de mama, portanto tente manter o peso em níveis saudáveis. Porém fazer exercício é benéfico independentemente do peso, e mesmo pouco exercício já é benéfico. Mulheres com sobrepeso que se exercitam têm chances menores do que mulheres magras que não são fisicamente ativas. O risco cai na mesma proporção em que se aumenta o vigor e as horas dos exercícios. Mulheres que fazem três horas de exercício vigoroso por semana tem 20% menos chance de contrair a doença.
Fatores mais difíceis de mudar
Amamente se puder. Menstruação precoce, menopausa atrasada, postergar a gravidez e nunca ter passado por uma gravidez completa aumentam o risco de câncer de mama, mas estes são fatores que não se pode mudar facilmente. Se você tiver um bebê, no entanto, você deve amamentar, quanto maior o período melhor, pois a amamentar reduz as chances de câncer de mama.
Tente evitar terapia com combinação de hormônios. A recomendação para todas as terapias hormonais é tomar a menor dose pelo período mais curto possível. O estrogênio é uma exceção a esta regra, pois, até o presente, suplementos com este hormônio não mostraram aumento no risco. Mas uma mulher que tenha tomado anticoncepcionais recentemente possui maiores riscos. É interessante utilizar métodos contraceptivos alternativos e evitar os hormônios chamados de naturais ou vegetais.
Saber é sempre melhor do que simplesmente confiar nos outros (ou no acaso)
Não basta ouvir que o resultado do exame foi negativo. Faça mamogramas regulares, mas se você possui o tecido do seio bastante denso, ou tem maior risco por outras causas, insista em fazer uma ressonância magnéticatambém.
Ter tecido mamário de alta densidade pode aumentar drasticamente o seu risco de desenvolver câncer de mama assim como descobrir hiperplasia atípica (ou crescimento celular anormal), que pode ser confirmado por uma biópsia. Depois de um mamograma converse com seu médico sobre os resultados, porque até nestes casos pode ser colhida informação importante.
Aprenda sobre a densidade das suas mamas. Se a biópsia mostra hiperplasia, seu médico pode colocá-la em um programa de químio-prevenção.
Se familiarize com seus próprios fatores de risco.
O seu risco pode ser maior do que o normal se você estiver acima da altura média; se for de classe média-alta (possivelmente relacionado à tendência de adiar a gravidez e em ter menos filhos); se nunca tiver levado uma gravidez a termo depois dos 30 anos; se você já teve câncer endometrial, de ovário ou de cólon; ou se foi exposta a doses altas de radiação no peito. Quaisquer destas situações a colocam em risco maior do que a média.