Sempre na minha mente e no coração...

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domingo, 7 de agosto de 2016

SEXTA-FEIRA NA FESTA DE ABERTURA - OLIMPÍADAS ... RIO 2016











Programação da abertura das Olimpíadas no Rio de Janeiro, em 2016


 
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Prepare a emoção e coração, pois o dia e o momento mais esperado por pessoas do mundo inteiro está chegando: A abertura das Olimpíadas 2016.

O evento, acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, no dia 05 de agosto, com horário de início previsto para às 19 horas 15, onde haverá a realização de um show preliminar. Já a cerimônia, propriamente, começará pontualmente às 20 horas e terá duração de 3 horas. Ou seja, será uma cerimônia daquelas, para ninguém colocar defeito, e para que o mundo inteiro nunca mais esqueça.
As atrações musicais que prometem fazer uma abertura inesquecível, já estão confirmadíssimas e são AnittaCaetano VelosoElza SoaresLudmillaGilberto Gil e Wesley Safadão. Porém, os horários e os detalhes de suas participações ainda não foram divulgados (Mas, assim que divulgarem, iremos contar no blog). 
Também já foi confirmada a presença ilustríssima da modelo Gisele Bündchen, que fará um desfile numa passarela que na verdade será criada virtualmente a partir de uma projeção do calçadão de Copacabana. O desfile terá como canção de fundo nada mais nada menos que a música “Garota de Ipanema” de Tom Jobim.
Já a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos está marcada para acontecer às 20 horas, do dia 21 de agosto e terá a duração de aproximadamente 2 horas.
Tanto a cerimônia de abertura quanto a de encerramento dos Jogos Olímpicos acontecerão no Estádio do Maracanã e serão transmitidas por canais de televisão do mundo inteiro.

Quem acenderá a Pira Olímpica da Abertura dos Jogos Olímpicos?

O grande ídolo do futebol no Brasil já tem sua presença ga-ran-ti-da na abertura das olimpíadas. A dúvida é se ele será agraciado com tanta honra de acender a Pira Olímpica.  E,apesar de ser o favorito por sua grande representatividade, o seu nome ainda não foi confirmado. Portanto, quem será esse ídolo? Você já imagina quem possa ser?
O acendimento da Pira Olímpica é um dos momentos mais aguardados da abertura dos Jogos Olímpicos e acontece apenas no encerramento da cerimônia.

O que podemos esperar da Abertura das Olimpíadas Rio 2016?

O time de diretores criativos para as olimpíadas 2016 é composto por Andrucha Waddington, Abel Gomes, Daniela Thomas e Fernando Meirelles.
A promessa deste grupo composto por feras criativas, segundo Daniela Thomas, é fazer a maior festa realizada no país. Como se trata de um evento mundial, onde todos os olhos estarão voltados para o Brasil, estima-se que mais de 3,5 bilhões de pessoas assistam à Abertura das Olimpíadas do Rio em 2016.
A abertura tem como principal proposta contar um pouco da história do Brasil e como se deu a construção da identidade do povo brasileiro, destacando a migração e a miscigenação. Ou seja, será um show no qual reforçará a mistura e os mais diversos costumes brasileiros.  
Bom, mas agora é só aguardar que o grande dia chegue, para que o Brasil e o mundo inteiro confira a abertura das Olimpíadas Rio 2016 mais incrível que já viram. 

Aluguel de temporada no Rio de Janeiro

Se você já garantiu seus ingressos para assistir os Jogos do Rio, o que está esperando para alugar um imóvel de temporada? Afinal, você precisa de um bom lugar para se hospedar.. E conforto de verdade, você sabe, só imóveis de temporada pode lhe dar. Além disso, é a maneira mais econômica de se hospedar no Rio de Janeiro no momento, portanto, se apresse.
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Abertura das Olimpíadas
BRASIL - RIO 2016

OLIMPÍADAS MODERNAS

OLIMPÍADAS MODERNAS

Embora sejam tratados como uma continuidade dos antigos Jogos Gregos, os Jogos Olímpicos modernos são uma tradição inventada


André Mendes Capraro  1/6/16


Quando se trata da Civilização Helênica, história e mito em vários momentos se fundem, ganhando certa unidade. Entretanto, na era moderna, as Olimpíadas apresentam contradições em comparação com os antigos Jogos Gregos. Os sociólogos Norbert Elias (1897-1990) e Eric Dunning, professor da Universidade de Leicester, na Inglaterra, refutam a ideia disseminada por muitos historiadores, que consideram o esporte como uma continuidade ou um “renascimento” de competições atléticas que teriam existido na Antiguidade. Eles afirmam que os jogos competitivos da Grécia clássica, normalmente identificados como o grande paradigma do esporte, apresentavam certas características próprias e se desenvolveram em condições muito distintas das que derivam os esportes atuais. Outro ponto de vista nesse mesmo sentido foi feito pela pesquisadora da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP), Katia Rubio, ao relatar que, diferentemente da cultura helênica, na qual o período dos Jogos representava um momento de trégua nas guerras e conflitos, as Olimpíadas Modernas já sofreram interrupções por duas grandes guerras e boicotes promovidos por Estados Unidos e União Soviética na década de 1980, indicando que o movimento olímpico não é tão apolítico como se proclama .Ao referir-se aos Jogos Olímpicos, o especialista em Grécia Antiga, Henri W. Pleket, lembra que as competições antigas aconteciam sempre no mesmo lugar: o santuário de Olímpia. Além disso, os principais símbolos das Olimpíadas modernas não têm nenhum tipo de ligação com os Jogos da Antiguidade. Este artigo apoia-se principalmente na formulação teórica dos historiadores ingleses Eric Hobsbawm e Terence Ranger, mais especificamente, no livro A Invenção das Tradições (1997). Nessa obra está descrito, em suma, que se inventam novas tradições quando ocorrem transformações que sejam ao mesmo tempo amplas e abrangentes nas sociedades modernas. O termo “tradição inventada” é utilizado num sentido amplo, porém definido e que inclui tanto as tradições realmente inventadas quanto aquelas que surgiram de maneira mais difícil de localizar e em um período limitado e determinado de tempo. Muitas vezes práticas de poucos anos se estabelecem com grande rapidez. Assim, Hobsbawm e Ranger consideram uma tradição inventada por:
Um conjunto de práticas, normalmente reguladas por regras tácitas ou abertamente aceitas. Tais práticas de natureza ritual ou simbólica visam inculcar certos valores e normas de comportamento através da repetição, o que implica, automaticamente, uma continuidade em relação ao passado, aliás, sempre que possível, tenta-se estabelecer uma continuidade com um passado histórico apropriado.
Em face desta afirmação levanta-se a seguinte questão: as Olimpíadas modernas podem ser compreendidas como uma tradição inventada?
Entre o antigo e o moderno
Os Jogos Olímpicos antigos eram festivais sagrados, nos quais os atletas competiam para servir aos deuses. Idealizadas pelo pedagogo e historiador francês, Pierre de Coubertin, seguidor da teoria darwinista, as Olimpíadas modernas nasceram sem vínculo religioso. Apesar disso, a maioria das publicações que tratam sobre o assunto repete a mesma história, normalmente preocupando-se em relatar o surgimento dos Jogos Antigos e seu ressurgimento em 1896, como Olimpíadas modernas. Por sinal, ao referir-se aos Jogos Olímpicos antigos, histórias diversas surgem para tentar explicar sua verdadeira origem. Na maioria das vezes, tais narrativas se preocupam apenas em citar que as Olimpíadas Modernas aparecem como uma continuação dos antigos Jogos Gregos.
Na verdade, não existem registros exatos sobre a origem dos Jogos Olímpicos antigos, mas sim, diferentes hipóteses sobre sua criação. Reforçando tal ideia, o pesquisador J.M.Neto acentua que a origem dos jogos antigos se perde no tempo e que não existe nenhum tipo de certeza em relação à data de início dos jogos e a razão para sua criação.
O professor de história do esporte Allen Guttmann (1938-2011) estabelece algumas características típicas do esporte moderno: secularidade, igualdade, especialização, racionalização, burocracia, quantificação e busca pela quebra de recordes. Tais características não são encontradas nos “esportes primitivos”.
Para o filósofo sérvio Ljubodrag Simonović, Coubertin usou o termo Jogos Olímpicos, não porque foi inspirado pela herança espiritual antiga, mas porque o tema apresentava um “caráter solênico”, onde viu uma denotação peculiar para as competições esportivas internacionais e planejava organizá-las e institucionalizá-las e continua: “Coubertin não tentou renovar os antigos Jogos Olímpicos para desenvolver o esporte, mas sim colaborar com o desenvolvimento da força nacional da França e sua expansão colonial”, afirma Simonovic. Tendo em vista as colocações e as diferenças apresentadas em relação aos Jogos Olímpicos antigos quando comparados aos Modernos, Hobsbawm e Ranger argumentam:
Na medida em que há referência a um passado histórico as tradições inventadas caracterizam por estabelecer com ele uma continuidade bastante artificial. Em outras palavras, elas são reações a situações novas, que assumem a forma de referência a situações anteriores ou estabelecem seu próprio passado através da repetição, quase que obrigatória.
Costume e tradição
Segundo o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Marcelo Proni, desde que foram concebidas em 1896, as Olimpíadas modernas, cresceram e ganharam símbolos e rituais próprios, tornando-se um evento singular no calendário esportivo mundial. Entretanto, é importante destacar que esses símbolos nada tinham a ver com os antigos Jogos gregos. Tais símbolos são considerados parte significativa de uma tradição, logo, são passíveis de mudanças. Para Hobsbawm e Ranger, as tradições devem ser, neste sentido, nitidamente diferenciadas dos “costumes” vigentes nas sociedades ditas “tradicionais”. Os objetivos e as características das tradições, inclusive das inventadas, é a invariabilidade. O passado real ou forjado a que se referem impõem práticas fixas, tais como a repetição. A característica de repetição foi utilizada por Coubertin ao tentar acentuar no final do século XIX que as Olimpíadas modernas se tratavam do mesmo evento que aconteceu na antiguidade grega. Além disso, as tradições podem evoluir ao longo do tempo ou se transformar de modo repentino. Dessa maneira, as tradições são inventadas e reinventadas o tempo todo – diferentemente dos costumes, que passam de geração a geração.
Os referidos símbolos apresentam-se aqui como tradições inventadas acerca dos jogos, como os anéis, a bandeira, o lema, a chama e o hino. Os cinco anéis representam os cincos continentes, embora não haja uma especificação de cada anel para um determinado continente. Eles são entrelaçados para mostrar a universalidade do olimpismo e do encontro de atletas do mundo todo durante as Olimpíadas. Também foi Coubertin que projetou a bandeira olímpica e a apresentou em junho de 1914, em Paris, onde, os anéis apareciam num fundo branco. A bandeira reforça a universalidade do movimento olímpico, como se trouxesse consigo todos os países do mundo. 
A tocha olímpica foi apresentada pela primeira vez em 1936, nos Jogos de Berlim. Muito embora seja afirmado que sua gênese foi na Grécia antiga, ela não fazia parte dos Jogos Antigos. Outra tradição seria a antiga frase “O importante não é vencer, mas sim participar”, creditada, na maioria das vezes, ao próprio Pierre de Coubertin, mas sendo proferida pela primeira vez em 1908 pelo bispo da Pensilvânia durante um sermão aos atletas que disputariam as Olimpíadas de Londres.
Assim como os símbolos citados acima não faziam parte desse passado, ora remoto, ora recente, também apareceram outros no decorrer da história, que serão apontados aqui como as novas tradições inventadas. Destacam-se: o percurso mundial da tocha olímpica, os mascotes, a escolha das cidades-sedes e os cartazes oficiais. Sobre o percurso da tocha olímpica, no entendimento dos pesquisadores Luis Henrique Rolim e Janice Zarpellon, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e ainda de Nelson Todt, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), “a corrida de revezamento da tocha olímpica é uma tradição inventada, que foi constituída com base em ideias nacionalistas para a abertura da Olimpíada de Berlim em 1936”. Foi somente nas Olimpíadas de Atenas (2004) que a tocha olímpica efetivamente percorreu todos os continentes, passando inclusive pelo Brasil. Ainda no âmbito das tradições inventadas, surgem novas alegorias que tentam cativar o público. Outro exemplo são os mascotes, parte do conjunto de merchandising das Olimpíadas. O primeiro mascote oficial surgiu em 1972, em decorrência do sucesso de Schuss (mascote não oficial da Olimpíada de Inverno de Genebra em 1968), o escolhido pelos anfitriões alemães foi o cãozinho da raça basset, chamado de Waldi. 
Devido à resposta favorável do público, a partir de então todas as Olimpíadas têm adotado seus mascotes oficiais: Amik, em Montreal, o urso Misha, em Moscou, a águia Sam, em Los Angeles, o tigre Hodori, em Seul, o cãozinho Cobi, em Barcelona, o Izzy, em Atlanta, Ollie, Syd e Millie, em Sidney, Phevos e Athena,em Atenas e em Pequim. Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini. Fonte L. Silvino. As mascotes olímpicas”. 
Mascotes dos próximos Jogos Olímpicos: Vinícius e Tom, que representam respectivamente a fauna e a flora brasileiras.
Outro fato que gera expectativas é a escolha das cidades-sedes. As cidades que se candidatam passam por uma rigorosa seleção. Uma delas é escolhida e apresentada ao público pelo COI. Se no final do século XIX, apenas Atenas se apresentava disposta a sediar as Olimpíadas, no decorrer do século XX, as disputas entre as cidades candidatas a sediar as Olimpíadas tornaram-se cada vez mais acirradas. Para o processo de seleção entre as cidades são avaliados critérios como: as instalações poliesportivas existentes e sua adaptação; criação de um novo projeto olímpico; repasse das instalações para a população; apoio da população civil; estrutura de turismo e de lazer; sistema de transporte; facilidade de telecomunicações; segurança; deslocamentos; alinhamento do projeto urbano com o projeto olímpico; entre outros.
Ainda existem outras tradições recentes que nasceram a partir do desenvolvimento das Olimpíadas Modernas, como as vilas olímpicas, que surgiram em Berlim em 1936; as medalhas, instituídas em 1904 nos Jogos de Saint Louis; o Museu Olímpico, inaugurado em 1993 pelo então presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Juan Antônio Samaranch, na Suíça; e os selos comemorativos, em 1896.
Selos confecionados em homenagem às Olimpíadas do Rio de Janeiro. Reprodução/Comitê Rio2016.
Inventando tradições
Todos os símbolos associados às Olimpíadas Modernas fazem parte de um conjunto de tradições inventadas e estas tendem a persistir. Assim, é possível afirmar que houve uma espécie de equilíbrio entre modernidade e tradição, considerando que as sociedades ditas “tradicionais” mantêm elementos como a família, a religião, a língua e o trabalho. Nesse sentido, essa ascensão retrata uma proposital exaltação da Antiguidade numa alusão de continuidade acerca dos antigos jogos. Por outro lado, o seu declínio favoreceu o esquecimento dos rituais sagrados, substituídos por rituais pomposos e espetacularizados, como os observados nas Olimpíadas modernas.
Em síntese, a partir de autores como Eric Hobsbawm, Norbert Elias, Eric Dunning e Allen Guttmann, é possível afirmar categoricamente que os jogos gregos tinham características bem específicas: eram manifestações populares e religiosas para homenagear os deuses, realizados sempre no mesmo lugar, no santuário de Olímpia, tendo como objetivo principal vencer para agradar às divindades. Em contrapartida, ainda de acordo com os referidos autores, as Olimpíadas modernas contemplam apenas o esporte: práticas competitivas com regras pré-estabelecidas, sem nenhum vínculo religioso, apresentando como uma de suas principais características o rendimento. Sem contar outra diferença fundamental: o nível de violência que nos esportes modernos é sensivelmente mais tênue do que nos jogos gregos. Portanto, partindo da compreensão do esporte como um fenômeno moderno, ressalta-se que esse “ressurgimento dos Jogos Olímpicos e seus novos elementos”, tratados por alguns autores como continuidade, podem ser compreendidos aqui como uma tradição inventada.
Este texto é uma versão adaptada do artigo “Olimpíadas Modernas: a história de uma tradição inventada”, publicado originalmente na revista Pensar a prática, v. 12, nº 1, 2009. A reprodução foi autorizada pelos autores. Adaptação Patrícia Mariuzzo. A versão original pode ser acessada clicando aqui.

André Mendes Capraro
Doutor em História pela Universidade Federal do Paraná, professor adjunto e coordenador do Centro de Memória do Departamento de Educação Física na mesma instituição. 
Mariza Antunes de Lima, graduada em Educação Física pela Universidade Positivo, pesquisadora júnior do Núcleo de Pesquisa Futebol & Sociedade e professora da rede pública de ensino. 
Clóvis J. Martins, graduado em Educação Física pela Universidade Positivo e pesquisador júnior do Núcleo de PesquisaFutebol & Sociedade.
http://pre.univesp.br/olimpiadas-modernas#.V6bBI9LR_Dc

História: Os Jogos Olímpicos da Era Moderna

História: Os Jogos Olímpicos da Era Moderna

7 de Agosto, 2008 - 00:00h
As escavações que começaram em 1875 em Olímpia excitaram a imaginação de muita gente na Europa. O ideal grego de perfeição física e espiritual andava esquecido e o conhecimento sobre os Jogos Olímpicos era quase nulo, a ponto de o assunto ser tratado como uma lenda.
Adaptado do site brasileiro Opinião e Notícia
Uma das pessoas que se entusiasmou ao ouvir o relato das descobertas na Grécia foi o barão francês Pierre de Coubertin (1863-1937). Ele achava que o povo francês andava com a moral muito baixa, passados mais de 50 anos de decadência após a derrota de Napoleão, e a volta do ideal olímpico seria uma maneira de levantar essa moral. Em 15 de Janeiro de 1894, Coubertin enviou uma carta aos principais órgãos desportivos de vários países, conclamando-os a colaborar na volta dos Jogos Olímpicos. Após longas negociações, o governo grego concordou em realizar os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna.
As negociações foram longas porque a Grécia estava em má situação financeira e não queria assumir os custos dos Jogos. Além disso, houve forte pressão dos Estados Unidos e da Inglaterra no sentido de os Jogos se chamarem Pan-Britânicos e se realizarem nos EUA. Só depois de muito esforço, ajuda de outros países, e doações em dinheiro da população grega, é que o governo da Grécia aceitou a ideia. Um antigo estádio que fora construído em Atenas em 300 A.C. foi todo reconstruído em mármore, e os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna aconteceram em 1896.
Compareceram 13 países, com um total de 195 atletas, todos homens. Foram realizadas 42 provas dentro de dez modalidades diferentes. Os Jogos duraram de 6 a 15 de Abril. A primeira medalha de ouro foi do americano James Conally, no salto-triplo. Caracterizando o espírito amador dos Jogos, ele tinha ido para lá por conta própria. Nesta primeira competição da Era Moderna, o número de provas já foi muito maior do que nos Jogos antigos.
Os Estados Unidos ficaram em primeiro lugar na contagem de medalhas de ouro, mas no número total de medalhas a Grécia ficou em primeiro. O fato de o país sede ganhar mais medalhas ia repetir-se algumas vezes no início dos Jogos, isso porque eles inscreviam muito mais atletas do que os outros países, que levavam equipes pequenas. França, Hungria, Áustria, Austrália, Dinamarca e Suíça também chegaram ao topo do pódio nesta edição do evento.
Um ano após Atenas, foi realizado um congresso para decidir sobre o futuro dos jogos. A maioria dos presentes preferia mantê-los permanentemente em Atenas, mas Coubertin fez prevalecer a sua ideia de variar o país-sede. A cidade de Paris, então, foi escolhida para sediar os Jogos de 1900. O número de países participantes aumentou para 21, e desta vez participaram 11 mulheres. O número de provas aumentou, e com o desenvolvimento dos Jogos, a cada ano eram acrescidas novas provas, às vezes algumas eram abandonadas.
Concomitante aos Jogos Olímpicos de Paris, em 1900, acontecia uma grande Exposição Universal e a Torre Eiffel estava a ser também inaugurada. Com isso, o evento desportivo não recebeu atenção da imprensa ou do governo, foi tudo improvisado. As provas de natação foram realizadas num trecho do rio Sena e as de atletismo num local pouco apropriado, no Bois de Boulogne, com o chão esburacado e com árvores a atrapalhar as provas de arremesso.
Houve discussões entre os franceses, que não queriam provas no dia 14 de Julho - data nacional - e os americanos, que não queriam provas aos domingos por razões religiosas. O vencedor da maratona foi o parisiense Michel Théato, que era um entregador de pão em Paris. Como a corrida foi disputada nas ruas da cidade, o facto de ele conhecer bem os trajectos ajudou-o a chegar quatro minutos e meio na frente do segundo colocado. Houve acusações de que ele tivesse cortado caminho, mas a vitória foi oficializada. Os Jogos acabaram com a França em primeiro lugar em número de medalhas, tanto de ouro como no total, e os Estados Unidos em segundo. A maioria dos outros países europeus conseguiu medalhas, assim como Canadá e Austrália (ambos de cultura inglesa) e, para surpresa geral, Cuba.
Como veremos adiante, acusações de fraude continuaram a ocorrer enquanto a direcção de cada Olimpíada ficou por conta de cada país-sede. Mais tarde, quando o Comité Olímpico impôs regras uniformes e a adopção de juízes neutros em cada prova, o problema terminou.
A fase inicial
As Olimpíadas seguintes, em 1904, ocorreram na cidade de Saint Louis, no estado de Missouri, Estados Unidos. Mais uma vez cometeu-se o erro de fazer coincidir os Jogos com uma grande exposição mundial, o que levou a um fracasso. Além disso, os americanos cometeram o absurdo de criar competições em separado para "não brancos", em dias denominados "dias antropológicos". Foram os primeiros e únicos Jogos Olímpicos modernos racistas (as antigas Olimpíadas, na Grécia, eram racistas, mas naquele tempo isso era a norma).
Na maratona houve mais uma tentativa de fraude. No meio da prova, um corredor americano chamado Fred Lordz pediu boleia a um carro, dizendo que estava cansado e ia para casa. O carro deixou-o perto da chegada e ele disfarçou e entrou no estádio a correr, fingindo que era o vencedor. Alice Roosevelt, filha do presidente Theodore Roosevelt, já ia dar-lhe o prémio quando o motorista que dera a boleia chegou e desmascarou o malandro.
As Olimpíadas de Saint Louis foram pequenas e mal organizadas, com pouco mais de 500 participantes, dos quais oito mulheres.  
Os Jogos Olímpicos seguintes, em Londres, em 1908, mais uma vez desapontaram. Havia uma feira, a franco-britânica, que tirou o brilho dos jogos. Choveu quase o tempo todo, o que atrapalhou bastante. E pior: os ingleses impuseram as suas próprias regras às competições, ignorando as sugestões do Comité Olímpico. Todos os juízes eram ingleses. Essa atitude foi tão radical que a partir daí o Comité conseguiu impor a sua disciplina, que passou a ser aceita por todos nas Olimpíadas seguintes.
Na corrida de 400m houve um pequeno escândalo. O favorito era um inglês, e os juízes acharam que dois corredores americanos lhe haviam barrado a passagem, terminando a prova em primeiro e segundo lugares, com o inglês em terceiro. Os juízes ordenaram que a prova fosse disputada novamente. Os americanos se recusaram, o inglês correu sozinho e levou a medalha de ouro. A Inglaterra ganhou o primeiro lugar na contagem de medalhas, com os Estados Unidos em segundo.
Os jogos modernos atingem a maioridade
Os próximos Jogos Olímpicos, de 1912, foram em Estocolmo. O número de atletas ultrapassou a barreira dos dois mil, com mais de 50 mulheres. Pela primeira vez, todo o evento foi muito bem organizado, criando um exemplo para o futuro.
Vários acontecimentos insólitos marcaram estes Jogos: um índio americano chamado Jim Thorpe ou, na sua língua natal, Wa To Huck, ganhou duas medalhas de ouro, no pentatlo e no decatlo. Quando voltou para casa após o fim dos jogos teve que devolvê-las por ter sido acusado de profissionalismo já que uma vez, anos antes, recebera 20 dólares como ajuda de custo para participar de uma excursão de um time de beisebol. As medalhas de ouro passariam para um sueco e um norueguês, respectivamente. Os dois, numa belíssima demonstração de cavalheirismo e espírito desportivo, recusaram as medalhas.
Na maratona houve também um fato incomum: Francisco Lázaro, um carpinteiro português de 23 anos, porta-bandeira da primeira delegação portuguesa aos Jogos, disse antes da corrida: "ou ganho ou morro". Pois morreu mesmo, durante a corrida, de esgotamento e insolação. Nesses Jogos foi aberta a participação nas competições de natação às mulheres, que até então só podiam participar de patinagem, tiro-ao-alvo e ténis. Outra novidade que surgiu na natação foi um novo estilo chamado crawl, usado por um havaiano nos 100m nado livre.
Houve mais uma surpresa: competições de Belas Artes, um dos sonhos do Barão de Coubertin, com concursos de pintura, arquitectura, literatura, escultura e música. No concurso de literatura ganhou um poema sobre o desporto, escrito por um autor que se apresentou com pseudónimo. Mais tarde soube-se que o dono do pseudónimo era o próprio Barão de Coubertin.
Ao final dos Jogos, a Suécia, país-sede, ficou em primeiro lugar e os Estados Unidos em segundo.
No ano de 1916 não houve Olimpíadas por causa da Primeira Guerra Mundial, que estava em pleno andamento. Em 1920 foi a vez de Antuérpia, na Bélgica. Inaugurou-se aí a bandeira com os cinco círculos interligados, que até hoje é o símbolo do acontecimento.
Uma curiosidade foi o imigrante irlandês radicado nos Estados Unidos, John Kelly, pai da actriz Grace Kelly, futura princesa de Mónaco, que venceu a prova individual de remo.
Os Jogos de 1924 foram realizados em Paris, agora com organização impecável. Uma das grandes estrelas da vez foi o finlandês Paavo Nurmi, o maior corredor da sua geração. Neste e em futuros Jogos ele ganharia um total de nove medalhas de ouro e três de prata, batendo 24 recordes mundiais. Na natação, um jovem americano de 17 anos, chamado Johnny Weissmuller, ganhou três medalhas de ouro. Depois tornar-se-ia actor, vivendo o papel de Tarzan em diversos filmes. O país vencedor destes Jogos foram os Estados Unidos, seguidos da França.
Em 1928 os Jogos aconteceram em Amsterdão, na Holanda. Foi a primeira vez em que se acendeu a chama olímpica, trazida da Grécia. Desta vez permitiram que as mulheres participassem do atletismo. Aos poucos o sexo feminino ia se aproximando do seu ideal de obter direitos iguais aos dos homens. Os finlandeses brilharam, com Paavo Nurmi e outros ganhando muitas medalhas, principalmente em corridas. O americano Johnny Weissmuller novamente ganhou três medalhas de ouro na natação, provando ser o melhor nadador do mundo da época. Acabados os Jogos, os Estados Unidos ficaram em primeiro lugar, a Alemanha em segundo e a Finlândia em terceiro. Foi a primeira vez que o país-sede não ficou num dos dois primeiros lugares.
Interessante notar que dez anos após o fim da Primeira Guerra Mundial, perdida pela Alemanha, esta recuperara a sua posição de grande desportista. Quanto à Rússia, que antes da guerra participara dos Jogos, passados agora onze anos da Revolução Comunista de 1917, ainda optava por não participar. Só viria a fazê-lo após a Segunda Guerra Mundial, quando teria uma grande equipe desportiva.
Los Angeles, 1932. Houve um erro dos juízes numa corrida de 3.000m, deixando que os corredores disputassem uma volta a mais: com isso o finlandês que estava em primeiro deixou de ganhar. Além disso, o grande finlandês Paavo Nurmi foi proibido de competir, sob acusação de profissionalismo.
Dois fatos pitorescos aconteceram: a equipe argentina rebelou-se contra o chefe de sua delegação, e promoveu desordens na Vila Olímpica. Ao chegar de volta ao seu país, foram todos parar à cadeia. A equipe brasileira, de 69 atletas, viajou sem apoio oficial. Foram num cargueiro de café, com a ideia de ir vendendo café em cada porto de escala do navio, conseguindo assim dinheiro para a viagem e demais despesas. Apenas 45 chegaram a Los Angeles, e nenhum ganhou medalha.
O primeiro lugar nesses Jogos, como era de se esperar, ficou com os Estados Unidos. A Alemanha caiu para nono lugar.
Berlin, 1936. Hitler estava no poder há três anos, e sem dúvida já pensava na sua Segunda Guerra Mundial, que iniciaria três anos depois. Era um mestre da propaganda política, e resolveu usar as Olimpíadas como instrumento de publicidade do seu regime e da raça branca, que afirmava ser superior às outras.
Essa foi a maior competição até então. O número de participantes masculinos foi a 3600, e femininos 328, representando 49 países.
No atletismo, a Finlândia confirmou a sua tradição, ganhando muitas provas, e ficando em quinto lugar no total dos Jogos - um óptimo resultado para um país pequeno. Até aí, tudo saiu bem para Hitler: os finlandeses eram de pura raça branca. Já a maratona foi vencida por um japonês, de raça amarela. A maior decepção para Hitler, porém, foi o desempenho do atleta negro americano Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro em salto em distância e corridas. Eram justamente as provas em que a Alemanha esperava brilhar. À medida que Owens ganhava cada prova, Hitler ia ficando mais irritado, e mandava algum assessor entregar a medalha, em vez de fazê-lo ele mesmo. Quando o americano venceu a quarta prova, o ditador retirou-se do estádio, furioso. Jesse Owens passou para a história como símbolo da estupidez das teorias racistas de Hitler. O seu recorde mundial no salto em distância, de 8,06m só foi superado 24 anos depois, em 1960.
Terminados os jogos, os Estados Unidos ficaram em primeiro lugar nas medalhas de ouro, mas perderam para a Alemanha no total de medalhas.
Devido à Segunda Guerra Mundial, não se realizaram as Olimpíadas em 1940 e 1944.
Pós-guerra: o crescimento do bloco soviético
Em 1948, os Jogos foram realizados em Londres. Alemanha e Japão não foram convidados, ainda por causa do ressentimento da guerra.
Um grande destaque dessas Olimpíadas foi o corredor checo Zatopek, que ganhou a medalha de ouro dos dez mil metros. Outro destaque foi Fanny Cohen, holandesa de 30 anos de idade, mãe de dois filhos, que surpreendeu todo o mundo ao ganhar quatro medalhas de ouro em atletismo.
No final, os Estados Unidos ficaram em primeiro lugar, a Suécia em segundo. A Inglaterra, país sede, ficou em décimo segundo, reflectindo ainda os efeitos da guerra, com o abandono dos desportos e a morte de milhares de jovens soldados.
Em 1952 foi a vez de Helsinquía, na Finlândia. Compareceu um número recorde de 69 países, com mais de 5.000 participantes masculinos e mais de 500 femininos.
O checo Zatopek venceu os 5.000m, os 10.000m e a maratona, e a sua mulher Dana o arremesso de dardo. A tocha olímpica entrou no estádio trazida pelo grande corredor finlandês Paavo Nurmi, aquele que tinha sido afastado dos Jogos de Los Angeles por ser acusado de profissionalismo.
Pela primeira vez a União Soviética compareceu - e veio com uma grande delegação. Acabados os jogos, ela estava em primeiro lugar no número total de medalhas. Em medalhas de ouro, entretanto, os Estados Unidos ganharam. Ficou claro que os russos estavam a preparar-se há décadas, e vieram para brilhar.
Em 1956 chegou a vez do Hemisfério Sul. Pela primeira vez as Olimpíadas atravessaram o Equador, e foram para Melbourne, na Austrália. A União Soviética teve uma vitória completa, ficando em primeiro em medalhas de ouro, de prata e bronze. Os Estados Unidos vieram logo atrás, e em terceiro ficou a Austrália. A Alemanha Oriental, que mais tarde se firmaria como grande potência desportiva ainda não aparecia, nessa época.
Em Roma, em 1960, estreou a cobertura ao vivo pela televisão. Destaque para o etíope Abebe Bikila, que venceu a Maratona correndo descalço. Quatro anos depois ele adoptaria o uso de sapatos, e venceria de novo. Num dos maiores erros cometidos na história dos Jogos Olímpicos, na prova de natação de 100m os juízes deram a vitória a um australiano, deixando em segundo lugar um americano. Mais tarde filmes de cinegrafistas amadores mostraram que eles erraram.
No total, a União Soviética ganhou novamente, os Estados Unidos ficaram em segundo, a Itália, país-sede, ficou em terceiro.
Tóquio foi a sede dos Jogos em 1964. Foi o ano de entrada do voleibol nas Olimpíadas. No boxe, o americano Joe Frazier ganhou a medalha de ouro no peso-pesado. Esse lutador esteve activo durante muito tempo, chegando a campeão mundial, e perdendo a supremacia para Cassius Clay (que depois mudou de nome para Mohamed Ali).
Os Estados Unidos retomaram a liderança, ficando em primeiro lugar, com a União Soviética em segundo, e o Japão em terceiro.  
México, 1968. Esses Jogos foram marcados pela tragédia causada pela polícia, que matou 70 estudantes durante uma manifestação. Esse foi o ano dos grandes protestos mundiais. Foi quando os estudantes franceses se levantaram e levaram à queda do governo do General de Gaule, foi o ano de grandes protestos estudantis no Brasil, e era época dos grandes conflitos raciais nos Estados Unidos. Foi também o ano dos assassinatos de Robert Kennedy e do líder negro Martin Luther King. Reflectindo esse clima, diversos atletas negros americanos, ao receberem as suas medalhas, fizeram a saudação característica do movimento "Black Power", erguendo os braços com os punhos fechados.
Nessas Olimpíadas foram inaugurados grandes progressos técnicos: laboratórios para exame de doping e determinação de sexo, células foto-eléctricas para definir o vencedor nas corridas, cronómetros modernos, etc.
Os Estados Unidos acabaram em primeiro lugar, seguidos da União Soviética. A Alemanha Oriental, que até agora não tinha participado, desta vez veio e ficou em quinto lugar.
Munique, 1972. Nesse ano houve grande crescimento das Olimpíadas. Vieram 123 países, com 8.500 participantes masculinos e 1.600 femininos. Foram disputadas 205 diferentes provas.
Estes Jogos foram marcados por uma grande tragédia. O grupo palestiniano Setembro Negro invadiu o edifício onde estava hospedada a delegação de Israel e prendeu como reféns os atletas israelitas, pedindo a libertação de 200 palestinianos presos, em troca da vida dos reféns. A polícia fingiu concordar com a exigência, e os guerrilheiros partiram para o aeroporto levando os reféns. Lá foram atacados pela polícia, e no tiroteio morreram 5 palestinianos e 11 atletas israelenses.
A ginasta russa Olga Korbut encantou o mundo com sua graça, e ganhou 3 medalhas de ouro. Desde então, as ginastas da Europa Oriental têm fascinado o mundo nas Olimpíadas.
O nadador americano Mark Spitz ganhou sete medalhas de ouro, façanha inédita. Ao final, União Soviética em primeiro, Estados Unidos em segundo, Alemanha Oriental em terceiro e o país-sede, Alemanha Ocidental, em quarto.
Montreal, 1976. Inaugurando uma era de utilização dos Jogos Olímpicos para finalidades políticas, houve uma série de protestos, inicialmente contra Taiwan e, em seguida, contra a Nova Zelândia acusada de racismo por ter boas relações com a África do Sul. Vinte e três países retiraram-se.
Destaques para: Edwin Moses no atletismo, atleta esse que continuou uma carreira brilhante durante longo período; a ginasta romena Nádia Comaneci, com três medalhas de ouro; no box, no peso super-ligeiro, medalha de ouro para "Sugar" Ray Leonard, que nos quinze anos seguintes foi talvez o maior boxeador do mundo, e nos meio-pesados ganhou Leon Spinks, que também fez carreira profissional brilhante. Resultado final: União Soviética em primeiro, Alemanha Oriental em segundo, para surpresa mundial, já que era a primeira vez que os Estados Unidos não estavam entre os dois primeiros, mas sim em terceiro.
Moscovo, 1980. Devido à invasão do Afeganistão pela União Soviética, o presidente Carter, dos EUA, não permitiu que o seu país participasse das Olimpíadas. A Alemanha, o Canadá e o Japão acompanharam a sua decisão. A festa de abertura foi muito bonita, com um trecho da plateia ocupado por jovens que formavam quadros coloridos através do jogo de cores que faziam ao movimentar painéis coloridos que seguravam. Na festa de despedida repetiram-se esses quadros, com a figura do ursinho que era o símbolo dos Jogos de Moscou, o qual deixava correr do seu olho uma lágrima.
A romena Nádia Comaneci brilhou de novo na ginástica. No primeiro lugar acabou a União Soviética, depois a Alemanha Oriental, em terceiro a Bulgária e em quarto Cuba, dando assim uma vitória retumbante para o chamado bloco socialista, tornada possível pela ausência de Estados Unidos e seus aliados.
Los Angeles, 1984. Em clara represália ao boicote a Moscovo, a Rússia e os seus principais aliados não compareceram aos Jogos, usando um pretexto ligado a acusações de racismo. Carl Lewis, um grande atleta negro americano, ganhou quatro medalhas de ouro no atletismo, repetindo a façanha de Jesse Owens quase 50 anos antes. O português Carlos Lopes venceu a Maratona, conquistando pela primeira fez uma medalha de ouro para Portugal.
No resultado geral os Estados Unidos, como era inevitável, ficaram em primeiro, a Roménia - um dos poucos países do bloco comunista a comparecer - em segundo, e a Alemanha Ocidental em terceiro.
Seul, 1988. A capital da Coreia do Sul foi o local escolhido para as Olimpíadas desta vez. Cuba e Coreia do Norte boicotaram os Jogos. Ainda assim, o número de países participantes foi a 160, caracterizando o maior acontecimento desportivo da história.
Havia medo de a Coreia do Norte tentar atrapalhar os Jogos com alguma acção hostil. A perspectiva de protestos estudantis também preocupava. Em consequência a presença policial nas ruas era muito grande, e a TV mostrou cenas violentas de confrontos entre estudantes e polícia. Mas nada de sério ocorreu, e os Jogos decorreram normalmente.
Um dos factos que mais chamou a atenção desta vez foi a bela vitória do canadiano Ben Jonhson sobre Carl Lewis nos cem metros, e a posterior desclassificação do vencedor por ter usado drogas que melhoravam sua performance. Foi o primeiro escândalo de doping na história das Olimpíadas.
Na classificação geral, a União Soviética ficou em primeiro, a Alemanha Oriental em segundo, e os Estados Unidos em terceiro.
Em 1992, foi a vez de Barcelona, na Espanha, sediar as Olimpíadas e o evento foi marcado por grandes transformações. Desde os Jogos de Seul em 1988, a geopolítica do mundo tinha mudado. A Alemanha reunificou-se com a queda do muro de Berlim em 1989 e levou uma única equipe para Barcelona. Em 1991, a União Soviética foi dividida em 15 nações independentes e no ano seguinte, três delas - Estónia, Letónia e Lituânia - levaram equipes próprias para os Jogos. As outras 12 repúblicas da ex-URSS participaram unidas sob o nome de "Comunidade dos Estados Independentes" (CEI), ficando em primeiro lugar no quadro de medalhas, seguida por Estados Unidos e Alemanha.
Com o desmembramento da Jugoslávia em quatro partes, Bósnia-Herzegovina, Croácia e Eslovénia participaram da competição pela primeira vez. Devido às agressões militares contra bósnios e croatas, a Jugoslávia foi sancionada pela ONU e proibida de enviar uma equipe nacional, mas os atletas jugoslavos puderam inscrever-se como "participantes olímpicos independentes". A África do Sul tinha decretado o fim do apartheid e pôde voltar a participar das Olimpíadas. Cuba e Coreia do Norte também retornaram aos Jogos.
Pela primeira vez desde os Jogos de Munique em 1972, os Jogos Olímpicos aconteceram sem nenhum boicote. Participaram 169 nações, totalizando 9.356 atletas. O Comité Olímpico Internacional (COI) autorizou a participação de atletas profissionais a partir desta Olimpíada. Com isso, a equipe norte-americana de basket formado pelos astros da NBA foi o grande destaque em Barcelona. Outro fato marcante foi a vitória da etíope Derartu Tulo na prova dos 10.000m femininos, tornando-se a primeira africana negra a conquistar a medalha de ouro nas Olimpíadas.
Atlanta, 1996. A data marcava a comemoração de 100 anos dos Jogos Modernos, desde Atenas-1896. Era de se esperar que o evento fosse na cidade grega, mas por pressão dos patrocinadores, Atlanta (EUA) foi escolhida como sede. Foram as primeiras Olimpíadas totalmente financiadas por empresas privadas.
A competição contou com a participação de todos os 197 países membros do COI e com um número recorde de 10.318 atletas. Mas uma tragédia deixou o centenário dos Jogos marcado pela violência: um atentado a bomba no Parque Centenário, no centro da cidade, matou duas pessoas e deixou mais de 100 feridos. As competições desportivas não foram suspensas e no dia seguinte a Olimpíada continuou. O responsável pela explosão, o norte-americano Eric Rudolh, só foi preso em 2003.
Na classificação geral, Estados Unidos em primeiro, Rússia em segundo e Alemanha em terceiro.
Sydney, 2000. Os australianos foram excelentes anfitriões e fizeram os Jogos mais organizados da história, com grande preocupação com o meio ambiente. Pela primeira vez, a organização do evento foi acompanhada por grupos ecológicos.
As Olimpíadas de Sydney representaram também um novo recorde: 199 países participaram, com um total de 10.651 mil atletas. Dos 200 membros do COI, só o Afeganistão ficou de fora, proibido de participar por uma retaliação ao regime dos Taliban. Num episódio memorável, as duas Coreias, embora com equipes distintas, desfilaram na cerimónia de abertura sob uma mesma bandeira. E os atletas de Timor Leste, nação que acabara de se separar da Indonésia, ainda sem hino nem bandeira, desfilaram como participantes independentes.
O grande campeão das Olimpíadas foi novamente os EUA. Rússia ficou em segundo e China em terceiro. A Austrália, anfitriã do evento, ficou apenas em quarto.
Atenas, 2004. Os Jogos Olímpicos finalmente voltaram ao seu local de origem. Temia-se que a capital grega não fosse dar conta da organização do evento, mas tudo correu bem. Na cerimónia de abertura, os gregos deram um espectáculo que remetia à Antiguidade e à criação das Olimpíadas.
Foram os maiores Jogos da história até então, com 201 países participantes e 10.625 atletas. Infelizmente, a quantidade de casos de doping confirmados também marcou Atenas-2004. Como resultado de uma rígida política de controle, foram registrados 24 casos positivos.
O grande destaque dos Jogos foi o nadador norte-americano Michael Phelps, que conquistou seis medalhas de ouro e duas de bronze.
O fato mais marcante e lamentável veio da maratona, quando o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima liderava a prova e foi agarrado por um manifestante religioso, o padre irlandês Cornélius Horan, que furou o esquema de segurança. Vanderlei só conseguiu voltar à corrida com a ajuda de outro espectador, mas perdeu o ritmo e acabou em terceiro. Junto com o bronze, ganhou a medalha Barão de Cobertin, honraria entregue somente a atletas que demonstram elevado grau de desportivismo e espírito olímpico.
No quadro de medalhas final, a China ficou em segundo, com apenas três medalhas de ouro a menos que os EUA, primeiros colocados. Rússia veio em terceiro e a Grécia em 15º.
http://www.esquerda.net/dossier/historia-os-jogos-olimpicos-da-era-moderna/17916

História: Os Jogos Olímpicos da Antiguidade

História: Os Jogos Olímpicos da Antiguidade

Os Jogos Olímpicos originais duraram mais de mil anos, de 776 antes de Cristo a 395 depois de Cristo. Mesmo antes disso já existiam competições parecidas, mas só a partir de 776 a.C. há registo oficial dos jogos. Assim como a imitação moderna, as Olimpíadas, os jogos eram realizados de quatro em quatro anos. Uma diferença com os jogos de hoje é que antigamente o local era sempre o mesmo: a cidade de Olímpia, na Grécia.
Retirado do site brasileiro Opinião e Notícia
Desde os tempos pré-históricos, esse local era considerado sagrado, e quem passava deixava uma oferenda para os deuses. Aos poucos começou a predominar ali a adoração a Zeus, que era o principal deus grego, e alguns altares foram sendo construídos. Existem lendas que explicam porque os jogos foram iniciados e porque aconteceram em Olímpia, mas não se conhece as razões reais.
Os desportos, na sua origem, eram parte do treino para soldados. Corridas, saltos, lutas, arremesso de dardo ou martelo, tudo isso tem a ver com a guerra. Mesmo a ginástica olímpica tem origem militar. Não é por acaso que uma das modalidades, aquela em que o ginasta fica a girar sobre as mãos em cima de um cavalete, chama-se "cavalo". Era treino para soldados de cavalaria adquirirem mais agilidade em cima dos seus animais.
Ao mesmo tempo, havia um lado religioso nos jogos. Existe uma crença grega que diz que o corpo tem tanta importância quanto o intelecto e o espírito, e que a melhor maneira de honrar a Zeus é cuidar dos dois aspectos, o físico e o espiritual. Olímpia tornou-se uma cidade sagrada, assim como hoje Jerusalém, ou Meca, e a ida aos jogos era tanto um divertimento quanto uma peregrinação religiosa. É um pouco difícil de entender, porque na nossa cultura, desporto e religião são totalmente separados. No entanto, para o grego daquele tempo, Olímpia seria uma espécie de Vaticano, onde também estivesse o estádio do Maracanã.
Existem ruínas de Olímpia, e descrições antigas, que dão uma ideia do que era esse complexo desportivo-religioso, com vários estádios e templos. No principal templo, o de Zeus, havia uma estátua de marfim e ouro representando esse deus, estátua essa que media 13 metros de altura e era considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Embora viajar, naquele tempo, fosse tão mais difícil do que hoje, vinham milhares de pessoas, por terra e por mar, para assistir aos jogos. Até de colónias gregas distantes, como a África ou a Espanha, vinham viajantes. Um contemporâneo disse que "você vai a Olímpia e morre de calor, é amassado pela multidão, passa fome e sede, toma chuva e morre de frio, mas apesar disso vale a pena ir para ver espectáculos tão bonitos."
A Grécia não existia como país - era apenas uma região com cultura comum, mas com cidades independentes entre si. Essas cidades viviam em guerra entre si, mas durante o período dos Jogos havia uma trégua, respeitada por todos. A cada quatro anos, assim que se determinava a data do início dos jogos (que era baseada na lua cheia), emissários saiam de cidade em cidade, a divulgar a data. Inicialmente a trégua era de um mês, mas depois foi aumentada para dois meses, e mais tarde três, para proteger os viajantes que tinham de vir de longe.
Só homens podiam competir nos Jogos antigos. Para evitar que alguma mulher se fingisse de homem para competir - o que podia acontecer, pois nalgumas das cidades gregas mulheres eram soldados - deu-se uma solução simples: todo mundo nu. Todos competiam nus, em todas as modalidades de competição. Mulher podia, no máximo, assistir aos jogos. E isso se fosse solteira. Mulher casada não podia nem assistir. Houve um caso de uma mulher, viúva de um antigo campeão, que trouxe o seu filho para competir, fingindo-se de treinador. O filho ganhou e a mãe, entusiasmada, pulou a cerca da pista para abraçar o seu filho.
Foi reconhecida como mulher, mas não foi castigada em homenagem ao falecido marido. Para evitar novos acontecimentos desse tipo, a partir desse dia também os treinadores tinham de estar nus.
Aparentemente, a razão para essa discriminação contra as mulheres casadas era ligada ao aspecto dos jogos como ritual religioso de fertilidade. Só as virgens eram consideradas suficientemente puras para estar presentes.
Os jogos
Embora os jogos durassem só cinco dias, os preparativos começavam um ano antes. As pistas tinham de ser niveladas, os templos e estádios tinham sempre pequenas reparações a ser feitas. Os juízes eram escolhidos dez meses antes e começavam a planear tudo. Os candidatos a atletas assumiam o compromisso de, dez meses antes, começar a treinar intensivamente. Um mês antes do início dos jogos, juízes e atletas tinham de ir para a cidade de Elis, que dominava os jogos. Ali os atletas tinham de treinar sob a supervisão dos juízes, que desclassificavam os que não estivessem em boa forma física.
Poucos dias antes do início, começava a chegar a multidão. Príncipes italianos vinham em lindos barcos, subindo o rio que passava perto. Viajantes em carruagens ou a cavalo, os pobres em carroças, jumentos, ou mesmo a pé. Vendedores ambulantes, vendedores de comida e bebida, comerciantes em geral, todos vinham aproveitar a oportunidade de vender os seus produtos.
Os jogos eram abertos com desfiles dos atletas e juramentos aos deuses. Havia festas e bebedeiras todas as noites. No terceiro dia, que coincidia com a lua cheia, era feito o grande sacrifício a Zeus. Cem bois, doados pela cidade de Elis, eram sacrificados. As suas pernas eram cortadas e queimadas em homenagem ao deus, que se alimentava com o fumo. A carne era usada para um grande churrasco no final do dia. No fim do quinto dia, os prémios eram entregues, e havia mais festas e comemorações.
As modalidades
Nas primeiras vezes em que se realizaram os jogos, havia uma única competição, que era a corrida curta. Este seria o equivalente aos 100m de hoje, só que naquele tempo a distância era de 192 metros. A pista tinha esse comprimento e era recta. Quando mais tarde se adicionaram corridas maiores, corria-se ida e volta nessa mesma pista. A lenda diz que essa distância foi determinada por Hércules, fundador mítico dos jogos, e que essa era a distância que ele conseguia correr de um só fôlego, prendendo a respiração.
Depois da corrida curta foi criada a dupla, ida e volta, e depois a de 24 vezes a pista. Mais tarde veio a corrida com armadura, em que os atletas corriam usando capacete, protector metálico nas pernas, e carregavam um escudo redondo. Escritores da época dizem que era muito engraçado ver aqueles homenzarrões a correr com toda essa parafernália... e nus. Muito mais tarde criou-se uma corrida de revezamento em que cada corredor, ao acabar o seu trecho, passava ao seu companheiro de equipe uma tocha acesa. O vencedor tinha a honra de acender a fogueira do altar de sacrifícios. Essa ideia foi usada para a abertura dos jogos de hoje, em que um corredor chega no estádio com uma tocha e acende uma chama simbólica.
O pentatlo era outra competição importante, introduzida em 708 a.C. Os cinco eventos eram arremesso de disco, salto, arremesso de dardo, corrida e luta. Todos se realizavam numa mesma tarde. Os dois últimos também aconteciam separadamente, mas os três primeiros só existiam dentro do pentatlo. O salto era em distância, o único salto que os gregos praticavam. Esse salto era dado de uma posição parada, sem corrida para tomar impulso. Em vez disso usavam dois pesos, um em cada mão, que eram jogados para frente para dar impulso. Esses pesos se chamavam "halteres".
Um pouco mais tarde foram introduzidas as corridas de carros puxados por dois e quatro cavalos e logo, também, a corrida de cavalos como a conhecemos hoje, com o cavaleiro cavalgando o cavalo.
Fim dos jogos antigos
Com o passar dos séculos, os jogos perderam gradualmente o seu significado religioso, e com a conquista da Grécia pelos romanos esse processo continuou. Os romanos chegaram a saquear alguns dos templos para financiar as suas guerras, e o imperador Calígula tentou levar a estátua de Zeus para Roma. Em 267 d.C. uma tribo de bárbaros vindos de onde é hoje a Rússia invadiu Olímpia e destruiu parte dos edifícios. Em 393 d.C., o imperador romano Teodósio, o primeiro imperador cristão de Roma, proibiu todos os ritos pagãos. Em 426 d.C., o templo de Zeus foi destruído por um incêndio, possivelmente por ordem de Roma. Novas invasões, dos Visigodos, vândalos e outras tribos bárbaras, foram acontecendo e a cada uma mais um pouco era destruído.
No século V, um terremoto, seguido de uma inundação, destruiu o que restava e cobriu as ruínas com uma camada de vários metros de lama. A localização do santuário, com o tempo, foi esquecida. Só mais de mil anos depois, em 1766, depois de séculos de esquecimento, o local foi descoberto. A partir de 1875 foi empreendida uma escavação em grande escala. Até os dias de hoje os trabalhos de pesquisa continuam, tentando descobrir mais e mais sobre Olímpia.
http://www.esquerda.net/dossier/historia-os-jogos-olimpicos-da-antiguidade/17918

Religião Grega / Mitologia - História da Religião Grega / Mitologia

Religião Grega / Mitologia - História da Religião Grega / Mitologia
Os gregos adoravam vários deuses, e os representavam sob a forma humana. Portanto, sua religião era politeísta e antropomórfica. Os deuses habitavam o monte Olimpo. No monte Olimpo habitavam 15 deuses, são eles:

Zeus - Deus do céu e Senhor do Olimpo;
Héstia - Deusa do lar;
Hades - Deus do mundo subterrâneo (inferno),
Deméter - Deusa da agricultura;
Hera - Deusa do casamento;
Posêidon - Deus dos mares
Ares - Deus da guerra;
Atena - Deusa da inteligência e da sabedoria;
Afrodite - Deusa do amor e da beleza;
Dionísio - Deus do vinho, do prazer e da aventura;
Apolo - Deus do Sol, das artes e da razão;
Artemis - Deusa da Lua, da caça e da fecundidade animal;
Hefestos- Deus do fogo;
Hermes - Deus do comércio e das comunicações.
Asclépio - Deus da medicina.
As três Graças;
As noves Musas;
Eros;
As Horas;
As Morais.

Deuses do Olimpo

Os deuses mais importantes viviam eternamente em um local que chamavam de Olimpo. Primitivamente, essa morada era localizada no alto do Monte Olimpo, na Tessália, mas logo passou a ser situada entre as nuvens, em algum misterioso lugar do céu, e a palavra "Olimpo" tornou-se uma verdadeira abstração.

A lista variava um pouco, mas o "cânone" mais aceito incluía Zeus, Hera, Deméter, Posídon, Afrodite, Atena, Ares, Hefestos, Apolo, Ártemis, Hermes e Dionisos. Havia também um décimo-terceiro deus de igual nível, Hades, que não vivia no Olimpo e sim em seu reino, o mundo subterrâneo.

No Olimpo, os deuses passavam o tempo em maravilhosos palácios, eternamente em festa. Comiam a ambrósia e bebiam o néctar, alimentos exclusivamente divinos, ao som da lira de Apolo, do canto das Musas e da dança das Cárites.

Nem mesmo os ventos, a chuva ou a neve perturbavam a placidez e a tranqüilidade dos deuses eternos e bem-aventurados

Campos Elísios

Elísio ou Campos Elísios, um paraíso pré-Helênico, uma terra de paz perfeita e felicidade. Na história de Homero, Elísio era uma terra na extremidade do mundo (pois acreditavam que a terra era plana) para onde grandes heróis eram carregados, de corpo e alma, e transformados em imortais. Aí estavam livres para exercerem suas atividades favoritas, livres de preocupações e doenças. Entretanto, Elísio logo veio a ser considerada como a morada abençoada dos mortos, onde as almas de heróis mortos, poetas, sacerdotes e outros homens bons e íntegros viviam em felicidade perfeita, cercados por grama, árvores e ventos suaves, envolvidos por uma perpétua luz rosa. Na mitologia romana, Elísio era uma parte do mundo subterrâneo e um lugar de recompensas para o morto virtuoso. Para alguns, era apenas um paraíso temporário. Ao redor de suas campinas verdes e macias fluía o Letes, rio do perdão, do qual todas as almas retornando à vida no mundo superior tinham de beber.
Praticavam ainda, os gregos, o culto dos heróis, eram seres mitológicos considerados pelos gregos, como seus antecessores, fundadores de suas cidades, às quais davam proteção: Teseu, Épido, Perseu, Belerofonte e Hércules.
O culto aos deuses era tão desenvolvido entre os gregos, que chegaram a erigir soberbos templos as suas divindades, nos quais realizavam suas orações. Consideravam que os oráculos eram meios utilizados pelos deuses para se comunicarem com eles.

Diversos jogos periódicos eram promovidos pelos gregos em homenagem aos deuses, como os Jogos Olímpicos, dedicados a Zeus, na cidade Olímpia. Os Jogos Olímpicos eram praticados de quatro em quatro anos. Durante sua realização, sustavam-se as guerras, e respeitavam-se como as pessoas sagradas os seus participantes.
http://historiadomundo.uol.com.br/grega/religiao-grega.htm
Imagem de Frans Floris de Vriendt, pintor Flamengo do século XVI. Atena se tornou a deusa mais poderosa, ensinou aos homens praticamente todas as atividades, como caça, pesca, uso de arco e flecha, costura; sua marca é a inteligência. Palavras-chave: