Sempre na minha mente e no coração...

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domingo, 26 de abril de 2015

TOP 10 COISAS QUE VOCÊ PRECISA DIZER ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS

TOP 10 COISAS QUE VOCÊ PRECISA DIZER ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS


Postado por: Adriano Lucas 18 de abril de 2015

Nesta seleção estão em destaque as 10 coisas que você precisa dizer antes que seja tarde demais. É muito importante nunca hesitar em falar às pessoas importantes, o quanto são apreciadas e admiradas, e que merecem saber o significado da amizade e amor que representam.
E além da importância da comunicação o diálogo com si próprio, também é fundamental, em relação às próprias atitudes, respeito próprio, sonhos, e assim por diante. Porque na verdade, nunca saberemos o que será do futuro.
Nunca se sabe quando tudo mudará, quando as oportunidades grandes surgirão, quando tudo que foi conquistado será tomado. Não se sabe quando o mais tarde será muito tarde. É essencial não deixar esta realidade deprimir, e sim motivar. Veja essa lista como um incentivo a dizer o que se desejava falar o tempo todo, para outros e para si mesmo.


10°“A vida neste momento é absurdamente boa”
Algumas pessoas aguardam todos os dias a chegada das 18 h, toda semana pela sexta-feira, todo ano pelos feriados, e todas as suas vidas pela felicidade. O ideal é não ser uma delas, não esperar até que a vida esteja quase terminada para perceber quanto boa ela tem sido. A vida boa começa neste momento, quando as pessoas param de esperar por uma melhor.
9°“Eu te perdôo”
Um relacionamento rompido que foi estabelecido novamente pelo perdão pode ser até mais forte do que era antes. Mas, é claro, isto não é sempre o caso. Então é importante lembrar que o perdão não necessariamente leva às soluções de relacionamentos.
Esse não é o ponto. Alguns relacionamentos não são destinados a dar certo. O ideal é perdoar de qualquer maneira, mas para o próprio bem de quem perdoa, e então deixar o que está destinado a ser se concretizar.
8°“Eu sinto muito”
Nesta vida, quando se nega um pedido de desculpa, a situação de fazer exatamente a mesma coisa, implorando por perdão, é lembrada. E isso muitas vezes acontece desta forma. O motivo é que a culpa apodrece. O importante é não fazer isto consigo mesmo. Um pedido de desculpa é a melhor forma de ter a última palavra.
7°“O drama deles não é meu para eu ter que lidar”
Honestamente, não é possível salvar a maioria das pessoas delas mesmas, então é fundamental não ser sugado para a profundidade do drama delas. De qualquer modo, aqueles que fazem caos perpétuos de suas vidas não vão gostar da interferência na comoção que eles criaram. Eles desejam a simpatia de compaixão, mas eles não querem mudar. Eles não desejam que suas vidas sejam consertadas pelo outro.
6°“Eu não consigo fazer isto!”
O obstáculo nunca é suficiente para parar alguém. O que impede é a própria crença de que não é possível passar o obstáculo. O problema não é que a pessoa tenha muito disto ou muito pouco daquilo. O problema é que as pessoas estão esperando pelas perfeitas condições que não existem.As conquistas que realmente acontecem na vida, tomam lugar na realidade.
5°“É momento de fazer algo positivo”
A próxima vez que tiver a urgência de reclamar, o ideal é parar e perguntar para si o que realmente se deseja. Se deseja apenas reclamar, ou se deseja a melhora ou solução da situação. Em algum lugar dentro de cada reclamação está um desejo genuíno de melhorar as coisas, mas a reclamação em si não é nunca suficiente para tornar isto possível.
4°“Eu não posso sempre vencer, mas eu posso sempre aprender e crescer”
É importante não confundir a má tomada de decisão com o próprio destino, ou seja, admitir os erros. Está tudo bem, pois todos cometem erros. Aprender das experiências da vida é fundamental para que as mesmas possam capacitar o indivíduo. Não deve-se ter medo dos erros, e sim medo de não aprende com o erro.
3°“Eu sou uma boa pessoa que é digna do próprio amor e respeito”
Os seres humanos podem suportar uma semana sem água, duas semanas sem comida, muitos anos sem-abrigo, mas não a solidão. É a pior das agonias. E o pior tipo de solidão é a que as pessoas não podem escapar, quando se sentem desconfortáveis consigo mesmo.
A verdade é que, um parceiro, ou mesmo apenas um amigo, podem adicionar muito da beleza para a vida, mas eles não podem preencher um vazio que existe no interior. Ou seja, a pessoa sozinha é a responsável pelo próprio preenchimento.
2°“Sou grato”
Uma situação que exemplifica esta segunda posição na seleção, é de um aniversariante de 17 anos que se queixou de receber do seu avô 4 camisas de flanela usadas, que este não precisava mais.
O seu avô morreu 2 dias depois de uma ataque cardíaco súbito. E as camisas de flanela foram os últimos presentes dados pelo avô para o neto. Este se arrepende do pequeno detalhe de nunca ter dito quando teve a chance, “Obrigado vô. Isso é tão gentil de sua parte.”.
1°“Eu te amo”
O amor raramente conhece sua própria profundeza até que é tomado fora. Então o ideal é não esperar. Se alguém é admirado e querido hoje, é importante dizer isso a esta pessoa.
Se alguém é amado hoje, também é essencial mostrar isso a ele. Os corações são muitas vezes confundidos e rompidos por palavras atenciosas não ditas, e atitudes de amor deixadas por não fazer. Pode não haver amanhã. Hoje é o dia para expressar o amor e admiração. Faça isso agora!


Fonte: http://top10mais.org/top-10-coisas-que-voce-precisa-dizer-antes-que-seja-tarde-demais/#ixzz3YRBwe0tA


http://top10mais.org/top-10-coisas-que-voce-precisa-dizer-antes-que-seja-tarde-demais/

sábado, 25 de abril de 2015

Artesão - ARTESANATO

Artesão

Por Ana Lucia Santana

O artesão é o profissional que domina todos os recursos existentes para a produção manual de objetos que lhe proporcionam a sobrevivência econômica. Normalmente ele não detém uma educação técnica, mas tem o dom de, com a ajuda de instrumentos e matéria-prima apropriados, criar o que se conhece como artesanato.

Esta arte engloba toda tessitura manual, elaborada quase sempre por uma única pessoa, portanto dificilmente ela é considerada um trabalho coletivo. Neste trabalho mais de 80% do objeto é produzido através da conversão do material utilizado pelo artesão em objeto artesanal. Geralmente o fruto desta criação reproduz a interação deste profissional com o contexto no qual ele está inserido, consistindo igualmente em um reflexo de sua vida cultural.

Este indivíduo sempre conta com recursos não automatizados, ou seja, de caráter artesanal, produzindo assim um produto singular e autêntico, normalmente de natureza cultural. Os objetos concebidos não precisam necessariamente ter uma finalidade comercial. À medida que a industrialização se desenvolve, com a consequente mecanização da produção, o artesanato cada vez mais ganha a conotação de instrumento da cultura popular, estendendo este status ao próprio artesão.



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Há várias espécies de artesãos, definidas conforme o objetivo deste profissional ao criar seus produtos. Aquele que visa despertar no público intensa admiração e devoção, valendo-se para esse fim de sua inventividade, poder criativo e habilidade, é considerado artesão-artista.

Já o artesão-artesão é o profissional que tem em mente objetivos mais comerciais, produzindo assim objetos em série, mesmo que apenas com o auxílio de instrumentos básicos. Ele foca sua atenção particularmente na natureza prática da produção, elaborando objetos de cerâmica ornamentada, por exemplo, concebidos manualmente.

O artesão semi-industrial mescla técnicas manuais e industriais, partindo sempre de modelos prontos e outros mecanismos semi-automatizados, sendo portanto capaz de produzir inúmeros objetos iguais, como tigelas, jarros e potes de cerâmica, entre outros. O mestre artesão é aquele que se destaca em seu trabalho, provocando nos companheiros um profundo sentimento de admiração. Ele também apresenta uma tendência para transmitir aos outros os conhecimentos que detém, legando-os às gerações que se sucedem.
Normalmente estes profissionais instituem núcleos de artesãos, compostos de poucos membros, os quais possuem em comum o desejo de ampliar e aperfeiçoar o saber artesanal. Eles desenvolvem ações como administração, elaboração, disseminação, inserção no mercado de trabalho e educação, tudo ligado à produção artesanal.
Estes grupos também se dividem em vários tipos, de acordo com seus objetivos. Há os núcleos de produção artesanal, que visam a estruturação menos formal dos artesãos que atuam no mesmo campo; os de produção familiar, compostos por pessoas da mesma família; e os mistos, formados por trabalhadores que produzem suas mercadorias com material e processos produtivos distintos, associados de maneira formal ou informal, para assim alcançarem metas comuns e fixarem juntos meios mais eficazes de divulgação e venda.


Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Artesão
http://www.artenossa.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=24
http://www.sonholilas.com.br/2007/02/07/o-que-e/
Arquivado em: Artes, Cultura, Profissões
http://www.infoescola.com/profissoes/artesao/
 
Artesão Francisco faz desenhos em couro e madeira (Foto: Géssica Valentini/G1)
A costureira, tecelã e professora de técnicas artesanais dona Anézia, diante de seu tear
Apreciar o entardecer na Ilha do Rodeadouro é um dos passeios preferidos de quem visita Petrolina (Foto: Katherine Coutinho / G1) 
Entre os destaques da Casa está Eponina Sanches, artesã que utiliza em suas peças referências ao projeto Tamar, de proteção das tartarugas.
Parque Expo-desportivo de S. Mateus
Bahia- Curso incentiva produção artesanal do pano-da-costa – Tecido com fios de algodão e fios de seda em tear manual, o pano-da-costa ou pano-de-alaká é utilizado preponderantemente por mulheres e possui a...


Mato Grosso já conta com mais de quinze mil artesãos 
Estamos vivendo em uma época em que se fala muito em meio ambiente e seus problemas que nós causamos, sem culpa. Fala-se também em sustentabilidade, conservação da natureza, preservação e achamos.

Os artesanatos típicos de Porto Seguro também encantam quem viaja por lá (Porto )Seguro Bahia

Artesãos da Paraíba têm o desafio de aliar a identidade paraibana e resgatar atividades tradicionais ( 

O programa Espaço Pernambuco deste sábado (28) mostrou a arte desenvolvida em Lagoa do Carro, município da Zona da Mata Norte. A 60 quilômetros do Recife, ...

Lagoa do Carro, Zona da Mata de Pernambuco. Uma cidade de pouco mais de 13 mil habitantes e um talento que a tornou conhecida. Aqui, os moradores usam linha ...

Mosaicos da artista plástica Alessandra Zanini serão comercializados no evento

Tapeçaria São Paulo na Record [2012-01-03 by mausandri] Video do Programa da Record onde a artesã Márcia Gonzales Corrêa se apresentou mostrando seu ...

... artesão de Alto do Moura declarado Patrimônio Vivo do Pernambuco. Mais do que um observador do cotidiano local, o artista transforma em coloridas peças,

Tranças da Terra garante renda a artesãos

Usar a palha de trigo como forma de gerar renda para as comunidades rurais do Meio-Oeste catarinense é a finalidade do Projeto Tranças da Terra. A iniciativa, lançada em 2005 em Joaçaba, pela Universidade do Oeste de Santa Catarina, com apoio do Sebrae e da Associação dos Municípios da região, beneficia 54 artesãos e 21 produtores de trigo. Eles confeccionam peças, como bolsas, trilhos de mesa e chapéus. O Tranças da Terra já conquistou vários prêmios, como o House e Gift de Design Nacional com o produto Cesta de Flores.


http://defender.org.br/tag/sebrae/page/3?print=print-page

O ARTISTA E O ARTESÃO - Por Mário de Andrade

O ARTISTA E O ARTESÃO

Publicado por A CASA em 20 de Janeiro de 2011

Por Mário de Andrade



“Nos processos de movimentar o material, a arte se confunde quase inteiramente com o artesanato. Pelo menos naquilo que se aprende. Afirmemos, sem discutir por enquanto, que todo o artista tem de ser ao mesmo tempo artesão. Isso me parece incontestável e, na realidade, se perscrutamos a existência de qualquer grande pintor, escultor, desenhista ou músico, encontramos sempre, por detrás do artista, o artesão. O artesanato, os segredos, os caprichos, as exigências do material, isto é assunto ensinável, e de ensinamento por muitas partes dogmático, a que fugir será sempre prejudicial para a obra de arte. (...) Artista que não seja ao mesmo tempo artesão, quero dizer, artista que não conheça perfeitamente os processos, as exigências, os segredos do material que vai mover, não que não possa ser artista (psicologicamente pode), mas não pode fazer obras de arte dignas deste nome. Artista que não seja bom artesão, não que não possa ser artista: simplesmente, ele não é artista bom. E desde que vá se tornando verdadeiramente artista, é porque concomitantemente está se tornando artesão.”

Mário de Andrade

“O Artista e o Artesão”, texto contido no livro “O Baile das quatro Artes”, disponível para consulta e empréstimo na Biblioteca Mário de Andrade e outras da rede municipal. Consulte aqui.

Fonte: Trecho extraído do livro “O Artista e o Artesão”

http://www.acasa.org.br/biblioteca_texto.php?id=295
Não há nenhuma diferença essencial entre artista e artesão, o artista é uma elevação do artesão,

O artista e o artesão


O artista e o artesão

Detendo-se nas questões arte e artesanato, começamos a identificar o fazer que distingue cada uma delas... Que arte na realidade não se aprende. Existe, é certo, dentro da arte, um elemento, o material, que é necessário por em ação, mover, para que a obra de arte se faça. O som em suas múltiplas maneiras de se manifestar, a cor, a pedra, o lápis, o papel, a tela, a espátula, são o material de arte que o ensinamento facilita muito a por em ação. Mas nos processos de movimentar o material, a arte se confunde quase inteiramente com o artesanato. Pelo menos naquilo que se aprende. Afirmemos, sem discutir por enquanto que todo o artista tem de ser ao mesmo tempo artesão. Isso parece incontestável e, na realidade, perscrutamos a existência de qualquer grande pintor, escultor, desenhista ou músico, encontramos sempre por detrás do artista, o artesão.

O artesanato, os segredos, os caprichos, as exigências do material, isso é assunto ensinável, e de ensinamento por muitas partes dogmático, a que fugir será sempre prejudicial para a obra de arte. E se um artista é verdadeiramente artista, ou seja, está consciente do seu destino e da missão que se deu para cumprir no mundo, ele chegará fatalmente àquela verdade de que, em arte, o que existe de principal é a obra de arte.

Foram os próprios filósofos escolásticos, que espantosamente foram os que mais claro afirmaram isso quando, ao porem a arte no domínio do “Fazer”, dela disseram ter “uma finalidade, regras e valores, que não são os do homem propriamente, mas da obra de arte a ser feita”. Está claro que o ser a obra de arte a finalidade mesma da arte, não exclui os caracteres e exigências humanos, individuais e sociais, do arte fazer. Pois a arte continua essencialmente humana, se não pela sua finalidade, pelo menos pela sua maneira de operar.

O artesanato é uma parte da técnica da arte, a mais desprezada infelizmente, mas a técnica da arte não se resume no artesanato. O artesanato é a parte da técnica que se pode ensinar mas há uma parte da técnica de arte que é por assim dizer, a objetivação, a concretização de uma verdade interior do artista. Esta parte da técnica obedece segredos, caprichos imperativos do ser subjetivo, em tudo o que ele é, como indivíduo e como ser social. Isto não se ensina e reproduzir é imitação. Isto é o que chamamos a técnica de Rembrant, e Fra Angelico ou de Renoir, que divergem os três profundamente não apenas na concepção do quadro, mas consequentemente na técnica do fazer.

Outra manifestação da técnica é a virtuosidade, que seria do artista criador o conhecimento e prática de diversas técnicas históricas da arte, enfim, o conhecimento da técnica tradicional. Este aspecto da técnica que é, por exemplo, conhecer como os Assírios, os Gregos, Miguel Angelo ou Rodin resolveram a reprodução do cabelo na pedra ou no mármore, que é conhecer a distribuição das luzes e das sombras, dos tons frios e quentes, ou a maneira diversa de pincelar de Rafael, de um Duerer, de um El Greco ou de um Cèzanne; que é ainda conhecer a evolução histórica da cadência de dominância desde os primeiros tonalistas até os nossos dias: este aspecto da técnica a que chamamos de virtuosidade é também ensinável e muito útil. Não me parece imprescindível, porém como toda virtuosidade apresenta grandes perigos. Não só porque pode levar o artista a um tradicionalismo técnico, meramente imitativo, em que o tradicionalismo perde suas virtudes sociais para se tornar simplesmente “academismo” porque pode tornar um artista uma vítima de suas próprias habilidades, isto é , um indivíduo que nem sequer chega ao princípio estético, sempre respeitável da arte pela arte, mas que se atem em meros malabarismos de habilidades pessoais, entregue a sensualidade do aplauso ignaro.
Numa anedota espanhola, do moço poeta que, desejoso de fazer poemas sublimes, se dirigiu ao maior poeta do tempo e lhe perguntou como é que este fazia versos. E o grande poeta respondeu: No princípio do verso, põe-se a maiúscula e no fim a pontuação. “E no meio?” indagou o moço. E o grande poeta: “hay que poner talento”...

Quando falamos de pessoas, falamos de identidade, quando falamos de grupos sociais, região, comunidade, nação, temos uma cultura. A imagem inicial e básica que orienta o que é artesanal nasce no plano do fazer, dominar conhecimentos e tecnologia tendo na ação de executar com as mãos o que é mais representativo do protótipo do ser artesão, do fazer artesanato , do caracterizar o objeto artesanal.

O que importa é que o apoio das ferramentas assuma a condição de prolongamento e projeção do corpo do homem, multiplicando possibilidades nos atos de transformar e revelar nas intervenções que ele, homem, faz da natureza como indivíduo e tradutor da sua cultura. Assim, o objeto torna-se um testemunho não apenas do conhecimento técnico, mas, principalmente, da visão do mundo, de sua revelação, homem e sociedade, dialogando na tentativa de dizer quem ele é pelo que faz, significando para si e para seu grupo valores simbólicos de quem vivencia o seu modelo cultural.

Se consideramos essas questões como verdadeiras, vemos aí a total impossibilidade de estabelecer parâmetros ou comparações, nas rotuladas e chamadas qualidade do artesanato, autenticidade, rusticidade, como componentes necessários ao estabelecimento de um conceito ou conceitos que objetivem em visões externas de produções complexas que se expressam independente de teorias e críticas.
Existe ainda outra questão angustiante que diz respeito à repetição de formas ou criação, vista como novidade ou revelação. Os compromissos com a manutenção de modelos, ou com a incorporação de novos temas para construir objetos, estão além do domínio das técnicas ou das descobertas individuais. 

Modelo existe como marca da identidade desse momento, que o grupo realizador pode querer dar continuidade, tendo, porém, autonomia de transformar parcialmente o modelo ou até substitui-lo por outro. Observa-se ainda uma fantasia do que serve de tipo quando a cultura é vista pelo outro perpetuando aspectos formais que se enquadre no desejado conteúdo característico ou típico e é preciso ainda alertar para as implicações do comércio, do turismo , do estado, da moda, da intervenção de intelectuais, nos descobridores de típicos, ora como artesãos ora como objetos. O repetir o modelo está na utilização de uma técnica para um produto aceito e a criação, o que há dela, desponta na rebeldia desse modelo como forma transgressora da repetição. O artesanato, antes de tudo é o testemunho insofismável do complexo homem/natureza. E é por meio da cultura material que o domínio da técnica e do tipo de objeto estarão dizendo sobre o espaço de sua feitura, ora pelos aspectos físicos, ora pela própria ideologia da cultura.

Bibliografia:
ANDRADE, Mário de. O artista e o artesão. Aula inaugural dos cursos de Filosofia e História da Arte, do Instituto de Artes, da Universidade do Distrito Federal em 1938. 16p. (Mimeogr.).

http://www.eba.ufmg.br/alunos/kurtnavigator/arteartesanato/filos-03-artesao.html


Talvez esse tenha sido o momento mais "artista" do artesão (me questiono, será que ele pôde brincar com as cores a seu critério, ou seguiu algum projeto.