Sempre na minha mente e no coração...

Sempre na minha mente e no coração...
Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

segunda-feira, 5 de março de 2012

"Semana da Mulher"



A todas as Mulheres


A Mulher ideal...
É aquela que é maravilhosa acima de tudo.
Que pode com um sorriso provocar amor e felicidade.

A Mulher ideal...
É aquela que é simples por natureza.
Que pode explanar com simples gestos toda a sua feminilidade e grandeza.

A Mulher ideal...
É aquela que sabe como ninguém entender os sinais do amado antevendo lhe os movimentos estando sempre ao seu lado.

A Mulher ideal...
É aquela que não seja perfeita, pois somente Deus o é, mas que busque a perfeição em todos os seus gestos.

A Mulher ideal...
É aquela que mostra a sua beleza todos os dias, como no primeiro encontro. Fazendo dos momentos com o seu amado um eterno reencontro.

A Mulher ideal...
É aquela que mesmo com o passar dos anos, tenha sempre o sorriso de menina, pois o enrugar da pele é ínfimo perante a alma feminina.

A Mulher ideal...
É aquela que se apresenta perante a sociedade como a mais formosa dama. Mas quando na intimidade partilhe todos os segredos..

Enfim, a Mulher ideal...
É aquela que mesmo não sendo Deusa, sabe como ninguém trazer um pedacinho do céu. 

PARABENS MULHER!!!

Não pelo oito de marco,
nem pelo beijo e pelo abraço,
nem pelo cheiro e pelo amaço.
Mas por ser o que és...
Húmus da humanidade,
Raiz da sensibilidade,
Tronco da multiplicidade,
Folhas da serenidade,
Flores da fertilidade,
Frutos da eternidade...
Essência da natureza humana.
Parabéns...

                    

Abrindo a "Semana da Mulher" 
Para todas as Mulheres do Mundo!!!

domingo, 4 de março de 2012

Mais uma semana nova... Benvinda!!!




Live life with great joy

why no sorrow

no matter how smallno fun ...

Good week for you ...

Boa Noite, para todos!!! Bye..Bye!

CORA CORALINA, QUEM É VOCÊ?

Sou mulher como outra qualquer.
Venho do século passado
e trago comigo todas as idades.
Nasci numa rebaixa de serra
Entre serras e morros.
“Longe de todos os lugares”.
Numa cidade de onde levaram
o ouro e deixaram as pedras.
Junto a estas decorreram
a minha infância e adolescência.
Aos meus anseios respondiam
as escarpas agrestes.
E eu fechada dentro
da imensa serrania
que se azulava na distância
longínqua.
Numa ânsia de vida eu abria
O vôo nas asas impossíveis
do sonho.
Venho do século passado.
Pertenço a uma geração
ponte, entre a libertação
dos escravos e o trabalhador livre.
Entre a monarquia caída e a república
que se instalava.
Todo o ranço do passado era presente.
A brutalidade, a incompreensão, a ignorância, o carrancismo.
Os castigos corporais.
Nas casas. Nas escolas.
Nos quartéis e nas roças.
A criança não tinha vez,
Os adultos eram sádicos
aplicavam castigos humilhantes. 
Tive uma velha mestra que já
havia ensinado uma geração
antes da minha.
Os métodos de ensino eram
antiquados e aprendi as letras
em livros superados de que
ninguém mais fala.
Nunca os algarismos me
entraram no entendimento.
De certo pela pobreza que marcaria
Para sempre minha vida.
Precisei pouco dos números.
Sendo eu mais doméstica do
que intelectual,
não escrevo jamais de forma
consciente e racionada, e sim
impelida por um impulso incontrolável.
Sendo assim, tenho a
consciência de ser autêntica.
Nasci para escrever, mas, o meio,
o tempo, as criaturas e fatores
outros, contra-marcaram minha vida.
Sou mais doceira e cozinheira
Do que escritora, sendo a culinária
a mais nobre de todas as Artes:
objetiva, concreta, jamais abstrata
a que está ligada à vida e
à saúde humana.
Nunca recebi estímulos familiares para ser literata.
Sempre houve na família, senão uma
hostilidade, pelo menos uma reserva determinada
a essa minha tendência inata.
Talvez, por tudo isso e muito mais,
sinta dentro de mim, no fundo dos meus
reservatórios secretos, um vago desejo de analfabetismo.
Sobrevivi, me recompondo aos
bocados, à dura compreensão dos
rígidos preconceitos do passado.
Preconceitos de classe.
Preconceitos de cor e de família.
Preconceitos econômicos.
Férreos preconceitos sociais.
A escola da vida me suplementou
as deficiências da escola primária
que outras o destino não me deu. 
Foi assim que cheguei a este livro
Sem referências a mencionar.
Nenhum primeiro prêmio.
Nenhum segundo lugar.
Nem Menção Honrosa.
Nenhuma Láurea.
Apenas a autenticidade da minha
poesia arrancada aos pedaços
do fundo da minha sensibilidade,
e este anseio:
procuro superar todos os dias
Minha própria personalidade
renovada,
despedaçando dentro de mim
tudo que é velho e morto.
Luta, a palavra vibrante
que levanta os fracos
e determina os fortes.
Quem sentirá a Vida
destas páginas...
Gerações que hão de vir
de gerações que vão nascer.


(Meu Livro de Cordel, p.73 -76, 8°ed, 1998)
BIOGRAFIA CORA CORALINA · Mensagem: Agenda da Felicidade
tradutoresassociados.wordpress.com

Bom fim de tarde...

Aventureira e libertária...

Aventureira e libertária 
A Ana que virou Cora e foi rejeitada pela cidade, criou asas e ganhou fama.
ANA MARIA TAHAN
“Flagrada em São Paulo pela Revolução Constitucionalista de 1932, alistou-se como enfermeira, costurou bibicos (bonés), uniformes, aventais. Depois encontrou outra causa. Bradou pela formação de um partido feminino, criou até o manifesto da agremiação”
A voz era apaixonada, vibrante. Transbordava do coração, atravessava as cordas vocais, ganhava emoção ao ritmo das mãos, os olhos vivazes acompanhavam o tom. Histórias, poemas, contos, causos, opiniões fluíam ao ritmo entoado por Cora, mestre na arte de declamar e interpretar, capaz de confundir desavisados sobre o que era realidade, o que era fantasia.
Cora, Aninha, Anica, Anita era todas numa só, pequenina, franzina, eternamente atarefada, permanentemente escritora. Erram os que tentam reduzi-la à condição de poeta, ou poetisa. Era contista, cronista de tempos passados e presentes. Jornalista também, observadora distante e crítica, fiel redatora de fatos e acontecidos.
Escrevia com afã, no impulso, sobre qualquer papel que lhe caísse às mãos. Escrevia em bordas de jornais, em meio a cartões postais, em envelopes de cartas, em rústicos papéis de embrulhar pão. Se a inspiração transbordasse, desprezava os limites, ia desenhando letras pelos cantos, nas entrelinhas, subia e descia até que se extingüisse o desejo de expressão. Se tivesse tempo, passava a limpo, em cadernos caprichados ou em blocos de carta. Caso contrário, ficavam por ali, esquecidos em meio a livros, recortes, folhetos. Perdidos nos guardados.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto nasceu e cresceu na casa velha da ponte, construção maciça, erguida por escravos, nos idos de 1770 para abrigar o capitão-mor de Villa Boa de Goyaz, Antonio Souza Telles de Menezes. Conta-se que o capitão foi um inconfidente, desgarrado da turma de Minas e perdido no interior de Goiás. Morreu, ou foi mandado morrer, em 1804. Entre os bens seqüestrados pela Coroa portuguesa, estava a casa, comprada em leilão pelo cônego Couto Guimarães. Meio século depois, em 1889, ali Ana foi gerada.
Virou Cora aos 15 anos, o pseudônimo uma exigência para disfarçar a escritora, que moça prendada e casadoira não perdia tempo com manuscritos. Cora, derivativo de coração, identidade que a diferenciava de tantas Anas da cidade, batizadas todas em homenagem à santa padroeira. Coralina ainda demorou algum tempo, surgiu depois, soma perfeita de sonoridade e tradução literária. Cora Coralina, coração vermelho, gostava de contar. "Lindo, não é?"
Vó Cora falava pouco de si, muito contavam dela os quatro filhos, um homem, três mulheres. Conheceu Cantídio Tolentino de Figueiredo Brêtas, recém-nomeado chefe de Polícia de Villa Boa, durante uma tertúlia literária. Tinha 20 anos, já era uma "solteirona". Entre poemas, récitas e acirrados debates culturais se apaixonaram. Fugiu com ele para Jaboticabal, interior de São Paulo. Cantídio era homem separado, tinha filhos na capital paulista. E uma outra filha, fruto de romance com uma índia, durante passagem pelo Norte de Goiás. Essa, Cora criou.
Saraus literários ou não, Cantídio nada gostava do pendor da mulher. A Cora ousada, que deixou para trás preconceitos sociais, pouco ligava. Publicava artigos nos jornais de Jaboticabal, construía poesias e costurava contos, depois, ao mudar para São Paulo. Flagrada na cidade pela Revolução Constitucionalista de 1932, alistou-se como enfermeira - a filha mais nova, Vicência, encontrou a ficha de inscrição recentemente, perdida entre centenas de textos inéditos. Costurava bibis (bonés) para soldados, uniformes, aventais para enfermeiras. Depois, os revoltosos derrotados pelas Forças de Getúlio Vargas, encontrou outra causa. Bradou pela formação de uma partido feminino, escreveu até o manifesto da agremiação.
Enviuvou, vendeu livros editados pela José Olympio de porta em porta. Aventurou-se por Penápolis, no interior paulista, montou uma pensão, depois um pequeno comércio, a Casa de Retalhos. Desembarcou em Andradina no início da década de 50, a cidade se erguia. Abriu a Casa da Borboleta, vendia um pouco de tudo para mulheres. Montou sítio na vizinha Alfredo de Castilho. Subiu em palanques para apregoar o voto na UDN. Em 1956, filhos criados, netos embalados, voltou à "origem ancestral".
Tinha motivo - lutar pela posse da velha casa da ponte antes que, por usucapião, se transferisse para um sobrinho. Instalou-se com "seu" Vicente, um nordestino faz-tudo e analfabeto que a acompanhava desde o sítio em Castilho. "Seu" vicente, figura doce, simplório, dedicado, embebedava-se até com guaraná.
Entre móveis antigos e sob o calor do velho fogão de lenha, Cora escreveu, escreveu, escreveu. Aprendeu a datilograr aos 70 anos, publicou o primeiro livro - Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais - aos 75. Meu pai, Rúbio, minha mãe, Vicência, meus três irmãos e eu passamos uma temporada com Cora nesse tempo. Meu pai datilografa os manuscritos numa antiga Olivetti. Ela, ao lado, ainda remendava os textos, processo contínuo de criação.
Sou neta de Cora, herdeira de seu nome de batismo, orgulhosa dessa descendência. Cresci escavando o porão da casa velha da ponte atrás do ouro do capitão-mor - que ela contava ter sido escondido por um escravo de confiança do inconfidente. Cheguei à adolescência ouvindo-a declamar, com cativante êxtase, poemas recém-terminados. Acreditei em histórias inventadas. Empanturrei-me de seus doces, apurados dias e dias em tachos de cobre, caprichosamente arrumados em caixas de papelão, dinheiro da venda depositado na poupança. Economias que permitiram a compra, em leilão, da velha casa.
A cada dia, hoje adulta, ela de volta à terra, eternamente ligada à cidade que tanto amou, descubro um pouco mais sobre Cora. Há tanto material ainda inédito além dos apresentados nessa edição de Idéias. Há tanta vida ainda a publicar. Até livro de receitas, selecionadas ao longo da existência - maneira antiga de cozinhar, que exige tempo e capricho - espera hora e interesse para chegar ao prelo. Cora deixou um mundo a desvendar. Sua herança, minha herança.
Ana Maria Tahan é editora de Brasil do JB e neta de Cora Coralina .

Cora Coralina (1889 - 1985)
Biografia
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas (Goiás GO 1889 - Goiânia GO 1985). Fez apenas os estudos primários, com a professora Silvina Ermelinda Xavier de Brito (Mestra Silvina), por volta de 1899 e 1901. Em 1910 teve seu conto Tragédia na Roça publicado no Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do Estado de Goiás , do professor Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Mudou-se para o interior de São Paulo em 1911. Na década de 30, tornou-se colaboradora do jornal O Estado de São Paulo ; foi vendedora da Livraria José Olympio, em São Paulo, e proprietária do estabelecimento Casa dos Retalhos, em Penápolis SP. Voltou para Goiás em 1956, onde exerceu por mais de vinte anos a profissão de doceira. Seu primeiro livro de poesia, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais , saiu em 1965. Seguiram-se Meu Livro de Cordel , publicada em 1976, numa edição restrita em Goiás, por P. D. Araújo, e Vintém de Cobre (1983). Em 1984 recebeu o Grande Prêmio da Crítica/Literatura, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, e o Troféu Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores.
Cronologia
NASCIMENTO/MORTE
1889 - Goiás GO - 20 de agosto
1985 - Goiânia GO - 10 de abril
LOCAIS DE VIDA/VIAGENS
1889/1911 - Goiás GO
1911/1954 - Jaboticabal, São Paulo, Penápolis, Andradina SP
1954/1985 - Goiás GO
VIDA FAMILIAR
Filiação: Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador, e Jacinta Luíza do Couto Brandão Peixoto
1911 - Goiás GO - Fuga com Cantídio Tolentino de Figueiredo Brêtas
1926 - São Paulo - Casamento com Cantídio Tolentino de Figueiredo Brêtas
1934 - Palmital SP - Morte do marido
1899c./1901c. - Goiás GO - Estudos primários com a professora Silvina Ermelinda Xavier de Brito (Mestra Silvina)
CONTATOS/INFLUÊNCIAS
Influência de Almeida Garrett, Allan Kardec, Artur Azevedo, Basílio da Gama, Camões, Carlos de Laet, Carmem Dolores, Gregório de Matos, Histórias da Carochinha , Júlia Lopes de Almeida, Olavo Bilac, Tomás Antonio Gonzaga
ATIVIDADES LITERÁRIAS/CULTURAIS
1910 - Goiás GO - Publicação do conto Tragédia na Roça no Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do Estado de Goiás , do professor Francisco Ferreira dos Santos Azevedo
1932 - São Paulo SP - Colaboradora do jornal O Estado de S. Paulo
1965/1987 - Goiânia GO e São Paulo SP - Publicação de três livros de poemas
1986 - São Paulo SP - Publicação do livro de conto Estórias da Casa Velha da Ponte ; e do livro infanto-juvenil Meninos Verdes (Ed. Global)
1987 - São Paulo SP - Publicação do livro de conto O Tesouro da Casa Velha (Ed. Global)
1999 - São Paulo SP - Publicação do livro infanto-juvenil A Moeda de Ouro que um Pato Engoliu (Ed. Global)
2001 - Goiás GO - Publicação do livro  Villa Boa de Goyaz (Ed. Global)
OUTRAS ATIVIDADES
1935c. - São Paulo SP - Vendedora da Livraria José Olympio
1938c. - Penápolis SP - Proprietária do estabelecimento Casa dos Retalhos
1938c. - Andradina SP - Proprietária Casa Borboleta
1954/1978 - Goiás GO - Doceira; profissão abandonada devido à fratura do fêmur direito
HOMENAGENS/TÍTULOS/PRÊMIOS
1983 - Goiânia GO - Título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás; homenagem na Assembléia Legislativa
1983 - Brasília DF - Homenagem promovida pelo Senado Federal, Secretaria de Cultura, Fundação Pedroso Horta e Fundação Cultural no auditório Petrônio Portela
1983 - Goiânia GO - Fundação do Centro de Formação Profissional Cora Coralina (Senac)
1984 - São Paulo SP - Grande Prêmio da Crítica/Literatura, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte
1984 - São Paulo SP - Troféu Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores
1984 - Brasília DF - Comenda da Ordem do Mérito do Trabalho, por sua pertinácia em prol das causas justas e do progresso cultural de Goiás, concedida pelo governo federal
1984 - Rio de Janeiro RJ - Caso Verdade Cora Coralina , direção de Henrique Martins (Rede Globo)
1989 - São Paulo SP - Inauguração da Praça Cora Coralina
HOMENAGENS PÓSTUMAS
1985 - Goiás GO - Criação da Casa Cora Coralina
1986 - São Paulo SP - Nome de Biblioteca Infanto-Juvenil, em Guaianases
Contexto
MOVIMENTOS LITERÁRIOS
1962/ - Tendências Contemporâneas
Críticas
LEITURAS CRÍTICAS
"Poema com Açúcar"
Para Aninha
Doces e poemas
Poemas que são doces
Doces de poemas
De Cora doceira
De Cora da ponte
De Cora da fonte...
da vida
Canto o poema
Poema de encanto
Poema que aflora
Da doce Cora
Alma com açúcar
Mãos com poesia
Céu Vermelho
Rio Vermelho
Vermelhos frutos
caju e amora
São doces os divinos doces
feitos por Cora
Canto a juventude
De Cora doceira
De Cora da ponte
De Cora da fonte
(...)
Rosa, Heitor. In: Coralina, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais . 16. ed. p. 33.
"Cora Coralina"
Cora Coralina, mulher, anciã
entre doces e poemas,
tempo, desencanto, penas,
o que vislumbra no horizonte
da velha casa da ponte?...
Espera alguém que ajude?...
Com carinho, solicitude?
Um pouco de conforto, paz?
(...)
Arantes, Célia Siqueira [1980]. In: Coralina, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais . 16. ed. p. 29.
"Minha querida amiga Cora Coralina:
Seu Vintém de Cobre é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que
não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e
comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência
humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com
as fontes da vida! Aninha hoje não se pertence. É patrimônio de nós
todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia (...).
Não lhe escrevi antes, agradecendo a dádiva, porque andei malacafento
e me submeti a uma cirurgia. Mas agora, já recuperado, estou em
condições de dizer, com alegria justa: Obrigado, minha amiga!
Obrigado, também, pelas lindas, tocantes palavras que escreveu para
mim e que guardarei na memória do coração.
O beijo e o carinho do seu
Drummond."
Andrade, Carlos Drummond de [Rio de Janeiro, 7 out. 1983]. Carta de Drummond. In: Coralina, Cora. Vintém de cobre : meias confissões de Aninha. 4. ed. p. 23.
Referência
ARANTES, Célia Siqueira. " Cora Coralina". In: CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais . Prefácio de J. B. Martins Ramos. Apresentação de Oswaldino Marques, Lena Castelo Branco Ferreira Costa e Silvia Alessandri Monteiro de Castro. 16. ed. São Paulo: Global, 1990. p. 29.
CORALINA, Cora. Vintém de cobre: meias confissões de Aninha. 4. ed. Goiânia: Ed. da Universidade Federal de Goiás, 1987. p. 23.
ROSA, Heitor. " Poema com Açúcar" para Aninha. In: CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais . Prefácio de J. B. Martins Ramos. Apresentação de Oswaldino Marques, Lena Castelo Branco Ferreira Costa e Silvia Alessandri Monteiro de Castro. 16. ed. São Paulo: Global, 1990. p. 33.
TAHAN, Vicência Brêtas. Cora coragem, Cora poesia . 2. ed. São Paulo: Global, 1989.


Biografia de Cora Coralina...Seu nome É MULHER!!!


BIOGRAFIA DE CORA CORALINA

Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II , e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho , em casa comprada por sua família no século XIX , quando seu avô ainda era uma criança. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII , sendo uma das primeiras construções da antiga Vila Boa de Goiás.
Começou a escrever os seus primeiros textos aos quatorze anos de idade, publicando-os nos jornais locais apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com Mestra Silvina. Publicou nessa fase o seu primeiro conto, Tragédia na Roça .
Casou-se em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo . Nesse Estado passou quarenta e cinco anos, vivendo inicialmente no interior, nas cidades de Avaré e Jaboticabal , e depois na capital, onde chegou em 1924 . Ao chegar à capital, teve que permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz , uma vez que os revolucionários de 1924 pararam a cidade. Em 1930 presenciou Getúlio Vargas chegando à esquina da rua Direita com a praça do Patriarca. Um de seus filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932 .
Com a morte do marido, Cora ficou ainda com três filhos para acabar de criar. Sem se deixar abater, vendeu livros em São Paulo, mudou-se para Penápolis , no interior do Estado, onde passou a vender lingüiça caseira e banha de porco que ela mesma preparava. Mudou-se em seguida para Andradina , até que, em 1956 , retornou para Goiás.
Ao completar cinqüenta anos de idade, a poetisa sofreu uma profunda transformação em seu interior, que definiria mais tarde como a perda do medo . Nesta fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás.
Durante esses anos, Cora não deixou de escrever, produzindo poemas ligados à sua história, à ligação com a cidade em que nascera e ao ambiente em que fora criada.
Cora Carolina morreu em Goiânia, em sua casa, que foi transformada em um museu e que foi deixada exatamente como Cora Carolina.

Uma extraordinária Mulher!
 CORA CORALINA
"Versos... não Poesia... não um modo diferente de contar velhas histórias"
(Poema Ressalva , extraído do livro Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais 

Voz viva da cidade de Goiás, personagem e símbolo da tradição da vida interiorana, Cora Coralina nasceu em 20 de agosto de 1889, na casa que pertencia à sua família há cerca de um século e que se tornaria o museu que hoje reconta sua história. Filha do Desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e Jacita Luiza do Couto Brandão, Cora, ou Ana Lins dos Guimarães Peixoto (seu nome de batismo), cursou apenas as primeiras letras com mestra Silvina e já aos 14 anos escreveu seus primeiros contos e poemas. Tragédia na Roça foi seu primeiro conto publicado 


Em 1934 casou-se com o advogado Cantídio Tolentino Bretas e foi morar em Jabuticabal, interior de São Paulo, onde nasceram e foram criados seus seis filhos. Só voltou a viver em Goiás em 1956, mais de vinte anos depois de ficar viúva e já produzindo sua obra definitiva. O reencontro de Cora com a cidade e as histórias de sua formação alavancou seu espírito criativo.   


Tradições e festas religiosas, a comida típica da região, as famílias e seus 'causos', tudo motivava a escritora fazer uma ponte entre o passado e presente da cidade, numa tentativa de registrar sua história e entender as mudanças. Nas suas próprias palavras: "rever, escrever e assinar os autos do Passado antes que o Tempo passe tudo ao raso". Com a mesma rica simplicidade de seus personagens, Cora fazia doces cristalizados para vender.


Seu primeiro livro, Poemas dos Becos de Goiás e outras histórias mais , foi publicado em 1965, e levou Cora, aos 75 anos, finalmente a ser reconhecida como a grande porta-voz de uma realidade interiorana já afetada pelo avanço da modernidade. O poeta Carlos Drummond de Andrade, surpreendido com a obra de Cora, escreveu-lhe em 1979: "(...) Admiro e amo você como a alguém que vive em estado de graça com a poesia. Seu livro é um encanto, seu lirismo tem a força e a delicadezadas coisas naturais (...)".
Cora Coralina faleceu em Goiânia a 10 de abril de 1985. Logo após sua morte, seus amigos e parentes uniram-se para criar a Casa de Coralina, que mantém um museu com objetos da escritora. 
Carlos F. d'Andréa
Alguns dos prêmios que recebeu: 


- Doutor Honoris Causa - Universidade Federal de Goiás (1983)
- Troféu Juca Pato - União Brasileira dos Escritores (1983)
- Troféu Cora Coralina - Coordenadoria de Moral e Civismo da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro (1982)
- Grande Prêmio da Crítica - Associação Paulista de Críticos de Arte

Obras de Cora Coralina
- Estórias da Casa Velha da Ponte
- Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
- Meninos Verdes (infantil)
- Meu livro de cordel
- O Tesouro da Casa Velha
- Vintém de Cobre
- A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu (Infantil)
- Cora Coragem Cora Poesia (biografia escrita por sua filha Vicência Bretas Than) 
Outras Biografias
Cora Coralina
Biografia:
Ana Lins de Guimarães Peixoto Bretas, nasceu no estado de Goiás (Goiás Velho) em 1889. Filha de Jacinta Luíza do Couto Brandão Peixoto e do Desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães. Em 25 de novembro de 1911 deixa Goiás indo morar no interior de São Paulo. Volta para Goiás em 1954, depois de 45 anos.
Cora Coralina era chamada Aninha da Ponte da Lapa. Tendo apenas instrução primária e sendo doceira de profissão.
Publicou seu primeiro livro aos 75 anos de idade. Ficou famosa principalmente quando suas obras chegaram até as mãos de Carlos Drummond de Andrade, quando ela tinha quase 90 anos de idade.
Sua obra se caracteriza pela espontaneidade e pelo retrato que traça do povo do seu Estado, seus costumes e seus sentimentos.
Faleceu em 10 abril de 1985 em Goiânia.
Publicou: Estórias da Casa Velha da Ponte, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, Os Meninos Verdes, Meu Livro de Cordel, O Tesouro da Velha Casa, Becos de Goiás (1977); e Vintém de cobre: meias confissões de Aninha (1983). Troféu Juca Pato (1983), da União Brasileira de Escritores, que a elegeu a Intelectual do Ano.

Obras Poéticas:

http://www.vilaboadegoias.com.br/cora_coralina/biografia/index.htm
Meus Parabéns!!! Um exemplo a seguir... 

Domingo, uma tarde bem nublada...


Dear friend, today is the day of integration, relationships,consistency in the way of living, the way to live with others, of authenticity. Only by meeting these things: attitude, character,friendship links, cohesions, engagements, we build a better,healthier, more simplified and easy to live, to exist: this is the meaning of LOVE.
And so, as that great power is on, greased our energies in the universe pulsate in harmony to make us realize our dreams, our objectives.




Querido amigo, hoje é o dia da integração, dos relacionamentos, da coerência no modo de viver, na maneira de conviver com o próximo, da autenticidade. Somente com a reunião destas coisas: atitude, caráter, amizade, elos, coesões, acoplamentos, construiremos um mundo melhor, mais saudável, mais fácil e simplificado de viver, de existir: esse é o sentido do AMOR. 
E assim, como aquela grande corrente ligada, untada em nossas energias, o universo em harmonia pulsará conosco para produzir a realização de nossos sonhos, nossos desideratos.



Extraído do Facebook uma linda mensagem deixada no dia de hoje por "Ascleléppio Ag" na minha página inicial do meu Perfil II, como sempre, só tenho amigos especiais... 
Muito Obrigada, por estar sendo esclarecida. 




Uma grande e nobre senhora..."Uma MULHER"


Uma grande lição...

CORA CORALINA

Um repórter perguntou à Cora Coralina o que é viver bem.
Ela lhe disse:

Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo pra você, não pense. 
Nunca diga estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo. Eu não digo que estou velha, e não digo que estou ouvindo pouco.
É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajudam a vencer as dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é produzir sempre e não dormir de dia.
Também não diga pra você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou cansada.

Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica.
Você vai se convencendo daquilo e convencem os outros. Então silêncio!
Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha, não. Você acha que eu sou?

Posso dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada terra de Goiás.
Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para exercerem seus direitos.
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.

Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.

O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança.

Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.

Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.

(Cora Coralina)
Boa Tarde!!!
Como sempre digo:
Não seja piegas e nem tão sofisticada, seja apenas simples com o verdadeiro amor no coração!
O resto, é uma pura e profunda, ilusão!!!