Sempre na minha mente e no coração...

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terça-feira, 10 de junho de 2014

Significado de Mitologia

Significado de Mitologia


O que é Mitologia:

Mitologia é a história de personagens sobrenaturais, cercados de simbologia e venerados sob a forma de deuses, semideuses e heróis, que regiam as forças da natureza, comandavam raios, ventos, rios, céus e terras, sol e lua. É o conjunto de fábulas que explicam a origem dos mitos, das divindades mitológicas, que tinham nas mãos o destino dos homens e regiam o mundo.
Mito, do grego, significa narrar, contar. No sentido figurado significa coisa inacreditável. Mito significa também personagem divinizado. Logia, do grego lógos, significa estudo, palavra, ciência.
Mitologia é o estudo das lendas, mitos, narrativas e rituais, com que os povos antigos revenciavam os deuses e heróis.  Mitologia é a ciência que procura a explicação dos mitos, que têm um caráter social desde sua origem, e só são compreensíveis dentro do contexto geral da cultura em que foram criados.

Significado filosófico de mitologia

As culturas antigas, na tentativa de enfrentar os problemas relacionados à existência da vida e de entender o mundo, encontraram um meio de se defender dos perigos reais e imaginários, criando seus deuses, semideuses e heróis, envolvidos em histórias de magia e rituais fabulosos, diante das forças misteriosas que acreditavam tudo governava.
Os atos mágicos significavam um esforço do homem em entender e resolver seus problemas, que eram enormes diante do seu desconhecimento do mundo.

Mitologia grega

Mitologia grega é a história dos inúmeros deuses imortais, criaturas semidivinas e musas, criadas na Grécia antiga, e que atravessaram os séculos. A mitologia grega surgiu como tentativa para as explicações dos fenômenos naturais, ou como garantia de vitória nas guerras, de boa colheita, de sorte no amor etc. As divindades gregas eram dispostas numa hierarquia e seus deuses eram muito semelhantes ao homem. As atitudes de ciúme, inveja, despeito e amor, eram comuns, pois os deuses do Olimpo comportavam-se como criaturas humanas. Só que eram dotados de maiores poderes, de mais beleza e perfeição e imunes ao tempo.
Zeus era o senhor dos homens e supremo mandatário dos deuses que habitavam o monte Olimpo. Para obter as boas graças, os gregos homenageavam as poderosas criaturas com ritos, festas e oferendas. Cada entidade representava forças da natureza ou sentimentos humanos: Afrodite representava (a beleza e o amor); Atena (a sabedoria); Artêmis (a lua); Dionísio (a festa, o vinho e o prazer); Deméter (a terra fértil); Febo (o sol); Hermes (o vento); Posseidon (os mares) etc.
Os principais heróis gregos, quase deuses, eram capazes de vencer monstros, combater inimigos e realizar feitos impossíveis aos mortais. Entre eles estão: Perseu (matou a Medusa, terrível criatura com cabeleira formada por serpentes, cujos olhos transformavam em estátuas de pedra todos aqueles que a encarassem); Teseu (participou da viagem dos argonautas e matou o Minotauro); Héracles (Hércules, para os romanos), (filho de Zeus e Alcmena, tinha como principal qualidade a força física); Agamenon (foi o comandante da Guerra de Troia); Aquiles (participou do cerco a cidade de Troia); Édipo (decifrou o enigma da esfinge); Atlanta (heroína que participou da caça ao javali de Caridon).

Mitologia romana

A mitologia romana é a história de vários deuses e heróis, que foram admirados durante o Império Romano, oriundos de divindades etruscas, celtas, egípcias, itálicas e principalmente gregas, quando a Grécia passou a fazer parte do Império Romano.
Nos primórdios do Império, os deuses existiam apenas para servir ao homem e como o povo era normalmente camponês, os romanos cultuavam os patronos dos rebanhos e dos campos. Ofereciam-lhes animais, vinho e incenso antes das colheitas e os deuses eram invocadas para proteger os trabalhos do campo.
Entre os deuses conquistados por Roma, os gregos foram os mais importantes, e ao serem incorporados na Assembléia Divina de Roma, fizeram os romanos reformularem sua concepção das forças sobrenaturais. Eles perderam seu aspecto utilitário e assumiram características humanas. Alguns deuses desapareceram e outros mudaram de nome e receberam várias atribuições. Assim, Júpiter (era o deus supremo, o deus da cidade, do raio e do trovão); Vênus (deusa da beleza e do amor); Minerva (a sabedoria); Diana (deusa da lua e da caça); Baco (deus do vinho e dos bacanais); Ceres (a terra fértil); Apolo (o sol); Mercúrio (o vento); Netuno (os mares) etc.
Hércules, que na mitologia grega era chamado de Héracles, passou a ter maior importância no Império Romano. Famoso por sua força, enfrentou difíceis tarefas para matar monstros e animais ferozes.

Mitologia egípcia

A mitologia egípcia é o conjunto de fábulas que reuniu uma considerável variedade de deuses, imersos na força da religião, que servia para justificar teoricamente a organização geral da sociedade, que vivia em função dos deuses, seguindo os princípios por eles estabelecidos.
Centenas de deuses protegiam a agricultura, outros a linguagem, o ensino e a literatura. Cada cidade ou distrito tinha seus próprios deuses. Osíris era o deus da morte, pois os egípcios acreditavam que o homem ao morrer, passavam a viver de outro modo, no mundo dos mortos, daí a prática de se mumificar os mais ilustres mortos. Amon, ou Amon-Ra, era o deus do sol, elevado a deus nacional na XI dinastia. Foi a maior divindade egípcia. Isis era a deusa do amor e da magia, era filha de Geb, deus da terra e de Nut deusa do firmamento.
Por motivos políticos, para que um deus simbolizasse um monarca, aproximavam-se do monoteísmo. Na verdade dizia-se apenas que uns poucos deuses eram mais importantes. O faraó Amemofis IV, abandonou o politeísmo e impios o culto excessivo ao deus Atom, o próprio Sol, e nomeou-se o representante de Aton na terra. No reinado de Ptolomeu, Serápis era o deus oficial, que resultou da fusão dos deuses Osíris e Ápis.

Mitologia nórdica

A mitologia nórdica teve sua origem através das sagas, contos que louvavam os heróis. Surgiram por volta do século X, na Islândia, onde as principais famílias islandesas, desejosas de imortalidade, encarregavam os sgnamenn, homens de extraordinária memória e talento narrativo, de contar os feitos de suas origens. Os reis noruegueses adotaram o mesmo  feito. A essas histórias acresciam-se elementos fantásticos e míticos, e os heróis misturavam-se com os deuses.
Os povos nórdicos eram os habitantes dos países hoje conhecidos como Suécia, Noruega, Dinamarca e Islândia. Para esses povos,  o centro do mundo era Midgard, o lar dos homens. A casa dos deuses era Asgard, e em torno das duas moradas estava o mar, a terra de gigantes e a grande serpente. Odin, governava os deuses e os homens e conhecia todo o passado, presente e futuro. Seu filho Thor comandava o trovão, que era criado a golpes de martelo. Loki, deus do fogo, era o conselheiro e inimigo dos trapaceiros.
Em Asgard ficava o Valhala, paraíso,  onde as valquírias, mulheres guerreiras, levavam os heróis mortos em combate. Ali viveriam eternamente jovens, em lutas caçadas e banquetes, à espera da ressurreição do mundo. Teriam que enfrentar os gigantes, os monstros, a serpente e o filho de Loki. Os heróis seriam vencidos e a terra ficaria toda escura e fria, até a vida recomeçar. Quem não morresse em combate, iria para o reino de Hell, eternamente gelado e em trevas.

Mitologia celta

A mitologia celta é o resultado da mistura de várias civilizações. Os celtas eram povos bárbaros que se espalharam por quase toda a Europa e foram raiz de muitas culturas. Os celtas eram formados por diversas tribos rivais, lideradas por um chefe guerreiro e, cada tribo cultuava suas diferentes divindades.
Os celtas não chegaram a constituir um império com unidade política, mas a unidade cultural era assegurada pelos sacerdotes, chamados druidas, que cuidavam da manutenção das normas. Eram também responsáveis pela prática das magias e rituais religiosos. Para adorar seus deuses, os celtas, inicialmente construíam seus altares ao ar livre, em meio a bosques, onde realizavam seus rituais.
A mitologia celta está dividida em três grupos: a mitologia irlandesa, a britânica e a continental. Entre os principais deuses cultuados pelos celtas estão: Sucellus, o rei dos deuses, que representava a fertilidade; Dagda, deus da magia e da sabedoria; Taranis, deus do trovão que surgia no céu em uma carruagem; Lugh, deus do sol e da luz; Tailtiu e Macha, deusas da natureza; Cernunnos, deus dos animais, com olhos e chifres de cervo, podendo tomar a forma de vários animais; Morrigan, deusa da guerra; Dea Matrona era a deusa mãe, representada por três mulheres; Epona, deusa dos cavalos. Cuchulain era filho de Lugh, o herói guerreiro que matava seus inimigos com uma lança cheia de espinhos.

Significado de Unicórnio

O que é Unicórnio:

Unicórnio significa “um chifre”, e é um termo oriundo do latim. Unicórnio é um ser mitológico, selvagem, assemelha-se com um cavalo, e possui apenas um chifre na cabeça. O unicórnio possui diversos significados, inclusive na religião Católica.
O unicórnio alcançou grande popularidade na China e na Europa, e tornou-se um mito e símbolo da pureza, da virgindade das jovens, tem normalmente o pelo todo branco, e na mitologia são conhecidos por serem doces e mansos, que acredita que seu chifre, sangue e pelo tem poderes mágicos.
O unicórnio surgiu no período medieval, e ele era ligado diretamente à religião Católica, por representar a virgindade da mãe de Jesus, e também ao milagre da encarnação de Deus através do ventre imaculado de Maria. Inclusive, o unicórnio está presente na Bíblia, mas algumas pessoas mais conservadoras dizem que foi apenas erro de tradução, que na verdade, é boi selvagem que aparece na Bíblia.
O símbolo do unicórnio está também muito presente na literatura, em livros famosos como Harry Potter, da escritora J. K. Rowling, e outros escritores conhecidos, como Peter S. Beagle, Lewis Carroll e C.S. Lewis.

Significado de Titãs

O que são Titãs:

Titãs eram deuses da mitologia grega que tiveram que enfrentar Zeus e os deuses olímpicos em sua ascensão de poder.  Existem diversos poemas gregos sobre essa guerra entre os deuses e os titãs, onde apenas um sobreviveu.
Os Titãs são divindades muito antigas que, por uma razão ou outra, continuaram a ter uma certa vigência dentro da mitologia grega clássica e, foram incluídos entre os descendentes de Urano no esquema genealógico dos deuses.
Titãs também pode ser uma banda de rock brasileira formada em São Paulo, na década de 1980 e já existem há mais de 25 anos. Algumas de suas músicas de maior sucesso são Sonífera Ilha, Flores, Família, Domingo, Homem Primata, Epitáfio, Pra dizer adeus, e muitas outras.

Significado de Apolo

O que é Apolo:

Apolo significa belezaelegância harmonia. Na mitologia grega, Apolo é o deus do Sol, da beleza, das artes, da poesia, da música, da profecia e do arco e flecha. É descrito fisicamente como um jovem alto e bonito; o mais belo dos deuses. Por isso, "apolo" é um termo usado para representar um homem belo, forte e elegante.
O deus Apolo (ou Febo, na mitologia romana) é filho do grandioso Zeus (ou Júpiter) e de Leto (ou Latona, deusa do anoitecer). É irmão gêmeo de Ártemis (ou Diana, deusa da caça e da lua). É um dos Doze Deuses Olímpicos (deuses que viviam no Monte Olimpo).
Os símbolos de Apolo são a lira, o arco e as flechas. A serpente, o corvo, o lobo e o golfinho são os animais a ele associados. Nas suas imagens é visto normalmente com um manto e uma coroa de folhas de loureiro, a sua planta sagrada.
Segundo a mitologia, Apolo era um deus forte e temido. Era um exímio arqueiro e entretinha os outros deuses de Olimpo ao som da sua lira. O Oráculo de Delfos era consagrado a Apolo, assim como o templo onde estava a Pitonisa (profetisa e sacerdotisa de Apolo).

Significado de Zeus

O que são Zeus:

Zeus foi o deus dos deuses, soberano do Monte Olimpo, deus do céu e do trovão, na mitologia grega. Seus símbolos são o relâmpago, a águia, o touro e o carvalho. Os artistas gregos em suas esculturas procuravam mostrar seu deus em poses eretas, com um raio na mão direita erguida ou em outras esculturas, sentado numa pose majestosa.
Zeus também era conhecido por suas aventuras, que ocasionaram sua linha de descendentes entre deuses e heróis, como Atena, Apolo, Dionísio, Perseu, Helena, Minos entre outros.
Zeus era considerado o deus dos fenômenos naturais, e era responsável pelos raios, trovões, chuvas e tempestades. Porém mais tarde, ele também se tornou o deus da justiça e da lei. A sua estatua em Olímpia era majestosa, e fazia parte das sete maravilhas do mundo antigo. Os jogos olímpicos, nos primórdios, eram realizados em sua honra.
Zeus casou-se várias vezes. A primeira esposa foi Métis a deusa da prudência que lhe deu a filha Atena que nasceu adulta da cabeça de Zeus. A segunda esposa foi Têmis, a deusa da justiça com a qual teve as deusas Moiras e as Horas.
Quando este matrimônio acabou Zeus casou-se com sua irmã Hera, a deusa do casamento, porém tinha também várias amantes, que eram suas paixões, e que lhe deram vários filhos ilegítimos não só deuses, como também o herói Perseu, que (matou a medusa), e as musas Clio (inspiradora da história) e Urânia (da astronomia).

Significado de Gaia

O que é Gaia:

Na mitologia grega, Gaia é o nome da deusa da Terra, companheira de Urano (Céu) e mãe dos Titãs (gigantes). Gaia é a personificação do planeta Terra, representada como uma mulher gigantesca e poderosa.
Em homenagem à deusa grega, a Teoria de Gaia (também conhecida como Hipótese de Gaia) foi criada pelo cientista britânico James E. Lovelock. Nela o cientista descreve o planeta Terra como um organismo vivo, que apresenta algumas características como a atmosfera com química e a capacidade para manter e alterar suas condições ambientais - o que não acontece com outros planetas do sistema solar.

Missão Gaia

A missão da ESA (Agência Espacial Europeia) denominada Gaia permitirá, a partir do ano de 2013, construir um catálogo com as características de bilhões de estrelas presentes na galáxia Via Láctea. Gaia é o nome da câmera digital super potente, que contém 106 sensores eletrônicos e um bilhão de pixeis, construída para permitir cartografar com precisão a Via Láctea e outras galáxias vizinhas.

Gaia Online

Gaia Online é uma rede social virtual na qual os gaians (nome que designa os participantes), através de um avatar personalizado, interagem através de fóruns. A Gaia Online surgiu em 2003, inicialmente com o nome GoGo Gaia, em que aparecia uma lista de animes. Transformou-se em uma comunidade com milhares de usuários em todos o mundo.

Significado de Odisseia

O que é Odisseia:

Odisseia é uma viagem cheia de aventuras e série de acontecimentos,  uma série de acontecimentos e fatos, e é um termo de origem grega. Odisseia também é um poema da Grécia Antiga, é um dos principais feito por Homero, que foi um grande poeta da época. 
Odisseia é, na verdade, a sequência de um outro poema igualmente conhecido de Homero, chamado Ilíada,e e ambos foram escritos no século VIII a.C.  Odisseia é o relato de um herói da Guerra de Troia chamado Ulisses, um Deus da mitologia grega, que após diversas batalhas e destruições, demorou dez ano para poder volar para sua terra natal Ítaca. 
A obra é famosa até os dias atuais, e já foi traduzida em diversos idiomas, onde toda a jornada é composta por 24 livros. Depois da obra de Homero, odisseia passou a significar então, qualquer viagem longa e com feitos extraordinários.
Homero influenciou diversos outros livros, como Os Lusíadas,  de Luís Vaz de Camões ou Ulysses, de James Joyce, onde todos narram histórias de superação por parte dos protagonistas, e a luta para sobreviver em ambientes perigosos.

Significado de Gnomo

O que é Gnomo:

Gnomo é um ser gerado através da natureza, e também podem ser chamados de encantados. O gnomo é muito conhecido também por estar presentes em várias histórias e desenhos animados, principalmente para crianças.Gnomo
Os gnomos surgiram na mitologia pagã, também chamado de bruxarias, e influenciou diversos países, como a Escandinávia.. Na mitologia eles estão ligados a todos os elementos da terra, como água, areia, céu, e também estão presentes no zodíaco, representado pelos signos de touro, capricórnio e virgem. Os gnomos são regidos por um rei chamado Ghob, que é chamado durante os rituais.
Com as histórias e desenhos, os gnomos acabaram sendo estereotipados como um ser bem pequeno, um anão, com poderes mágicos e que sua tarefa é proteger a natureza. Geralmente, além da baixa estatura, eles também são geralmente idosos, com barbas brancas e vivem em locais escondidos e comunidades de gnomos.
Como os gnomos são seres do imaginário das pessoas, acabaram criando um status de cobiça e invisível, através do inconsciente das pessoas.

Significado de Caixa de Pandora

O que é Caixa de Pandora:

Caixa de pandora é um mito grego que narra a chegada da primeira mulher à Terra e, com ela, a origem de todas as tragédias humanas. Essa história foi contada pelo poeta grego Hesíodo, que viveu no século VIII a.C.
De acordo com a obra, o titã Prometeu presenteou os homens com o fogo para que dominassem a natureza. Zeus, o chefão dos deuses do Olimpo, que havia proibido a entrega desse dom à humanidade, arquitetou sua vingança criando Pandora, a primeira mulher. Antes de enviá-la à Terra, entregou-lhe uma caixa, recomendando que ela jamais fosse aberta, pois dentro dela, os deuses haviam colocado um arsenal de desgraças para o homem, como a discórdia, a guerra e todas as doenças do corpo e da mente mais um único dom: a esperança.
Vencida pela curiosidade, Pandora acabou abrindo a caixa, liberando todos os males no mundo, mas a fechou antes que a esperança pudesse sair. Essa metáfora foi a maneira encontrada pelos gregos para representar, num enredo de fácil compreensão, conceitos relacionados à natureza feminina, como a beleza, a sensualidade e o poder de dissimulação e de destruição.
Uma outra versão é de que Pandora foi mandada por Júpiter com boa intenção, a fim de agradar ao homem. O rei dos deuses entregou-lhe, como presente de casamento, uma caixa, em que cada deus colocara um bem. Pandora abriu a caixa, e todos os bens escaparam, exceto a esperança.

As Origens das expressões e provérbios POPULARES



Elas estão na boca de todos, presentes no nosso dia-a-dia: estamos falando da expressões e provérbios populares, que fazem parte da nossa e de outras culturas mundiais. Mas você sabe a origem delas? Sabe de onde vieram e o que ocasionou sua fama? Se não, confira esse post interessantíssimo:

A pressa é inimiga da perfeição
Quando comentou a rapidez com que se redigia o Código Civil Brasileiro, o jurista Rui Barbosa usou esta expressão.
“A união faz a força” que era uma abreviação para um texto bíblico: ”É fácil quebrar uma vara, mas é difícil quebrar um feixe de varas”.

Acabar em pizza
Uma das expressões mais usadas no meio político é “tudo acabou em pizza”, empregada quando algo errado é julgado sem que ninguém seja punido. O termo surgiu no futebol. Na década de 60, alguns cartolas palmeirenses se reuniram para resolver alguns problemas e, depois de 14 horas seguidas de brigas e discussões, estavam com muita fome. Assim, todos foram a uma pizzaria, tomaram muito chope e pediram 18 pizzas grandes. Depois disso, simplesmente esqueceram o assunto, foram para casa e a paz reinou. Depois desse episódio, Milton Peruzzi, que trabalhava no jornal Gazeta Esportiva, publicou a seguinte manchete: “Crise Do Palmeiras Termina Em Pizza”. Daí em diante, a expressão pegou.

Andar à toa
”Toa” vem do inglês ”tow”, que é a corda usada por um barco para rebocar outro maior. Então, quando o barco menor está rebocando o navio, os marinheiros do navio ficam sem fazer nada. À toa é algo feito sem esforço, algo sem importância. Os portugueses, resolveram dar um sentido figurado a esse procedimento marítimo, e já faziam isso desde o século XVII.

Aos trancos e barrancos
A expressão se refere a algo que segue adiante, mas com muita dificuldade. Tranco é o salto que o cavalo dá, mas também pode ser um golpe brusco. Barranco (no Brasil) é a ribanceira de um rio que tem margem íngreme, mas em Portugal (que é de onde veio a expressão) é uma vala aberta por ações da natureza, como uma enxurrada, ou pelo homem.

As paredes têm ouvidos
Nascida na França e originada da perseguição contra os huguenotes, que resultou na matança conhecida como a Noite de São Bartolomeu (em 24 de agosto de 1572). A rainha Catarina de Médicis, esposa de Henrique II (rei da França), era muito desconfiada e uma perseguidora implacável dos huguenotes. Para poder escutar melhor as pessoas de quem mais suspeitava, mandou fazer uma rede com furos, nos tetos do palácio real. Foi este sistema de espionagem que deu origem à esta expressão muito famosa. Usada para avisar alguém sobre o que vai falar, para não se comprometer.

Até que a morte os separe
Na Primeira Epístola aos Coríntios, São Paulo usa a frase para falar dos laços indissolúveis que unem homens e mulheres no matrimônio.

Botar as cartas na mesa
É originada dos jogos de baralho, no qual em um momento do jogo ”botar as cartas na mesa” é revelar aos outros o que se tem nas mãos, abrir o jogo.

Casa-da-mãe-Joana
Esta Joana é a condessa de Provença e rainha de Napóles (Joana I). Em 1347, ela regulamentou os bordeis de Avignon, onde vivia refugiada. ”Casa-da-mãe-Joana” então virou sinônimo de prostíbulo, lugar de bagunça.

Chegar de mãos abanando
Originada no período de grandes imigrações no Brasil (final do século XIX). Quando estrangeiros vinham com a família para trabalhar nas fazendas dos barões do café. Os imigrantes deveriam trazer ferramentas para começar o trabalho. Quem viesse sem nada, ou com as mãos abanando, era considerado avesso ao trabalho.

Colocar a mão no fogo
Significa confiar na inocência de uma pessoa. Nasceu na Idade Média. Para provar sua inocência, o acusado deveria caminhar alguns metros, na frente de um juiz e de testemunhas, segurando uma barra de ferro em brasa nas mãos. As mãos eram protegidas apenas por um pedaço de estopa envolvido em cera. Três dias depois, a estopa era retirada. Se a mão estivesse sem nenhuma marca, o acusado era considerado inocente. Se aparecesse uma queimadura, o sujeito era enforcado.

Com o rabo entre as pernas
Significa aqueles que recuam, humilhados ou amedrontados. Seu uso é bem antigo, pois Francisco Manuel de Melo a mencionou em Feira de Anexins, de 1666.

Comer com os olhos
Quem não pode devorar uma saborosa comida, acaba comendo apenas com os olhos. Atualmente, ”comer com os olhos” significa ter certa inveja. Mas na Roma Antiga, uma cerimônia religiosa consistia em um banquete em honra dos deuses em que ninguém colocava as mãos na comida. Todos participavam da refeição apenas olhando.

Contagem regressiva
No filme A mulher na Lua, de 1930, o cineasta alemão Fritz Lang criou a contagem regressiva para dar mais emoção a uma cena de um lançamento de foguete. Cientistas alemães aprovaram a novidade e passaram a adotar a contagem regressiva no lançamento de bombas V-2, durante a Segunda Guerra Mundial. O procedimento foi levado à NASA pelos cientistas alemães que se mudaram para os EUA, fugidos do nazismo.

Custar os olhos da cara
Deu origem num costume bárbaro de tempos antigos. Os olhos eram considerados muito valiosos. Então, governantes depostos, prisioneiros de guerra e outros tipos de inimigos, tinham seus olhos arrancados depois de um golpe ou batalha. Os vencedores acreditavam que desse modo, os derrotados teriam poucas chances de se vingar porque se tornariam inofensivos.

Dar de mão beijada
Entregar algo a alguém sem nenhum pedido de retribuição. Diante dos papas, os reis e nobres mais ricos primeiro beijavam a mão de Sua Santidade e em seguida, faziam suas ofertas, entregando à Igreja terras, palácios e outros bens. O primeiro a utilizar a expressão foi o papa Paulo IV, em documento de 1555.

De pés juntos
Jurar ou negar de pés juntos é dizer algo com toda convicção. Já se falava assim em Portugal no século XVI. Os pés juntos indicam posição de sentido, demonstram respeito e obediência.

De tirar o chapéu
É quando alguma coisa está muito boa ou merece admiração. Antigamente se usava muito chapéu, então a expressão era mais usada. Hoje em dia está em extinção porque ninguém mais usa chapéu. Mas a expressão ainda permanece como forma de homenagem e de reverência. O rei francês Luís XIV criou uma espécie de manual de etiqueta sobre o uso do chapéu em sua corte, ordenando que o chapéu só poderia ser retirado da cabeça para saudações em ocasiões especiais. Foram os portugueses que trouxeram esta expressão para o Brasil.

”Dia D” e ”Hora H”
Dia determinado para a execução de uma certa tarefa ou para o início de uma dada operação. Teve origem na Segunda Guerra Mundial, no famoso dia em que os Aliados se preparavam para invadir a região da Normandia, ocupada pelos alemães. Para manter o plano em sigilo, as forças aliadas registraram apenas o dia como D e a hora como H. E foi daí que nasceram as duas expressões: Dia D e Hora H.
O Dia D foi 6 de Junho de 1944 e a Hora H foi às 6 da manhã. A operação de invasão envolveu 3 milhões de soldados, 5.339 embarcações, 11 mil aviões e 15 mil tanques e veículos blindados. Morreram 80.295 soldados alemães, 34.417 soldados aliados e 12.850 civis franceses. Foi a operação militar mais espetacular de todos os tempos.

Entrar com o pé direito
A expressão é muuuuito antiga. No Império Romano, nas festas, os convidados eram obrigados a entrar no salão dextro pede (com o pé direito). Assim, evitariam má sorte.

Errar é humano
A criação de ”Errare humanum est” é atribuída ao escritor latino Sêneca (4 a.C.-65 d.C.).
Hip, Hip, Hurra!
Provavelmente nascida na Idade Média. ”Hip” viria de ”hep” (palavra formada pelas iniciais do latim ”Hierosolyma est perdita”, cujo significado é ”Jerusalém caiu” ou ”Jerusalém está perdida”. ”Hurra”, por sua vez, viria de ”Hu-raj!” (exclamação eslava que significa ”Para o paraíso!”. Se assim for, pode-se dizer que ”Hip, Hip, Hurra!” literalmente quer dizer ”Jerusalém está perdida e estamos a caminho do paraíso”.

Fazer um bicho-de-sete-cabeças
No sentido figurado, fazer de alguma coisa um ‘bicho-de-sete-cabeças’ é exagerar na dificuldade de realizá-la, o que pode acontecer por receio ou por mera falta de disposição. Algo muito complicado, de extrema dificuldade para sua execução ou entendimento.
‘Na mitologia, era uma serpente descomunal, com inúmeras cabeças, que habitava região pantanosa de Lerna, na antiga Grécia. Destruir o terrível monstro era um dos 12 trabalhos de Hércules, o grande herói que se submetera à tarefa para recuperar sua honra. A cada cabeça cortada outras mais renasciam do corpo do monstro. Hércules conseguiu cortar todas as cabeças e impedir que outras surgissem, cauterizando cada ponto com enormes tições tirados de uma floresta em chamas’, explica o professor Ari Riboldi. Para muitos autores, a serpente tinha sete cabeças, o que veio a consagrar a expressão.

Memória de elefante
Você lembra o aniversário de todos os amigos e nem precisa da agenda do celular para ligar para o primo do interior? Então você tem a memória de elefante. ‘O elefante é um bom aprendiz e lembra de tudo o que lhe é ensinado. Assimila e repete com facilidade inúmeros comandos’, afirma o professor Ari Riboldi.
Assim, costuma-se dizer que uma pessoa que prontamente lembra de tudo possui memória de elefante. Nada a ver com o tamanho do animal, mas sim com sua capacidade de repetir ordens e comandos.

Ter minhocas na cabeça
Quem está com minhocas na cabeça, está se preocupando à toa. Mas o que esse bichinho tem a ver com os seus problemas? Segundo o professor Ari Riboldi, a expressão é uma metáfora do que as minhocas fazem na terra. ‘A sua presença num terreno representa a certeza de fertilidade do solo. Elas transformam os vegetais em húmus e, pela sua ação perfuradora, facilitam a passagem e infiltração da água’, afirma.
‘As indesejáveis são as minhocas da nossa cabeça, preocupações inúteis, mas que podem nos tirar o sono. Para nos livrarmos delas, somente tirando-as de lá, ou seja, literalmente extraindo-as desse solo impróprio’, compara. A expressão retrata a ação das minhocas perfurando o solo.

Espírito de porco
Você é o rei da piada sem graça, uma mala sem alça, grosseiro ou estraga prazeres? É aquele que interfere, geralmente, no sentido de criar embaraços ou de agravar situações que já são difíceis? Pois você tem o espírito de porco. ‘A origem vem da má fama do porco, embora injusta, sempre associado à falta de higiene, à sujeira e, inclusive, à impureza, ao pecado e ao demônio, conforme alusões feitas no texto bíblico do Antigo e do Novo Testamento’, explica Ari Riboldi.
No período da escravidão, a má fama do porco foi reforçada. Nenhum dos escravos queria ter a tarefa de matar os porcos nas fazendas, o que faziam muito a contragosto. A morte era dolorosa: uma facada profunda em direção ao coração, sangue jorrando e gritos do animal aos poucos se esvaindo até morrer. ‘Entre os escravos, havia a crença de que o espírito do porco ficava no corpo de quem o matava e o atormentava pelo resto de seus dias. Nesse caso, o matador dos porcos ficava para sempre possuído pelo espírito deles’, conta Riboldi.

Estar com a macaca
Em algumas culturas, por influência da religião, acredita-se que certas palavras, como demônio, diabo, satã, são portadoras de má sorte. ‘Fazem parte dos tabus linguísticos e devem, portanto, ser evitadas. A simples pronúncia poderia trazer mau agouro, atrair a ira de um deus ou de entidade sobrenatural. O povo, na sua sabedoria, faz uso de outros vocábulos, uma espécie de eufemismo’, comenta o professor Ari Riboldi.
No Nordeste brasileiro, por exemplo, o capeta é substituído pelo termo cão. Estar com o cão é ter o diabo no corpo. Nessa região, é comum ouvir-se a expressão ‘cão chupando manga’ como sinônimo de algo muito feio, ou seja, como se fosse ver o próprio capeta chupando manga e fazendo caretas. Em outras regiões, o diabo é substituído pelo macaco ou pela sua fêmea. Logo, ‘estar com a macaca’ também é estar endiabrado, ser possuído pelo coisa-ruim, enfim, estar endemoniado.

Drible da vaca
Improvável que uma vaca fosse capaz de fazer a jogada em que o atleta lança a bola por um lado do adversário e a alcança correndo pelo outro lado (o mesmo que meia-lua). A expressão teve origem na prática do futebol em campos improvisados, nos potreiros do interior, nas fazendas, em plenas pastagens de gado. Era comum, durante a partida, um desses animais atravessar pelo meio do espaço onde se realizava o jogo. Diante dessa situação, além de driblar o seu oponente, o atleta tinha que se livrar da vaca. Para tanto, jogava a bola para um lado do animal e corria para o outro, lá adiante, para alcançá-la e dar continuidade à sua trajetória.
‘Se a vaca fosse dócil e mansa, tudo bem; caso contrário, se ela não concordasse com o drible e ameaçasse usar os chifres ou patas, o mais prudente era interromper o jogo por alguns minutos e esperar que ela mesma se afastasse para além dos limites das quatro linhas’, brinca o professor Ari Riboldi.

Lobo em pele de cordeiro
Lobo em pele de cordeiro é o indivíduo que finge ser inocente e inofensivo – como se fosse um cordeiro, o filhotinho do carneiro para se aproveitar e tirar vantagem dos desavisados, portando-se, então, como um lobo voraz e traiçoeiro. ‘A expressão teria vindo de uma lenda da Grécia Antiga. De acordo com essa lenda, um lobo entrou num rebanho de ovelhas disfarçado, envolto numa pele de lã. Lá, saciou a sua fome, devorando várias ovelhas indefesas’, conta o professor Ari Riboldi.

Comprar gato por lebre
Quem nunca se sentiu enganado por aquela oferta generosa e descobriu que, na verdade, comprou gato por lebre? Dizem alguns historiadores que, em tempo de guerra e de carestia, muitas pessoas conseguiam vender gatos no lugar de lebres, como carne para alimento, dada a semelhança entre ambos após lhes tirarem a pele.
‘De tamanho e corpo parecidos, os velhacos deixavam a carne de gato na água e temperada, o que disfarçava seu cheiro e conseguiam passá-la adiante como se fosse lebre’, explica o professor Ari Riboldi.

Tem boi na linha
Essa é do tempo da vovó. Ter boi na linha é encontrar um obstáculo, surgir um problema, uma adversidade. Houve época em que as estradas de ferro eram protegidas por cercas, nas áreas de campo, onde havia criação de gado. Se um dos animais ultrapassasse a cerca e se instalasse tranquilamente sobre ou entre os trilhos da viação férrea, o maquinista era obrigado a parar o trem, pois havia, literalmente, boi na linha. No caso, a linha era a denominação dada à estrade de ferro (ferrovia), conhecida com linha do trem, tendo em vista os dois trilhos paralelos, explica o professor Ari Riboldi.

Corredor Polonês
Corredor polonês é uma expressão comumente utilizada para denominar uma passagem estreita formada por duas fileiras de pessoas que se colocam lado a lado, uma defronte à outra, com a intenção de castigar quem tenha de percorrê-la. A expressão faz referência à região transferida por parte da Alemanha para a Polônia ao fim da Primeira Guerra Mundial, em virtude da assinatura do Tratado de Versalhes. O Corredor Polonês dividiu a Alemanha ao meio, isolando a Prússia Oriental do resto do país. Através de uma extensão de 150 quilômetros e largura variável entre 30 a 80 quilômetros, permitiu que os poloneses circulassem livremente em território alemão, bem como possibilitou o acesso da Polônia ao Mar Báltico. Posteriormente, tanto o Corredor quanto a Prússia foram incorporados ao território polonês. A disputa pela região do Corredor Polonês provocou inúmeros atritos entre os dois países. Em 1939, durante a invasão da Alemanha à Polônia, os poloneses foram encurralados pelos alemães, os quais se posicionavam dos dois lados do Corredor e atiravam contra os poloneses, que estavam no meio.

Voto de Minerva
A expressão tem sua origem em uma história pertencente à mitologia grega. Agamenon, o comandante da Guerra de Troia, ofereceu a vida de uma filha em sacrifício aos deuses para conseguir a vitória do exército grego contra os troianos. Sua mulher, Clitemnestra, cega de ódio, o assassinou. Com esses crimes, o deus Apolo ordenou que o outro filho de Agamenon, Orestes, matasse a própria mãe para vingar o pai. Orestes obedeceu, mas seu crime também teria que ser vingado. Em vez de aplicar a pena, Apolo deu a Orestes o direito a um julgamento, o primeiro do mundo. A decisão, tomada por 12 cidadãos, terminou empatada. Chamada pelos gregos de Atenas (Minerva era seu nome romano), a deusa da sabedoria proferiu seu voto, desempatando o feito e poupando a vida de Orestes. Eis a razão da expressão Voto de Minerva (também conhecida como “voto de desempate” ou “voto de qualidade”).

Bafo de onça
A onça é um animal carnívoro que se lambuza bastante na hora de comer a caça. Por esta razão, fede muito e sua presença é detectada à distância na mata. Assim, pessoas que possuem o hálito fétido passaram a ser chamadas de “bafo de onça”. A expressão também faz referência ao hálito de quem está (ou esteve) alcoolizado.

Santinha do pau oco
Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos séculos 18 e 19, os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era “recheado” com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.

Névoa baixa, sol que racha
Ditado muito falado no meio rural. A Climatologia o confirma. O fenômeno da névoa ocorre geralmente no final do inverno e começo do verão. Conhecida também como cerração, a névoa fica a baixa altitude pela manhã provocando um aumento rápido da temperatura para o período da tarde.

Sem eira nem beira
Significa pessoas sem bens, sem posses. Eira é um terreno de terra batida ou cimento onde grãos ficam ao ar livre para secar. Beira é a beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o proprietário fica sem nada. Na região nordeste este ditado tem o mesmo significado mas outra explicação. Dizem que antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado , então construíam somente a tribeira ficando assim “sem eira nem beira”.

Lua de mel
A expressão vem do inglês honeymoon. Na Irlanda, na Idade Média, os jovens recém-casados tinham o costume de tomar uma bebida fermentada chamada mead – ou hidromel, composta de água, mel, malte, levedo, entre outros ingredientes. O mel era considerado uma fonte de vida, com propriedades afrodisíacas. A bebida deveria ser consumida durante um mês (ou uma lua). Por essa razão, esse período passou a ser chamado de “lua de mel”.

Pensando na morte da bezerra
A história mais aceitável para explicar a origem da expressão é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Conta-se que certa vez um rei resolveu sacrificar uma bezerra e que seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, opôs-se. Independentemente disso, a bezerra foi oferecida aos céus e afirma-se que o garoto passou o resto de sua vida pensando na morte da bezerra. Assim, estar “pensando na morte da bezerra” significa estar distante, pensativo, alheio a tudo.

Farinha do mesmo saco
“Homines sunt ejusdem farinae” (São homens da mesma farinha, em latim) é a origem dessa expressão, utilizada para generalizar um comportamento reprovável. A metáfora faz referência ao fato de a farinha de boa qualidade ser posta em sacos separados, para não ser confundida com a de qualidade inferior. Assim, utilizar a expressão “farinha do mesmo saco” é insinuar que os bons andam com os bons, enquanto os maus preferem os maus.

Dor de cotovelo
A expressão teve origem nas cenas de pessoas sentadas em bares, com os cotovelos apoiados no balcão, bebendo e chorando a dor de um amor perdido. De tanto permanecerem naquela posição, as pessoas ficavam com dores nos cotovelos. Atualmente, é muito comum utilizar essa expressão para designar o despeito provocado pelo ciúme ou a tristeza causada por uma decepção amorosa.

Motorista Barbeiro
- Nossa, que cara mais barbeiro! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”.
Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

Tirar o Cavalo da Chuva
- Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião
e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião
percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

Dar com burros N’ÁGUA
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

Guarda a sete chaves
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras,
sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” pra designar algo muito bem guardado.

OK
A expressão inglesa “OK” (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. durante a guerra, quando os soldados voltavam pras bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo “OK”.

Rasgar seda
A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa”.

Água mole e pedra dura, tanto bate até que fura
Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio (43 a.C.-18 d.C), autor de célebres livros como A arte de amar e Metamorfoses, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura”. É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio portugueses e brasileiros.

Olha o passarinho!
Quando a fotografia foi inventada, a impressão da imagem no filme não se dava com a mesma rapidez dos dias atuais. Na metade do século 19, os fotografados tinham de permanecer parados por até 15 minutos, a fim de que sua imagem fosse impressa dentro da máquina. Fazer as crianças ficarem imóveis por tanto tempo era um verdadeiro desafio. Por isso, gaiolas com pássaros ficavam penduradas atrás dos fotógrafos, o que chamava a atenção dos pequenos. Assim, a expressão “Olha o passarinho” ficou conhecida como a frase dita pelo fotógrafo na hora da pose para a foto.

Novo em folha
Para falar que algo nunca foi usado ou que, se já foi, está em ótimo estado, dizemos que está “novo em folha”. A expressão também pode ser usada para designar alguém que, depois de se machucar ou enfrentar uma doença, está curado. A origem dessa expressão baseia-se em folhas de papel branquinhas, limpinhas e sem amassados, encontradas em livros novos, recém impressos. Assim, trata-se de livros “novos em folha”.

Ovelha negra
Esta expressão não é brasileira nem restrita à língua portuguesa. Vários outros idiomas também a utilizam para designar alguém que destoa de um grupo, assim como uma ovelha da cor preta se diferencia em um rebanho de animais brancos. Na Antiguidade, os animais pretos eram considerados maléficos e, por isso, sacrificados em oferenda aos deuses ou para acertar certos acordos. Daí o hábito de chamar de “ovelha negra” aqueles que se diferenciam por desagradar e chocar aos demais.

Tintim por tintim
Corrente tanto no português do Brasil como em Portugal, a expressão “tintim por tintim” é utilizada para falar de alguma coisa descrita em seus mínimos detalhes. Segundo o filólogo brasileiro João Ribeiro, “tintim é a onomatopeia do tilintar de moedas”, ou seja, tintim é o barulho que uma moeda faz quando cai sobre outra. Em sua origem, a expressão “tintim por tintim” era usada para se referir a uma conta ou dívida paga até a última moeda. Assim, quando queremos obter informações precisas sobre algum fato ou situação, costumamos dizer: “Conte-me tudo, tintim por tintim”.