Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

quarta-feira, 25 de março de 2015

MÊS DA MULHER - LEILA DINIZ / Leila Diniz completaria 70 anos hoje

LEILA DINIZ...


Leila Diniz completaria 70 anos hoje

Nos anos 1960, um furacão assolou o Brasil, não apenas o cinema brasileiro. Leila, para sempre Diniz. Talvez, para evocar essa mulher, seja necessário chamar as forças da natureza, ou os próprios corpos celestes. Veio como um furacão, passou rápida como um cometa. Nascida em 1945, aos 21 anos protagonizou uma comédias que, como ela, se tornou mítica - Todas as Mulheres do Mundo, de Domingos Oliveira. Tinha 27 quando aquele acidente de avião a vitimou, em 1972. 
Não fosse a tragédia, Leila estaria fazendo nesta quarta, 25, 70 anos, uma idade perfeitamente razoável, num país em que a expectativa de vida tem aumentado. 
Mas Leila não chegou tão longe.
Apenas 27 anos!
Os homens e mulheres de sua geração pensam nela e imediatamente vem a imagem e um som. Maria Alice, que olha de um jeito enviesado para a câmera em Todas as Mulheres, com a música de Gabriel Fauré ao fundo.
Lárarará, rarararará.

E logo outra imagem, a de Leila grávida, exibindo a barriga de quase nove meses num biquíni, na praia. E um ruído a entrevista que ela deu ao Pasquim e que, como as de Maria Bethânia, Lenny Dale e Anselmo Duarte, foi uma sucessão de asteriscos. Leila falava de sexo e dizia palavrões, você só podia imaginar de que jeito ela estava gozando, porque a censura do regime de exceção (civil/militar) estava atenta para defender a família. Dela, o poeta Carlos Drummond de Andrade disse que libertou as mulheres do jugo de sua particular escravidão.

Leila teve amantes, marido, uma filha linda (Janaína).

Viveu e amou como quis, num Brasil submetido a uma ditadura feroz.

Ela não se submetia a homens nem a instituições.
Hoje ela faria 70 anos. São mais de 40 anos sem Leila, 43!, mas sua lembrança segue indelével. Você pode ver seus filmes, alguns estão disponíveis em DVD, outros na rede (Todas as Mulheres, Edu Coração de Ouro, O Homem Nu - a primeira versão -, A Madona de Cedro, Fome de Amor, Corisco o Diabo Loiro, Os Paqueras, Azyllo Muito Louco, Mãos Vazias, Amor Carnaval e Sonhos). Com sorte, resgatará em algum YouTube da vida trechos de suas novelas (Compro Essa Mulher, O Sheik de Agadir, A Rainha Louca, e só pelos títulos você já vai perceber que a novela brasileira naquela época ainda era mexicana). Leila até cantava - Um Cafuné na Cabeça, Malandro, Eu Quero Até de Macaco, em parceria com Milton Nascimento. Na internet, você encontra a entrevista para o Pasquim. O que Leila dizia?
 "Todos os cafajestes que conheci eram uns amores de pessoas", "Nem de amores eu morreria, porque prefiro viver deles", "Viver intensamente é você chorar, rir, sofrer, participar das coisas, achar a verdade nas coisas que você faz.
Encontrar em cada gesto da vida o sentido exato para que acredite nele e sinta intensamente", 
"Sempre andei sozinha. Me dou bem comigo mesma".
Nada disso é transcendental, mas é. Leila não morreu de amores, mas num acidente aéreo, ela que queria viver a vida plenamente, com intensidade. Para lembrá-la, nesse dia, a BestrBolso lança a terceira edição do livro Toda mulher é meio Leila Diniz, de Mirian Goldenberg, mas talvez você pudesse ler também Trinta e Oito e Meio, de Maria Ribeiro, que não tem nada a ver com Leila, mas é um exemplo de como ela libertou as mulheres brasileiras e como elas ficaram mais soltas para falar de amor, de sexo, de trabalho, de família, de vida. E Maria é cria de Domingos Oliveira, fez um documentário sobre ele. Maria é casada com Caio Blast e na entrevista que deu para o jornal O Estado de S.Paulo no domingo, ele disse que vai interpretar o Domingos jovem e codirigir com ele o filme sobre o famoso cafofo (apartamento) que Domingos tinha em Copacabana, nos anos 1960.
Ali, ocorriam festas memoráveis, que não acabavam nunca.
Sexo, drogas e rock''n''roll. Foi no cafofo que o jovem Domingos conheceu e se apaixonou pela professorinha que, à sua maneira, ia fazer a contrarrevolução (dos costumes) no Brasil asfixiado pela ''Redentora''. Um amigo de Leila, o cineasta Luiz Carlos ''Bigode'' Lacerda, no 15.º ano de sua morte, fez um filme sobre ela, com o nome dela. Leila Diniz era interpretada por Louise Cardoso. Se o filme de Domingos é sobre a juventude dele, Leila, mesmo ficcionalizada, terá de estar presente. Quem será essa nova Leila? A outra, no imaginário, é eterna naquele sorriso meio triste, olhando para a câmera em Todas as Mulheres do Mundo. Num cinema brasileiro que queria ser revolucionário, Domingos não teve medo de ser (pequeno) burguês, falando de amores. Talvez porque soubesse que Paulo e Maria Alice, seus personagens, interpretados por Paulo José e Leila, podiam não ser revolucionários, mas ela era, na vida. 
Senão exatamente revolucionária, libertária.

http://www.dgabc.com.br/(X(1)S(deu4nvx30p5d3lsrkugq1bhj))/Noticia/1260885/leila-diniz-completaria-70-anos-hoje

MÊS DA MULHER - LEILA DINIZ / Leila Diniz completaria 70 anos hoje










































































































































 material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,leila-para-sempre-diniz,1657547
LEILA DINIZ



Leila Diniz completaria 70 anos hoje


Nos anos 1960, um furacão assolou o Brasil, não apenas o cinema brasileiro. Leila, para sempre Diniz. Talvez, para evocar essa mulher, seja necessário chamar as forças da natureza, ou os próprios corpos celestes. Veio como um furacão, passou rápida como um cometa. Nascida em 1945, aos 21 anos protagonizou uma comédias que, como ela, se tornou mítica - Todas as Mulheres do Mundo, de Domingos Oliveira.
Tinha 27 quando aquele acidente de avião a vitimou, em 1972. 




Não fosse a tragédia, Leila estaria fazendo nesta quarta, 25, 70 anos, uma idade perfeitamente razoável, num país em que a expectativa de vida tem aumentado. 


Mas Leila não chegou tão longe.


Apenas 27 anos!




Os homens e mulheres de sua geração pensam nela e imediatamente vem a imagem e um som. Maria Alice, que olha de um jeito enviesado para a câmera em Todas as Mulheres, com a música de Gabriel Fauré ao fundo.

Lárarará, rarararará.

E logo outra imagem, a de Leila grávida, exibindo a barriga de quase nove meses num biquíni, na praia. E um ruído a entrevista que ela deu ao Pasquim e que, como as de Maria Bethânia, Lenny Dale e Anselmo Duarte, foi uma sucessão de asteriscos. Leila falava de sexo e dizia palavrões, você só podia imaginar de que jeito ela estava gozando, porque a censura do regime de exceção (civil/militar) estava atenta para defender a família. Dela, o poeta Carlos Drummond de Andrade disse que libertou as mulheres do jugo de sua particular escravidão.

Leila teve amantes, marido, uma filha linda (Janaína). 

Viveu e amou como quis, num Brasil submetido a uma ditadura feroz. 

Ela não se submetia a homens nem a instituições.


Hoje ela faria 70 anos. São mais de 40 anos sem Leila, 43!, mas sua lembrança segue indelével. Você pode ver seus filmes, alguns estão disponíveis em DVD, outros na rede (Todas as Mulheres, Edu Coração de Ouro, O Homem Nu - a primeira versão -, A Madona de Cedro, Fome de Amor, Corisco o Diabo Loiro, Os Paqueras, Azyllo Muito Louco, Mãos Vazias, Amor Carnaval e Sonhos). Com sorte, resgatará em algum YouTube da vida trechos de suas novelas (Compro Essa Mulher, O Sheik de Agadir, A Rainha Louca, e só pelos títulos você já vai perceber que a novela brasileira naquela época ainda era mexicana). Leila até cantava - Um Cafuné na Cabeça, Malandro, Eu Quero Até de Macaco, em parceria com Milton Nascimento. Na internet, você encontra a entrevista para o Pasquim. O que Leila dizia?



"Todos os cafajestes que conheci eram uns amores de pessoas", "Nem de amores eu morreria, porque prefiro viver deles", "Viver intensamente é você chorar, rir, sofrer, participar das coisas, achar a verdade nas coisas que você faz.

Encontrar em cada gesto da vida o sentido exato para que acredite nele e sinta intensamente", 

"Sempre andei sozinha. Me dou bem comigo mesma".


Nada disso é transcendental, mas é. Leila não morreu de amores, mas num acidente aéreo, ela que queria viver a vida plenamente, com intensidade. Para lembrá-la, nesse dia, a BestrBolso lança a terceira edição do livro Toda mulher é meio Leila Diniz, de Mirian Goldenberg, mas talvez você pudesse ler também Trinta e Oito e Meio, de Maria Ribeiro, que não tem nada a ver com Leila, mas é um exemplo de como ela libertou as mulheres brasileiras e como elas ficaram mais soltas para falar de amor, de sexo, de trabalho, de família, de vida. E Maria é cria de Domingos Oliveira, fez um documentário sobre ele. Maria é casada com Caio Blast e na entrevista que deu para o jornal O Estado de S.Paulo no domingo, ele disse que vai interpretar o Domingos jovem e codirigir com ele o filme sobre o famoso cafofo (apartamento) que Domingos tinha em Copacabana, nos anos 1960.

Ali, ocorriam festas memoráveis, que não acabavam nunca.


Sexo, drogas e rock''n''roll. Foi no cafofo que o jovem Domingos conheceu e se apaixonou pela professorinha que, à sua maneira, ia fazer a contrarrevolução (dos costumes) no Brasil asfixiado pela ''Redentora''. Um amigo de Leila, o cineasta Luiz Carlos ''Bigode'' Lacerda, no 15.º ano de sua morte, fez um filme sobre ela, com o nome dela. Leila Diniz era interpretada por Louise Cardoso. Se o filme de Domingos é sobre a juventude dele, Leila, mesmo ficcionalizada, terá de estar presente. Quem será essa nova Leila? A outra, no imaginário, é eterna naquele sorriso meio triste, olhando para a câmera em Todas as Mulheres do Mundo. Num cinema brasileiro que queria ser revolucionário, Domingos não teve medo de ser (pequeno) burguês, falando de amores. Talvez porque soubesse que Paulo e Maria Alice, seus personagens, interpretados por Paulo José e Leila, podiam não ser revolucionários, mas ela era, na vida. 

Senão exatamente revolucionária, libertária.


http://www.dgabc.com.br/(X(1)S(deu4nvx30p5d3lsrkugq1bhj))/Noticia/1260885/leila-diniz-completaria-70-anos-hoje




MÊS DA MULHER - UMA MOÇA LIVRE Leila Diniz

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,leila-para-sempre-diniz,1657547O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,leila-para-sempre-diniz,1657547O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,leila-para-sempre-diniz,1657547
Capa da biografia "Leila Diniz - Uma revolução da praia", de Joaquim Ferreira dos Santos. | Crédito: Divulgação
revistaestilobb.com.br
UMA 
MOÇA

    LIVRE

UMA MOÇA LIVRE

Biografia de Leila Diniz narra momentos marcantes da vida pessoal e profissional da atriz, ativista e garota da praia.

Talvez as atuais gerações olhem para a foto de uma grávida curtindo o mar e não tenham ideia do impacto que a cena causou no Brasil na década de 1970. O choque ocorreu por conta de duas pequenas peças de roupa e uma barrigona exposta. Até então, gestantes não costumavam frequentar praias e, acaso fosse necessária sua permanência nas areias escaldantes, elas se resguardavam debaixo de amplos maiôs e saídas de praia. 
Dali em diante, mulheres de todo o país criaram coragem para ostentar seus biquínis e bronzeados do jeito que quisessem.

Mas foi antes daquele dia de sol em 1971 que Leila Diniz já deixava sua marca na tradicional sociedade brasileira, mergulhada na rigidez da ditadura militar. A espontaneidade da atriz fazia dela uma revolucionária, que se dedicava ao prazer e à sua liberdade. E a história dessa brasileira que ajudou a traçar novos caminhos para as mulheres de hoje está na biografia “Leila Diniz – Uma revolução na praia”, de Joaquim Ferreira dos Santos, editado pela Companhia das Letras.

Leila nasceu em 1945, foi protagonista da primeira produção de novela da Globo, em 1965, e também fez parte da história do cinema nacional, tendo atuado nas comédias de Domingos de Oliveira e nos filmes experimentais de Nelson Pereira dos Santos. No teatro, esteve na revista tropicalista “Tem banana na banda” e era uma das vedetes mais admiradas da época, cobrindo-se de plumas, paetês e figurinos mínimos.

Apesar da trajetória de apenas 27 anos, Leila era uma atriz com currículo invejável e no auge de sua carreira, mas nada se compara à sua contribuição para o comportamento feminino. Era conhecida por falar sobre sua vida sexual e soltar palavrões sem o menor constrangimento. Em sua célebre entrevista ao Pasquim, em 1969, Leila estava à vontade, de toalha sobre os cabelos, e dezenas de asteriscos no lugar das palavras censuradas pela ditadura pelo “baixo calão”.
E ainda disse: “Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. 
Já aconteceu comigo”.

É nesse contexto, de uma autêntica revolucionária, sobrevivente também de uma infância dramática, que o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos apresenta a biografia da atriz, parte da coleção Perfis Brasileiros, coordenada por Elio Gaspari e Lilia M. Schwarcz. 
Desde a adolescência, em que Leila perambula pelos bares de Copacabana e Ipanema, até os dias em que foi julgada, num programa de TV, e condenada como nociva à sociedade, o autor conta as grandes passagens da vida da atriz, que conseguiu transformar a moda e os modos.

Um extenso caderno de fotos e uma cronologia com os principais acontecimentos no Brasil e no mundo mostram tudo sobre a moça que, nas palavras de Carlos Drummond de Andrade, “sem discurso nem requerimento soltou as mulheres de vinte anos presas ao tronco de uma especial escravidão”.

Nas palavras da própria Leila: 
“Sobre minha vida, meu modo de viver, não faço o menor segredo.
Sou uma moça livre”.

http://revistaestilobb.com.br/uma-moca-livre/

MÊS DA MULHER - LEILA PARA SEMPRE DINIZ / 25 DE MARÇO SEU ANIVERSÁRIO.

Leila para sempre Diniz
Aos 27 anos de idade Leila Diniz faleceu num acidente aéreo trágico na Índia ao receber um Prêmio em Adelaide na Austrália. Era um Jato DC-8 da Japan Airlines nas proximidades de Nova Déli explodindo no ar.
"Leila para sempre Diniz" assim está em seu tumulo no Cemitério São João Batista, no Botafogo - Rio de Janeiro.
Ela completaria hoje dia 25 de Março seus 70 anos de idade.
Sua vida foi breve, mas intensa.
São 43 anos de sua ausência. Difícil acreditar...


Por que as mulheres devem ter um pouco de 'Leila Diniz'

A atriz Leila Diniz morreu há 43 anos, no dia 14 de junho de 1972, em um acidente aéreo na Índia. Ela tinha apenas 27 anos, deixou uma filha de seu relacionamento com o cineasta Ruy Guerra, e uma marca na história. Autêntica e controversa, Leila Diniz criou seu lugar no mundo e fez a diferença quando liberação sexual e o universo feminino não estavam em pauta em um Brasil silenciado pelo regime militar.
Mesmo com todas as dificuldades impostas, ela se tornou uma das atrizes mais populares do Brasil, símbolo sexual, transgressora e ícone feminista. Amada e odiada ao mesmo tempo, seu comportamento desafiou o machismo e o destino tratou de fazer dela um mito. Tanto que, Rita Lee, na música "Todas as Mulheres do mundo" canta que "Toda mulher é meio Leila Diniz". E a gente acredita que sim (ou que pelo deveriam ter um pouquinho da ousadia e do empoderamento típico dela). 

Eis os motivos:

Ela quebrou tabus
Quem disse que gravidez é doença, mesmo? Quem não se lembra da imagem dela grávida na praia de Ipanema, com barrigão de fora, mostrando que gravidez não era doença? E que uma grávida poderia ser sensual, sim, senhor. E rompeu com o estigma de mãe solteira: uma escolha feliz e consciente.
leila diniz gravidez
Pregou o amor verdadeiro (e livre)

Em 1969, Leila foi entrevistada pelo semanário carioca O Pasquim. Ela falou abertamente sobre tudo carreira, cinema, teatro, sexo, amor. Suas declarações chocaram e foi nessa entrevista que substituíram os palavrões que Leila falava por asteriscos. Foi ali que ela também disse que "você pode amar muito uma pessoa e ir pra cama com outra. Isso já aconteceu comigo."
leila diniz
Influenciou as novas gerações de mulheres

Ao afirmar publicamente suas ideias sobre liberdade sexual, recusar modelos tradicionais de família e contestar a famosa lógica da dominação masculina (alô, Pierre Bourdieu!), Leila passou a ser a personificação da transformação que a condição feminina no Brasil necessitava. Não é à toa que ela é apontada como uma feminista intuitiva que influenciou as novas gerações de mulheres.
leila diniz
http://www.brasilpost.com.br/2015/03/25/mulheres-leila-diniz_n_6935848.html