Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

MITOLOGIA GREGA - Ares e Afrodite

Ares e Afrodite
Ares, deus da guerra, foi concebido por Hera sem a semente masculina. Alegrava-se com a luta e junto com seus dois filhos, Deimos - o espanto e Phobos - o terror, estavam sempre em batalhas. Ares era oposto a Atena, a divindade guerreira representada pela estratégia e coragem refletida, enquanto Ares amava o calor da batalha e exultava em derrotar o inimigo. Ares sempre foi repelido pelos deuses pois estava sempre associado aos conflitos e guerras sangrentas, usando sua força bruta e sem refinamento.

Afrodite era casada com Hefesto, irmão de Ares, um deus ferreiro, doente e deformado. Porém, impressionada pelo vigor do jovem guerreiro, correspondia aos encantos de Ares. Hefesto descobriu o adultério e planejou uma terrível vingança. Em segredo forjou uma rede muito fina, quase invisível, porém muito forte que não podia ser destruída, e pendurou-a sobre o leito.

Quando Ares e Afrodite adormeceram, Hefesto soltou a rede sobre ambos e chamou todos os deuses para testemunhar o adultério. A paixão de Ares jamais foi suplantada pela vergonha. Tempos depois nasceu Harmonia, estabelecendo uma ligação equilibrada entre o amor e a paixão.

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Ares é a imagem dos instintos guiados pela vontade do consciente. Ares, nascido sem o pai, representa a competição do ser humano, sem o arquétipo do pai, para lhe oferecer um código de ética ou uma visão adequada da situação. Porém, sua vontade e coragem são imensuráveis necessária à personalidade humana, pois apenas a visão espiritual não garante a sobrevivência num mundo competitivo. 

Após o conflito como resultado de suas escolhas, aprende-se que com a utilização dos ímpetos irrefletidos deverá assumir as consequências de seus atos. Na mitologia, Ares sempre estava envolvido num conflito ou numa disputa. Apesar das humilhações e da derrota, ele conseguiu a serenidade, através da harmonia, conduzida com criatividade e firmeza.

Ares simboliza a luta necessária e, embora haja o comprometimento espiritual, os impulsos existem. Podem ser suprimidos a nivel inconsciente, mas surgirão mais tarde na forma de problemas ou então projetados nos outros que descarregarão sua agressividade sobre nós. Quando conseguimos enfrentar o desafio de Ares, podemos conter e direcionar essa força para nos desenvolvermos com maturidade. 

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MITOLOGIA GREGA - Zeus, o mito do signo de capricórnio

Zeus, o mito do signo de capricórnio

Zeus era filho do Titã Cronos e Réia. Cronos engolia os filhos ao nascer, e quando nasceu Zeus, temendo por seu destino, Réia o entregou a Gaia para criá-lo. A cabra Amaltéia se tornou a sua ama de leite e o instruiu que usasse sua pele indestrutível quando fosse enfrentar seu pai e levasse seus chifres que iriam alimentá-lo. Amaltéia se entregou à morte para dar a Zeus sua pele e seus chifres.

Quando cresceu, Zeus partiu levando consigo as instruções de Amaltéia. Deu a seu pai uma poção que o fêz vomitar todos os filhos engolidos. Assim Zeus fêz renascer seus irmãos e assumiu o poder se tornando o rei dos deuses, criador do mundo e soberano dos homens, criando uma nova hierarquia de deuses. Agradecidos pela lição de responsabilidade e generosidade de Amaltéia, os deuses a transformaram na constelação de capricórnio.

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Zeus representa a experiência da paternidade, o pai interior que incorpora nossos ideais espirituais, nossos códigos de ética e nossa auto-suficiência que nos faz sobreviver. É a nossa ambição que nos impulsiona e sugere a disciplina e antevisão que precisamos para atingir nossos objetivos. É o princípio paternalista dentro de cada um de nós que nos dá o auto-respeito, pois é exatamente esse aspecto da personalidade que nos faz saber escolher ou estabelecer um princípio para aceitar os desafios da vida.

Zeus era piedoso, protetor e complacente mas se tornava vingativo quando suas leis eram desafiadas. Assim Zeus mostra sua inflexibilidade e autoridade excessiva. Para se relacionar com esse pai interior, existente em todos nós, é necessário lidar com nosso potencial, com nossa capacidade de planejar e concretizar. Ser dominado pelo pai interior é ser inflexível, dominado por crenças que se transformam em arrogância.

Assim como Zeus, temos de abrir mão de certos preceitos ou normas para inaugurar novos padrões, caso contrário podemos sucumbir à tirania do mundo exterior. Mas também temos de nos ater aos princípios morais e éticos para não nos tornarmos meros joguetes do destino, ou colocar a culpa em outros pelos nossos fracassos. 

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MITOLOGIA GREGA - Hera, a deusa das deusas

Na mitologia grega Hera é a deusa dos deuses, regente do casamento. Retratada como majestosa e solene, muitas vezes coroada, Hera algumas vezes ostenta em sua mão uma romã, símbolo da fertilidade, sangue e morte, um substituto para as cápsulas da papoula de ópio. Argos Panoptes foi um dos seus fieis ajudantes e em recompensa, após sua morte, ela o transformou em um pavão que passou a ser relacionado a ela. Iris era sua fiel servente e mensageira.

Hera, a mais excelsa das deusas, é representada na Ilíada como orgulhosa, vaidosa, obstinada, ciumenta e rixosa. Possuía sete templos na Grécia e mostrava apenas seus olhos aos mortais, usando uma pena do seu pavão para marcar os locais que protegia. Como esposa de Zeus, Hera também tinha poder sobre os fenômenos celestes. Podia derramar chuvas benéficas ou desencadear tempestades. A união de Zeus e Hera era como um símbolo de toda a natureza. O calor, as chuvas e os raios do sol que penetravam no solo através do casal, fecundavam a Terra.

Presidia a casamentos e nascimentos e era representada como uma respeitável matrona, conduzindo um cetro ou coroa. Em Roma seu festival era chamado Matronália, onde era tratada como Juno. Sua figura era considerada maléfica e vingativa, e Hera não poupava seus inimigos e suas rivais. Hera teve quatro filhos, e nem mesmo com eles, Hera foi condescendente: 

  • Hefesto, a divindade do fogo e dos metais, foi considerado muito feio e desajeitado quando nasceu. Hera jogou-o do Monte Olimpo tornando Hefesto coxo. Mas Hefesto aprendeu um ofício e se tornou um hábil ferreiro. Casou com Afrodite, que tinha muitos amantes e seu principal rival era seu irmão Ares.
  • Ares, deus da guerra e da violência, tinha Éris como companheira de batalha - deusa da discórdia. Ares amava o calor da batalha e exultava em derrotar o inimigo. Sempre foi repelido pelos deuses pois estava sempre associado aos conflitos e guerras sangrentas, usando sua força bruta e sem refinamento. Era amante de Afrodite, a esposa de seu irmão Hefesto, com quem teve vários filhos, e também outras inúmeras amantes.
  • Hebe, a deusa da eterna juventude, servia néctar e ambrosia aos deuses. Casou-se com Héracles ou Hércules quando ele foi aceito no Olimpo.
  • Ilítia era a deusa responsável pelos partos e foi convencida por Hera a antecipar o parto da irmã de Alcmena, para evitar que Hercules fosse rei na Grécia.
  • Segundo as lendas, teria ainda gerado sozinha Tifão, um monstro terrível, que trazia o corpo coberto por escamas, cabeças de dragão entre os dedos, lançando fogo dos olhos
Hera e Zeus tiveram as núpcias no Jardim das Hespérides, em eterna primavera. Como legítima esposa de Zeus, Hera foi considerada protetora das esposas e do amor legítimo. A deusa era excessivamente ciumenta e sempre estava irritada com as infidelidades do marido, perseguindo suas amantes e filhos gerados com deusas e mortais.Hera possuía muitas rivais, entre elas, a bela Calisto. Por inveja da sua imensa beleza, que conquistara o seu marido, transformou-a numa ursa. Helena de Tróia, possuía a reputação de mulher mais bonita do mundo e isso despertava a inveja em Hera. Outra de suas rivais foi Io, transformada em uma vaca e perseguida por Hera em muitas partes da terra.

O único filho de Zeus que Hera não odiava era Hermes e sua mãe Maia, porque Hermes demonstrou grande habilidade e inteligência, tornando-se o mensageiro dos deuses. 
Hera também provocou a morte de Sêmele quando ela estava grávida de Dioniso e tentou impedir o nascimento dos gêmeos Apolo e Ártemis, filhos de Zeus e Leto. Para fugir da vigilância da esposa, Zeus se metamorfoseava em diferentes formas, como em touro, cisne, chuva de ouro ou no marido da mulher desejada, como fez para seduzir Alcmena, mãe de Hercules. Quando Zeus engravidou a mortal Alcmena, Ilitia predisse que o primeiro neto do pai da Alcmena ia se tornar o rei da Grécia. Alcmena e sua irmã estavam grávidas. Hera, com ciúmes de Zeus, pediu a Ilítia que causasse o parto da irmã antes de 9 meses e nasceu Euristeus que se tornou rei da Grécia, posto que era reservado para Hércules, filho de Alcmena.

Hera odiava sobretudo Hercules. Quando ele nasceu, para torná-lo imortal, Zeus pediu a Hermes que o levasse ao seio de Hera e o fizesse mamar. Ele sugou o leite divino com tanta força que feriu a deusa. Hera o afastou com violência mas o leite continuou a jorrar e as gotas formaram a Via Láctea. 


Hera tentou matar Hércules quando ele era apenas um bebê. Com sua tentativa frustrada de matá-lo ainda criança, Hera influenciou Euristeus, que o envolveu em muitas aventuras perigosas que ficaram conhecidas como "doze trabalhos". Mas Hércules destruiu seus sete templos e, antes de terminar sua vida mortal, aprisionou Hera em um jarro de barro que entregou a Zeus. Depois disso, ele foi aceito como deus do Olimpo. 

Tirésias também foi uma de suas vítimas. Certa vez, tendo sido chamado para resolver uma questão entre Hera e Zeus, enraivecida com as verdades do adivinho, Hera o cegou. Ixíon, rei dos Lápitas, tentou seduzir a deusa, mas acabou abraçando uma nuvem, que Zeus confeccionou à semelhança da esposa. Os Centauros nasceram dessa união. Para castigar Íxion, Zeus fez com que se alimentasse de ambrosia, o manjar da imortalidade, e o lançou-o no Tártaro, onde ficou girando eternamente numa roda de fogo.

Durante as núpcias de Peleu e Tétis, Éris – a Discórdia – convidada a não comparecer, jogou uma maçã de ouro para a mais bela das deusas. Nessa célebre disputa da mais bela deusa entre Hera, Atena e Afrodite, Zeus incumbiu Paris de decidir a disputa. As deusas tentaram subornar Paris, prometendo presentes em troca do voto: Hera ofereceu o governo do mundo; Atena, sabedoria. Afrodite ofereceu o amor da mais bela mulher, conseguindo ganhar o cobiçado título. Isso deu origem à famosa Guerra de Troia.

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O mito de Hera se consolidou numa época em que a Grécia passava a defender os princípios da monogamia e a adotava como regra, tornando necessário a personificação de uma divindade que defendesse esses princípios. Eles foram atribuídos a Hera, deusa-rainha, deusa-mãe, elevada à companheira de Zeus.

As lendas que envolvem Hera mostram o ciúme excessivo, o desejo de vingança para punir as traições do marido, a perseguição às amantes do marido infiel e, consequentemente, os filhos que resultaram das infidelidades. É a personificação humana que mais se aflora dentro de um deus e suas características essenciais são levadas ao seu mais extremado zelo, que defende a perpetuação do amor único e exclusivo entre os casais, o senso de justiça limitado ao lar, ao casamento, à família, e a tudo que possa corromper esse universo.

Hera é considerada o mais irritante dos mitos, porém é o mais humano deles. É a personificação da mais pura essência da alma humana na forma de amar dentro de uma relação consolidada pela sociedade, opondo-se aos amores clandestinos e dos amantes da madrugada. É a essência do matrimônio e suas prisões psicológicas, que são menores do que a visão de uma sociedade talhada pelos princípios da monogamia.

Todo simbolismo está contido no princípio do lar, da esposa perfeita, mantendo o equilíbrio do casamento através da fidelidade exigida e jamais alcançada; da mulher disposta à contendas conjugais com motivos para isso. Nos dias atuais, embora a mulher conquistado seu espaço, os casamentos não se modificaram tanto assim. Permanecemos em uma sociedade patriarcal e o casamento ainda é considerado uma instituição de procriação.

As mulheres continuam a sofrer violências domésticas e profissionais. A busca do tão almejado casamento por amor com satisfação sexual plena, é castrado pelas concepções obsoletas cristãs. Mas apesar de todas as limitações e deficiências do casamento, a mulher sente-se profundamente atraída por estabelecer e manter um relacionamento conjugal. Romanticamente todas sonham em compartilhar a tarefa de criar seus filhos e estabelecer uma unidade chamada família.

Toda Mulher-Hera sabe que o casamento é o caminho pela qual se chega à inteireza e plenitude. O arquétipo de Hera leva a mulher a estabelecer um pacto de lealdade e fidelidade com seu companheiro para sempre. Hera é a personificação do feminino maduro, que sabe o que quer e só sentirá completa através do sagrado matrimônio. Hera estabelece o arquétipo da relação homem-mulher numa sociedade patriarcal, como esposa e companheira ideal. Assim, é uma deusa do casamento, da maternidade e da fidelidade, além de ser a guardiã ciumenta do matrimônio e da hereditariedade.

No mito, a prole pequena concebida dentro do casamento e numerosa nas relações extraconjugais, tem em Ares - o deus da guerra, filho de Zeus e Hera, o simbolo dos conflitos conjugais como também das tensões que nascem no mundo entre homens e mulheres. Quando se desfaz de Hefesto, o filho desajeitado e Tifão, o filho monstro, simboliza a rejeição da procriação sem amor. As duas lendas personificam a preocupação dos gregos com as imperfeições genéticas.

Hera não personifica os mistérios da maternidade, ela personifica os mistérios da mulher dentro das relações afetivas ou conjugais. O arquétipo de Hera se manifesta nas mulheres quando desejam apenas duas coisas: igualdade e parceria. A esposa-Hera assume o trono ao lado do marido para compartilhar do seu poder. Hera é a representação mais pura de que: " Junto de um grande homem, há sempre, uma grande mulher... 

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MITOLOGIA GREGA - Apolo, deus da luz física e espiritual

Apolo, deus da luz física e espiritual
Apolo foi uma das principais divindades da mitologia greco-romana, e um dos principais deuses olímpicos. Filho de Zeus e da titanide Leto, irmão gêmeo de Ártemis, possuía muitos atributos e funções. Depois de Zeus, era o mais influente e venerado de todos os deuses da Antiguidade Clássica. Apolo teve um grande número de amores, masculinos e femininos, mortais e imortais, tendo sido rejeitado por alguns ou alguma tragédia interrompia o romance. 

Apolo era sinônimo de luz física e espiritual. Era tido como eternamente jovem e de beleza sem igual entre os Deuses. Apolo era o mais belo dos deuses, senhor das artes, música e medicina. Exímio arqueiro e com tantos predicados, Apolo acreditava que suas flechas fossem mais poderosas que as flechas do Cúpido, porém o Cúpido lhe advertiu, que as flechas de Apolo poderiam ferir, porém suas flechas tinham uma força poderosa. 

Para provar seu poder, o Cúpido disparou uma flecha de ouro no coração de Apolo e ele se tornou perdidamente apaixonado pela ninfa Dafne; mas no coração de Dafne o Cúpido disparou uma flecha de chumbo; isto fêz com que Dafne rejeitasse Apolo, embora ele sempre a perseguisse.

Dafne era filha do Deus Rio Peneu e pediu ao pai que a ajudasse a se livrar de Apolo. Atendendo ao pedido, Peneu transformou a filha em uma planta, o loureiro. Inconformado com a perda da amada, Apolo passou a usar uma coroa com as folhas de louro, que se tornou seu símbolo para sempre e passou a ser oferecida aos vencedores dos jogos.

Hermes era seu irmão, filho de Zeus e da ninfa Maia, uma das Pleiades. Hermes e Apolo disputaram o amor de Quione, por sua grande beleza. Temeroso que Apolo a ganhasse, Hermes tocou seus lábios de Quione com o caduceu, a fêz dormir e a possuiu. Não obstante, Apolo, disfarçado de uma velha, penetrou no quarto de Quione e a amou também. 

Dessas uniões, Quione concebeu Autólico, filho de Hermes; e Filamon, filho de Apolo. Porém Quione se sentiu mais bela que Ártemis, deusa da vida selvagem e da caça, e era írmã gêmea de Apolo. Injuriada, Ártemis a matou. O pai de Quione, tomado pela dor, jogou-se de um penhasco, mas Apolo o transformou em uma águia feroz.

Apolo gerou com Corônis o filho Asclépio, que se tornou um mestre na arte de curar e ressuscitar os mortos. Com isso, Asclépio ameaçava o poder soberano de Zeus, e causava insatisfação em outros deuses, pois os mortos nas guerras sempre retornavam, roubando os súditos de Hades. Por isso, Asclépio foi morto pelo raio de Zeus. Para vingar-se de Zeus, como não podia voltar-se contra seu pai, Apolo matou os Cíclopes, que haviam forjado os raios, e por isso foi castigado.

Apolo foi condenado a um ano de trabalhos forçados junto ao rei mortal Admeto. Sendo bem tratado pelo rei durante sua expiação, Apolo ajudou-o a obter Alceste e a ter uma vida mais longa a que o destino lhe reservara. Além disso, ensinava a música, a dança, as artes e ofícios, os jogos atléticos, a caça e a percepção da natureza e da própria beleza aos mortais. Os deuses vendo que Apolo tornava muito aprazível a vida dos mortais, resolveram levar Apolo novamente ao Olimpo.

Retornando, Apolo se apaixonou pela princesa troiana Cassandra e a presenteou com o dom da profecia. Mas Cassandra o repudiou e Apolo a puniu fazendo com que ninguém acreditasse nela, embora suas profecias se revelassem sempre verdadeiras posteriormente.

Hermes, seu irmão por parte de Zeus, roubou-lhe o gado. Apolo o acusou mas vendo Hermes tocar uma lira, ficou encantado e trocou o gado pela lira. Mais tarde Hermes inventou uma flauta, que Apolo também desejou para si, mas em troca Hermes exigiu que seu irmão lhe ensinasse a arte da profecia. Apolo concordou, e deu ainda para Hermes seu cajado de pastor, que se transformou no caduceu hermético.

Após esse episódio, Apolo se apegou ao jovem Jacinto, que o acompanhava em todas as atividades físicas, negligenciando suas flechas e liras por causa de Jacinto. Certa vez Apolo e Jacinto estavam a lançar discos, e Apolo lançou o primeiro com muita força e precisão, tipicamente de um deus. Jacinto correu para alcançar o disco. Porém, Zéfiro - o Vento Oeste - que fora rejeitado por Jacinto, soprou o disco em direção a Jacinto, que veio a atingir sua cabeça. 

Apolo correu para tentar ajudar seu amigo, mas percebeu que ele tinha morrido. Declarando seu amor a Jacinto, e inconformado com a perda, as musas sentiram pena de Apolo e fizeram que do sangue de Jacinto, surgisse uma bela flor, o Jacinto.

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MITOLOGIA GREGA - Atena

Atena


Atena, deusa da justiça, é filha de Zeus e de Métis, a deusa da Prudência, a primeira esposa de Zeus. Quando Métis estava ainda grávida, Zeus recebeu a previsão de que a criança poderia ser mais poderosa que o pai. Para impedir que a profecia se concretizasse, Zeus pediu à mulher para se transformar numa mosca. Sem perceber as intenções de Zeus, ela voa e pousa em suas mãos. Imediatamente, ele a aprisiona e a engole.

Métis estava grávida e a cabeça de Zeus crescia a cada dia, até que da cabeça de Zeus nasceu Atena, já adulta, e a profecia não se cumpriu. Dançando triunfante, Atena com suas armas soltou um grito de guerra. Mais tarde tornou-se a filha favorita de Zeus despertando ciúme nos outros deuses.

A inclinação guerreira de Atena foi reconhecida a partir de seu nascimento e era diferente de Ares, o deus da guerra. Atena cultivava seus altos princípios e ponderação sobre a necessidade de lutar para preservar e manter a verdade. Era estrategista e equilibrava a força bruta de Ares com sua lógica, diplomacia e sagacidade. Ela oferecia aos heróis as armas que deveriam ser usadas com inteligência, maestria e planejamento.

Atena era uma exceção no Olimpo conservando sua castidade. Ela ensinou aos homens a doma de cavalos e às mulheres a arte de bordar, além das coisas práticas da vida e da arte em geral. Atena era uma deusa civilizada e ao mesmo tempo uma guerreira que protegia e preservava a pacifica civilização.

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Atena, a deusa da justiça, é a imagem do julgamento reflexivo e da racionalização, o que diferencia o homem do animal. Eles consideravam que por ela não ter nascido de uma mãe, ela estaria livre para julgar com imparcialidade todos os aspectos de uma situação. Sua castidade representa além da pureza, o seu caráter reflexivo que jamais se deixava influenciar pelo desejo humano e pessoal.

Seu desejo de lutar por princípios ao invés das paixões, vem da capacidade de fazer escolhas refletidas mantendo sob controle os instintos. Ela congrega a força, a justiça, a temperança e a reflexão, quatro aspectos necessários e que contribuem para a formação do ego. Essas faculdades nos permitem enfrentar os desafios da vida com base estável e verdadeira.
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MITOLOGIA GREGA - Lenda de Pã

Lenda de Pã

Pã, antiga divindade, era o guardião dos rebanhos e tinha por missão fazê-los multiplicar. Deus dos bosques e dos pastos, protetor dos pastores, veio ao mundo com chifres e pernas de bode. Filho de Dríope, uma das Plêiades, e de Hermes, o mensageiro dos deuses, sendo considerado o deus intermediário, era natural que estabelecesse a transição entre os deuses de forma humana e os de forma animal.

Contudo Pã foi abandonado por sua mãe no nascimento, assustadíssima com sua esquisita conformação, com pés de bode e chifres na testa e barba espessa. Quando Hermes levou o filho ao templo, todos do Olimpo ridicularizaram a criança. Em vista disto, Hermes pediu que a criança nunca o chamasse de pai.

Era temido por todos aqueles que necessitavam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia provocava pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que eram atribuídos a Pã; daí o nome pânico. Os latinos chamavam-no também de Fauno e Silvano.

As ninfas zombavam incessantemente de Pã em virtude do seu rosto repulsivo, ele tomou a decisão de nunca amar. Porém um dia desejando lutar corpo a corpo com Eros, foi vencido e abatido diante das ninfas que riam. Percorrendo os bosques encontrou a ninfa Syrinx que jamais quisera receber homenagens das divindades e só tinha uma paixão: a caça. Aproximou-se dela e, como nos costumes campestres, lhe cortejou. Porém Syrinx, pouco sensível às declarações de amor saiu correndo e vendo-se detida, rogou ajuda às suas irmãs ninfas.

Quando Pã quis abraçá-la, ela foi transformada em caniços. Suspirando sobre os caniços agitados, Pã ouviu um som e criou a flauta syrinx. O Cupido lhe anunciou que os sons amorosos da flauta atrairia, apesar de sua aparência grotesta, as belezas que o desdenhavam. Com efeito, em breve, os melodiosos acordes fatrairam de toda parte as ninfas que vinham dançar em volta do deus chifrudo. A ninfa Pítis mostrava-se tão enternecida, que Pã renascia com a esperança, crendo que o seu talento faria com que fosse esquecido o rosto.

Sempre tocando a flauta de sete tubos, começou a procurar lugares solitários e percebeu, finalmente, um rochedo escarpado no alto do qual resolveu sentar-se. Pítis segue-o e para melhor ouvi-lo, aproxima-se cada vez mais. Pã vendo-a tão perto, julga o momento oportuno para lhe falar. Pítis era amada por Bóreas, o terrível vento do norte, que naquele instante soprava com grande violência. Vendo a amada, teve um acesso de ciúme e não se contendo, soprou com tal impetuosidade que a ninfa caiu no precipício. Imediatamente o corpo de Pitis foi transformado em pinheiro. Pitis em grego significa pinheiro, consagrada a Pã. Por esse mesmo motivo, nas representações figuradas, a cabeça de Pã está coroada de ramos de pinheiro.

Mas o destino de Pã era amar sem que nunca conseguir se unir à criatura amada. Continuando a fazer música na montanha, ouviu no fundo do vale uma terna voz que parecia repetir-lhe os acordes. Era a voz da ninfa Eco, filha do Ar e da Terra. Embora a seguisse e ela respondesse, ele nunca conseguia alcança-la. Assim Pã residia em grutas e vagava pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas, trazendo sempre consigo uma flauta.

Pã estava com outros deuses e surgiu Tífon, inimigo dos deuses. O medo transformou cada um dos deuses em animais e Pã assustado, mergulhou num rio e disfarçou assim metade de seu corpo, sobrando apenas a cabeça e a parte superior do corpo, que se assemelhava a uma cabra. Zeus considerou uma estratégia muito esperta e, como homenagem, transformou Pã na constelação de Capricórnio.

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MITOLOGIA GREGA - Narciso, a paixão por si mesmo

Narciso, a paixão por si mesmo
Narciso, um jovem de extrema beleza, era filho do deus-rio Cephisus e da ninfa Liriope. No entanto, apesar de atrair e despertar cobiça nas ninfas e donzelas, Narciso preferia viver só, pois não havia encontrado ninguém que julgasse merecer seu amor. E foi o seu desprezo pelos outros que o derrotou.

Quando Narciso nasceu, sua mãe consultou o adivinho Tirésias 
que lhe predisse que Narciso viveria muitos anos desde que nunca conhecesse a si mesmo. Narciso cresceu tornando-se cada vez mais belo e todas as moças e ninfas queriam seu amor, mas ele desprezava a todas. Certo dia, enquanto Narciso descansava sob as sombras do bosque, a ninfa Eco se apaixonou por ele. Porém tendo-a rejeitado, as ninfas jogaram-lhe uma maldição: - Que Narciso ame com a mesma intensidade, sem poder possuir apessoa amada. Nêmesis, a divindade punidora, escutou e atendeu ao pedido. 

Naquela região havia uma fonte límpida de águas cristalinas da qual ninguém havia se aproximado. Ao se inclinar para 
beber água da fonte, Narciso viu sua própria imagem refletida e encantou-se com sua visão. Fascinado, Narciso ficou a contemplar o lindo rosto, com aqueles belos olhos e a beleza dos lábios, apaixonou-se pela imagem sem saber que era a sua própria imagem refletida no espelho das águas.Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água mas inutilmente; não conseguia reter com um abraço aquele ser encantador. Esgotado, Narciso deitou na relva e aos poucos seu corpo foi desaparecendo. No seu lugar, surgiu uma flor amarela com pétalas brancas no centro que passou a se chamar, Narciso.

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Na cultura grega e em muitas outras, tudo o que excedia e estivesse acima dos limites e da medida (métron) acabava se 
transformando em algo assustador porque poderia levar à hybris, que é descomendimento e desequilibrio. O excesso de beleza não era bem aceito pois somente aos deuses era permitido o exagero, e a excessiva beleza de Narciso desafiava a supremacia dos deuses.

O mito de narciso parece uma triste história infantil para ensinar às crianças a não 
serem egoistas, que pensem nos outros, que não sejam presunçosas, porém encerra uma verdade profunda e atual. Osmitos não são tolos, e por mais que tentássemos dizer que sabemos a moral da história, o mito de Narciso está presente em todos nós.Narciso foi transformado numa flor e a ela são creditadas propriedades entorpecentes devido a substâncias químicas que exalam. Os Narcisos plantados nos tumulos simbolizavam a morte apenas como um sono, que floresceria na primavera. O narcisismo, que tem o seu nome derivado de Narciso, ambos derivam da palavra grega narke, entorpecido, de onde também vem a palavra narcótico. Assim, para os gregos, Narciso simbolizava a vaidade e a insensibilidade, pois Narciso era emocionalmente entorpecido às solicitações daqueles que se apaixonaram pela sua beleza. 

O mito de Narciso leva ao tema da transitoriedade da beleza e dos laços que unem o narcisismo à inveja e à morte. O 
dilema do narcisismo é resumido naquele que está condenado a permanecer prisioneiro do mundo das sombras, do seu amor por si mesmo ou libertar-se através do autoconhecimento e da capacidade de conhecer os outros, mas o preço é a morte simbólica do ego, para que possa nascer novamente para um novo Eu superior, profundo e sagrado, que em si oculta.
Narciso morre porque olha só para si mesmo, esse é o perigo de quem dedica toda vida a satisfazer necessidades que não atendem ao verdadeiro anseio humano de se realizar. Eco morre porque só olha narciso, esse é o perigo de projetar no outro a nossa razão de viver. Narciso simboliza a capacidade de olharmos para nós mesmos; Eco simboliza a capacidade de olhar o outro. É o olhar em si que encontra o outro; é o olhar no outro que encontra a si mesmo.

Embora o 
narcisista pense apenas em si, nunca poderá conhecer a si mesmo se não tiver uma posição exterior para se ver como realmente é. Narciso é incapaz de ver o efeito que provoca nos outros; sabe que atrai aduladores e admiradores e Eco transforma-se no espelho do negligente Narciso. Ele se julga intocável; ela alimenta o desejo de estar em seus braços.Eco é a repetição das ideias conhecidas sempre hostil ao novo. Ao se apaixonar por Narciso, Eco repetiu... repetiu... e foi perdendo força, impedida de viver e amar. Eco se refugiou nas grutas, assim como a mente que teima em repetir perdendo quotas do que é novo em suas vidas. O presente é a única instância onde a vida se processa; o futuro ainda não existe e o passado é repetição, um eco. O presente é a medida do novo e trazer Eco para o presente é fazê-lo mais velho, embora ainda pareça novo.Com seu egoismo implacável, Narciso pensa só em sí próprio e Eco só pensa em Narciso, então sua autoestima permanece frágil até a morte. Ele não se identifica com os outros e assim transforma as vozes na sua propria voz; ela não tem voz própria, está condenada à repetição da imitação. Enquanto ela agarra-se ao objeto amado, ele mantem-se à distancia. Tirésias sabia que para sobrevivermos temos de superar o narcisismo, pois temos de aceitar que somos transitórios e mortais, e só assim seremos capazes de nos transformar, nossa auto estima estará segura e teremos a beleza interior.Quando Narciso vê o próprio reflexo, nos remete a "reflectere", de "re" novamente e "flectere" curvar-se, ou seja, um retorno que se faz curvando para o passado. Reflexão não é apenas um ato de pensar, mas é uma atitude de deter-se para procurar lembrar-se de algo que já foi visto antes e confrontar com o presente. Reflexos e sombras nos espelham de alguma maneira. Alguns povos ainda hoje não admitem que sua imagem seja refletida em água, espelho e fotografia; diz-se que a alma poderia ficar retida no reflexo permanecendo disponível às forças do mal. 

A sombra representa o que não conhecemos de nós mesmos mas que podemos ainda conhecer, tal como as nossas 
potencialidades que ainda não desenvolvemos. Também faz parte da nossa sombra o que mais detestamos em nós mesmos, e por isso tentamos esquecer ou reprimir de alguma forma. Para negar o que não gostamos em nós mesmos, projetamos nos outros. Quando refletimos no Narciso que vive em nós, nos confrontamos com algo sombrio, o medo da sombra, do diferente, do desconhecido, do que nos incomoda e que não queremos ver no outro. 

Nos sentimos mais confortáveis quando somos admirados e reconhecidos, e precisamos disso para saber o nosso valor, 
de que somos importantes para alguém. Assim continuamos procurando e nos apaixonando por nossos reflexos, por nossos semelhantes e iguais, enquanto tentamos afastar todos aqueles que que não tem a nossa cor, os nossos costumes, nossa raça, nosso nivel cultural ou poder economico, e convicções politicas e religiosas. E enquanto vamos em busca dos nossos reflexos, ampliamos mais nossa sombra, entorpecemos nossos sentidos.
Para evoluir temos de refletir, aprendendo a lidar com as diferenças e conflitos. Como num espelho, ao interargimos com o outro nos colocamos no lugar dele, sem perder nossa referencia. E o que mais nos fascina é a nossa imagem irreal, aquela que fazemos de nós mesmos. A pessoa fascinada parece estar em transe; o narcisista quer congelar a juventude e exorcizar a velhice. Idolatra o prazer e vive no espirito do encanto e da sedução.

O mito de Narciso pode servir de 
metáfora para muitos de nós, quando não conseguimos nos olhar com imparcialidade, e o nosso trabalho interior se torna um meio de projetar a vaidade humana na cantiga do eu sozinho: eu faço, eu sou, eu quero, eu posso. Narciso morreu embriagado pela própria beleza e encantamento, e os deuses o transformaram numa flor. A lição do mito é que o conhecimento só vinga se houver autoconhecimento, de potencialidades ou limitações, compartilhando o que sabe, eliminando vaidades que impede de aproveitar talentos e somá-los ao conhecimento dos demais. E assim escrever uma história de vida que reflita valores éticos, morais espirituais.

O conhecimento mal direcionado só 
alimenta o individualismo e a necessidade da ribalta. Quando nos deixamos levar pela excessiva vaidade e orgulho, tornamo-nos refens de nossa auto imagem. Magnetizado por ela, passamos a usar nossa luz de forma mesquinha e presos nessa miragem, perdemos a capacidade de irradiar nossa luz, afastando-nos da essencia, entusiasmamos pelo palco, pelo aplauso e pelo falso elogio. Somente a dura lição de cronos, o tempo, mostra-nos a verdade, muitas vezes, tardiamente.Se Narciso se encontra com outro Narciso e um deles finge que ao outro admira, para sentir-se admirado, o outro pela mesma razão finge também e ambos acreditam na mentira. Para Narciso o olhar do outro, a voz do outro, o corpo é sempre o espelho em que ele a própria imagem mira. E se o outro é como ele outro Narciso, é espelho contra espelho: o olhar que mira reflete o que o admira num jogo multiplicado em que a mentira de Narciso a Narciso inventa o paraíso. 

E se amam mentindo no fingimento que é necessidade e assim mais verdadeiro que a verdade. Mas exige o amor fingido, 
ser sincero o amor que como ele é fingimento. E fingem mais os dois com o mesmo esmero com mais e mais cuidado - e a mentira se torna desespero. Assim amam-se agora se odiando. O espelho embaçado, já que Narciso em Narciso não se mira: se torturam, se ferem, não se largam, que o inferno de Narciso, é ver que o admiravam de mentira...

http://eventosmitologiagrega.blogspot.com.br/2011/03/narciso-paixao-por-si-mesmo.html