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terça-feira, 22 de agosto de 2017

DICAS... Mofo nas roupas: receitas caseiras para acabar com o problema

Mofo nas roupas: receitas caseiras para acabar com o problema

Manchas de mofo ou bolor podem parecer impossíveis de resolver. Aposte nestas receitas tradicionais para salvar suas roupas

Com as estações frias do ano se aproximando, chega a hora de tirar as roupas de frio do armário. O problema é que roupas guardadas por muito tempo, principalmente as de tecido mais pesados, constantemente saem do armário com aquele cheirinho desagradável de mofo e, às vezes, até manchas de bolor.
Algumas manchas de bolor mais complicadas podem ser tão difíceis de resolver que dá vontade de desistir e jogar fora. Mas calma: não será preciso ser um especialista para conseguir. Existem várias receitas caseiras eficazes e baratas que prometem devolver toda a vivacidade das roupas para que você se vista tranquilamente neste inverno ou em qualquer estação.
Como todo problema a ser resolvido, para acabar com o mofo nas roupas é preciso primeiro saber qual é a causa. Há alguns aspectos que favorecem o surgimento do mofo e cada um deles pode ser solucionado de um modo diferente: local onde você mora, a umidade relativa do ar, a estação do ano, o tipo de armário, o local da casa onde o armário está, a maneira como você guarda as roupas, entre vários outros motivos.
O mofo se desenvolve em um ambiente que também é propício para ácaros e esses dois costumam andar juntos. Por isso, além de deixar a roupa com cheiro ruim, ele também é a causa de alergias dermatológicas e respiratórias. Mais do que um problema estético, o mofo deve ser combatido visando a sua saúde e a da sua família.
Vamos ver algumas das melhores dicas que prometem acabar com o mofo nas roupas e que também evitam que ele volte:

1. Água sanitária

A solução mais antiga e ainda uma das mais usadas é a água sanitária. Uma arma poderosa contra o mofo e as manchas nas roupas. Você pode utilizar de formas diferentes, dependendo do tipo de mancha ou do tecido. Confira duas receitas, mas atenção: a água sanitária pode desbotar as roupas, por isso, é indicado testar em um pedacinho bem pequeno da peça.

Imagem: Dicas de Mulher
Água sanitária + água: Para tecidos brancos mais resistentes, deixar as roupas de molho na água sanitária diluída em água por alguns minutos. Use a medida de 100 ml a cada 5 litros de água. Deixe de molho por cerca de 15 minutos e depois lave normalmente.
Água sanitária + açúcar: Para cada litro de água sanitária, adicionar uma xícara de açúcar. Isso mesmo, a água sanitária ataca o açúcar, evitando que os tecidos menos resistentes sejam danificados. Deixe a roupa de molho nessa solução por cerca de meia hora ou até a mancha desaparecer. Veja o vídeo para entender a receita em detalhes:

2. Vinagre

O vinagre é muito eficaz para tirar o cheiro e as manchas mais fortes de mofo, sem o risco de danificar os tecidos. Também é excelente para a limpeza de sapatos ou bolsas de couro que foram atingidas pelo bolor.


Imagem: Dicas de Mulher
Vinagre puro: Com um pano limpo e úmido, aplique vinagre de álcool branco sobre a mancha e esfregue aos poucos. Deixe secar bem (à sombra) e depois lave normalmente.
Vinagre + água: Você também pode deixar as peças de molho em água e vinagre por aproximadamente 20 minutos e as manchas sairão sozinhas. Essa é uma boa opção para peças de lã. Após o processo, lave a roupa como de costume
Vinagre para couro: Para peças de couro, botas, casacos ou bolsas, limpe o mofo da parte externa com um pano embebido em vinagre. Após a limpeza, retire o excesso de vinagre com pano úmido limpo, deixe secar bem e depois hidrate com óleo de vaselina ou de amêndoas.

3. Leite fervido

Leite fervido é indicado para retirar manchas de mofo de roupas mais sensíveis, coloridas, de seda ou sintéticas. Ele tem o poder de desprender a mancha facilmente sem grandes riscos para o tecido.

Imagem: Dicas de Mulher
Passo a passo: Despeje o leite fervido em cima da mancha e espere clarear. Depois, lave a roupa normalmente.

4. Bicarbonato de sódio

Para resolver manchas mais resistentes em roupas guardadas há muito tempo, uma boa opção é o bicarbonato de sódio. Misturado à água, ele tem o poder de soltar as manchas do tecido sem deixar danos ou manchas.
Passo a passo: Adicione cerca de uma colher de chá de bicarbonato de sódio para cada litro de água e ferva a roupa nesta solução. Depois, lave a peça como de costume.

5. Sol

Para quem tem a sorte de poder pendurar as roupas ao sol, essa é a dica mais importante e simples. O sol é uma ferramenta poderosa contra mofo e ácaros. Um banho de sol pode ser a maneira mais simples de retirar o cheiro roupas, cobertores e edredons.
Passo a passo: Para roupas apenas com aquele cheirinho desagradável de mofo, coloque-as para tomar um longo banho de sol, lembrando de pendurar roupas coloridas do lado avesso. Isso já deve ser suficiente para o odor desaparecer.

6. Suco de limão

Indicado para roupas brancas e coloridas, o limão pode ser um alvejante natural e também serve, portanto, para retirar manchas de mofo.

Imagem: Dicas de Mulher
Passo a passo: Derrame um pouco de suco de limão sobre as manchas e deixe no sol por algumas horas para agir. Você também pode misturar o suco de limão com sal para potencializar a mistura. Após o processo, lave a roupa normalmente.
É importante destacar que quanto mais antiga a mancha, mais difícil de resolver e pode ser preciso mais tempo ou outros cuidados. Não esqueça de testar qualquer receita caseira em um pedacinho do tecido antes de continuar o processo.

Como evitar que suas roupas mofem


Foto: iStock
Melhor do que remediar é prevenir. Para que você não precise se preocupar em ter que limpar manchas nas roupas, algumas medidas podem ser tomadas para evitar ou ao menos atrasar a proliferação do mofo nas roupas, calçados e dentro do armário. Vale a pena investir nessas dicas simples e evitar mais trabalho no futuro:
  • O sol será o seu maior aliado contra o mofo nas roupas. Sempre que puder coloque as roupas mais pesadas para pegar um solzinho. Principalmente as peças de couro, bolsas, sapatos, casacos e cobertores.
  • Nunca guarde roupas usadas ou úmidas dentro do armário. Qualquer pequena sujeira ou suor pode se transformar em uma mancha de mofo quando a peça é guardada por muito tempo. Apenas deixe no armário roupas totalmente limpas e livres de qualquer sujeirinha.
  • Guarde os sapatos em sacolas plásticas ou de TNT, principalmente os de couro.
  • Roupas que ficam guardadas por muito tempo, principalmente as de inverno, devem ser armazenadas em um saco plástico, evitando a entrada de ar. Após a temporada de frio, lave cobertores, edredons e casacos mais pesados, seque-os bem ao sol e depois guarde em sacos plásticos resistentes e bem fechados.
  • Mantenha o armário sempre bem arejado. Em dias mais claros e quentes, deixe as portas abertas por algumas horas.
  • Se o armário também mofou, retire as roupas e limpe todo o interior, incluindo gavetas e prateleiras, com vinagre branco. Além de atacar o mofo, o vinagre também evita que ele volte.
  • Desumidificadores, vendidos em supermercados, absorvem a umidade do ar evitando o acúmulo de mofo e mau cheiro nas roupas. São bastante eficazes e, dependendo da umidade relativa do local, duram de 5 a 15 dias aproximadamente. Também existe a versão eletrônica que consegue resultados mais duradouros.
Suas roupas favoritas não precisam mais sofrer com o mofo. Seguindo nossas dicas de como retirar as manchas e também evitar que elas voltem, essa preocupação vai ficar longe ou, pelo menos, demorar para voltar! 😉
https/www.dicasdemulher.com.br/como-tirar-mofo-de-roupa/

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

DICAS... Remova a Gordura nas Roupas Com Este 11 Métodos Eficientes

Remova a Gordura nas Roupas Com Este 11 Métodos Eficientes


Manchas de gordura na roupa pode ser notoriamente difícil de remover, mas felizmente, há vários métodos maravilhosos que podem ser usados para remover essas manchas indesejáveis. Confira abaixo 11 métodos fáceis, práticos e eficientes!

1. Detergente e água quente

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Instruções:

1. Cubra a mancha de gordura com detergente. Esfregue ligeiramente e deixe agir por alguns minutos.

2. Remova as manchas de gordura com água quente. Se você tiver uma lavadora de alta pressão, use-a. Caso contrário, coloque a mancha sob um chuveiro por cerca de 20 segundos.

3. Limpar as manchas de gordura com uma toalha de papel. Você pode fazer uma pressão ligeiramente no local afetado para limpar. Não esfregue, pois isso vai ajudar a espalhar ainda mais a gordura.

4. Se a mancha de gordura ainda estiver presente, repita o passo 1, esfregue com uma escova, adicione removedor de manchas e, em seguida, coloque na máquina de lavar.

2. Bicarbonato de sódio e água

Instruções:

1. Crie uma pasta usando bicarbonato de sódio e água. Aplicar à mancha e deixar essa mistura descansar até que esteja inteiramente seca.

2. Use um pincel para remover a pasta de sua roupa. Verifique se a gordura foi removida. Caso contrário, avance para o passo 3.

3. Utilize detergente na mancha, e, em seguida, mergulhe o local afetado em água morna por 20 minutos. Uma vez que a mancha se foi, seque sua roupa normalmente.

3. Xampu

Instruções:

1. Derrame um pouco de xampu sobre as manchas de gordura e, em seguida, use um pano macio para esfregar suavemente a parte afetada.

2. Deixe agir por 15 minutos e depois lave normalmente.

3. Deixe a roupa secar naturalmente.



4. Giz



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Instruções:

1. Raspe um pouco de pó de giz sobre a mancha de gordura e deixe agir por 15 minutos.

2. Enxágue a sujeira de giz. Se a mancha ainda estiver visível, lave com água fria na máquina de lavar.​

5. Aloe Vera Gel

Instruções:

1. Molhe suas roupas com água fria e, em seguida, aplique o aloe vera gel 100% nas manchas de gordura.

2. Esfregue o gel por alguns minutos e depois lave com água fria.

6. Talco

Instruções:

1. Coloque um papel toalha sobre a mancha para retirar o excesso de gordura.

2. Em seguida, pulverize um pouco de talco na parte que ainda insiste em ficar suja. Se você não tiver talco em pó, considere o uso de amido de milho e sal.

3. Remova o talco da mancha usando outro papel toalha.

4. Adicione uma pequena quantidade de detergente e água à mancha. Quando o detergente espumar, use uma escova de dentes velha para esfregar a mancha em movimentos circulares. Isso deve ser feito de ambos os lados da roupa.


5. Lave as roupas com sabão em pó normalmente. Deixe secar ao ar, pois a secagem em uma secadora pode causar manchas prolongadas de gordura na sua roupa.


7. Sal e álcool

Instruções:

1. Misture um pouco de sal com álcool (proporção 1: 3) e, em seguida, despeje esta mistura sobre a mancha de gordura.

2. Deixe a solução agir por cerca de 15 minutos.

3. Lave suas roupas normalmente.


8. Coca-Cola
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Instruções:

1. Despeje coca-cola sobre a mancha e deixe agir por cerca de 2 horas.

2. Lave a sua roupa na máquina de lavar roupas e deixe-a secar naturalmente.


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10. Limpador multiuso

Instruções:

1. Despeje um pouco de limpador multiuso sobre a mancha de gordura e deixe agir por 30 minutos.

2. Lave as suas roupas na máquina de lavar roupa com água fria.

3. Se você está tentando remover a gordura de várias roupas, basta adicionar um pouco de limpador multiuso juntamente com o sabão em pó.

11. Amido de milho e vinagre


Instruções:

1. Pulverize amido de milho sobre as manchas e deixe agir por 30 minutos. Em seguida, passe uma escova e retire o pó restante.

2. Embebeda um pano de microfibra com vinagre, e esfregue ligeiramente as manchas de gordura até que tenham desaparecido.

3. Deixe secar naturalmente.


Fonte: vkool


Fotos: depositphotos


http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid957
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domingo, 20 de agosto de 2017

POETISA CORA CORALINA - Coração é Terra que Ninguém Vê



Coração é Terra que Ninguém Vê 

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri. 


Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei. 


Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão 


Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...


https://www.pensador.com/poemas_de_cora_coralina/

QUEM FOI CORA CORALINA


QUEM FOI CORA CORALINA


Cora Coralina, pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais), quando já tinha quase 76 anos de idade.
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

BIOGRAFIA

Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, adotou o pseudônimo de Cora Coralina, era filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de dona Jacyntha Luiza do Couto Brandão. Ela nasceu e foi criada às margens do Rio Vermelho. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa (Goiás). Começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos, publicando-os posteriormente nos jornais da cidade de Goiânia, e nos jornais de outras cidades, como constitui exemplo o semanário “Folha do Sul” da cidade goiana de Bela Vista e nos periódicos de outros rincões, assim como a revista A Informação Goiana do Rio de Janeiro, que começou a ser editada a 15 de julho de 1917. Apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com a Mestra Silvina (Mestre-Escola Silvina Ermelinda Xavier de Brito (1835 – 1920)). Conforme Assis Brasil, na sua antologia “A Poesia Goiana no Século XX” (Rio de Janeiro: IMAGO Editora, 1997, página 66), “a mais recuada indicação que se tem de sua vida literária data de 1907, através do semanário ‘A Rosa’, dirigido por ela própria e mais Leodegária de Jesus, Rosa Godinho e Alice Santana.” Todavia, constam trabalhos seus nos periódicos goianos antes dessa data. É o caso da crônica “A Tua Volta”, dedicada ‘Ao Luiz do Couto, o querido poeta gentil das mulheres goianas’, estampada no referido semanário “Folha do Sul”, da cidade de Bela Vista, ano 2, n. 64, p. 1, 10 de maio de 1906. No jornal Tribuna Espírita – Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1905.
Ao tempo em que publica essa crônica, ou um pouco antes, Cora Coralina começa a frequentar as tertúlias do “Clube Literário Goiano”, situado em um dos salões do sobrado de dona Virgínia da Luz Vieira. Que lhe inspira o poema evocativo “Velho Sobrado”. Quando começa então a redigir para o jornal literário “A Rosa” (1907). Publicou, nessa fase, em 1910, o conto Tragédia na Roça.
Em 1911, foi para o estado de São Paulo com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, que exercia o cargo de Chefe de Polícia, equivalente ao de secretário da Segurança, do governo do presidente Urbano Coelho de Gouvêa – 1909 – 1912, onde viveu durante 45 anos, inicialmente no município de Jaboticabal onde nasceram seus seis filhos: Paraguaçu, Eneas, Cantídio, Jacyntha, Ísis e Vicência. Ísis e Eneas morreram logo depois de nascer. Em (1924), mudou para São Paulo. Ao chegar à capital, teve de permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade.
Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a Praça do Patriarca. Seu filho Cantídio participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente, mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, cidade que atualmente, mantém uma casa da cultura com seu nome, em homenagem. Em 1956, retorna a Goiás.
Ao completar 50 anos, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como “a perda do medo”. Nessa fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás.
Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD. Cora Coralina faleceu em Goiânia, de pneumonia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.

Primeiros passos literários

Os elementos folclóricos que faziam parte do cotidiano de Ana serviram de inspiração para que aquela frágil mulher se tornasse a dona de uma voz inigualável e sua poesia atingisse um nível de qualidade literária jamais alcançado até aí por nenhum outro poeta do Centro-Oeste brasileiro.
Senhora de poderosas palavras, Ana escrevia com simplicidade e seu desconhecimento acerca das regras da gramática contribuiu para que sua produção artística priorizasse a mensagem ao invés da forma. Preocupada em entender o mundo no qual estava inserida, e ainda compreender o real papel que deveria representar, Ana parte em busca de respostas no seu cotidiano, vivendo cada minuto na complexa atmosfera da Cidade de Goiás, que permitiu a ela a descoberta de como a simplicidade pode ser o melhor caminho para atingir a mais alta riqueza de espírito.

Divulgação nacional

Foi ao ter a segunda edição (1978) de Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, composta e impressa pelas Oficinas Gráficas da Universidade Federal de Goiás, com capa (retratando um dos becos da cidade de Goiás) e ilustrações elaboradas pela consagrada artista Maria Guilhermina, orelha de J.B. Martins Ramos, e prefácio de Oswaldino Marques, saudada por Carlos Drummond de Andrade no Jornal do Brasil, a 27 de dezembro de 1980, que Aninha, já conhecida como Cora Coralina, ganhou a atenção e passou a ser admirada por todo o Brasil. “Não estou fazendo comercial de editora, em época de festas. A obra foi publicada pela Universidade Federal de Goiás. Se há livros comovedores, este é um deles.” Manifesta-se, ao ensejo, o vate Drummond.
A primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais, seu primeiro livro, foi publicado pela Editora José Olympio em 1965, quando a poetisa já contabilizava 75 anos. Reúne os poemas que consagraram o estilo da autora e a transformaram em uma das maiores poetisas de Língua Portuguesa do século XX. Já a segunda edição, repetindo, saiu em 1978 pela imprensa da UFG. E a terceira, em 1980. Desta vez, pela recém implantada editora da UFG, dentro da Coleção Documentos Goianos.
Onze anos depois da primeira edição de Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais, compôs, em 1976, Meu Livro de Cordel. Finalmente, em 1983 lançouVintém de Cobre – Meias Confissões de Aninha (Ed. Global).
Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG (1983). E, logo depois, no mesmo ano, foi eleita intelectual do ano e contemplada com o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores. Dois anos mais tarde, veio a falecer. A 31 de janeiro de 1999, a sua principal obra, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, foi aclamada através de um seleto júri organizado pelo jornal O Popular, de Goiânia, uma das 20 obras mais importantes do século XX. Enfim, Cora torna-se autora canônica.
CRONOLOGIA VIDA E OBRA DE CORA CORALINA
1889 – Nasce Ana Lins do Guimarães Peixoto Bretas (Cora Coralina), na cidade de Goiás, em 20 de agosto. Filha de Jacinta Luíza do Couto Brandão Peixoto e do Desembargador Francisco de Paula Lins do Guimarães.
1900 – Impedida de frequentar regularmente a escola, descobre a literatura lendo os almanaques encontrados em sua casa e começa a escrever seus primeiros versos.
1905 – Passa a frequentar os saraus literários realizados na residência de um advogado da cidade, em que, sem revelar o nome do autor, lê publicamente seus poemas.
1907 – Tem pela primeira vez seus poemas publicados no jornal O Paiz. Trabalha como redatora do jornal A Rosa.
1910 – Publica seus primeiros poemas no jornal O Paiz e pela primeira vez utiliza pseudônimo Cora Coralina, que adota em toda sua carreira literária. Publica o seu primeiro conto “Tragédia na Roça” no Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do Estado de Goiás .
1911 – Grávida, sai da cidade com Cantídio Tolentino de Figueiredo Brêtas, que havia sido designado delegado de polícia da Vila de Goiás nesse ano.
1912 – Instalam-se na cidade de Jaboticabal, interior de São Paulo.
1914 – Colabora no Jornal O Democrata, em que seu marido trabalha como redator. Em seus artigos faz reivindicações em favor dos pobres e idosos da cidade. Defende a criação da Escola de Agronomia de Jaboticabal.
1921 – Publica no jornal O Estado de S. Paulo o artigo “Idéias e Comemorações“, elogiado pelo escritor Monteiro Lobato (1882 – 1948).
1923 – O casal adquire uma chácara onde a poeta passa a cultivar e comercializar flores. Colabora no jornal A Informação Goiana.
1925 – Viaja com o marido para São Paulo e oficializam o casamento. Em lua-de-mel, vão para o Rio de Janeiro.
1926 – Muda-se com a família para São Paulo.
1932 – Apóia a Revolução Constitucionalista e colabora no jornal O Estado de S. Paulo.
1934 – Morre seu marido e para sustentar a família abre uma pensão.
1936 – Conhece o editor José Olympio (1902 – 1990) e passa a vender os livros da sua editora.
1937 – Muda-se para Penápolis, São Paulo, onde abre uma casa de retalhos e colabora no jornal O Penapolense.
1940 – Instala-se em Andradina, São Paulo, e inaugura uma casa de tecidos. Adquire uma chácara na vila Alfredo de Castilho e se torna lavradora. Pouco tempo depois adquire dois novos sítios, no primeiro passa a produzir algodão e o segundo destina ao aluguel para o descanso das boiadas que, vindas de Mato Grosso, vão para o Matadouro de Araçatuba. Colabora no periódico O Jornal da Região.
1954 – Vende seus bens de São Paulo para seu filho e retorna para a vila de Goiás, onde produz doces.
1959 – Conhece o advogado Tarquínio de Oliveira, que a estimula a publicar seus poemas por uma editora paulista, então aprende datilografia e passa a limpo suas poesias.
1959 – Em companhia de Tarquínio de Oliveira encontra-se com o escritor Antônio Olavo Pereira (1913), irmão de José Olympio e administrador de sua editora em São Paulo.
1976 – É homenageada pelo Grêmio Lítero-Musical Carlos Gomes, sediado em Goiânia.
1979 – Recebe carta do poeta Carlos Drummond de Andrade(1902 – 1987) enaltecendo-a como uma das grandes poetas nacionais. Os dois poetas passam a se corresponder freqüentemente.
1980 – No Rio de Janeiro, é homenageada como uma das dez mulheres do ano nas letras nacionais. Drummond publica um artigo elogiando seus poemas no Caderno B do Jornal do Brasil.
1981 – Como tributo a seu trabalho literário recebe o Troféu Jaburu, doado pelo Conselho de Cultura do Estado de Goiás.
1982 – É reverenciada, em São Paulo, no 1º Festival Mulheres nas Artes. E participa do recital em sua homenagem promovido pela Fundação Ação Social do Palácio do Governo de Goiás.
1983 – Recebe o título de doutora honoris causa conferido pela Universidade Federal de Goiás. É homenageada pelo Senado, em solenidade promovida pela Fundação Pedroso Horta, pela Secretaria de Cultura do Governo de Goiás e pela Fundação Cultural. É agraciada com a Comenda da Ordem do Mérito do Trabalho, conferida pelo presidente da República, João Baptista Figueiredo (1919 – 1999), por seus méritos na promoção da cultura goiana.
1984 – Torna-se membro da Academia Goiana de LetrasRecebe o grande prêmio de crítica da Associação Paulista de Crítica de Arte – APCA e o Troféu Juca Pato da União Brasileira de Escritores – UBE.É reconhecida como Símbolo Brasileiro do Ano Internacional da Mulher Trabalhadora pela FAO.
1985 – Morre no dia 10 de abril, em Goiânia, e é enterrada na cidade de Goiás, onde é fundada a Casa de Cora Coralina, instituição que zela pela preservação de sua memória.
“Na minha alma, hoje, também corre um rio, um longo e silencioso rio de lágrimas que meus olhos fiaram uma a uma e que há de ir subindo, subindo sempre, até afogar e submergir na tua profundez sombria a intensidade da minha dor!…”
– Cora Coralina, em trecho do poema “Rio Vermelho”, do livro “Villa Boa de Goyaz. São Paulo: Global Editora, 2001, p. 103.
Cora Coralina – fotos: Acervo ©Museu Casa de Cora Coralina
(Global Editora)

https://vivimetaliun.wordpress.com/2015/09/13/quem-foi-cora-coralina/

Poemas de Cora Coralina - Uma grande senhora

Poemas de Cora Coralina


Poeminha Amoroso

Este é um poema de amor 

tão meigo, tão terno, tão teu... 
É uma oferenda aos teus momentos 
de luta e de brisa e de céu... 
E eu, 
quero te servir a poesia 
numa concha azul do mar 
ou numa cesta de flores do campo. 
Talvez tu possas entender o meu amor. 
Mas se isso não acontecer, 
não importa. 
Já está declarado e estampado 
nas linhas e entrelinhas 
deste pequeno poema, 
o verso; 
o tão famoso e inesperado verso que 
te deixará pasmo, surpreso, perplexo... 
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...

Cora Coralina
Humildade
Senhor, fazei com que eu aceite 
minha pobreza tal como sempre foi. 

Que não sinta o que não tenho. 
Não lamente o que podia ter 
e se perdeu por caminhos errados 
e nunca mais voltou. 

Dai, Senhor, que minha humildade 
seja como a chuva desejada 
caindo mansa, 
longa noite escura 
numa terra sedenta 
e num telhado velho. 

Que eu possa agradecer a Vós, 
minha cama estreita, 
minhas coisinhas pobres, 
minha casa de chão, 
pedras e tábuas remontadas. 
E ter sempre um feixe de lenha 
debaixo do meu fogão de taipa, 
e acender, eu mesma, 
o fogo alegre da minha casa 
na manhã de um novo dia que começa.

Cora Coralina
https://www.pensador.com/poemas_de_cora_coralina/