Fonte: Portal EcoDesenvolvimento
O aquecimento global já é uma realidade e ninguém mais nega que a Terra está esquentando mais do que deveria. Nesse momento diversas organizações falam dos problemas causados pelo fenômeno, como o derretimento das calotas polares e o aumento das catástrofes ambientais. Mas é bom lembrar que o aquecimento já afeta um ponto ainda mais grave: a produção de alimentos no mundo.
Portanto, junto às inovações tecnológicas de eficiência energética, fontes de energia renováveis e reciclagem, as pessoas devem priorizar como manter as plantações vivas. Especialistas em todo o mundo já demonstram preocupação com as consequências que o aquecimento global pode causar na produção de comida e no gerenciamento da água potável.
“Nós temos que encarar o fato de que a mudança climática é apenas um dos diversos problemas ambientais que a nossa geração terá que enfrentar”, afirmou Nicholas Parker, do Cleantech Group, durante a Entrepreneurial Energy Expo. “Se nós vamos ter que nos adaptar ao aumento da temperatura, então teremos que repensar como nós produziremos comida e água”, ponderou.

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Aqui no Brasil, algumas propriedades rurais do Sul do país já notam as mudanças nas plantações. Durante um seminário da Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, em agosto de 2008, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, afirmou que o mundo continuará numa escalada crescente de demanda por alimentos e que, dentro de 20 anos, será necessária uma produção 50% superior a de hoje.
Essa queda na produção, além de afetar o dia a dia da população, representará um prejuízo de R$ 7,4 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do país. Os dados são de um estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e ainda revelaram que isso pode acontecer já em 2020, caso não seja tomada nenhuma atitude contra os efeitos climáticos.
Apesar das previsões alarmantes, o ministro afirmou que o país já possui 220 projetos em andamento para adaptar a produção agrícola às mudanças do clima. A preocupação não é para menos. Ainda segundo o estudo, com exceção da cana-de-açúcar e da mandioca, todos os produtos agrícolas do país perderão áreas de cultivo com as mudanças climáticas.
Além de promover ações que reduzam o aquecimento da temperatura, especialistas já estão desenvolvendo projetos alternativos, como dessalinização da água do mar, desenvolvimento de sementes resistentes às altas temperaturas e cultivo de alimentos em plantações verticais.
Para Nicholas Parker, o caminho para uma agricultura sustentável e resistente às mudanças climáticas passa pelo uso de energias renováveis, eficiência energética, controladores de armazenamento de energia, tratamento da água e biologia sintética.
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