Brigitte Bardot estreou no cinema aos 17 anos no filme
Le Trou normand (
1952) e no mesmo ano, após dois anos de namoro à revelia dos pais, casou-se com Roger Vadim. Em seu segundo filme,
Manina, la fille sans voile, suas cenas de
biquíni fizeram com que seu pai recorresse à
Justiça para impedir que as cenas fossem levadas ao cinema, sem sucesso.
Entre
1952 e
1957 ela fez dezessete filmes, nenhum de grande sucesso, dramas românticos ou históricos, sendo três filmes em inglês, entre eles
Helena de Troia, mas foi o grande centro de atenção da
mídia presente ao
Festival de Cannes de
1953. Vadim não estava contente com isso e achava que Bigitte estava sendo subestimada pela indústria. A
nouvelle vague francesa, inspirada no
neo-realismo italiano, estava começando a crescer internacionalmente e ele, acreditando que Bardot poderia estrelar filmes de arte nessa linha, a escalou para o papel principal de seu novo filme,
E Deus Criou a Mulher (
1956), com a então jovem sensação masculina do cinema francês,
Jean-Louis Trintignant. O filme, sobre uma adolescente amoral numa pequena e respeitável cidade do litoral, fez um grande sucesso - e causou grande escândalo - mundial, transformando BB num sex-symbol, com suas cenas de nudez correndo as telas de cinema de todo o mundo.
Na moralista
Hollywood dos
anos 1950, onde o maior símbolo sexual,
Marilyn Monroe, no máximo havia aparecido nas telas de
maiô, seu perfil erótico a transformou numa aposta arriscada para os estúdios, e isso, além de seu sotaque e seu
inglês limitado, a impediram de fazer uma grande carreira no
cinema dos Estados Unidos. De qualquer modo, ela se tornou a mais famosa atriz europeia nos
Estados Unidos e permanecer na
França beneficiou sua imagem. Durante a década de 1960, quando a
Europa, principalmente
Londres e
Paris, começou a ser o novo centro irradiador de
moda e comportamento e Hollywood saiu por um tempo da luz dos holofotes, ela acabou eleita a deusa sexual da
década. Verdadeiro ou falso, nesta época se dizia que Brigitte Bardot era mais importante para a
balança comercial francesa que as exportações da
indústria automobilística do
pais.
[2]
Bardot se divorciou de Vadim em 1957 e dois anos depois casou-se com o ator
Jacques Charrier, que lhe deu seu único filho, Nicolas-Jacques Charrier, e com quem estrelou
Babette Vai à Guerra (
1959). Seu casamento foi alvo constante dos
paparazzi e houve choques e mudanças no rumo de sua carreira. Seus filmes se tornaram mais substanciais, mas isto trouxe uma grande pressão tornando dúbio o seu status de
celebridade do
cinema, pois ao mesmo tempo em que tinha aclamação da crítica na França, continuava sendo a
bombshell glamourosa para o resto do mundo.
Ativismo
-
Em
1973, pouco antes de completar quarenta anos, Brigitte anunciou que estava encerrando sua carreira. Após mais de cinquenta filmes e de gravar dezenas de discos, ela recolheu-se a La Madrague definitivamente, escolheu usar a
fama pessoal para defender os direitos animais e tornou-se
vegetariana. Em
1977 atraiu atenção mundial para sua causa ao denunciar in-loco o massacre de bebês-
foca no
norte do
Canadá. Em
1986, ergueu uma fundação,
Fondation Brigitte-Bardot, declarada de
utilidade pública pelo governo francês em
1992, e que em
1995 nomeou o
Dalai Lama como seu membro honorário. Entre
1989 e 1992, BB também apresentou na tv francesa uma série chamada
S.O.S. Animaux, co-patrocinada por sua fundação. Entre outras causas, ela atuou e liderou campanhas contra a caça das
baleias, as experiências em laboratório com animais, pela proibição de brigas autorizadas entre cães e contra o uso de casacos de pele.
Politica, Controvérsia e Processos
Seu livro autobiográfico de 1996, grande sucesso de vendas na França, trazia diversas referências e críticas principalmente ao
Islamismo.
Hoje casada com um ex-conselheiro do
Front National de
Jean-Marie Le Pen, representante da
extrema-direita francesa, entre 1997 e
2003 ela foi processada por diversas entidades muçulmanas, devido a suas críticas aos imigrantes islamitas do país, ao crescimento do número de
mesquitas, ao sacrifício de animais usado em vários de seus rituais e foi acusada de
racismo e suposto incitamento anti-racial contra imigrantes, chegando a ser condenada a pagar 5.000
euros de multas em
corte.
[4]
Por comentários recebidos como insultuosos aos homossexuais, feitos em seu livro de
2003,
A Scream in the Silence, que também trata da 'islamização' da França, foi processada por entidades de defesa de minorias.
Em junho de
2008, BB foi pela quinta vez condenada num processo de incitação ao racismo por um
tribunal de Paris, sendo obrigada a pagar 15 mil
euros de multa. Os protestos de Bardot tem a ver com os rituais muçulmanos de sacrifício de animais, durante a tradicional festa
Eid ul-Adha, realizada pelos imigrantes de países
islâmicos que vivem no país.
[5]
Em Outubro de 2010 foi anunciado na imprensa que Brigitte Bardot pretende candidatar-se à Presidência francesa nas eleições de 2012, liderando um grupo ecologista. O jornal "Le Parisien", acrescenta que a actriz recebeu a proposta de ser a cara da Aliança Ecologista Independente, uma formação verde dirigida por Antoine Waechter, um conhecido ecologista
[6].
Influências de BB
- Além de ser a responsável pela popularização de Saint Tropez, na França, ao se mudar para lá no começo dos anos 1960, no verão de 1964 Brigitte Bardot também mudou a vida de uma pequena cidade do litoral do Rio de Janeiro chamada Armação dos Búzios, onde ficou hospedada em suas visitas pelo Brasil, na companhia do namorado Bob Zaguri, um playboy e produtor marroquino que viveu muitos anos no Brasil. Depois da visita de BB, acompanhada diariamente pela imprensa e recheada de fotografias, Búzios foi 'descoberta', virou município e tornou-se um dos pontos mais sofisticados e procurados do verão brasileiro, inclusive por estrangeiros.[7] Em sua homenagem , aPrefeitura local criou a Orla Bardot, na Praia da Armação, e instalou ali uma estátua de bronze da atriz em tamanho natural. O único cinema do sofisticado balneário leva o nome da atriz.[7] Em suabiografia, ela deixou registrado que os períodos passados na região foram as épocas mais lindas de sua vida.Em 2008 foi filmado o curta-metragem "Maria Ninguém" sobre a ida de Brigitte Bardot ao Balneário de Búzios, com Fernanda Lima interpretando BB.[8]
- Ela é reconhecida por ter popularizado o biquíni usando-o em seus primeiros filmes, nas aparições em Cannes e em dezenas de fotos de revistas.
- BB era idolatrada por John Lennon e Paul McCartney, que fizeram planos de fazer um filme dosBeatles junto com ela, nunca realizado, na linha de Os Reis do Iê-Iê-Iê (br)..[2][9][10] As primeiras esposas dos dois, Cynthia Lennon e Jane Asher, usavam seus cabelos inspirados na cor e no corte do usado por BB.[11] Ela e Lennon encontraram-se numhotel uma vez em 1968, apresentados pelo agente de imprensa dos Beatles. Segundo ele contou mais tarde em memórias , nenhum dos dois impressionou o outro: 'Eu estava numa viagem de ácido e ela estava de saída'.[12]
Vida Pessoal
Chamada pela mídia sensacionalista de 'devoradora de homens' pela rapidez com que terminava seus relacionamentos e pela quantidade deles, Brigitte Bardot teve quatro casamentos: o primeiro aos dezoito anos com Roger Vadim, o cineasta que a descobriu e lançou ao estrelado. Vadim, um descobridor de talentos femininos e mulheres bonitas, também foi casado com
Jane Fonda e
Catherine Deneuve. O segundo, em 1959, com o ator Jacques Charrier, do qual teve seu único filho, Nicolas-Jacques Charrier. Que o abandonou com o seu pai Jacques. O terceiro, entre
1966 e
1969, com o playboy e multimilionário
alemão Gunter Sachs. O quarto e último foi em 1992, aos 58 anos, com Bernard d'Ormale, ex-conselheiro do político francês
Jean-Marie Le Pen e que perdura até hoje.
Uma "Musa" que será eterna, em minhas lembranças!
Mais uma, "Estrela Solar"