Sempre na minha mente e no coração...

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Tudo sobre Depressão

Tudo sobre Depressão


O que é Depressão?

A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.
O que é depressão

Causas

A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.
Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida.

Sintomas de Depressão

São sintomas de depressão:
  • Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
  • Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
  • Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
  • Desinteresse, falta de motivação e apatia
  • Falta de vontade e indecisão
  • Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
  • Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
  • A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
  • Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo
  • Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
  • Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido
  • Perda ou aumento do apetite e do peso
  • Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
  • Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

Tratamento de Depressão

O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.
Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão.
A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar a sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse.
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Tudo sobre Transtorno obsessivo-compulsivo

O que é Transtorno obsessivo-compulsivo?

Sinônimos: TOC, Neurose obsessiva-compulsiva

O transtorno obsessivo-compulsivo é um transtorno de ansiedade em que as pessoas apresentam pensamentos, sentimentos, ideias, sensações (obsessões) ou comportamentos repetidos e indesejados que fazem elas se sentirem forçadas a fazer alguma coisa (compulsões).
Geralmente a pessoa concretiza a ação para se livrar dos pensamentos obsessivos, mas isso só traz alívio temporário. Não executar os rituais obsessivos pode causar muita ansiedade.

Causas

O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é mais comum do que se acreditava antigamente. A maioria das pessoas que desenvolve essa doença mostra sintomas por volta dos 30 anos.
Existem diversas teorias sobre a causa do TOC, mas nenhuma delas foi confirmada até o momento. Algumas pesquisas relacionaram o TOC a infecções e traumatismos cranianos. Diversos estudos demonstraram que existem anomalias no cérebro dos pacientes com TOC, mas, no momento, mais pesquisas são necessárias para se chegar a uma conclusão.
Cerca de 20% das pessoas com TOC apresentam tiques, o que sugere que a doença pode estar relacionada à Síndrome de Tourette. Entretanto, essa relação ainda não está clara.

Exames

A sua própria descrição do comportamento pode ajudar a diagnosticar o transtorno. Um exame físico pode descartar causas físicas, e uma avaliação psiquiátrica pode descartar outros transtornos mentais.
Questionários, como a Escala de sintomas obsessivo-compulsivos de Yale-Brown (Y-BOCS), podem ajudar a diagnosticar o TOC e acompanhar o progresso do tratamento.

Sintomas de Transtorno obsessivo-compulsivo

  • Obsessões ou compulsões que não são causadas por uma doença ou pelo uso de drogas
  • Obsessões ou compulsões que causam angústia intensa ou interferem na vida diária
Existem muitos tipos de obsessões e compulsões. Um exemplo é o medo excessivo de germes e a compulsão de lavar as mãos repetidamente para evitar infecções.
A pessoa geralmente reconhece que o seu comportamento é excessivo ou irracional.

Buscando ajuda médica

Marque uma consulta com seu médico se seus sintomas atrapalharem sua vida diária, seu trabalho ou seus relacionamentos.

Tratamento de Transtorno obsessivo-compulsivo

O TOC é tratado com medicamentos e terapia.
O primeiro medicamento normalmente considerado é um tipo de antidepressivo chamado de inibidor seletivo da recaptação da serotonina (SSRI). Essas drogas incluem:
  • Citalopram (Celexa)
  • Fluoxetina (Prozac)
  • Fluvoxamina (Luvox)
  • Paroxetina (Paxil)
  • Sertralina (Zoloft)
Se um SSRI não funcionar, o médico pode indicar um tipo de antidepressivo mais antigo chamado de antidepressivo tricíclico. A clomipramina é um exemplo e foi o primeiro medicamento a ser usado para o TOC. Ele geralmente funciona melhor do que os antidepressivos SSRI no tratamento da doença, mas pode causar efeitos colaterais desagradáveis como:
  • Dificuldade para começar a urinar
  • Queda de pressão quando se muda de posição (estar sentado e levantar)
  • Boca seca
  • Sonolência
Em alguns casos, o SSRI e a clomipramina podem ser combinados. Outros medicamentos, como os antipsicóticos atípicos em doses baixas (incluindo risperidona, quetiapina, olanzapina ou ziprasidona), já demonstraram ser de grande ajuda. As benzodiazepinas podem trazer algum alívio para a ansiedade, mas elas geralmente são usadas somente com os tratamentos mais confiáveis.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) demonstrou ser o tipo mais eficaz de psicoterapia para esse transtorno. O paciente é exposto diversas vezes a uma situação que desencadeia os pensamentos obsessivos e aprende aos poucos a suportar a ansiedade e a resistir à necessidade de ceder à compulsão. A combinação de medicação e TCC é considerada melhor do que seu uso isolado para reduzir os sintomas.
A psicoterapia também pode ser usada para:
  • Oferecer formas eficazes de reduzir o estresse
  • Reduzir a ansiedade
  • Resolver conflitos internos


Expectativas

O TOC é uma doença de longa duração (crônica) com fases de sintomas graves seguidos por períodos de melhora. Entretanto, um período completamente sem sintomas é muito incomum. A maioria das pessoas melhora com o tratamento.

Complicações possíveis

As complicações de longo prazo do TOC estão relacionadas com o tipo de obsessões e compulsões. O hábito constante de lavar as mãos, por exemplo, pode causar rachaduras na pele. Ainda assim, o TOC geralmente não se transforma em outra doença.

Prevenção

Não há prevenção conhecida para esse transtorno.




Tudo sobre Transtorno bipolar

Tudo sobre Transtorno bipolar

O que é Transtorno bipolar?


Sinônimos: Depressão maníaca, transtorno afetivo bipolar
O transtorno bipolar é um problema em que as pessoas alternam entre períodos de muito bom humor ou irritação e depressão. As "oscilações de humor" entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas.

Causas

O transtorno bipolar afeta homens e mulheres igualmente. Ele geralmente tem início entre os 15 e 25 anos. A causa exata ainda é desconhecida, mas ocorre com mais frequência em familiares de pessoas com transtorno bipolar.
Tipos de transtorno bipolar:
  • As pessoas com transtorno bipolar do tipo I apresentam pelo menos um episódio maníaco e períodos de depressão profunda. Antigamente, o transtorno bipolar do tipo I era chamado de depressão maníaca.
  • As pessoas com transtorno bipolar do tipo II nunca apresentaram episódios maníacos completos. Em vez disso, elas apresentam períodos de níveis elevados de energia e impulsividade que não são tão intensos como os da mania (chamado de hipomania). Esses episódios se alternam com episódios de depressão.
  • Uma forma leve de transtorno bipolar chamada ciclotimia envolve oscilações de humor menos graves. Pessoas com essa forma alternam entre hipomania e depressão leve. As pessoas com transtorno bipolar do tipo II ou ciclotimia podem ser diagnosticadas incorretamente como tendo apenas depressão.
Para a maioria das pessoas com transtorno bipolar, não existe uma causa evidente para os episódios maníacos ou depressivos. A seguir estão os possíveis desencadeadores de um episódio de mania em pessoas com transtorno bipolar:
  • Mudanças na vida, como o nascimento de um bebê
  • Medicamentos, como antidepressivos ou esteroides
  • Períodos de insônia
  • Uso de drogas recreativas

Exames

Vários fatores estão envolvidos no diagnóstico do transtorno bipolar. O médico pode usar todas ou algumas das opções abaixo:
  • Perguntar sobre seu histórico médico familiar, se alguém na família tem ou já teve transtorno bipolar
  • Perguntar sobre suas oscilações de humor recentes e há quanto tempo você apresenta esse tipo de alteração
  • Realizar um exame completo para identificar doenças que podem estar causando os sintomas
  • Solicitar exames laboratoriais para verificar a ocorrência de problemas na tireoide ou níveis toxicológicos
  • Conversar com os familiares sobre o seu comportamento
  • Fazer um histórico médico, incluindo todos os seus problemas médicos e os medicamentos usados
  • Observar seu comportamento e humor
Observação: O uso de drogas pode causar alguns dos sintomas. Entretanto, isso não descarta o transtorno afetivo bipolar. O próprio abuso de drogas pode ser um sintoma do transtorno bipolar.

Sintomas de Transtorno bipolar

A fase maníaca pode durar dias ou meses. Alguns possíveis sintomas são:
  • Distraise facilmente
  • Redução da necessidade de sono
  • Capacidade de discernimento diminuída
  • Pouco controle do temperamento
  • Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas
  • Capacidade de discernimento diminuída
  • Sexo com muitos parceiros (promiscuidade)
  • Gastos excessivos
  • Atividade em excesso (hiperatividade)
  • Aumento de energia
  • Pensamentos acelerados que se atropelam
  • Fala em excesso
  • Autoestima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades)
  • Grande envolvimento em atividades
  • Grande incomodação (agitação ou irritação)
Esses sintomas da mania ocorrem com o transtorno bipolar I. Nas pessoas com transtorno bipolar II, os sintomas da mania são similares, mas menos intensos.
A fase depressiva nos dois tipos de transtorno bipolar apresenta os seguintes sintomas:
  • Desânimo diário ou tristeza
  • Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões
  • Perda de peso e perda de apetite
  • Comer excessivamente e ganho de peso
  • Fadiga ou falta de energia
  • Sentir-se inútil, sem esperança ou culpado
  • Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas
  • Baixa autoestima
  • Pensamentos sobre morte e suicídio
  • Problemas para dormir ou excesso de sono
  • Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram prazerosas
O risco de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno bipolar é grande. Os pacientes podem abusar do álcool ou de outras substâncias, piorando os sintomas e o risco de suicídio.
Em alguns casos, as duas fases se sobrepõem. Os sintomas maníacos e depressivos podem ocorrer juntos ou rapidamente um após o outro. Isso recebe o nome de estado misto.

Buscando ajuda médica

Ligue imediatamente para seu médico ou um serviço de emergência se:
  • Você estiver tendo pensamentos de morte ou suicídio
  • Você apresentar sintomas graves de depressão ou mania
  • Você tiver sido diagnosticado com transtorno bipolar e seus sintomas tiverem voltado ou você apresentar novos sintomas
Tratamento de Transtorno bipolar
Os períodos de depressão e mania voltam a ocorrer na maioria dos pacientes, mesmo sob tratamento. Os principais objetivos do tratamento são:
  • Evitar a alternância entre as fases
  • Evitar a necessidade de hospitalização
  • Ajudar o paciente a agir da melhor maneira possível entre os episódios
  • Impedir comportamento autodestrutivo e suicídio
  • Reduzir a gravidade e a frequência dos episódios
O médico primeiramente tenta descobrir quais são os possíveis desencadeadores do episódio de alteração de humor. Ele também pode investigar os problemas médicos ou emocionais que podem afetar o tratamento.
Os seguintes medicamentos, conhecidos como estabilizadores de humor, são geralmente usados primeiro:
  • Carbamazepina
  • Lamotrigina
  • Lítio
  • Valproato (ácido valproico)
Outros medicamentos anticonvulsivos também podem ser receitados.
Entre outros medicamentos usados para tratar o transtorno bipolar estão:
  • Medicamentos antipsicóticos e antiansiedade (benzodiazepinas) para problemas de humor
  • Remédios antidepressivos podem ser administrados para tratar a depressão. As pessoas com transtorno bipolar têm mais chance de apresentar episódios maníacos ou hipomaníacos se tomarem antidepressivos. Por essa razão, os antidepressivos só são receitados para as pessoas que também estão tomando um estabilizador de humor.
A terapia eletroconvulsiva (TEC) pode ser usada para tratar a fase maníaca ou depressiva de um transtorno bipolar caso não haja resposta aos medicamentos. A TEC usa uma corrente elétrica para causar uma breve convulsão enquanto o paciente está anestesiado. A TEC é o tratamento mais eficaz no caso das depressões que não são amenizadas com medicamentos.
A estimulação magnética transcraniana (EMT) utiliza pulsos magnéticos de alta frequência direcionados para as áreas afetadas do cérebro. É mais usada geralmente depois da TEC.
O paciente que está no meio de um episódio maníaco ou depressivo pode precisar ser hospitalizado até que seu humor seja estabilizado e seus comportamentos estejam sob controle.
Os médicos ainda estão tentando descobrir a melhor forma de tratar o transtorno bipolar nas crianças e nos adolescentes. Os pais devem levar em consideração os possíveis riscos e benefícios do tratamento para seus filhos.

Programas e terapias de apoio

Os tratamentos familiares que combinam apoio e educação sobre o transtorno bipolar (psicoeducação) podem ajudar as famílias a lidar com a situação e reduzir as chances de os sintomas retornarem. Os programas que oferecem serviços de apoio social para pessoas necessitadas podem ajudar aqueles que não recebem apoio da família ou de conhecidos.
Habilidades importantes:
  • Lidar com os sintomas que se manifestam mesmo com o uso de medicamentos
  • Aprender a ter um estilo de vida saudável com sono suficiente e a manter distância das drogas recreativas
  • Aprender a tomar os medicamentos corretamente e a lidar com os efeitos colaterais
  • Aprender a reconhecer o retorno dos sintomas e saber como reagir quando eles ocorrem
  • Os familiares e cuidadores são muito importantes no tratamento do transtorno bipolar. Eles podem ajudar os pacientes a buscar serviços de apoio adequados e garantir que o paciente tome os medicamentos corretamente.
Dormir uma quantidade suficiente de horas é muito importante no transtorno bipolar. A falta de sono pode desencadear um episódio de mania. A terapia pode ser útil durante a fase depressiva. Participar de um grupo de apoio pode ajudar os pacientes com transtorno bipolar e seus familiares e amigos.
  • Um paciente com transtorno bipolar nem sempre consegue descrever o estado da doença para o médico. Os pacientes geralmente têm dificuldade para reconhecer seus próprios sintomas maníacos.
  • As variações de humor no transtorno bipolar são imprevisíveis. Algumas vezes, é difícil saber se o paciente está respondendo ao tratamento ou saindo naturalmente de uma fase bipolar.
  • Tratamentos para crianças e idosos ainda não foram estudados em detalhe.


Fumar maconha antes dos 15 anos...

Fumar maconha antes dos 15 anos reduz memória em até 30%

Droga também prejudica capacidade de controlar impulsos

POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 28/06/2011

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo mostra que o uso de maconha antes dos 15 anos reduz a memória dos usuários em até 30%. O estudo foi apresentado no 7º Congresso Anual de Cérebro, Comportamento e Emoções, em Gramado (RS).

De acordo com os estudiosos, até essa idade, o cérebro humano ainda está em desenvolvimento e o uso da maconha pode prejudicar a capacidade do cérebro de recuperar informações na memória. Os pesquisadores ainda contam que os danos são proporcionais à quantidade de droga usada, ou seja, quanto mais se fuma, maiores são os estragos.

Para o estudo, foram avaliadas 170 pessoas na faixa dos 30 anos, que fumavam 1,5 cigarro de maconha por dia durante 10 anos, em média. Após as análises, foi concluído que quem iniciou o uso antes dos 15 anos apresentou resultados inferiores em diversas áreas cerebrais, como a memória e a capacidade de controlar os impulsos.

Como reduzir os danos causados pelo álcool e pelas drogas 
"Redução de danos" pode ser definida como o conjunto de estratégias e medidas que visam minimizar os danos à saúde que ocorrem em consequência de práticas de risco, como aqueles relacionados ao uso indevido de drogas e de álcool.

Na saúde pública, várias ações cotidianas são orientadas segundo esses princípios, assim como o uso do cinto de segurança em automóveis e o uso de protetor solar para prevenção de doenças da pele. Em relação ao uso de drogas, álcool ou o tão alardeado consumo de cigarros, não é diferente: é possível pensar em estratégias que, em vez de simplesmente proibir um determinado uso, ou mesmo negá-lo, possam se aproximar da realidade que cerca o consumo existente para, então, poder propor medidas que minimizem os problemas decorrentes dele.

Assim, aproximar-se do que ocorre nas baladas dos jovens de hoje, para saber onde intervir, pode ser mais eficiente do que simplesmente proibir. Como um exemplo do que pode ser feito, a Psicoterapeuta Valeria Lacks conta algumas estratégias eficazes contra os efeitos do uso indevido de álcool:  

1- Procurar frequentar bares e restaurantes que ofereçam maior segurança em relação ao consumo de bebidas alcoólicas, como lugares que ofereçam água às pessoas que consomem álcool, pois ela hidrata e atenua os efeitos da bebida.

2-Alimentar-se bem durante o consumo de álcool.

3- Não dirigir sob efeito etílico e não pegar carona com quem bebeu. A melhor estratégia para evitar esses problemas é a chamada "amigo da vez". Uma pessoa fica sem beber durante a noite e se torna a responsável por dirigir o carro.

4- Beber em companhia de alguém ou de um grupo, e não sozinho.

Essas são algumas estratégias que podem ser ensinadas e difundidas pela sociedade e pelas famílias que se propuserem a olhar os problemas de frente e negociarem com seus filhos limites que trarão melhor qualidade de vida e saúde. 
Maconha pode aumentar chances de câncer de testículo

Um em cada quatro pacientes com a doença relata usar a droga


POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 16/09/2011
Um estudo realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) revelou que usuários de maconha têm mais chances de desenvolver câncer de testículo do que não usuários.

O levantamento foi feito com base nos 500 pacientes atendidos mensalmente na clínica de urologia do Icesp. Do total, 30% apresentavam tumores nos testículos, sendo que 70% já se encontravam em estado avançado.

Os resultados apontaram que um em cada quatro pacientes com câncer de testículo, ou 25% dos atendidos na unidade, relatou usar maconha regularmente.

Segundo os pesquisadores, as cirurgias de retirada total ou parcial dos testículos e da próstata representam um terço das 10 mil cirurgias já realizadas no hospital. O câncer de testículo é curável, principalmente se o problema for detectado precocemente.
Fumar maconha antes dos 15 anos reduz memória em até 30%
Uma outra pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo mostra que o uso de maconha antes dos 15 anos reduz a memória dos usuários em até 30%. O estudo foi apresentado no 7º Congresso Anual de Cérebro, Comportamento e Emoções, em Gramado (RS).

De acordo com os estudiosos, até essa idade, o cérebro humano ainda está em desenvolvimento e o uso da maconha pode prejudicar a capacidade do cérebro de recuperar informações na memória. Os pesquisadores ainda contam que os danos são proporcionais à quantidade de droga usada, ou seja, quanto mais se fuma, maiores são os estragos.

Para o estudo, foram avaliadas 170 pessoas na faixa dos 30 anos, que fumavam 1,5 cigarro de maconha por dia durante 10 anos, em média. Após as análises, foi concluído que quem iniciou o uso antes dos 15 anos apresentou resultados inferiores em diversas áreas cerebrais, como a memória e a capacidade de controlar os impulsos.

Conversar com adolescentes diminui consumo de maconha

Mesmo o diálogo calmo e breve reduz em até 20% o uso da droga

POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 28/06/2011

Um artigo publicado na revista Psychology of Addictive Behaviors aponta que uma conversa breve e voluntária de adultos com adolescentes que fumam maconha pode diminuir em até 20% o uso da droga. Segundo os pesquisadores, a maioria dos usuários não acredita precisar de ajuda e, quase sempre, não recebe apoio.

Participaram do estudo 929 voluntários, sendo que 310 deles declararam usar maconha com frequência. Em seguida, eles foram divididos em dois grupos e submetidos a reuniões de 30 a 60 minutos com educadores de saúde que utilizavam dois tipos de abordagem: uma conversa motivacional, onde ambos discutiam o uso da droga e seu impacto na vida do adolescente e da sociedade, ou uma apresentação educacional de slides em que eram apresentadas pesquisas sobre a maconha e seus efeitos psicológicos.
O grupo que passou pela entrevista motivacional diminuiu em até 20% o uso de maconha após três meses de diálogo e, mesmo após um ano, manteve 15% de queda. Já aqueles que passaram pelo tratamento educacional tiveram resultados piores, apresentando diminuição de 8% no uso na droga. Um ano depois, a porcentagem subiu para 11%.

A maconha é a droga mais usada por adolescentes e adultos no mundo. Isso porque grande parte dos usuários acredita que ela não é perigosa ou viciante. Entretanto, cientistas defendem que ela não é isenta de riscos, afetando o desenvolvimento cognitivo humano.

Efeitos da maconha
A despeito de seu emprego clínico, está comprovado: o consumo regular de maconha compromete as funções cognitivas do ser humano. Uma prova desses danos foi produzida por uma pesquisadora brasileira que, em sua tese de mestrado, avaliou as capacidades cognitivas de 128 indivíduos com dependência ou abuso de maconha (abstinentes e não-abstinentes) em tratamento e mais 32 não-usuários da substância.

De uma forma geral, os usuários da droga levam um tempo maior para resolução de problemas, quando comparados aos que estão longe da maconha entre um e sete dias. Independente de o consumo da droga ter ocorrido há pouco tempo, quem já foi usuário apresenta desempenho inferior defronte ao grupo de não-usuários.
Além de demorar mais para finalizar testes, usuários da droga também apresentam mais erros. Os resultados sugerem que a ingestão crônica de maconha traz prejuízos no funcionamento cerebral quanto à capacidade de raciocínio abstrato, organização e flexibilidade mental. E esses prejuízos estão presentes mesmo após um período médio de 14 dias de abstinência.

Entretanto, não é possível afirmar que esses déficits são irreversíveis, pois não há trabalhos mostrando que eles permanecem após um período mais prolongado de abstinência. Apesar de não parecerem incapacitantes, os danos podem influenciar negativamente a motivação para o tratamento e também a adesão a programas de recuperação, aumentando as chances de recaída.

Saiba como lidar com o adolescente quando o assunto é uso de drogas

Saiba como lidar com o adolescente quando o assunto é uso de drogas


Especialista Arthur Guerra tira as maiores dúvidas sobre sintomas do vício e 

tratamento

POR LETÍCIA GONÇALVES - PUBLICADO EM 26/06/2012


No início, são alguns goles de bebida alcoólica e um ou outro cigarro. Depois, desponta uma curiosidade por maconha e até pode chegar ao uso de cocaína e crack. Esse costuma ser o trajeto de adolescentes pelo mundo das drogas, que tem começado cada vez mais cedo. Um levantamento realizado pelo Portal Educacional mostrou que aos 15 anos de idade, 75% dos jovens já beberam pelo menos uma vez na vida e 31% já beberam além da conta. Os resultados são da pesquisa chamada "Este Jovem Brasileiro - Álcool", que contou com 11.846 jovens de 13 a 17 anos de todo o país. Além disso, 30% dos jovens começaram a beber com regularidade a partir de 14 ou 15 anos. 

Dr. Arthur Guerra é psiquiatra e realiza vários trabalhos sobre álcool e drogas
O papel dos pais na tentativa de evitar que o filho entre nesse caminho ou de ajudá-lo a sair pode fazer toda a diferença. Por isso, entrevistamos o psiquiatra Arthur Guerra, especialista do Minha Vida e Coordenador do GREA, Programa do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, para esclarecer dúvidas sobre a atitude da família com o adolescente quando o assunto é drogas. Confira: 

Por que o uso de drogas pode ser mais comum na adolescência?

O adolescente está em uma fase muito especial da vida: está deixando de ser criança para virar adulto, uma fase de mudanças e novas experiências. A curiosidade é um dos maiores motivos que o leva a experimentar alguma droga e, depois de um tempo, passar a experimentar outras cada vez mais pesadas. De cada 10 adolescentes que experimentam drogas, um acaba virando dependente.  

Como os pais podem interferir na vida do filho adolescente na tentativa de que ele fique longe das drogas?

Sem dúvida, a principal forma de prevenção é os pais darem o exemplo sadio. Acho errado pais que deixam o filho experimentar e consumir bebida alcoólica, cigarro ou outras drogas dentro de casa, junto com eles. O certo é mostrar que o consumo dessas drogas é prejudicial à saúde e não manter esse hábito.  
"De cada 10 adolescentes que experimentam drogas, um acaba virando dependente."

Nem mesmo o álcool pode ser permitido entre os adolescentes?

Exatamente. O consumo de álcool é sempre um hábito negativo, por três motivos principais: primeiro porque o adolescente não consegue ter controle sobre o uso e acaba consumindo de forma exagerada, vai pela empolgação e pelos amigos. Segundo, o cérebro do jovem onde o álcool vai agir ainda não está totalmente amadurecido, o que pode prejudicar o rendimento escolar dele. O terceiro, por fim, é o risco maior de dependência: quanto mais cedo a pessoa começar a usar, maiores serão as chances de ter problemas de saúde e de acostumar o corpo ao uso frequente de álcool. 

Quais sinais podem levar os pais a desconfiar que o filho seja usuário de drogas?

Quando o pai começa a desconfiar de mudanças de comportamento. Essa mudança é percebida principalmente aos observar os amigos do filho - ou ele muda as amizades, ou os amigos também começam a ficar com comportamentos diferentes. O adolescente ainda pode ter uma piora do rendimento escolar na escola, ficar irritável, trocar o dia pela noite e conversar menos dentro de casa.

O que precisa ser feito quando a família constata que existe uma situação de uso de drogas?

O primeiro passo é observar o comportamento e procurar conversar com o filho. É muito importante entender qual é o tipo de droga usado e a frequência, além de procurar ajuda profissional.  
Apoio da família é fundamental para o tratamento da dependência

Como identificar que o filho está dependente?

Se ele fizer um uso eventual de maconha e álcool, por exemplo, não terá o comportamento tão afetado no dia a dia. Pode ser um consumo ligado a uma situação de festa e eventos esporádicos, mas que mesmo assim é perigoso e precisa de atenção. Já quando o adolescente está dependente, ele precisa usar a droga sempre para não ter abstinência. Se os pais observarem o comportamento e a rotina do filho e mantiverem sempre um diálogo, conseguirão perceber com facilidade essas diferenças. 


O tratamento do adolescente é diferente do tratamento adulto?

Sim. O tratamento em todas as faixas etárias costuma ser multifacetado, ou seja, com várias áreas envolvidas (psiquiatra, psicólogo e outros). O adolescente, porém, precisa ainda mais do ambiente familiar e de um grande suporte dos amigos. É difícil você chegar a esse jovem e simplesmente dizer "você nunca mais vai usar álcool na sua vida". Ele precisa de apoio para entender o motivo dessa proibição, pois está em uma fase cheia de mudanças e dúvidas. Muitas vezes, o jovem está na busca até de respostas para o seu vício e encontra conforto em grupos de apoio.  

Quando é necessário internação, o jovem deve ir por livre e espontânea vontade ou pode ser forçado a isso?

Em casos em que o jovem não consegue separar as coisas, está em um grau de dependência que perdeu a liberdade de escolher, pode ser até utilizada uma interação involuntária. Mas ela é ruim porque afasta o familiar e o médico do paciente, o que pode aumentar o risco de suicídio. Por isso, o melhor é contar com ajuda médica para tomar qualquer atitude. 

"Quanto mais cedo a pessoa começar a usar drogas, maiores serão as chances de ter problemas de saúde."

A internação é garantia de sucesso da reabilitação?

Não. Ela é uma forma de tratamento que o médico especializado pode indicar, mas não garante que o paciente nunca mais tenha recaídas. As chances de sucesso são bem maiores quando a internação é bem aceita pela pessoa que usa drogas. Por isso, a família e o médico têm de apoiar e incentivar o paciente, mostrando a importância do tratamento. 

Qual deve ser a postura dos pais e da família durante o tratamento?

A família deve sempre buscar orientação e seguir todas as condutas que a equipe de saúde recomenda. Por exemplo: se a equipe fala "não pode usar drogas", a família não pode permitir uma única vez sequer que o filho use drogas. É difícil, porque muitos pais ficam com dó de ver o filho sofrendo com a abstinência e permitem, achando que usar apenas uma vez não terá problemas. Se a equipe também orienta que o adolescente volte aos estudos, a família precisa incentivar isso. É uma medida para que ele volte à vida normal e se distraia. Há pais que deixam o filho ficar em casa, com medo de que ele se irrite demais ao forçá-lo a ir à escola. 
É fundamental, portanto, tanto dar apoio e carinho quanto ser mais rígido em alguns momentos. Quando o tratamento é mais difícil por conta do comportamento e da dependência do adolescente, os pais podem atrapalhar se forem flexíveis demais com o filho. 


Como as drogas ilícitas mais comuns agem no organismo do adolescente?

Maconha causa taquicardia, dilatação das veias oculares, euforia seguida por um momento de sonolência ou depressão, boca seca, ansiedade, pânico, alucinações, diminuição da atenção, dificuldade de coordenação motora, entre outros. Em longo prazo, pode causar dependência - irritabilidade, insônia e ansiedade ao não fumar -, prejuízo da memória (déficit de atenção), tristeza, câncer no trato respiratório, câncer de cabeça e pescoço, bronquite, enfisema e tosse crônica. 
Cocaína e crack causam euforia, diminuição de apetite e sono, taquicardia, aumento da pressão arterial, irritabilidade, paranoia, entre outros. Em longo prazo, a droga provoca alterações de humor, psicose, ataques cardíacos, dores no peito, tontura, convulsões, AVC, perda do olfato, náuseas, dor abdominal, alergias, perda de peso e outros problemas. 
Ecstasy causa agitação, náusea, sudorese, batimento dos dentes, visão borrada, câibras, desidratação, infarto, insuficiência renal. Após o uso da droga, há um prejuízo nas funções mentais, principalmente na memória, que pode durar até uma semana. A intoxicação por esse tipo pode causar aumento da pressão arterial, ataques de pânico, perda da consciência e convulsões. Já o LSD causa taquicardia, aumento da pressão arterial, tontura, perda de apetite, boca seca, náusea e tremores. 

http://www.minhavida.com.br/familia/materias/15304-saiba-como-lidar-com-o-adolescente-quando-o-assunto-e-uso-de-drogas