Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

domingo, 5 de janeiro de 2014

Fotos: “National Geographic” nunca se cansa de nos deslumbrar

Fotos: “National Geographic” nunca se cansa de nos deslumbrar

Amigas e amigos do blog, segue uma viagem para os olhos, pilotada pela genial 
revista National Geographic.

Preparem suas pupilas… E apertem os cintos!
A erupçã do vulcão na Fimmvorduhals, na Islândia


Mælifellssandur, deserto de poeira vulcânica na Islândia

Mælifellssandur, deserto de poeira vulcânica na Islândia

Louva-deus
Louva-a-deus
Lindos os peixes piraputangas no rio Sucuri, em Bonito, na Serra da Bodoquena
Peixes piraputangas no rio Sucuri, em Bonito (MS), na Serra da Bodoquena
Lhama na colina em Chavín de Huántar, no Peru
Lhama na colina em Chavín de Huántar, no Peru
Lago Peyto, em Alberta, no canadá
Lago Peyto, em Alberta, no Canadá
Garça azul e sua presa
Garça azul e sua presa
Gaivotas
Gaivotas
Fog na montanha
Fog na montanha
-Erupção de Gunung Rinjani, um vulcão ativo na Indonésia
Erupção de Gunung Rinjani, um vulcão ativo na Indonésia
Deserto e oásis
Deserto e oásis
-Raio em Harbor, Nova Iorque
Raio perto da Estátua da Liberdade, Nova York
Curioso, em Minnesota, nos EUA
Curioso, em Minnesota, nos EUA
Carga pesada: uma pequena mosca em uma pequena flor
Carga pesada: uma pequena mosca em uma pequena flor
A pirâmide no Egito
Duas das três Grandes Pirâmides, no Egito

A música do amor
A música do amor
Alpinistas, em Mont Blanc, nos Alpes

Alpinistas em Mont Blanc, nos Alpes

Alimentação de peixes em Shenzhen, a "janela do mundo", na China
Alimentação de peixes em Shenzhen, a "janela do mundo", na China
Abelha e flor roxa
Abelha e flor roxa

Fotos: as estradas mais incríveis do mundo

Fotos: as estradas mais incríveis do mundo
Publicado originalmente em 6 de fevereiro de 2012.

Essas podem não ser, todas elas, as mais bonitas algumas certamente são, nem as mais importantes ou mais movimentadas (graças a Deus!), mas são, com certeza, diferentes e peculiaríssimas estradas espalhadas por diversas partes do mundo.
Nesta lista há uma brasileira, de Santa Catarina, mas os campeões de criatividade em matéria de soluções de engenharia de estradas de rodagens parecem ser mesmo os chineses, em números, e, no terreno do inusitado, os noruegueses.
Confiram:
Estrada de Los Caracoes, nos Andes chilenos
"Estrada de los Caracoles", nos Andes chilenos
-Passagem de Turini (Col de Turini, na França)
Passagem de Turini, nos Alpes Marítimos, próximo a Nice, França
-Estrada da Serra do Rio do Rastro, em Lauro Müller, Santa Catarina, Brasil
Estrada da Serra do Rio do Rastro, em Lauro Müller, Santa Catarina, Brasil
-Curvas do "S" na estrada para Jiufen, em Taiwan
Curvas do "S" em estrada próxima a Jiufen, no norte de Taiwan
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Estrada da Morte (camino a los Yungas), de La Paz a Caroica, na Bolívia (média de 96 mortes por ano). Na descida, os motoristas usam a contramão para poderem ver os abismos
Estrada da Morte ("Camino a los Yungas"), que une La Paz a Coroico, no nordeste da Bolívia (média de 96 mortes por ano). Na descida, há motoristas que usam a contramão para poder ver os abismos
-Ponte de Millau, na estrada Paris-Barcelona
Ponte-viaduto de Millau, sobre o rio Tarn, no sul da França, projeto do grande arquiteto britanico Norman Foster
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Estrada do Troll (Trollstigen), na Noruega
Estrada do Troll ("Trollstigen"), na Noruega
-Ponte de Starseisundet na estrada do Atlântico (Atlanterhavsveien), Noruega
Ponte de Starseisundet, na Estrada do Atlântico ("Atlanterhavsveien"), Noruega
-Pontes-túneis na baía de Chesapeake, que permitem a passagem dos navios de guerra da base de Norfolk
Pontes-túneis na baía de Chesapeake, em Maryland, EUA, que permitem a passagem dos navios de guerra da base de Norfolk, no viznho Estado da Virgínia
-Garganta do Dades, no Marrocos
Garganta do Dades, no Marrocos
-Ponte em espiral: a solução para descer uma montanha muito íngreme até a cidade de Kamazu, no Japão
Ponte em espiral: a solução para descer uma montanha muito íngreme até a cidade de Kamazu, no Japão
-Estrada Iroha-zoka no Japão. São 48 curvas e em cada uma há uma placa com uma das 48 sílabas do alfabeto japonês Hiragana
Estrada Iroha-Zaka, perto de Nikko, no Japão, com 48 curvas
-Corredor de neve na estrada para o Monte Tateyama, nos chamados Alpes japoneses
Corredor de neve na estrada para o Monte Tateyama, nos chamados Alpes japoneses
-Passagem de Stelvio (Stelvio Pass), nos Alpes italianos
Passagem de Stelvio ("Passo dello Stelvio"), nos Alpes italianos, próximo à fronteira com a Suíça

James Dalton Highway, construída paralela ao oleoduto do Alaska para dar suporte ao projeto
James Dalton Highway, 670 quilômetros construídos originalmente para a instalação do Oleoduto do Alaska, que tem 1.300 quilômetros, cortando o Estado de norte a sul
Highway 17, no trecho do condado de Beaufort na Carolina do Sul, EUA
Rodovia 17, no trecho do condado de Beaufort, na Carolina do Sul, EUA

Interseção Juiz Harry Pregerson, entre os Interstates I-105 e I-110, em Los Angeles
Interseção Harry Pregerson, espetacular conjunto de viadutos em Los Angeles, que permite coordenar o trânsito local com a passagem de duas rodovias estaduais da Califórnia, as Interstates I-105 e I-110, nos EUA
-Interseção em espiral em Shangai, na China
Interseção em espiral em Xangai, na China
-Estrada-túnel de Guoliang, na China. Como a vila de Guoliang estava isolada num vale, 13 moradores abriram um tunel na rocha por conta própria, usando apenas picaretas
Estrada-túnel de Guoliang, na China. Como a vila de Guoliang estava isolada num vale, moradores abriram pacientemente, em 1972, por conta própria, um túnel na rocha, usando apenas picaretas

Estrada Tian Men Shan, na província de Hunan, China
Estrada Tian Men Shan, na província de Hunan, China

Ponte "inversora" entre a China e Hong Kong, já que o tráfego em Hong Kong circula pela esquerda
Ponte "inversora" entre a China continental e Hong Kong, já que o tráfego em Hong Kong, como herança da colonização britânica, circula pela mão esquerda


Escadas incríveis ao redor do mundo

Quinta-feira, 18 de julho de 2013

Escadas incríveis ao redor do mundo

1. Spiral Staircase nas montanhas Taihang - China - Escada de 300 metros ao longo de uma face das montanhas Taihang em Linzhou , China, oferecem a emoção de montanhismo sem o perigo. A caminhada até as escadas é uma grande experiência, mas, não é necessário equipamento especial. Os escaladores devem ter menos de 60 anos de idade e preenchem um formulário confirmando que não têm problemas cardíacos ou pulmonares



2. Passos Canyon - Equador - Está localizado ao lado da cachoeira Pailon del Diablo, no Equador. O Pailon del Diablo é uma grande cachoeira (localizada no rio Pastaza) a apenas 30 minutos da cidade de Baños, no Equador. Ele é considerado uma das atrações mais populares da área.



3. Schlossberg Stairs - Áustria - Principal atração em Graz é o Schlossberg (Torre do Relógio). Está visível de todos os pontos da cidade. Os turistas e visitantes locais precisam subir até o topo para ver a vista fabulosa de Graz e da área circundante. As escadas Schlossberg estão localizados na extremidade de Schlossbergplatz. São 260 degraus.



4. Bueren montanha - Bélgica - É uma longa escadaria de 374 degraus em Liège na Bélgica . As escadas foram construídas em 1881 para permitir que os soldados no alto do morro pudessem ir até o centro sem ter que andar pelas vielas perigosas.



5. Escadas acima do mar - Espanha - Esta bela escadaria está localizado na ilha Gaztelugatxe na Espanha. Gaztelugatxe é uma ilhota na costa da Biscaia pertencente ao município de Bermeo, no País Basco (Espanha).



6 - Os passos da cascata - Localizado na Floresta Negra, em Wurzburg, Alemanha. Como sair de um conto de Hans Christian Andersen, escuro e lindo, as escadas estão indo para uma cachoeira



7 - Tianmen Shan (Montanha da Porta do Céu) - É um arco natural caverna. Está localizado a cerca de 8 km ao sul da cidade de Zhangjiajie (anteriormente Dayong), no norte da província de Hunan, na China.



8 - O Haiku escada - Em Oahu, Hawaii, estas escadas de metal da pequena ilha de Oahu tem 3922 degraus, escalada. Foram criados para facilitar a instalação de um satélite, em 1942. Em madeira a princípio, foram modernizados nos anos 50, mas desde 1987 estão fechados para o público.



9. Escada de Jacó - Ilha de Santa Helena - Conhecida por ser a mais longa escadaria do mundo em linha reta, conta com 699 degraus e foi construída inicialmente em 1829 para transporte de mercadorias. A Ilha de Santa Helena está localizada em meio ao Oceano Atlântico, entre Brasil e África do Sul e tornou-se famosa por abrigar Napoleão Bonaparte em seu exílio.



Fonte: 

http://www.vocerealmentesabia.com/2013/07/escadas-incriveis-ao-redor-do-mundo.html

Fotos: conheça 12 oásis, de aparências diferentes, em países diferentes

Fotos: conheça 12 oásis, de aparências diferentes, em países diferentes
Oásis ou miragem?
Duas em cada mil pessoas no planeta vivem em oásis como esse (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)

(Texto sobre oásis publicado na Revista Mundo Estranho, por Rodrigo Ratier)
Um oásis é uma região, em meio ao deserto, com água e vegetação um dos poucos lugares em que a sobrevivência do homem nas areias escaldantes é possível.
“Em todo o planeta, duas em cada mil pessoas algo em torno de 15 milhões de habitantes vivem em oásis. Em alguns deles, há mais de mil moradores por quilômetro quadrado”, diz o geógrafo Roberto Verdum, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especialista em desertificação, para a revista Mundo Estranho.
Os tipos tradicionais de oásis aparecem em áreas escavadas pelo vento, onde o lençol d’água subterrâneo fica próximo do solo. Pelas fendas nas rochas, o líquido dos reservatórios encontra um caminho até a superfície, jorrando em fontes que hidratam homens e animais, fazem surgir uma faixa de palmeiras ao redor das lagoas e irrigam pequenas plantações.
Isso porque as impressionantes ventanias do deserto movem até 260 milhões de toneladas de areia por ano. Quando as tempestades de areia são fortes e constantes, a erosão provocada por elas deixa o lençol freático próximo da superfície. No norte da África, eles aparecem em depressões de até 100 metros abaixo do nível do mar.
Dependendo do tipo de rocha por onde passam os depósitos subterrâneos de água, o líquido pode chegar à superfície contendo sal. Por isso, em boa parte dos oásis a água precisa ser purificada antes de matar a sede. Outra curiosidade dessas fontes no deserto é que em algumas delas as comunidades povoam os lagos com peixes para variar a alimentação.
Contendo poucos minerais, os solos arenosos são pobres em nutrientes. A agricultura só é possível em solos de argila, capazes de reter mais água e material orgânico. Para garantir a colheita, os nômades costumam usar os excrementos de seus rebanhos como adubo.
A vida que se desenvolve nos oásis é matéria-prima para as casas dos povos nômades. Os tuaregues erguem suas zeribas com troncos de árvores e folhas de palmeiras. Já os beduínos preferem as tradicionais tendas, feitas de peles de cabra armadas em estacas

CONFIRA AGORA ALGUNS DO OÁSIS MAIS INTERESSANTES DO MUNDO
 Algum ponto do Saara, África
Sahel
Oásis no deserto do Saara (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
 O deserto do Saara é quase inimaginavelmente grande, atingindo uma faixa pouco abaixo do extremo norte da África que vai do Atlântico ao Oceano Índico, lambendo, ainda por cima, trechos do Mar Mediterrâneo.
São 9,4 milhões de quilômetros quadrados de areia avermelhada, montanhas e pedras, uma área maior do que a do Brasil. Mas ali a natureza operou o milagre de haver muitos oásis, como o da foto acima.

Oasis Ubari, Líbia
Ubari, um dos oásis da Líbia
Ubari, um dos oásis da Líbia (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
Os lagos de água salgada do oásis Ubari, no deserto do Saara, a algumas dezenas de quilômetros de Germa, na Líbia, são um ponto de comércio central para muitos moradores, que se reúnem nas bordas para vender artesanatos e  outros bens.
Por falta dos necessários cuidados e excesso de utilização, a água dos lagos têm hoje níveis salinos similares aos do Mar Morto, em Israel. Mesmo assim, há verde por ali.

Oásis Garbroun, Líbia 
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As águas de Garbroun estão secando (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
Umm Al-Maa, que significa Mãe de Água, é um dos maiores lagos desse oásis, mas, infelizmente, como acontece em muitos outros oásis, o lençol freático fica a distância tão pequena do solo arenoso que ele está secando.

Oásis Huacachina, Peru
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Huacachina: Um pequeno oásis no deserto peruano que virou resort (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
Huacachina é uma cidade-oásis na região do sudoeste de Ica, no Peru. Este oásis, chamado Oásis das Américas, é um resort popular entre as famílias locais e turistas.
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Diz a lenda que a lagoa teve origem no banho de uma princesa (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
Uma lenda diz que a a grande lagoa do oásis foi criada quando um caçador jovem e curioso perturbou o banho de uma princesa. Ela fugiu, deixando a banheira que deu origem à lagoa.

Oásis Turpan, China
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O Oásis Turpan, a 8 km de uma cidade destruída por Genghis Khan, é exuberante e seu verde chama a atenção em meio à paisagem pétrea (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
Turpan, ou Tulufan, como também é conhecido, é uma cidade-oásis na região autônoma Uigur de Xinjiang, na China. Fica a apenas 8 quilômetros a oeste das ruínas de Jiaohe, cidade-guarnição de fronteira destruída pelo imperador e guerreiro mongol Genghis Khan (1162-1227).

Oásis Lago Crescente, China
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Oásis Lago Crescente, também na China (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
O Lago Crescente, no deserto de Gobi, na China, fica à beira de uma antiga cidade que uma vez viu os comerciantes embarcarem em sua jornada ao longo da Rota da Seda para o Ocidente. Existente há milhares de anos, o lago está secando e perdeu 25 metros de profundidade nos últimos 30 anos, em parte devido ao aumento da população da área, que se serve de suas águas, e ao excesso de uso para irrigação.

Oásis no Deserto de Chebika, Tunísia
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O Oásis Chebika, cenário de "Star Wars" (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
O belo Oásis Chebika, na Tunísia, é provavelmente aquele que muitas pessoas conhece sobre sem perceber. É onde foi filmado Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança. É oásis luxuriante, a ponto de ter até uma cachoeira de bom porte.

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O Oásis Chebika tem o luxo de uma cachoeira (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)

Oásis no Deserto de Nahal David, Israel
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Um oásis de tranquilidade entranhado em Israel (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
Nahal David, poucos quilômetros a oeste do Mar Morto, é o maior oásis de Israel, com 100 quilômetros quadrados. É um frequentado ponto turístico..

Oásis Tinerhir, Marrocos
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Oásis Tinerhir, no Marrocos (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
Localizado no sopé das Montanhas Atlas, no Marrocos, este oásis deu origem à aldeia de Tinherhir.

Oásis Ghardaia, Argélia
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O Oásis Ghardaia: hoje, adjacente a uma cidade de mais de 100 mil habitantes, e Patrimônio Cultural da Humanidade (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
Ghardaia é a principal cidade da região de M’Zab no norte da Argélia. Fundada no século XI junto a um oásis, o que era então uma aldeia no Deserto do Saara foi aos poucos sendo dotada por seus moradores de um engenhoso sistema de captação e distribuição subterrânea de água da chuva e dos rios temporários.
Hoje, o oásis ainda existe e, adjacente, uma importante cidade de mais de 100 mil habitantes. Ghardaia oferece alguns belos exemplos de arquitetura árabe medieval original e é considerada pela Unesco como parte do Patrimônio Cultural da Humanidade.

Oásis Qatif, Arábia Saudita
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Oásis Qatif: importante sítio arqueológico (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
Este castelo é parte de um oásis na costa ocidental do Golfo Pérsico, na Arábia Saudita, chamado Qatif. A cidade remonta a 3.500 a C e foi durante muitos anos a principal cidade e porto no Golfo ocidental, o que significava que era um local propício a invasões e aventuras militares ao longo dos tempos.
Isso resultou numa arquitetura que revela uma mistura eclética de estilos. A região possui alguns dos mais importantes sítios arqueológicos do país.

Oásis no deserto de Omã
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Oásis de Omã: declínio estudado por pesquisadores (Foto: EnvironmentalGraffiti.com)
Este oásis está escondido nas profundezas do deserto de Omã, onde uma série de oásis verdes marca a paisagem. Os oásis nesse canto da Península Arábica são hot spots para estudos botânicos em agro-biodiversidade, porque muitos dos mais antigos estão em rápido declínio. Os pesquisadores querem descobrir por quê.



sábado, 4 de janeiro de 2014

O QUE A INTERNET ESCONDE DE VOCÊ


O QUE A INTERNET ESCONDE DE VOCÊ


Para cada site que você pode visitar, existem pelo menos 400 outros que não consegue acessar. Eles existem, estão lá, mas são invisíveis. Estão presos num buraco negro digital maior do que a própria internet. A cada vez que você interage com um amigo nas redes sociais, vários outros são ignorados e têm as mensagens enterradas num enorme cemitério online. E, quando você faz uma pesquisa no Google, não recebe os resultados de fato - e sim uma versão maquiada, previamente modificada de acordo com critérios secretos. Sim, tudo isso é verdade e não é nenhuma grande conspiração. Acontece todos os dias sem que você perceba. Pegue seu chapéu de Indiana Jones e vamos explorar a web perdida.
Primeira parada: Facebook. Quando você acessa a sua conta, a primeira tela que aparece é a do chamado Feed de notícias aquela lista com os últimos comentários e links postados pelos seus amigos. Essa página é editada pelo Facebook, e só inclui as mensagens das pessoas com as quais você mais interage. Você pode anular essa edição - basta clicar no link "Mais recentes" e o Facebook mostrará, em ordem cronológica, todas as mensagens de todos os seus contatos. O problema é que isso lotará o seu feed de lixo, com grande quantidade de atualizações irrelevantes (o que interessa se aquele seu ex-colega que você não vê há anos trocou de namorada ou está saindo de férias?). Conclusão: a edição de conteúdo feita pelos robôs do Facebook é boa para você. Exceto quando não é.
O escritor americano Eli Pariser apoia o partido Democrata, de Barack Obama, mas também tem amigos que votam no partido Republicano. De um dia para o outro, Pariser notou que os republicanos sumiram do seu Facebook. Ele estranhou e foi fuçar na configuração do site, achando que tivesse feito algo errado. Que nada: os robôs é que tinham decidido que ele não precisava ter amigos de direita. O Facebook tomou uma decisão político-ideológica e a impôs ao usuário. "A personalização da internet reforça os estereótipos e as crenças que a pessoa já tem", explica Viktor Mayer-Schoenberger, pesquisador de internet da Universidade de Oxford.
Em outros casos, os robôs do Facebook podem causar conflitos familiares. Foi o que aconteceu com o analista de sistemas Rodolfo Marques. Seu irmão, Diogo, é músico e postou um clipe no Facebook. Mas Rodolfo nem ficou sabendo - só porque, como ele não costumava falar com Diogo pela internet, os robôs deduziram que não se tratava de uma pessoa importante. "Achei que ele não tinha gostado do vídeo", conta Diogo.
O Google também manipula o que você vê na internet: cada pessoa pode receber um resultado diferente para a mesma pesquisa. O buscador usa critérios como o histórico das páginas que a pessoa visitou, o lugar onde ela está e até o navegador que utiliza. Ao todo, o Google aplica mais de 100 variáveis (elas são mantidas em segredo para que outros buscadores não as copiem) para personalizar os resultados.
E isso tem consequências profundas. Numa experiência feita pela Universidade de Londres, os cientistas criaram 3 personagens fictícios, que foram batizados de Immanuel Kant, Friedrich Nietzsche e Michel Foucault 3 dos maiores filósofos de todos os tempos. Cada personagem usava o Google para fazer pesquisas sobre os próprios livros. A intenção era induzir o site a traçar um perfil psicológico de cada um deles. Deu certo. Depois de alguns dias, o Google começou a gerar resultados completamente diferentes para as mesmas buscas. E isso acontece com todo mundo, todos os dias. A SUPER refez a experiência e obteve resultados parecidos (veja no infográfico).
"Os usuários podem desabilitar a personalização", defende-se Kumiko Hidaka, gerente global do Facebook. O Google também permite isso (veja em abr.io/1IMA como fazer). Mas o que os sites de busca escondem do usuário é só uma parte do problema. Outro, talvez ainda maior, é o que nem eles mesmos conseguem ver.
No fundo da web
Quando você faz uma busca no Google, ele não sai percorrendo a internet inteira à procura da informação que você quer. Seria muito demorado. O Google consulta seu Índex, um acervo com cópias de 46 bilhões de páginas da internet.
É uma enormidade. Mas é muito menos do que realmente existe por aí. Nada do que é postado no Facebook, que tem 750 milhões de usuários e é a maior rede social de todos os tempos, aparece nos resultados do Google. Estima-se que o Google e os demais buscadores só consigam acessar 0,2% de toda a informação realmente contida na rede. Todas as demais páginas, que ninguém sabe exatamente quantas são e onde estão, formam a chamada deep web - a web profunda. Esses sites ocultos ficam escondidos por vários motivos. Se uma página exigir assinatura e for protegida com senha (como sites de jornais e revistas), os robôs rastreadores do Google não conseguem entrar nela, e não a copiam para o Índex. O Facebook bloqueia a entrada dos robôs do Google, pois não quer que seu conteúdo apareça no buscador (o que poderia roubar audiência do Facebook). Também há bases de dados online que não estão em HTML - linguagem que o Google entende.
Se o Google conseguir desbravar a web profunda, a vida vai ficar muito diferente. Não haverá mais sites especializados em busca de hotéis, imóveis, passagens aéreas etc. Você não precisará entrar na página da Receita para saber se liberaram a restituição de imposto - bastará digitar seu CPF no Google - nem acessar o site do plano de saúde para procurar um médico. Tudo isso, e todo o resto, estará no próprio Google.
Ele já tem uma equipe de pesquisadores tentando explorar essa internet perdida. O time é liderado por Alon Halevy, cientista da computação da Universidade de Washington. "Nós desenvolvemos softwares que conseguem encontrar as informações de maneira mais inteligente", diz Halevy. Como? Uma das principais táticas dos robôs do Google é o chute.
Sim, chute. Quando encontra um banco de dados que não entende, o robô começa a procurar vários termos: "apartamento", "conversível" e "lycra", por exemplo. Se a palavra "apartamento" estiver presente, é porque aquele site contém informações sobre imóveis. Se "conversível" funcionar, é porque se trata de uma tabela com preços de carros. E por aí vai. Sabendo do que se trata, o Google consegue adicionar as informações a seu Índex - e colocá-las ao alcance de todo mundo.
O problema é que as informações estão espalhadas pela web de maneira caótica, e achá-las é como descobrir uma agulha num palheiro. "Precisamos de um rastreador mais eficiente", explica a brasileira Juliana Freire, professora da Universidade de Utah. Ela é a criadora do DeepPeep, um projeto que pretende tornar acessíveis todos os bancos de dados da internet.
Com tanta informação perdida ou oculta, a internet ainda está longe de alcançar todo o seu potencial. Ela pode, precisa e vai ficar muito melhor. Enquanto não fica, crie o hábito de ir além dos seus sites preferidos e reserve um tempinho para explorar os cantos da internet que você não conhece. Se Nietzsche, Foucault e Kant estivessem vivos, eles certamente fariam isso.