Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

sábado, 29 de março de 2014

Praia do Porto da Barra & Rio Vermelho (Salvador)

Praia do Porto da Barra


praia do Porto da Barra está situada no bairro da Barra, banhada pela Baía de Todos os Santos.
Localiza-se no bairro da Barra; limita-se ao sul pela encosta que é formada pela Ladeira da Barra, passando pelo Hospital Espanhol indo até o Farol da Barra, passando pela fortaleza de Santa Maria.
Esta praia possui uma pequena extensão de areia e é bastante frequentada aos fins de semana e feriados, possuindo uma pequena enseada de ondas calmas e água de temperatura agradável, bastante propício ao banho de mar.
No limite do passeio, em pedras portuguesas, existe uma balaustrada de onde se tem uma excelente vista da Ilha de Itaparica e de onde pode-se apreciar o pôr-do-sol - um dos poucos locais do Brasil continental onde o poente ocorre sobre o mar.
Esta enseada termina antes da fortaleza de Santa Maria, a partir da qual as formações rochosas tornam o local inapropriado ao banho.
Existe também um monumento, em forma de cruz, indicando o local do desembarque do primeiro governador-geral do Brasil Tomé de Sousa.
É um dos pontos turísticos da Bahia, com vários hotéis e restaurantes.
O jornal britânico The Guardian apontou o Porto da Barra como a terceira melhor praia do mundo.1

Salvador city view.jpg

Vista da praia do Rio Vermelho.

Dinha, Rio Vermelho, Salvador.jpg

O bairro à noite, ao fundo o acarajé de Dinha.

Rio Vermelho (Salvador)


Localização e descrição

Localizado entre os bairros de Ondina e Amaralina, tendo ao norte o Engenho Velho da FederaçãoSanta Cruz e o Nordeste de Amaralina.
Neste bairro estão situados luxuosos hotéis e pousadas, sendo intensa sua vida noturna.
Conhecido pelo clima boêmio, pelos acarajés de Cira, de Regina e de Dinha, e pela colônia de pescadores, seus moradores comemoram anualmente, no dia 2 de fevereiro, a Festa de Iemanjá, rainha do mar.
Em razão de suas estreitas vias, mesmo as principais (ruas Oswaldo Cruz e Odilon Santos) possui um tráfego de veículos difícil.
Confluindo para o Largo de Santana - onde a capela dedicada a esta santa situa-se bem ao meio do caminho, a Rua da Paciência (que recebe o intenso tráfego da Avenida Oceânica), a Avenida Cardeal da Silva e Rua João Gomes o trânsito sofre ali um afunilamento que em certos horários fica praticamente estagnado. Nas imediações do Largo há outro templo dedicado a Santana.
O Rio Vermelho, que dá nome ao bairro mas também é conhecido como Rio Lucaia, margeia a Avenida Juracy Magalhães Júnior. Próximo a sua foz, existe uma estação de condicionamento prévio de esgotos domésticos, onde resíduos sólidos e partículas em suspensão são separadas do efluente final, que é lançado a 2,7 quilômetros da costa pelo emissário submarino do Rio Vermelho, evitando a contaminação da praia.
Apesar do grande crescimento vertical verificado noutras áreas da capital, o Rio Vermelho ainda conserva-se um bairro essencialmente de casas. As estreitas vias mais antigas receberam nomes que homenageiam importantes cidades baianas, como CaetitéItabunaIlhéus, etc.
Na rua Alagoinhas está a casa que foi a residência do falecido escritor Jorge Amado e de sua esposa Zélia Gattai, e onde estão guardadas as cinzas do Imortal.
Outro importante logradouro do bairro é o Largo da Mariquita, onde está situado o Mercado do Rio Vermelho, antiga e tradicional feira livre.

História


Localização do bairro.
O Rio Vermelho tem sua história iniciada no século XVI, com o naufrágio de Caramuru ao seu território. Aqui viviam os tupinambás e Caramuru foi o elo de comunicação entre os nativos e os europeus. Quando o primeiro governador-geral chegou a Salvador, as terras a uma légua para o norte e duas léguas para o sertão do Rio Camarajipe foram doadas a Antônio de Ataíde. E assim nasceu o Rio Vermelho. Inicialmente a região tinha poucos habitantes, com uma paisagem de currais, armação de pesca e jesuítas.
Com a invasão holandesa de 1624, muito moradores vieram para o Rio Vermelho, pela distância do local invadido. Aproveitando o clima tenso e a desorganização dos brancos, alguns escravos fugiram para as matas frondosas, formando em 1629 um quilombo no Rio Vermelho. Este quilombo foi esmagado três anos depois pelos capitães-do-mato Francisco Dias de Ávila e João Barbosa Almeida. Os pescadores, que tem presença marcante até hoje, dominavam o lugar no século XVII. Nas palavras do visitante francês Tollenare: " é um povoado de pescadores, de umas 100 cabanas, na foz de um pequeno rio que se lança no mar a uma légua a leste do Cabo de Santo Antônio. Os arredores são encantadores e um forte muito arruinado contribui para o pitoresco da paisagem". Com o passar dos anos, em meados do século XIX, o Rio Vermelho tinha três núcleos de povoamento definidos: Paciência, Mariquita e Santana. No último havia a igreja velha da matriz, e atraía pessoas de todos os cantos da cidade devido aos festejos religiosos.

Cultura e religiosidade


Festa de Iemanjá no Rio Vermelho, em 2008.
O bairro é referido na canção Onde o Rio é mais baiano de Caetano Veloso:
  • "E agora estamos aqui / Do outro lado do espelho / Com o coração na mão / Pensando em jamelão no Rio Vermelho".
O bairro concentrou as festas de devoção a Santana e, com a mística da religiosidade afro-descendente, também reuniu o culto a Iemanjá, divindade protetora dos pescadores, ambas com festejos anuais bastante populares na Capital.

Pelourinho (Salvador)

Pelourinho (Salvador)


O Pelourinho é o nome de um bairro de Salvador, a capital do estado brasileiro da Bahia. Se localiza no Centro Histórico da cidade, o qual possui um conjunto arquitetônico colonial barroco português preservado e integrante do Patrimônio Histórico da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
O bairro é carinhosamente chamado de "Pelô" pelos moradores.1
 
A palavra "pelourinho" se refere a uma coluna de pedra, localizada normalmente ao centro de uma praça, onde criminosos eram expostos e castigados. No Brasil Colônia, era, principalmente, usado para castigar escravos.

História

A história do bairro soteropolitano está, intimamente, ligada à história da própria cidade, fundada em 1549 por Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil, que escolheu o lugar onde se localiza o Pelourinho por sua localização estratégica - no alto, próximo ao porto e com uma barreira natural constituída por uma elevação abrupta do terreno, verdadeira muralha de até noventa metros de altura por quinze quilômetros de extensão, facilitando a defesa da cidade.
Era um bairro eminentemente residencial, onde se concentravam as melhores moradias até o início do século XX.
A partir dos anos 1960, o Pelourinho sofreu um forte processo de degradação, com a modernização da cidade e a transferência de atividades econômicas para outras regiões da capital baiana, o que transformou a região do Centro Histórico em um antro de prostituição e marginalidade.
Somente a partir dos anos 1980 (com o reconhecimento do casario como Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e dos anos 1990 (com a revitalização da região) é que o Pelourinho transformou-se no que é hoje: um centro de efervescência cultural.
Nas últimas décadas, o Pelourinho passou a atrair artistas de todos os gêneros: cinema, música, pintura, tornando-o um importante centro cultural de Salvador.

Localização


Detalhe do mapa de Salvador, mostrando seu Centro Histórico e áreas adjacentes, onde está o Pelourinho
Limitando-se ao norte com PilarSanto Antônio e Barbalho, ao sul com a  e Saúde, a leste com Comércio e a oeste com Sete Portas, o Pelourinho compõe-se de ruas estreitas, enladeiradas e com calçamento em paralelepípedos.

Reestruturação e revitalização

A partir do início dos anos 1990 a área foi o cerne do processo de revitalização do Centro Histórico, com a desapropriação dos moradores, recuperação de fachadas e prédios.
Atualmente, no Pelourinho, estão as sedes de várias organizações, tais como:

Pelourinho hoje

Hoje o Pelourinho, situado no coração do centro histórico da cidade, é um grande shopping ao ar livre pois oferece inúmeras atrações artísticas e musicais. Há uma concentração de bares, restaurantes, boutiques, museus, teatros, igrejas e outros monumentos de grande valor histórico, todos localizados na área do Pelourinho. Agora é um Pelourinho revivido e colorido, repleto de atividades culturais e eventos, especialmente o Pelourinho à noite e de dia há um projeto que é realizado em muitas praças e ruas do bairro.
O programa, que é gratuito, traz ao público eventos diários, como apresentações musicais, danças, e peças curtas que agradam todos os tipos de gostos. Há também as práticas do grupoOlodum, cada domingo e terça-feira. Os Filhos de Ghandi também têm práticas lá nos meses que antecedem o Carnaval.

Bloco dos Bonecões no Pelourinho.jpg

O Bloco dos Bonecões desfilando nas ruas do Pelourinho, no Carnaval de 2008

Igreja Nosso Senhor do Bonfim

Igreja Nosso Senhor do Bonfim

Fachada principal da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim.

Igreja Nosso Senhor do Bonfim é um templo católico, está localizada na Sagrada Colina, na península de Itapagipe, em Salvador, no Brasil. É lá que são distribuídas as famosas Fitinhas do Bonfim

Altar-mor.

Monumento de fé

Para o povo baiano, a Igreja do Bonfim é o maior centro da fé católica, e ainda daquelas que, pelo sincretismo, têm no local o ponto máximo da religião.
As imagens de Nosso Senhor do Bonfim e de Nossa Senhora da Guia vieram de Portugal para a Bahia, através do Capitão da marinhaportuguesa Theodozio Rodrigues de Faria, chegando no dia 18 de abril de 1745, num domingo de Páscoa e ficando abrigadas na Igreja da Penha, edificada na ponta da península itapagipana, até 1754.

História

A imagem do Nosso Senhor do Bonfim foi trazida em razão de uma promessa feita pelo capitão-de-mar-e-guerra da marinha portuguesa, Theodózio Rodrigues de Faria, que, durante forte tempestade prometeu que se sobrevivesse traria para o Brasil a imagem de sua devoção. Assim, em 18 de abril de 1745, réplica da representação do santo existente em Setúbal foi trazida de Setúbal, terra natal do capitão, e abrigada na Igreja da Penha até o término da construção da Igreja do Senhor do Bonfim. Em 1754, a parte interna da Igreja do Senhor do Bonfim foi finalizada e as imagens transferidas para lá em procissão, onde foi celebrada missa solene.
A iluminação era feita através de lampiões até que em junho de 1862 foi implantada a iluminação pública, feita com lâmpadas de gás carbônico. As instalações elétricas realizadas em 1902 foram mantidas até 1998, quando a igreja foi restaurada.
A lavagem da Igreja teve início em 1773, quando os integrantes da "irmandade dos devotos leigos" obrigaram os escravos a lavarem a Igreja como parte dos preparativos para a festa do Senhor do Bonfim, no segundo domingo de janeiro, depois do Dia de Reis. Com o tempo, adeptos do candomblé passaram a identificar o Senhor do Bonfim com Oxalá. A Arquidiocese de Salvador, então, proibiu a lavagem na parte interna do templo e transferiu o ritual para as escadarias e o adro. Durante a tradicional lavagem as portas da Igreja permanecem fechadas durante a lavagem - as baianas despejam água nos degraus e no adro, ao som de toques e cânticos africanos.1
É uma das mais tradicionais igrejas católicas da cidade, dedicada ao Senhor do Bonfim, padroeiro dos baianos e símbolo do sincretismo religioso da Bahia
Foi erguida a partir de 1745, ano em que chegaram as imagens do Senhor Jesus do Bonfim e de Nossa Senhora da Guia, trazidas de Portugal pelo capitão Theodózio Rodrigues de Faria, estando concluída em 1772.
Em 1923, por razão das comemorações pela Independência da Bahia, foi composto o Hino ao Senhor do Bonfim, de autoria do poeta Arthur de Salles e João Antônio Wanderley. Este hino tornou-se muito popular na Bahia até os dias atuais.

Arquitetura

Construída em estilo neoclássico com fachada em rococó, essa típica igreja colonial portuguesa possui duas torres sineiras laterais. A Igreja do Bonfim de Salvador chama a atenção por suas dimensões e pela posição de destaque na elevação onde foi instalada.

Festa da Lavagem

Todos os anos realiza-se a Lavagem do Bonfim, na escadaria da igreja, onde baianas lavam com água de cheiro e muita festa os seus degraus. Tudo começa com uma procissão desde a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, padroeira da Bahia, até ao Bonfim. Uma grande massa humana acompanha a festa.

Catedral Basílica Primacial São Salvador

Catedral de Salvador


Capela-mor e altar principal

Catedral Basílica Primacial São Salvador
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Catedral Basílica Primacial São Salvador é a igreja mãe de todas as igrejas na circunscrição Eclesiástica de São Salvador da Bahia, onde fica a cátedra do arcebispo metropolitano e primaz do Brasil. Nela também se encontra a sede da Paróquia da Transfiguração do Senhor. Essa igreja Catedral é a antiga capela do colégio dos jesuítas, que no ano de sua supressão foi entregue à Arquidiocese, e também porque a antiga catedral fora demolida.

É nesta igreja que o arcebispo primaz preside os principais atos litúrgicos de sua sé. Chama-se de Catedral Primacial por se tratar da catedral da primeira arquidiocese do Brasil. É um dos monumentos barrocos mais importantes do centro histórico de Salvador, com proporções majestosas e esplêndida obra de talha nos altares.


Histórico

Quando os jesuítas chegaram a Salvador, em 1549, integrando a comitiva do governador-geral Tomé de Sousa, fundaram uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Ajuda, dentro dos muros da cidade. Mas não se demoraram muito ali, pois receberam em doação um terreno fora dos muros.1 Sobre essa condição, as referências são vagas, havendo o registro feito em 1663 por Simão de Vasconcelos em "Crônica da Companhia de Jesus", onde se lê:"Razão tinha Manuel da Nóbrega para dar a Tomé de Sousa, quando este lhe objetava estar fora da cidade o local escolhido para o Colégio; a mesma resposta que o Padre Simão Rodrigues deu a El-Rei D. João III perante objeção idêntica, a respeito da casa de S. Roque, em Lisboa: Não se arreceie Vossa Alteza de ficar a casa fora da Cidade; a cidade virá juntar-se ao redor da casa. E assim foi. O grande bairro dos Andrades teve como célula genética a casa de S. Roque, como o Colégio da Bahia veio a fazer do Terreiro de Jesus o ponto central de Salvador."2

Assim, em 1550 foi fundado o Colégio dos Meninos com sua capela,1 todos ainda em taipa, material que logo se arruinara, sendo várias vezes reedificado.2 Coube a Mem de Sá a construção de um templo em alvenaria. Fernão Cardim, em 1585, assim o descreveu:"A igreja é capaz, bem cheia de ricos ornamentos de damasco branco e roxo, veludo verde e carmesim, todos com tela d'ouro; tem uma cruz e turíbulo de prata, uma boa custódia para as endoenças, muitos e devotos painéis de Cristo e todos os Apóstolos. Todos os três altares têm dosséis, com suas cortinas de tafetá carmesim. Tem uma cruz de prata dourada, de maravilhosa obra, com Santo Lenho, três cabeças das onze mil virgens, com outras muitas e grandes relíquias de santos, e uma imagem de Nossa Senhora de S. Lucas mui formosa e devota"2

A atual igreja é a quarta a ser erguida no mesmo local. A autoria do projeto é incerta, mas o visitador padre Cristóvão de Gouveia afirmou ter alterado o risco original do irmão Francisco Dias. Sua pedra fundamental foi lançada em 1657, sendo inaugurada e consagrada em 1672. Mas ainda não estava totalmente pronta. O frontispício foi concluído em torno de 1679, os sinos vieram de Portugal somente em 1681, as torres foram arrematadas em 1694 e a decoração interna se estendeu por muito mais tempo. Em 1746 foram instaladas estátuas na fachada.1

Características

Teto da Catedral
Detalhe da sacristia

Coroação de Maria, pintura na sacristia


Apesar de ter sido construída durante o período barroco, a arquitetura da Catedral tem um estilo geral maneirista. O revestimento da fachada e do interior é de pedra de lioz importada de Portugal expressamente para a construção. A fachada é austera e monumental, dividida em cinco módulos verticais separados por pilastras. Nos três módulos centrais se abrem portas coroadas por frontispícios onde há nichos para estátuas. Acima delas se abrem pequenas janelas. No nível superior, separado por uma larga cornija, há cinco janelas também coroadas por frontispícios, mas de menores dimensões. O último nível é o do frontão, vazado por uma janela quadrada, coroado por uma cruz e pináculos, e ladeado por duas grandes volutas. Nas extremidades se elevam dois pequenos campanários com coruchéus prismáticos.1

Possui uma única nave, uma capela-mor ladeada de duas pequenas capelas, mais duas capelas no transepto e outras ao longo da nave. A decoração das capelas secundárias é desigual e de difícil datação, tendo sido ornamentadas em diferentes períodos e várias vezes reformadas entre os séculos XVII e XVIII por vários artistas, entre eles o entalhador João Correia, os irmãos Luís Manuel Trigueiros e Domingos Trigueiros, e os pintores Domingos Rodrigues e Eusébio de Matos. As únicas capelas que guardam sua configuração original são as de Santa Úrsula, São Francisco Xavier e Santo Inácio de Loyola. O altar-mor data de 1665-1670, executado pelo irmão João Correia e auxiliares. Possui uma rica talha dourada, de grande importância artística e histórica, sendo um dos poucos altares maneiristas do Brasil. Em 1670 foi aberto um camarim na parte superior para exposição do Santíssimo Sacramento, decorado com painéis com as imagens de Santo Inácio e São Francisco Xavier, pintadas pelo irmão Domingos Rodrigues, autor de outros painéis na mesma capela. Em 1746 foi instalada uma imagem de Cristo Salvador em um nicho sobre o arco do cruzeiro, acima da capela-mor.1

À esquerda da capela-mor está a capela do Santíssimo Sacramento, que recebeu muitas das alfaias procedentes da antiga Sé quando esta foi demolida, entre elas um relicário de ouro e prata cravejado de diamantes, duas credências de altar e três palmas de prata. A capela do lado direito, atualmente dedicada a Nossa Senhora das Dores, foi descaracterizada por sucessivas reformas, o fundo foi perdido, embora ainda preserve uma talha rica nas laterais e duas grandes estátuas. As duas capelas do transepto, por outro lado, de dimensões comparáveis à capela-mor, possuem monumentais altares barrocos, instalados em 1754, dedicados a São Francisco Xavier e Santo Inácio, além de pinturas emolduradas em talha que cobrem paredes e teto.1

As capelas secundárias na nave originalmente guardavam preciosas obras de arte, mas pelas reformas ocorridas ao longo do tempo muitas se perderam, e outras foram transferidas para outros locais, como a sacristia e o Museu de Arte Sacra. Entre as relíquias que sobreviveram se destacam um busto-relicário de Santo Inácio revestido de prata, a imagem de Nossa Senhora das Maravilhas, também prateada, e bustos de Santa Úrsula e mais dez mulheres representativas das Onze Mil Virgens. O teto da nave tem uma rica decoração em talha com símbolos jesuíticos, em cujo centro se encontra um grande medalhão radiante com o monograma IHS (Iesus Hominum Salvator - Jesus Salvador dos Homens), o símbolo da Companhia de Jesus.1

No batistério se encontra uma grande pia batismal esculpida em um bloco único de pedra de lioz. A ampla sacristia também possui tesouros, destacando-se três altares barrocos de mármore multicolorido proveniente da Itália, onde são expostas estátuas e pinturas de grande porte; um grande arcaz entalhado em jacarandá por Luís Manuel de Matosinhos e Cristóvão de Aguiar, com incrustações de marfim e casco de tartaruga, e pinturas encaixadas de autoria do italiano Gerardo della Notte, e um lavabo em pedra. Na parede sobre o arcaz existe uma série de grandes pinturas sobre o Antigo Testamento, e o teto é decorado com pintura em caixotões, mostrando mártires e apóstolos jesuítas junto com motivos florais em estilo maneirista. As paredes são revestidas até meia-altura de azulejos pintados.1

A antiga livraria do colégio se localiza acima da sacristia. Seu acesso é feito por uma passagem com revestimentos de azulejos, e possui uma notável pintura em seu teto, no estilo da arquitetura ilusionística, com alegorias do Tempo e da Fortuna, atribuídas a Antônio Simões Ribeiro. Hoje ali funciona o Museu de Arte Sacra. A Catedral e todo o seu acervo foram tombados pelo Iphan em 1938 pela sua grande importância histórica e artística.1