Praia do Porto da Barra
A praia do Porto da Barra está situada no bairro da Barra, banhada pela Baía de Todos os Santos.
Localiza-se no bairro da Barra; limita-se ao sul pela encosta que é formada pela Ladeira da Barra, passando pelo Hospital Espanhol indo até o Farol da Barra, passando pela fortaleza de Santa Maria.
Esta praia possui uma pequena extensão de areia e é bastante frequentada aos fins de semana e feriados, possuindo uma pequena enseada de ondas calmas e água de temperatura agradável, bastante propício ao banho de mar.
No limite do passeio, em pedras portuguesas, existe uma balaustrada de onde se tem uma excelente vista da Ilha de Itaparica e de onde pode-se apreciar o pôr-do-sol - um dos poucos locais do Brasil continental onde o poente ocorre sobre o mar.
Esta enseada termina antes da fortaleza de Santa Maria, a partir da qual as formações rochosas tornam o local inapropriado ao banho.
Existe também um monumento, em forma de cruz, indicando o local do desembarque do primeiro governador-geral do Brasil Tomé de Sousa.
É um dos pontos turísticos da Bahia, com vários hotéis e restaurantes.
O jornal britânico The Guardian apontou o Porto da Barra como a terceira melhor praia do mundo.1
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Vista da praia do Rio Vermelho.
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O bairro à noite, ao fundo o acarajé de Dinha.
Rio Vermelho (Salvador)
Localização e descrição
Localizado entre os bairros de Ondina e Amaralina, tendo ao norte o Engenho Velho da Federação, Santa Cruz e o Nordeste de Amaralina.
Neste bairro estão situados luxuosos hotéis e pousadas, sendo intensa sua vida noturna.
Conhecido pelo clima boêmio, pelos acarajés de Cira, de Regina e de Dinha, e pela colônia de pescadores, seus moradores comemoram anualmente, no dia 2 de fevereiro, a Festa de Iemanjá, rainha do mar.
Em razão de suas estreitas vias, mesmo as principais (ruas Oswaldo Cruz e Odilon Santos) possui um tráfego de veículos difícil.
Confluindo para o Largo de Santana - onde a capela dedicada a esta santa situa-se bem ao meio do caminho, a Rua da Paciência (que recebe o intenso tráfego da Avenida Oceânica), a Avenida Cardeal da Silva e Rua João Gomes o trânsito sofre ali um afunilamento que em certos horários fica praticamente estagnado. Nas imediações do Largo há outro templo dedicado a Santana.
O Rio Vermelho, que dá nome ao bairro mas também é conhecido como Rio Lucaia, margeia a Avenida Juracy Magalhães Júnior. Próximo a sua foz, existe uma estação de condicionamento prévio de esgotos domésticos, onde resíduos sólidos e partículas em suspensão são separadas do efluente final, que é lançado a 2,7 quilômetros da costa pelo emissário submarino do Rio Vermelho, evitando a contaminação da praia.
Apesar do grande crescimento vertical verificado noutras áreas da capital, o Rio Vermelho ainda conserva-se um bairro essencialmente de casas. As estreitas vias mais antigas receberam nomes que homenageiam importantes cidades baianas, como Caetité, Itabuna, Ilhéus, etc.
Na rua Alagoinhas está a casa que foi a residência do falecido escritor Jorge Amado e de sua esposa Zélia Gattai, e onde estão guardadas as cinzas do Imortal.
Outro importante logradouro do bairro é o Largo da Mariquita, onde está situado o Mercado do Rio Vermelho, antiga e tradicional feira livre.
História
O Rio Vermelho tem sua história iniciada no século XVI, com o naufrágio de Caramuru ao seu território. Aqui viviam os tupinambás e Caramuru foi o elo de comunicação entre os nativos e os europeus. Quando o primeiro governador-geral chegou a Salvador, as terras a uma légua para o norte e duas léguas para o sertão do Rio Camarajipe foram doadas a Antônio de Ataíde. E assim nasceu o Rio Vermelho. Inicialmente a região tinha poucos habitantes, com uma paisagem de currais, armação de pesca e jesuítas.
Com a invasão holandesa de 1624, muito moradores vieram para o Rio Vermelho, pela distância do local invadido. Aproveitando o clima tenso e a desorganização dos brancos, alguns escravos fugiram para as matas frondosas, formando em 1629 um quilombo no Rio Vermelho. Este quilombo foi esmagado três anos depois pelos capitães-do-mato Francisco Dias de Ávila e João Barbosa Almeida. Os pescadores, que tem presença marcante até hoje, dominavam o lugar no século XVII. Nas palavras do visitante francês Tollenare: " é um povoado de pescadores, de umas 100 cabanas, na foz de um pequeno rio que se lança no mar a uma légua a leste do Cabo de Santo Antônio. Os arredores são encantadores e um forte muito arruinado contribui para o pitoresco da paisagem". Com o passar dos anos, em meados do século XIX, o Rio Vermelho tinha três núcleos de povoamento definidos: Paciência, Mariquita e Santana. No último havia a igreja velha da matriz, e atraía pessoas de todos os cantos da cidade devido aos festejos religiosos.
Cultura e religiosidade
O bairro é referido na canção Onde o Rio é mais baiano de Caetano Veloso:
- "E agora estamos aqui / Do outro lado do espelho / Com o coração na mão / Pensando em jamelão no Rio Vermelho".
O bairro concentrou as festas de devoção a Santana e, com a mística da religiosidade afro-descendente, também reuniu o culto a Iemanjá, divindade protetora dos pescadores, ambas com festejos anuais bastante populares na Capital.
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