Por Claudia Liechavicius
Male é a pequenina capital das Maldivas. Tão pequena que quase nem circulam carros por lá. Claro, até têm alguns. Mas, a maioria das pessoas anda de bicicleta, moto ou a pé. Afinal, a ilhota que abriga o centro político e comercial desse cobiçadíssimo arquipélago tem apenas dois quilômetros quadrados de extensão e comporta 100 mil habitantes.
Os aviões internacionais descem na ilha de Hulhule, um dos bairros de Male (são seis no total). Para chegar ao centro da cidade é preciso tomar um barco que leva cinco minutos para fazer a travessia de uma ilha para a outra, ou de um bairro para outro.
Vou ser bem sincera. As pessoas em Male são muito simpáticas e sorridentes. No entanto, não há nenhum encanto que justifique uma parada na capital. As ruas são "sujinhas". Nada convidativas. Difícil achar alguma coisa que encha os olhos. Nem mesmo consegui sentar em um bom restaurante. O ideal é fazer uma conexão e partir imediatamente. Mas, para quem faz questão de conhecer a capital, não reserve mais do que duas ou três horas para isso. É mais do que suficiente.
Então, vamos dar um rolé breve pela cidade.
O mercado local é formado por algumas barracas que vendem frutas e legumes, na beira do cais. Nada é produzido ali por falta de espaço. Todos os produtos vem de fora e chegam de barco. O mercado é bem precário. Os vendedores são homens. Mulheres quase não vistas
ali. Afinal, eles são muçulmanos.
Mercado de frutas e legumes de Male.
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O Fish Market ou Mercado do Peixe é outro local indicado para visitação. Realmente, o lugar é meio esquisito, sem boas condições de higiene e digamos... fedorento. Para quem é um pouco fresco o passeio é dispensável.
O Fish Market fica próximo ao cais quase em frente ao mercado local.
O Centro Islâmico é o ponto alto da cidade. O complexo é relativamente recente e engloba uma mesquita, salas de aula e um centro de convenções. Abriu suas portas em 1984. A Grande Mesquita é o que mais chama atenção com sua grande cúpula dourada. Tem capacidade para abrigar até 5000 fiéis.
A Grande Mesquita recebe visitas de pessoas de outras religiões das 9:00 às 17:00 hs, fora dos períodos de chamada para reza.
O Palácio Presidencial Mulee-aage foi construído pouco antes da Primeira Guerra Mundial por ordem do Sultão Shamsuddeen III, para seu filho. No entanto, o governo foi derrotado e seu filho nem mesmo chegou a tomar posse do cargo. Em 1953, o prédio foi designado como Palácio Presidencial e passou a servir como residência do presidente das Maldivas.
O Palácio Presidencial fica nessa casa alegre e colorida.
O Parque do Sultão e Museu Nacional fazem parte do antigo Palácio do Sultão e dos prédios do palácio no período da monarquia. Em 1952, o museu abriu suas portas e exibe objetos antigos que pertenceram aos monarcas e da época pré-islâmica.
Esse ilhéu caminha trajando vestimentas locais, pelo Parque do Sultão. A Medhuziyaaraiy, abriga a tumba de Abu-al Barakaat a quem a população das Maldivas rende seu respeito pela iluminação do Islã, em 1153.
A tumba de Abu-al Barakaat é um dos locais mais visitados de Male.
Bem, esses são os principais locais de visitação. Não há muito que ver e fazer na capital das Maldivas.
Se você partiu para as Maldivas decidido a encontrar esse mar azul cristalino da foto, num lugar paradisíaco e perfeito para descansar ou namorar, então não perca tempo na capital Male. Isso não existe ali. Tome um hidroavião imediatamente para um bom resort em um dos tantos atóis que o país ostenta. Agora sim! Aproveite o melhor da vida. As ilhas das Maldivas são imperdíveis (mas, sua capital não). Procure um atol para chamar de seu! .
DICA: Se precisar pernoitar em Male fique no Hulhule Island Hotel. Não é um hotel maravilhoso, mas é prático para passar a noite por ficar praticamente ao lado do aeroporto.