Sempre na minha mente e no coração...

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terça-feira, 24 de março de 2015

MÊS DA MULHER - MULHERES INESQUECÍVEIS... ODETE LARA

www.gazetadopovo.com.br

Odete Lara

Odete Righi Bertoluzzi, mais conhecida como Odete Lara (São Paulo17 de abril de 1929 – Rio de Janeiro4 de fevereiro de 2015) foi uma atrizcantora e escritora brasileira.

Biografia

Filha única de imigrantes do norte da Itália. Seu pai, Giuseppe Bertoluzzi, era originário de Belluno. Sua mãe, Virgínia Righi, cometeu suicídio quando Odete tinha seis anos. Por esse motivo foi internada num orfanato de freiras e depois levada para a casa de sua madrinha. Odete se apegou fortemente ao pai, seu único referencial afetivo. Mas vitimado por uma tuberculose, Giuseppe foi obrigado a ficar afastado da filha. Giuseppe também se matou quando Odete tinha 18 anos, deixando a filha órfã.3
Seu primeiro emprego foi como secretária e datilógrafa. Foi uma amiga que estimulou Odete Lara a fazer curso de modelo no Museu de Arte Moderna de São Paulo e participou do primeiro desfile da história da moda brasileira realizado no próprio MASP. A beleza de Odete deslumbrou Otomar dos Santos, que a indicou para a então recém-inaugurada TV Tupi de Assis Chateaubriand.
Na televisão, Odete Lara começou como garota-propaganda. Em seguida participou da versão televisiva de Luz de Gás, com Tônia Carrero e Paulo Autran, depois Branca Neve e os sete anões, onde interpretou a Rainha Má.
Odete Lara se tornou estrela do "TV de Vanguarda", uma das maiores atrações da TV Tupi. Algumas telenovelas em que atuou nessa emissora foram: As BruxasA volta de Beto Rockfeller e Em Busca da Felicidade. Foi contratada pelo grupo teatral do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e estreou na peça Santa Marta Fabril S/A, dirigida por Adolfo Celi.
Seu primeiro filme foi O gato de madame, ao lado de Mazzaropi (filme de 1956), a convite do autor Abílio Pereira de Almeida e seu último filme foi o longo "O Princípio do Prazer" de 1979.4
Também foi cantora no espetáculo Skindô ao lado de Vinícius de Moraes. Esse espetáculo foi gravado em disco. Também cantou no espetáculo Eles e Ela, com Sérgio Mendes,Meu refrão, com Chico Buarque e Quem samba fica, com Sidnei Miller. Outro disco que participou foi Contrastes.
Odete Lara abandonou sua carreira no auge, converteu-se ao budismo e partiu para um autoexílio num sítio nas montanhas de Nova Friburgo, estado do Rio de Janeiro.
Publicou três livros autobiográficos, Eu nua, Minha jornada interior e Meus passos na busca da paz. Traduziu várias obras do budismo.
Foi casada com o dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho e com o diretor de cinema Antonio Carlos Fontoura. Namoradeira assumida, também teve um caso com o novelista Euclydes Marinho.
Morou por muitos anos em seu sítio em Nova Friburgo, mas por problemas graves de saúde, retornou a capital fluminense, e morava no bairro tradicional do Flamengo, com uma dama de companhia. Odete Lara morreu em 4 de fevereiro de 2015, aos 85 anos, vítima de um infarto enquanto dormia. Seu corpo foi cremado no Cemitério Luterano, Nova Friburgo.5
O filme Lara foi baseado na história de sua vida.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Odete_Lara

paranashop.com.br

setarosblog.blogspot.com

Protesto reuniu Eva Todor, Tônia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz ...
... Odete Lara e Normal Bengell. Agora comparem as atrizes da foto anterior e o que combatiam com o que combatem hoje as Descerebradas do Projac.

vejasp.abril.com.br

blogs.ne10.uol.com.br


g1.globo.com6

MÊS DA MULHER - MULHERES INESQUECÍVEIS - NORMA BENGUELL

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Relembre a trajetória de Norma Bengell em fotos - Jornal O Globo
Série 'Depoimentos para a posteridade', do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, com a atriz Norma Bengell. Nessa foto de 2012, Bengell imita as caretas de Carlos Manga Foto: Marcos Ramos / Agência O Globo
Norma Bengell

Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães d'Áurea Bengell (Rio de Janeiro21 de fevereiro de 1935 — Rio de Janeiro, 9 de outubro de 20131 ) foi uma atrizcineastaprodutoracantora e compositora brasileira.2
Era filha única de um alemão, afinador de pianos, com uma jovem rica da zona sul carioca. Esta perdeu sua fortuna ao ser deserdada pelo pai, uma vez que seus pais não aprovavam o namoro e por escolher ir viver junto com um homem sem ser casada. Em virtude de tudo isso, Norma foi criada em condições humildes em Copacabana. Aos 10 anos de idade, por inúmeras brigas em seu lar, seus pais se separaram, e por sua mãe não ter condições de criá-la, Norma teve que ir embora com o pai para viver com os avós paternos na Alemanha, onde passou o fim de sua infância e toda sua adolescência, tendo sido uma jovem muito rebelde, não aceitando regras sociais, e por conta desta rebeldia, foi internada em um colégio de freiras, mas foi expulsa de lá e abandonou os estudos, voltando a morar no Brasil com a mãe. Passando dificuldades, começou a trabalhar no início dos anos 1950, primeiro como modelo e, depois, como vedete do teatro de revista, onde também desenvolveu seu lado de cantora.2

Carreira

O convite para fazer cinema veio aos 23 anos, quando contracenou com Oscarito na chanchada "O Homem do Sputnik" (1959), de Carlos Manga, fazendo uma paródia de Brigitte Bardot.2
No mesmo ano, lançaria seu primeiro LP, "OOOOOOh! Norma", com canções como "Fever" (sucesso na voz de Peggy Lee) e "Eu Sei que Vou te Amar" (Tom Jobim). O álbum chamou atenção por sua capa, com uma foto em que Norma parecia estar nua.2
Dois anos depois, foi a primeira atriz brasileira a apresentar-se em uma cena de nu frontal, no filme Os Cafajestes, de 1962. Chamou a atenção pela sua sensualidade, cantando e parodiando a famosa atriz francesa Brigitte Bardot. Sua nudez explícita no longa "Os Cafajestes", de Ruy Guerra, causaria escândalo, tornando-a alvo de críticas violentas da Igreja Católica e de organizações como a Tradição, Família e Propriedade (TFP).2
Sua atuação no premiado "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte (1920-2009), rendeu convites para atuar em produções italianas e francesas, como "Mafioso" (1962), de Alberto Lattuada, e "La Constanza della Ragione" (1964), de Pasquale Festa Campanile.2
De volta ao Brasil, atuou em "Noite Vazia" (1964), de Walter Hugo Khoury, e, durante as filmagens, se casou no estúdio da Vera Cruz com o ator Gabriele Tinti, em altar improvisado pelo diretor.2
Em 1968, ano em que encenou a peça "Cordélia Brasil", de Antônio Bivar, em São Paulo, foi sequestrada no Teatro de Arena e levada ao Rio por três homens do 1º Batalhão Policial do Exército. Lá, foi interrogada por cinco horas sobre "a subversão na classe teatral". Seria a primeira de várias detenções pelo regime militar, que a levaram a se exilar na França em 1971.2
Quatro décadas depois, foi reconhecida pelo governo brasileiro como anistiada política e teve direito a uma indenização de R$ 254,5 mil, além de um pagamento mensal de R$ 2.734.2
Sua atuação política durante a ditadura renderia ainda uma polêmica involuntária em 2010, quando a então candidata a presidente Dilma Rousseff colocou, entre fotos de sua trajetória pessoal, uma imagem de Bengell durante a Passeata dos Cem Mil.2
O episódio foi tratado como uma tentativa de induzir os eleitores ao erro, devido à semelhança física entre ambas. "Acho normal. Não tem nada que pedir desculpas. Aliás, eu gosto da Dilma. Acho que ela é maravilhosa, uma mulher que sofreu muito", disse a atriz à Folha.2
Em 1984, filmou com Mick Jagger o videoclipe da música "She's the Boss", em que fazia o papel de "fazendeira decadente e autoritária".2
Além de atriz de teatro, cinema e novelas como "Partido Alto", da Globo, Bengell ainda gravou discos como "Norma Canta Mulheres", produzido por Guilherme Araújo.2
Como cantora, seu primeiro sucesso foi o 78 rpm com "A lua de mel na lua" e "E se tens coração" (da trilha sonora do filme "Mulheres e milhões", de Jorge Ilely). Após anos gravando participações em trilhas sonoras e discos de outros artistas, seu segundo LP "Norma canta mulheres", sai apenas em 1977, com composições de Dona Ivone Lara,Luli e LucinaMarlui MirandaDolores DuranChiquinha GonzagaRosinha de ValençaGlória GadelhaSueli CostaRita LeeJoyce e Maysa, além de "Em nome do amor", parceria de Norma com Glória Gadelha.2

A carreira de Bengell como diretora seria conturbada desde o início, em 1987, com o longa "Eternamente Pagu", sobre a poeta e feminista Patrícia Galvão, apelidada de Pagu.2Ela atribuiu as dificuldades para conseguir verbas ao "machismo e misoginia" dos "burocratas da Embrafilme", e teve de recorrer ao então presidente José Sarney para conseguir financiamento.Também brigou com uma das roteiristas do filme e com críticos que deram avaliações negativas.2
Norma Bengell depois tentaria a carreira de diretora, realizando, nessa função, o filme de 1996 O guarani, baseado na obra do romancista José de Alencar. Por conta deste filme, caiu em desgraça após o imbróglio jurídico envolvendo a prestação de contas deste filme que foi fracasso de público e de crítica. O filme teve autorização do MinC para captar R$ 3,9 milhões via renúncia fiscal, mas levantou R$ 2,99 milhões.2
O MinC achou notas frias na prestação de contas e passou o caso ao Tribunal de Contas da União, que também acusou retirada de ªpró-laboreº (quantia que o produtor destina a si mesmo pelo trabalho realizado) em valor superior ao permitido.2 O TCU determinou a devolução de R$ 3,8 milhões. A Justiça do Rio decretou a indisponibilidade de seus bens e ela foi indiciada pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e apropriação indébita.2
Em entrevista à Folha, em 2007, a diretora disse ter "a consciência limpa". Segundo ela, o ministério "implicou com uma nota dada por uma pessoa que não tinha pago ISS ou INSS, um 's' desses". Bengell diz que, ao perceber que havia levantado mais dinheiro do que precisaria, devolveu R$ 500 mil ao MinC.2

Em 2008 assinou contrato com a TV Globo até novembro, efetivando assim sua personagem Deise Coturno até o fim da segunda temporada da série Toma Lá, Dá Cá. Antes, ela já havia feito participações esporádicas após a saída temporária do ator Ítalo Rossi, que vive o Seu Ladir.2
Em 2010 sua foto foi utilizada pela pré-candidata do PT à Presidência da República, a ex-ministra Dilma Rousseff, em seu sítio eletrônico. Tal atitude provocou polêmicas, inclusive a acusação do uso indevido da imagem e associação da atriz. No entanto, Norma Bengell desmentiu ter descontentamento e manifestou apoio à pré-candidata.3
Em 27 de abril de 2010 em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a atriz Norma Bengell disse que não viu problema algum no uso de uma foto sua no website Dilma na Web. A fotografia de Bengell aparece numa ilustração da seção “Minha vida”, que conta a trajetória de Dilma e o contexto histórico do país desde a década de 1960.2
Diz Bengell: "Eu não vi, não. Uma amiga viu e me contou. Acho normal. Não tem nada que pedir desculpas. Fiz parte das passeatas contra a ditadura. Aliás, eu gosto da Dilma. Acho que ela é maravilhosa, uma mulher que sofreu muito. Tomara que ganhe", afirmou ela, dizendo ter simpatia pela ex-ministra da Casa Civil.2

Vida Pessoal

Seu primeiro e único casamento foi com o ator italiano Gabriele Tinti. Se conheceram em 1963 e em 1964 chocaram a sociedade conservadora da época, pois foram morar juntos sem serem de fato casados. A união durou até 1969, pois a artista não queria se sujeitar a um casamento em que o homem comandava tudo, querendo proibi-la de trabalhar. Após a separação, Norma chocou mais uma vez a sociedade e foi morar sozinha, se mantendo sozinha, e se declarou feminista, passando a lutar em manifestações e sindicatos pelos direitos da mulher, defendendo o direito feminino de se divorciar, trabalhar, fazer um aborto, caso queira, assim como o uso da pílula e do preservativo, o que causou revolta a igreja católica e a sociedade daquela época.2
Querendo aproveitar a vida sem ter um relacionamento sério, jamais quis casar-se de novo, e revela ter tido muitos namorados e amantes; alguns eram famosos, e outros anônimos. A artista confessa sem culpas ter realizado 16 abortos, fruto desses diversos relacionamentos que teve, pois jamais quis ser mãe, e o acesso a métodos anticoncepcionais na época era muito difícil.2

Morte

Faleceu de câncer de pulmão, no dia 09 de outubro de 2013. A doença foi diagnosticada seis meses antes, mas a atriz não quis se tratar, e isso piorou sua depressão, pois há alguns anos estava quase sem dinheiro nenhum, passando a fumar muito mais do que já fumava. Foi internada no Hospital Laranjeiras-Rio, pois seu quadro de falta de ar se agravou muito, quando não mais resistiu. Seu corpo foi velado no mesmo dia de sua morte, no Cemitério São João Batista e cremado no dia 10 de outubro, no Cemitério do Caju. A artista estava morando sozinha em seu apartamento há muitos anos, em Copacabana, e nos últimos anos recebia cuidados de uma acompanhante de idosos, já que enfrentava problemas de coluna e andava em cadeira de rodas.4
http://pt.wikipedia.org/wiki/Norma_Bengell
ultimosegundo.ig.com.br
Norma Bengell em cena de 'Os Cafajestes' (1962). Foto: Divulgação

MULHERES INESQUECÍVEIS - Vitor Bacelar - MISS BRASIL (Martha Rocha) - Wilson Batista-Jorge de Cas...


Martha Rocha foi a primeira mulher eleita Miss Brasil
Martha Rocha se tornou referência nacional de beleza - Imagem: divulgação
Maria Martha Hacker Rocha entra para o RankBrasil por ter conquistado o mais cobiçado título nacional de beleza: ela foi a primeira mulher eleita Miss Brasil, no concurso que aconteceu em 26 de junho de 1954, em Petrópolis – RJ.
A recordista nasceu em Salvador – BA, em 19 de setembro de 1936. Loira e de olhos azuis, era cobiçada por muitos. Incentivada por uma colega, aos 18 anos participou do concurso Miss Bahia, venceu e logo após conquistou o Miss Brasil.
No concurso Miss Universo, que foi realizado em julho de 1954, nos Estados Unidos, a brasileira ficou em segundo lugar. Com fama absoluta, no Brasil ela se tornou referência nacional de beleza: uma verdadeira celebridade.
Apesar da segunda colocação resultado de duas polegadas a mais nos quadris o povo americano idolatrava Martha Rocha. Aproveitando o momento, a recordista encontrou a gloria, trabalhando como modelo e garota propaganda em estúdios de Hollywood.
Carreira
A partir de 1996, Martha Rocha passou a aparecer em júris de concursos de beleza, tornando-se a primeira miss a cobrar cachê para exercer esta função. Em 2004, foi homenageada com uma exposição itinerante de fotos de sua trajetória como Miss Brasil, ano em que o concurso chegava ao seu 50º aniversário.
O concurso
O Miss Brasil é um concurso realizado no país anualmente, que elege uma representante nacional da beleza da mulher brasileira, entre os estados da federação e o Distrito Federal. Atualmente, o concurso é de propriedade do Grupo Bandeirantes. A vencedora de cada edição do Miss Brasil representa o país no Miss Universo.

Duas polegadas
Diz a lenda que Martha Rocha perdeu o Miss Universo de 1954 para a vencedora, a americana Miriam Stevenson, por ter duas polegadas a mais nos quadris. Um fato curioso é que, em 1956, a Chevrolet lançou no Brasil a Picape 3100, com duas polegadas a mais na distância entre eixos que nos modelos convencionais. O utilitário foi apelidado de ‘Marta Rocha’.
A verdade pode machucar mas é sempre mais digna


Martha Rocha
O mito doma a crise

A ex-miss Brasil vence o câncer de mama e enfrenta aperto financeiro por causa do calote de um cunhado
Vivianne Cohen
André Durão
 
A pintura substituiu as sessões
de terapia e seus quadros são
sua fonte de renda
Todos os dias, Martha Rocha, 64 anos, acorda cedo para pintar. Passa horas em frente ao cavalete armado na apertada sala de estar do apartamento de dois quartos alugado, onde mora, em Copacabana.
À noite, diverte-se na casa de uma amiga jogando baralho. Volta cedo para casa, mas só dorme depois da meia-noite, hábito herdado dos tempos em que era uma das mulheres mais cobiçadas do País.
Quarenta e seis anos depois de ter perdido, por apenas duas polegadas, o título de Miss Universo, em Long Beach, nos EUA, a baiana Martha Rocha mantém uma rotina pacata. Parou de frequentar as festas que reuniam a nata da sociedade carioca, vendeu a ampla cobertura da Avenida Atlântica e vive sem luxos.
A bancarrota veio com a falência, em 1996, da Casa Piano, de seu ex-cunhado, Jorge Piano, onde estava aplicada sua fortuna. Quando soube que Jorge fugira para o Exterior após ter dado o calote em metade da sociedade carioca, Martha desmaiou.
Começava ali o calvário da ex-miss, que enviuvou aos 23 anos do primeiro marido, o empresário Álvaro Piano, pai de dois de seus filhos Álvaro Luiz, 43, e Carlos Alberto, 42. Ele morreu tragicamente num acidente de avião na Argentina em 1960. “Minha vida não foi um mar de rosas por eu ter sido miss”, afirma.
Desde que perdeu suas economias, Martha se mudou cinco vezes. Da cobertura com vista para o mar, passou para um apartamento menor, na Lagoa. Depois, morou num apart-hotel em Ipanema. Seus móveis ficaram guardados na casa de uma amiga, na Barra da Tijuca.
O aumento no aluguel fez com que optasse por um imóvel na Rua Paula Freitas, em Copacabana. Hoje, mora num menor, na mesma rua, alugado por cerca de R$ 550. “Tenho a minha imagem. Não posso convidar as pessoas para me visitarem num apartamento como esse”, diz. “Infelizmente, me lembro do Jorge todos os dias.”
Não foi só o aperto financeiro que Martha teve de driblar. Em junho, descobriu um câncer na mama esquerda. Ela atribui o surgimento da doença aos aborrecimentos decorrentes do calote do ex-cunhado. O exame de toque revelou o nódulo e uma mamografia constatou que o tumor era maligno. Um mês depois, internou-se na Clínica São Vicente para retirá-lo.
Nessa época, isolou-se dos amigos e da família. “Quis ficar sozinha porque estava muito bem. Não me abati por causa da doença”, disse ela, que se recusou a ficar sob os cuidados de uma enfermeira e fazia seus próprios curativos. A cirurgia foi seguida por 25 aplicações de radioterapia. “Sentia muita fraqueza, sonolência e ficava irritada”, lembra. Hoje, está recuperada.

“A Martha não merecia sofrer tudo o que sofreu. Mas ela é forte”, diz a amiga Ilka Bambirra, com quem joga buraco. Não por acaso, Martha escolheu receber a equipe de Gente na tarde de sexta-feira 28, dia em que a faxineira, com ela há 32 anos, vai à sua casa. Na sala, não há mais espaço para o piano que tocava e do qual teve de se desfazer. A persiana fica sempre fechada porque a ela não gosta da vista dos prédios da frente.

PINTURA é TERAPIA 
Apertado entre um móvel e outro, fica o cavalete em frente ao qual Martha se posta durante grande parte do dia. Certa vez, chegou a passar oito horas pintando sem interrupção. A paixão pelas tintas teve início em 1993, quando foi convidada a pintar um quadro para uma campanha do Unicef. Gostou da experiência e passou a freqüentar o ateliê de um amigo pintor.
Em 1997, vendeu uma de suas telas, que valem entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, para o então candidato a governador do Rio, Anthony Garotinho. Em novembro, Martha embarca para Miami, onde realizará uma exposição na churrascaria Porcão, organizada pelo produtor Luiz Augusto Diogo de Souza. Lá, reencontrará a filha Cláudia, 35, fruto da união com Ronaldo Xavier de Lima, o segundo marido, com quem viveu durante 13 anos. A pintura substituiu as sessões de terapia, que freqüentou desde os 36 anos. Além de distraí-la, os quadros também são sua fonte de renda.
As crises fizeram com que a eterna miss mudasse seus valores. Ela lembra que na década de 60 não trocava as noitadas por nada. “Era só me ligarem que já estava na rua. Adorava ver o sol nascer.” Hoje, prefere reuniões na casa de amigos e os jogos de baralho. As jóias e os vestidos também não têm mais tanta importância em sua vida.
A vaidade, porém, continua a mesma. “Não saio para ir à esquina sem colocar batom e blush.” A mulher que seduziu o País com sua beleza garante conviver muito bem com as rugas da velhice. “Se eu não envelhecesse, me sentiria mal. Hoje, a minha beleza está no que sou.”
Fotos: Álbum de família 
Em 1954, quando foi eleita miss Brasil (1). Elegante, no Jockey Club de São Paulo alguns meses depois de ganhar o título (2). No ano seguinte, como destaque na festa da laranja de Limeira, em São Paulo (3). Desembarcando em Buenos Aires com Álvaro Piano, o primeiro marido (4). Em 1961, na Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, no casamento com Ronaldo Xavier de Lima, ao qual compareceram mais de 5 mil pessoas (5)
 http://www.terra.com.br/istoegente/66/reportagem/rep_marta_rocha.htm
A verdade pode machucar mas é sempre mais digna.

pura sacanagem medir e julgar nossas belezas naturais pela fleumática insossa medida inglesa.
"Ganhe as profundezas, a ironia não desce até lá" Rilke. "A ironia é o pudor da humanidade" Renard. "A ironia é a mais alta forma de sinceridade" Vila-Matas.