Sempre na minha mente e no coração...

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sábado, 30 de agosto de 2014

05 de agosto: O dia que nos tirou Marilyn Monroe e Carmen Miranda!

d5 de agosto: 

O dia que nos tirou Marilyn Monroe e Carmen Miranda!

05 de agosto de 2014CarmemMarily53Divas da televisão americana nos anos 40/50, Marilyn Monroe e Carmen Miranda foram duas das figuras mais icônicas da cultura norte-americana (e, consequentemente, mundial) do século XX. Apesar de dividirem o mesmo espaço, desfrutarem da mesma cidade (Hollywood) e do mesmo prestígio, Marilyn e Carmen não tiveram muito em comum e seus caminhos poucas vezes se cruzaram. Entretanto, ambas tiveram o mesmo destino: tiveram suas vidas ceifadas em um 05 de agosto.
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Carmen Miranda nasceu em Portugal, trabalhou em rádio, teatro, cinema e televisão no Brasil, até alcançar o ápice da  fama nos Estados Unidos, onde mostrou ao mundo seu grande talento musical. 
E foi lá que faleceu, vítima de um ataque cardíaco. Em 05 de agosto de 1955, a luso-brasileira recebia alguns amigos em sua casa, em Beverly Hills. Quando, por volta das 2 horas da manhã, foi se deitar e sofreu um colapso cardíaco fulminante.Seu corpo foi encontrado por sua mãe no dia seguinte.
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Já Marilyn foi um dos maiores sex simbols do século XX, ditava moda e influencia a maneira como as mulheres se vestem até hoje. A musa do cinema norte-americano teve um fim muito mais misterioso do que Carmen Miranda. O ano era 1962 e Monroe faleceu em sua casa, na Califórnia, enquanto dormia. Foi um escândalo, a notícia pegou todos de surpresa, afinal, como pode uma jovem saudável de 36 anos morrer dessa forma?
Prevaleceu a explicação de que a morte se deu por overdose de barbitúricos. Porém, ninguém sabe ao certo o que aconteceu naquela noite. Uma ambulância foi vista do lado de fora de sua casa antes mesmo da governanta acionar o alarme, assim como um helicóptero. 
As gravações de seus telefonemas (o telefone de Marilyn estava grampeado) desapareceram, assim como toda a documentação de sua morte. Amigos que tentaram investigar o caso foram ameaçados de morte. No mínimo estranho, não? 
Há também quem diga que Marilyn não morreu:
http://wp.clicrbs.com.br/atlpop/destaque/05-de-agosto-o-dia-que-nos-tirou-marilyn-monroe-e-carmen-miranda/?topo=52,2,18,,224,77
DUAS PERDAS, IRREPARÁVEIS...

Carmen Miranda / Cantora e atriz

Carmen Miranda

Cantora e atriz
Biografia de Carmen Miranda:


Carmen Miranda (1909-1955) foi cantora e atriz luso-brasileira. Veio para o Brasil com 10 meses. Ainda criança já revelava talento para a música e a dança. 
Apresentada ao músico Josué de Barros, foi logo levada para cantar em clubes e teatros.
A música "Pra você gostar de mim", mais conhecida por "Tai", foi seu primeiro grande sucesso de carnaval. Gravou músicas de vários compositores e fez sucesso nas rádios. Participou de vários filmes, brilhou na Argentina, Chile e Uruguai.
No filme "Banana da terra" aparece pela primeira vez caracterizada de baiana. Estreou na Broadway em 1939, atuou em vários filmes em Hollywood, participou de programas de televisão, casas noturnas, cassinos e teatros.
Com seus trajes exóticos e sapatos plataforma, brilhava nos palcos contando seu repertório de rumbas e marchinhas de carnaval.


Carmen Miranda (1909-1955) nasceu no dia 9 de fevereiro, em Marco de Canaveses, cidade portuguesa no Distrito do Porto. Filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha e de Maria Emília Miranda.
Seu nome de batismo era Maria do Carmo Miranda da Cunha.
Quando tinha 10 meses de idade veio para o Rio de Janeiro, junto com sua mãe e sua irmã Olinda, onde seu pai já morava. Estudou em colégio de freiras e aos 14 anos já trabalhava como vendedora em lojas.
 Carmen não voltou mais a sua terra natal, onde foi homenageada com a criação do Museu Municipal Carmen Miranda.

Em 1929 Carmen foi apresentada ao compositor Josué de Barros e logo brilhou em teatros e clubes. Gravou os primeiros discos.
O grande sucesso veio com a marcha "Pra você gostar de mim" conhecida por "Tai", escrita especialmente para Carmen.
Em 30 de outubro realizou sua primeira turnê internacional em Buenos Aires.

Em 1933 ajudou a lançar a irmã Aurora, na carreira artística. Em 1936 estréia no filme Alô, Alô Carnaval, cantando com a irmã, e passaram a fazer parte do elenco do Cassino da Urca.

Em 1939 estreou no espetáculo musical em Boston e suas apresentações fizeram grande sucesso. Em 1940 apresentou-se na Casa Branca, para o presidente Franklin Roosevelt.


Carmen Miranda voltou ao Brasil em 1940 e foi acolhida no Cassino da Urca. Voltou aos Estados Unidos e foi homenageada com a marca de suas mãos e seu sapato gravados na Calçada da Fama de Los Angeles.
Gravou vários filmes e apresentou-se em cassinos, casas noturnas, teatros e rádio.

Teve vários namorados no Brasil e nos Estados Unidos. Casou-se em 1947 com o americano David Sebastian, que passou de empregado a empresário. Alcoólatra levou Carmen a consumir bebida alcoólica e não conseguiu administrar seus contratos.
O casamento entrou em crise e Carmen caiu em depressão.
Tornou-se dependente de estimulantes e calmantes.

Depois de 15 anos fora do Brasil, consagrada internacionalmente, viaja de volta ao Brasil em 1954, para rever a família. Sofrendo, ficou internada durante 4 meses para desintoxicação. Depois, já recuperada volta a Hollywood e apresenta-se no programa do comediante Jemmy Durante. Enquanto cantava e dançava, desmaiou e foi amparada. Recuperada, termina sua apresentação.
De volta para casa em Los Angeles, subiu a seu quarto e na manhã do dia 5 de agosto foi encontrada morta, vítima de um ataque do coração.


http://www.e-biografias.net/carmen_miranda/

Museu Carmen Miranda - No Rio de Janeiro


Um museu dedicado à Pequena Notável, uma das mais famosas cantoras brasileiras e símbolo internacional do país. Localizado em um prédio circular, no Parque do Flamengo, o museu possui um acervo de mais de 3 mil itens. Este espaço pertence à Secretaria de Estado de Cultura.

Fechado temporariamente.

Apresentação

O Museu Carmen Miranda foi criado oficialmente em 1956, porém sua inauguração só ocorreu vinte anos mais tarde, em 05 de agosto de 1976. A criação do museu foi uma resposta aos milhares de admiradores de Carmen Miranda, sobretudo estrangeiros, que desejavam um espaço para a preservação da memória da Pequena Notável, um dos mitos da Música Popular Brasileira. O acervo é composto, sobretudo, por pertences da artista, doados pela família após sua morte, em 1955, principalmente por sua irmã Aurora Miranda e seu viúvo David Alfred Sebastian.

São 3.560 itens, sendo 461 peças de indumentárias, entre elas 220 bijuterias, 11 trajes completos de shows e filmes, cintos, bolsas, sapatos e turbantes. Além dos famosos balangandãs, destacam-se a saia usada em seu show de estreia na Broadway; o turbante com que se casou e alguns trajes completos, como o que vestiu no dia em que foi homenageada na Calçada da Fama e o de seu último show, na véspera de sua morte.

O museu guarda, também, uma expressiva documentação bibliográfica e iconográfica: caricaturas originais, roteiros de filmes com anotações feitas por Carmen, fotografias, cartazes, troféus, partituras, programas e agradecimentos. Além de cinco mil recortes de jornais e revistas que relatam os acontecimentos históricos da Embaixatriz do Samba. Este espaço pertence à FUNARJ / Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro, vinculada à Secretaria do Estado de Cultura.

Centenário

Em fevereiro de 2009, durante a semana do centenário de Carmen Miranda, organizada pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, o artista plástico Ulysses Rabelo entregou ao acervo permanente do Museu Carmen Miranda uma estátua em tamanho natural em homenagem à cantora. Vestida com uma réplica do traje usado no filme Uma Noite no Rio, a escultura retrata fielmente a Pequena Notável, com detalhes que vão do distanciamento entre cílios ao movimento do turbante.


http://www.cultura.rj.gov.br/apresentacao-espaco/museu-carmen-miranda



Carmen Miranda - A PEQUENA NOTÁVEL!


Carmen Miranda


Maria do Carmo Miranda da Cunha GOIH (Marco de Canaveses9 de fevereiro de 1909 — Los Angeles5 de agosto de1955), mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira.1 nota 1 Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão.2
O seu primeiro grande sucesso veio em 1930, com a marcha Ta-hi!, de Joubert de Carvalho que foi recorde de vendas durante décadas, ultrapassando a marca de 36 mil cópias.3 Ao longo dos anos 30, Carmen foi consolidando sua carreira como cantora e atriz, chegou a participar de cinco longas metragens brasileiros.4 Foi a primeira artista de rádio a assinar contrato com uma emissora, quando na época todos recebiam somente cachês.5
Quando estava em temporada no Cassino da Urca, foi contratada pelo o magnata do show business Lee Shubert, para ser uma das atrações do seu espetáculo “The Streets of Paris”, que estrearia na Broadway. Este foi o episódio que transformou a vida de quem mais tarde viria a ser conhecida como "The Brazilian Bombshell".6
Em 1940, Carmen fez sua estreia no cinema dos Estados Unidos no filme Serenata Tropical, com Don Ameche e Betty Grable, suas roupas exóticas e sotaque latino tornou-se sua marca registrada.7 No mesmo ano, ela foi eleita a terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos, e foi convidada para se apresentar junto com seu grupo, o "Bando da Lua", para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca.8 Carmen Miranda é conhecida pelos penduricalhos ao pescoço e às frutas tropicais que lhe ornamentavam a cabeça.9 Em 1945, foi eleita a mulher mais bem paga dos Estados Unidos.10
Fez um total de catorze filmes em Hollywood entre 1940 e 1953. Embora aclamada como uma artista talentosa, sua popularidade diminuiu até o final da Segunda Guerra Mundial. O seu talento como cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico de suas apresentações. Carmen tentou reconstruir sua identidade e fugir do enquadramento que seus produtores e a indústria tentavam lhe impor, mas sem conseguir grandes avanços. De fato, por todos os estereótipos que enfrentou ao longo de sua carreira, suas performances fizeram grandes avanços na popularização da música brasileira, ao mesmo tempo, abrindo o caminho para o aumento da consciência de toda a cultura Latina.11
Carmen Miranda foi a primeira estrela latino-americana a ser convidada a imprimir suas mãos e pés no pátio do Grauman's Chinese Theatre, em 1941. Ela é considerada a precursora do Tropicalismo no Brasil, movimento cultural da década de 1960.12
Em 20 anos de carreira deixou sua voz registrada em 279 gravações no Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 gravações. Um museu foi construído mais tarde, no Rio de Janeiro, em sua homenagem.13 Em 1995 ela foi tema do aclamado documentário Carmen Miranda: Bananas Is My Business, dirigido por Helena Solberg,14 uma interseção no cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês em Hollywood foi oficialmente nomeada Carmen Miranda Square, em setembro de 1998.15 Até hoje, nenhum artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela.16

Biografia

Infância

Carmen Miranda foi batizada com o nome de Maria do Carmo Miranda da Cunha na igreja da freguesia de Várzea da Ovelha e Aliviada, concelho de Marco de Canaveses.17 Era a segunda filha do barbeiro José Maria Pinto da Cunha (Marco de Canaveses, Várzea da Ovelha e Aliviada, 17 de Fevereiro de 1887 - 21 de Junho de 1938) e de sua mulher, Maria Emília Miranda (Marco de Canaveses, Várzea da Ovelha e Aliviada, 10 de Março de 1886 - Rio de Janeiro, 9 de Novembro de 1971). Ganhou o apelido de Carmen no Brasil, graças ao gosto que seu tio Amaro tinha por óperas.

A emigração da família para o Brasil já estava marcada. Entretanto, ao ver-se grávida, a mãe de Carmen preferiu aguardar. Pouco depois de seu nascimento, seu pai, José Maria, emigrou para o Brasil,18 onde se instalou no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe, Maria Emília seguiu o marido, acompanhada da filha mais velha, Olinda, e de Carmen, que tinha menos de um ano de idade.19 18 Carmen nunca voltou ao país onde nascera. A câmara municipal de Marco de Canaveses deu seu nome ao museu municipal.
No Rio de Janeiro, seu pai abriu um salão de barbeiro na rua da Misericórdia, número 70, em sociedade com um conterrâneo. A família estabeleceu-se no sobrado acima do salão. Mais tarde mudaram-se para a rua Joaquim Silva, número 53, na Lapa.
No Brasil, nasceram os outros quatro filhos do casal: Amaro (1911), Cecília (1913-2011), Aurora (1915 - 2005) e Oscar (1916).18
Carmen estudou na escola de freiras Santa Teresa, na rua da Lapa, número 24. Teve o seu primeiro emprego aos 14 anos numa loja de gravatas, e depois numa chapelaria. Contam que foi despedida por passar o tempo cantando, mas o seu biógrafo Ruy Castro diz que ela cantava por influência de sua irmã mais velha, Olinda, e que assim atraía clientes20 .
Nesta época, a sua família deixou a Lapa e passou a residir num sobrado na Travessa do Comércio, número 13. Em 1925, Olinda, acometida de tuberculose, voltou a Portugal para tratamento, onde permaneceu até sua morte em 1931. Para complementar a renda familiar, sua mãe passou a administrar uma pensão doméstica que servia refeições para empregados de comércio.
Em 1926, Carmen, que tentava ser artista, apareceu incógnita em uma fotografia na sessão de cinema do jornalista Pedro Lima da revista Selecta. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que encantado com seu talento passou a promovê-la em editoras e teatros. No mesmo ano, gravou na editora alemã Brunswick, os primeiros discos com o samba Não Vá Sim'bora e o choro Se O Samba é Moda. Pela gravadora Victor, gravou Triste Jandaya (grafia original) e Dona Balbina ou "Buenas Tardes muchachos".20

Carreira

O início da carreira artística e consagração

Alô... Alô?
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Interpretado por Carmen Miranda e Mário Reis, gravado em 1934

Chegou a Hora da Fogueira
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Interpretado por Carmen Miranda e Mário Reis, gravado em 1933

Problemas para escutar estes arquivos? Veja introdução à mídia.

No estúdio da Rádio Mayrink Veiga, 1932, o jovem Manuel de Nóbrega, aos 19 anos (2º em pé da esq para dir) Carmen e Aurora Miranda (sentadas) segurando a flauta Pixinguinha.
Em 1928, o deputado baiano Aníbal Duarte, que almoçava na pensão dirigida por Maria Emília Miranda, apresentou Carmen a Josué de Barros. Josué trabalhava na Rádio Sociedade Professor Roquete Pinto e levou Carmen para atuar na emissora. Ele queria ouvir sua voz em disco, então a apresentou ao diretor da Brunswick e em 1929, ela gravou sua primeira música - o samba "Não vá simbora", com autoria de Josué. Carmen foi então apresentada ao diretor da gravadora RCA Victor, onde ela iniciou sua carreira gravando "Dona Balbina" e "Triste Jandaia". Meses depois foram lançadas as musicas "Barucuntum" e "Iaiá Ioiô".21
O famoso compositor e médico Joubert de Carvalho escutou em disco Carmen cantar a música Triste Jandaia enquanto passava pela Rua Gonçalves Dias, ponto de encontro de músicos e compositores, e insistiu que alguém o apresentasse à cantora. Feitas as apresentações, Joubert revelou que queria escrever algo especial para ela. Ele compôs a música Taí com a marcha-canção Pra Você Gostar de Mim. A música foi um sucesso e o disco vendeu 35 mil cópias no ano de lançamento, recorde para a época, Carmen era então aclamada pela crítica como a maior cantora do Brasil.22
Em 1933 ajudou a lançar a irmã Aurora na carreira artística. No mesmo ano, assinou um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga para ganhar dois contos de réis por mês. Foi a primeira cantora de rádio a merecer contrato, quando a praxe era o cachê por participação. Logo recebeu o apelido de "Cantora do It".nota 2

Carmen Miranda, na capa da revista A Scena Muda, fevereiro de 1935.
Apesar de Carmen não ser especificamente uma sambista (apesar de lhe terem atribuído esse título), chegou a gravar mais de vinte canções entre Tangos (um de seus gêneros favoritos), FoxtroteMarchas de carnaval e Lundu; dos mais populares autores brasileiros, como Ary BarrosoPixinguinhaNoel RosaCartola e Assis Valente. A carreira seguiria de vento em popa, Carmen excursionou por todos os estados do Brasil e logo começou a fazer sucesso nos países da América Latina.23 Em 30 de outubro de 1933, realizou sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires20 . Voltou à Argentina no ano seguinte para uma temporada de um mês na Rádio Belgrano. Também passou a estrelar vários filmes na época, ao todo ela fez sete filmes no Brasil a maioria, perdidos. Ela passou a ser chamada de "A Pequena Notável" por causa da estatura baixa.
Em dezembro de 1936, Carmen deixou a Mayrink Veiga e assinou com a Tupi, ganhando semanalmente 1 conto de réis.
Carmen une-se posteriormente ao Bando da Lua, e com eles começa a fazer turnês pelo Brasil, apresentando-se e acompanhada pelo conjunto Diabos do Céu, de Pixinguinha grava canções como "Anoiteceu" e "Tempo perdido".24
Em novembro de 1937, findo o primeiro contrato de Carmen com a Tupi, a Mayrink a chamou de volta por seis contos de réis mensais, reafirmando sua condição de a artista mais bem paga do rádio brasileiro - muito à frente de Francisco Alves, com quatro contos, e de Sylvio Caldas, com três, ambos na Mayrink.25
Dois anos depois de ingressar na Odeon, ela já era o mais popular e bem pago nome da música brasileira. Foi então que assumiu a condição de estrela principal do Cassino da Urca.26
Carreira cinematográfica no Brasil

Com Mesquitinha e Barbosa Júnior no filme Estudantes, 1935.

Em Alô, Alô, Brasil, 1935.
No início, sua carreira foi marcada por uma tímida atuação solo e algumas interpretações em duo, com astros do porte de Chico Alves,Mário Reis e Sylvio Caldas. Mais tarde veio o cinema, que em 1933 leva a sua imagem e seu jeitinho esperto de olhar para todo o país com "Luz do Carnaval", o primeiro de uma série de 19 filmes que marcaram sua trajetória.27
Em 1926, apareceu como figurante no filme A Esposa do Solteiro, e quatro anos depois assinou contrato para Degraos da Vida, que não chegou a ser rodado. Em 1932, faz parte do elenco de artistas de um semidocumentário: "Carnaval Cantado de 1932 no Rio".
Em 1933, canta as marchas "Good-Bye Boy" e "Moleque Indigesto", documentário nos moldes de Carnaval Cantado. Em 1934, canta duas músicas no filme "Alô, Alô, Brasil", tendo a ela sido concedida a última apresentação do filme, geralmente dada ao artista principal.
Em 1935, recebe o apelido de "A Pequena Notável", dado pelo célebre cantor-apresentador César Ladeira, com quem trabalhou na Rádio Mayrink Veiga.28
Com o sucesso do filme, é convidada para participar, em 1935 do filme "Estudantes", pela primeira vez como protagonista. O êxito do filme levou a Cinédia a chamá-la para um novo filme: "Bonequinha de Seda". Esta, por algum motivo não elucidado provavelmente viagem à Argentina - não aceitou o papel, que foi dado a Gilda de Abreu.
Em 20 de janeiro de 1936, estreou o filme Alô, Alô Carnaval com a famosa cena em que ela e Aurora Miranda cantam "Cantoras do Rádio". Neste mesmo celulóide, canta uma música sozinha no palco. No mesmo ano, as duas irmãs passaram a integrar o elenco do Cassino da Urca de propriedade de Joaquim Rolla. A partir de então as duas irmãs se dividiram entre o palco do cassino e excursões frequentes pelo Brasil e Argentina.2
Quase todos os musicais tiveram como tema o Brasil e o carnaval, mas foi o último filme, Banana da Terra, de 1939, que instaurou o estilo que consagrou Carmen Miranda no mundo todo. Ela apareceu interpretando O que é que a Baiana Tem? de Dorival Caymmi, usando as famosas roupas de baiana, turbantes, as altíssimas sandálias de plataforma e os inúmeros colares e pulseiras.29
Depois de uma apresentação para o astro de Hollywood Tyrone Power em 1938, aventou-se a possibilidade de uma carreira nos Estados Unidos. Carmen recebia o fabuloso salário de 30 contos de réis mensais no Cassino da Urca e não se interessou pela ideia.
Quando se apresentava na Urca, nos dias que antecederam o carnaval de 1939, vestida de baiana e cantando O que é que a Baiana Tem?, acompanhada pelo Bando da Lua, Carmen chama a atenção de Lee Shubert, grande produtor norte-americano, dono da Select Operating Corporation, que administrava metade dos teatros da Broadway, o empresário ficou impressionado com o seu talento e a contrata para seu espetáculo “The Streets of Paris”.30 A execução do contrato não foi imediata, pois a cantora fazia questão de levar o grupo musical Bando da Lua para a acompanhar, mas o Shubert estava apenas interessado em Carmen2 . O impasse foi resolvido graças à intervenção de Alzira Vargas, que garantiu o embarque dos integrantes do Bando da Lua.31 Carmen partiu no navio SS Uruguay em 4 de maio de 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.

A carreira nos Estados Unidos


Com Abbott & Costello emStreets of Paris, 1939.

Foto de Carmen Miranda, publicado pela New York Sunday News em 1941.
Protagonista de uma carreira meteórica, Carmen conseguiu uma projeção internacional como nenhuma outra artista do país, primeiro na Argentina e outros países da América Latina e depois nos Estados Unidos, Europa e em todo o mundo.
Nos Estados Unidos, a carreira de Carmen Miranda e sua imagem ganharam novas conotações. Carmen foi inicialmente contratada para trabalhar na Broadway fazendo performances musicais em grandes teatros e casas de entretenimento, já em 1940 começa a atuar também na indústria cinematográfica. Sempre acompanhada nos palcos e nos filmes do Bando da Lua. Com os filmes hollywoodianos Carmen sedimentou sua popularidade no país e se tornou uma estrela internacional.32
Em 29 de maio de 1939, estrelou a revista musical The Streets of Paris com a dupla de comediantes Abbott & Costello (de quem logo roubaria a cena),33 em Boston e em seguida na Broadway,34 35 com êxito estrondoso de público e crítica. As suas participações teatrais tornaram-se cada vez mais famosas.
Em 5 de março de 1940, fez uma apresentação perante o presidente Franklin D. Roosevelt durante um banquete na Casa Branca.36 Neste mesmo ano ela fez sua primeira aparição no cinema norte-americano; foi em Serenata Tropical, da 20th Century-Fox, em que Carmen apenas canta. O filme estreou em outubro daquele ano e bateu recordes de bilheteria.
Em pouco tempo fez participações em programas de grande audiência, cantando músicas como Mamãe Eu QueroTico-tico no FubáO que é que a Baiana Tem? e South American Way, tornando-se um fenômeno também nos EUA. Em 1945 era a mulher mais bem paga de Hollywood, segundo o Departamento do Tesouro Americano ganhando mais de 200 mil dólares no ano (2,2 milhões de dólares em 2010 ajustados pela inflação)37 38 39
Fabricada pelos filmes da 20th Century Fox sua imagem acabou criando um inconveniente para si própria: ela percebeu que estaria aprisionada a imagem da The Brazilian Bombshell para sempre. O seu talento como cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico de suas apresentações. Como contratada da Fox, ela era obrigada a forçar um sotaque latino caricato, mesmo falando inglês perfeitamente. Seu inglês foi considerado como um demonstrativo de sua ignorância, o que foi imortalizado pela expressão "Bananas is my business".40 Destemida, Carmen comprou seu contrato com a Fox por 75 mil dólares em 1946. Ela estava disposta a romper com o estereótipo da Brazilian Bombshell afim de mudar sua imagem e assumir papéis mais sérios no cinema.41
Entre os atores com quem contracenou, estão nomes importantes da antiga Hollywood, como Alice FayeBetty GrableJane PowellElizabeth TaylorVivian BlaineDon AmecheDean MartinJohn Payne e Cesar Romero. Seus filmes mais importantes foram Uma Noite no Rio (1941),Aconteceu em Havana (1941), Minha Secretária Brasileira (1942), Entre a Loura e a Morena (1943), Serenata Boêmia (1944), Alegria, Rapazes! (1944) e em 1947, com Groucho MarxCopacabana.
De 1940 à 1953 atuou em 14 filmes em Hollywood e nos mais importantes programas de rádio, televisão, casas noturnas, cassinos e teatros norte-americanos. A Política de Boa Vizinhança, implementada pelos Estados Unidos para buscar aliados na Segunda Guerra Mundial, incentivou a imigração de artistas latino-americanos. Apesar de Carmen ter obtido o sucesso nos EUA muito antes da implantação desta política (o personagem Zé Carioca de Walt Disney esta muito mais associado a isto), ela acabou se tornando o modelo mais bem sucedido do projeto.2 .

Impressões de Carmen Miranda na Calçada da Fama do Teatro Chines.
No fim dos anos 40 ela excursionou por toda a Europa, fez longa temporada no Teatro London Palladium em Londres, batendo recordes de público, e até chegou a receber simbolicamente as chaves da cidade de Estocolmo, capital da Suécia.42 43
Ela se consagrou em 1941, ao ser a primeira e única luso-brasileira até hoje, a gravar as mãos e plataformas no cimento da calçada da fama do Teatro Chinês em Los Angeles. Em 8 de fevereiro de 1960 ganhou uma estrela póstuma na Calçada da Fama da Hollywood Boulevard.44 Carmen era a principal atração do Copacabana Night Club, famosa boate nova-iorquina, fundada em 1940 e que existe até hoje em Manhattan. O cartaz do "The Copa" é desde aquela época uma gravura estilizada de Carmen, em homenagem a cantora.45
Carmen Miranda tornou-se um "hit" nos EUA. Ela apareceu em desenhos animados Tom & Jerry,Popeye e Looney Tunes46 . Foi imitada e caricaturada por Lucille BallBob HopeJerry Lewis,Mickey Rooney e Dean Martin. A imagem de Carmen era muito forte, cômica, engraçada, caricata. Acabou-se criando um verdadeiro estereótipo, o que nem sempre é positivo. Mesmo assim, ela foi sem dúvidas foi a artista latina mais bem sucedida nos EUA em Hollywood, e lá sua imagem ainda hoje é mais forte do que no Brasil.47

Crítica

O figurino extravagante e peculiar, inspirado nas roupas das tradicionais baianas, ganhou o apelido de Miranda Look em Hollywood, na década de 40,48 seus turbantes e balangandãs foram copiados e expostos em vitrines de lojas,49 como cantora vendeu mais de 10 milhões de discos no mundo todo, ficou conhecida como a "The Brazilian Bombshell" (A Explosão Brasileira)nota 3 alusão ao frenesi que causava em suas apresentações.50 51 52 53
A exótica baiana agradou aos norte-americanos, mas despertou polêmica entre os brasileiros, com suas vestes estilizada e o arranjo de frutas tropicais que carregava sobre a cabeça – marcas definitivas de sua imagem Carmen Miranda, acabou por expor ao mundo uma visão caricata e estereotipada do Brasil. No auge da “política da boa vizinhança” entre os Estados Unidos e a América do Sul, sua imagem latina era explorada pelos estúdios à exaustão. Tal exposição internacional fez despertar na intelectualidade brasileira um certo sentimento de desprezo por sua figura.54
Cquote1.svg"Não é certo nem verdadeiro, que eu tenha afirmado nos Estados Unidos a minha nacionalidade, sou brasileira, porque aqui me encontro desde a idade de um ano; e nesta terra me eduquei e fiz minha carreira artística. É ao povo brasileiro aos meus patrícios  que devo todo este incentivo, todo este aplauso. todas estas homenagens. E não ha, sequer, uma entrevista minha, em qualquer órgão de imprensa, em que não tivesse sempre reafirmado, categoricamente, este meu amor, este meu meu carinho, esta minha admiração pelo Brasil."55Cquote2.svg
—Carmen Miranda para o Jornal do Brasil.
Em uma apresentação no Cassino da Urca com a presença de políticos importantes do Estado Novo, foi apupada pelos que a consideravam "americanizada". Entre os seus críticos havia muitos que eram simpatizantes de correntes políticas contrárias aos Estados Unidos20 .
Dois meses depois, Carmen voltaria ao mesmo palco e seria fartamente aplaudida por uma platéia mais afeita ao seu repertório, então já atualizado com respostas como "Disseram que Voltei Americanizada", especialmente composta por Vicente Paiva e Luiz Peixoto, no mesmo mês gravou seus últimos discos no Brasil.56 Eles não podiam perceber que ela, a seu modo, resistia à americanização já anunciada em 1940, talvez o antiamericanismo de Carmen não estivesse em nenhuma grande manifestação pública de nacionalismo. Talvez a resistência sutil fosse a forma encontrada para suportar a máquina americana do show business.57

Vida amorosa e casamento


Carmen e David Sebastian, 1947.
Em 1945, Carmen era a artista mais bem paga de Hollywood58 e a mulher que mais pagava imposto de renda nos EUA.59 Em 17 de março de 1947 casou-se com o americano David Alfred Sebastian, nascido em Detroit a 23 de novembro de 1908. Antes, Carmen namorou vários astros de Hollywood e também o músico brasileiro Aloysio de Oliveira, integrante do Bando da Lua.20
Antes de partir para os Estados Unidos e antes de conhecer o marido, namorou o jovem Mário Cunha e o bon vivant Carlos da Rocha Faria, filho de uma tradicional família do Rio de Janeiro. Já nos EUA, manteve caso com os atores John Wayne e Dana Andrews.
Em 1945, Carmen teve um breve relacionamento com o piloto da FAB Carlos Niemeyer, os dois se conheceram por acaso em Los Angeles, Niemeyer tinha ido aos Estados Unidos com um grupo de oito soldados levar aviões da FAB para consertos, o romance durou cerca de um mês, até Carlos voltar ao Brasil.60
O casamento é apontado por todos os biógrafos e estudiosos de Carmen Miranda como o começo de sua decadência moral e física. Seu marido, David, antes um simples empregado de produtora de cinema, tornou-se "empresário" de Carmen Miranda e conduzia mal seus negócios e contratos. Também era alcoólatra e pode ter estimulado Carmen Miranda a consumir bebidas alcoólicas, das quais ela logo se tornaria dependente. O casamento entrou em crise já nos primeiros meses, por conta de ciúmes excessivos, brigas violentas e traições de David, mas Carmen Miranda não aceitava o desquite pois era uma católica convicta. Engravidou em 1948, mas sofreu um aborto espontâneo depois de uma apresentação e não conseguiu mais engravidar, o que agravou suas crises depressivas e o abuso com bebidas e remédios sedativos.

Dependência de barbitúricos

Desde o início de sua carreira americana, Carmen fez uso de barbitúricos para poder dar conta de uma agenda extenuante. Adquiria as drogas com receitas médicas pois, na época, elas eram receitadas pelos médicos sem muitas preocupações com efeitos colaterais. Nos Estados Unidos, tornou-se dependente de vários outros remédios, tanto estimulantes quanto calmantes. Por conta do uso cada vez mais frequente, Carmen desenvolveu uma série de sintomas característicos do uso de drogas, mas não percebia os efeitos devastadores, que foram erroneamente diagnosticados como estafa (cansaço) por médicos americanos.
Foi numa tarde em 1942. A Igreja estava vazia, a não ser uma moça que rezava contrita mente diante do altar de Nossa Senhora das Graças. Uma senhora havia me trazido uma criança para batizar, mas, por morar muito longe daqui, e não poder pagar as passagens para alguém vir, não trouxera madrinha para o filho. Aproximei-me, então, da moça que orava e perguntei-lhe se me faria aquele favor, de repetir, pela criança, as palavras do batismo. Ela concordou imediatamente, serviu como madrinha do bebê. Depois. mandou o seu carro branco buscar o resto da família da pobre senhora para uma festa de batizado na sua casa. Eu soube, então, que a moça era a estrela Carmen Miranda e sua simplicidade deixou-me uma profunda impressão, solidificada, depois, pelas suas constantes vindas à Igreja que se lhe tomou um segundo lar, dando-nos ela um altar novo para Nossa Senhora.
— Palavras do padre Joseph na missa do funeral de Carmen Miranda, agosto de 1955
Em 3 de dezembro de 1954, Carmen retornou ao Brasil após uma ausência de 14 anos viajando e fazendo shows pelo mundo, além de estar morando nos EUA. Ela continuava casada e sofrendo com o marido, cada vez mais alcoólatra e violento. Seu médico brasileiro constatou a dependência química e tentou desintoxicá-la. Ficou quatro meses internada em tratamento numa suíte do hotel Copacabana Palace. Carmen melhorou, embora não tenha abandonado completamente remédios. Os exames realizados no Brasil não constataram alterações de frequência cardíaca.

A morte nos Estados Unidos

Ligeiramente recuperada, retornou para os Estados Unidos em 4 de abril de 1955. Imediatamente começou com as apresentações. Fez uma turnê por Cuba e Las Vegas entre os meses de maio e agosto e voltou a usar barbitúricos, além de fumar e beber mais do que antes.

No início de agosto de 1955, Carmen gravou uma participação especial no programa televisivo do comediante Jimmy Durante. Durante um número de dança, sofreu um ligeiro desmaio, desequilibrou-se e foi amparada por Durante. Recuperou-se e terminou o número. Na mesma noite, recebeu amigos em sua residência em Beverly Hills, à Bedford Drive, 616. Por volta das duas da manhã, após beber e cantar algumas canções para os amigos presentes, Carmen subiu para seu quarto para dormir. Acendeu um cigarro, vestiu um robe, retirou a maquiagem e caminhou em direção à cama com um pequeno espelho à mão. Um colapso cardíaco fulminante a derrubou morta sobre o chão no dia 5 de agosto. Seu corpo foi encontrado pela mãe no dia seguinte, às 10 horas 30 da manhã. Tinha 46 anos.

Funeral

Aurora Miranda, sua irmã, recebeu na mesma madrugada um telefonema do marido de Carmen Miranda avisando sobre o falecimento. Aurora se desesperou por completo e passou então a notícia para as emissoras de rádio e jornais. Heron Domingues, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi o primeiro a noticiar a morte de Carmen em edição extraordinária do Repórter Esso. Todas as emissoras interromperam suas programações para darem em edição extra, o triste acontecimento.
Edições extras de jornais ainda circularam no próprio dia 5, no sábado era manchete em todos os jornais do país e do mundo. O choque foi grande para a população brasileira. Somente na manhã do dia 12 de agosto, o avião Douglas DC-4 Skymaster da Real-Aerovias Brasil, em voo especial, pousava no Aeroporto do Galeão, no Rio trazendo o corpo de Carmen Miranda.61
Em um caminhão aberto do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e envolto com a bandeira do Brasil, o ataúde de bronze, foi levado para o centro da cidade escoltado por batedores da Policia Especial em motocicletas, com sirenes abertas. Por todo o trajeto milhares de pessoas se despediram. Antes da saída do cortejo, o presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Salomão Filho, falou dando o ultimo adeus, em nome da cidade, à artista.62 Sessenta mil pessoas compareceram ao seu velório realizado no saguão da Câmara Municipal da então capital federal.
O cortejo fúnebre até o Cemitério São João Batista foi acompanhado por cerca de meio milhão de pessoas63 que cantavam esporadicamente, em surdina, "Taí", um de seus maiores sucessos. Foi a maior manifestação popular feita no Rio de Janeiro até hoje.
No ano seguinte, o prefeito do Rio de Janeiro Francisco Negrão de Lima assinou um decreto criando o Museu Carmen Miranda, o qual somente foi inaugurado em 1976 no Aterro do Flamengo.64
Hoje, uma herma em sua homenagem se localiza no Largo da Carioca, Rio de Janeiro.65

Homenagens


Por sua contribuição à indústria do entretenimento, Carmen Miranda tem uma estrela na Calçada da Fama.
As imagens de Carmen Miranda voltam à cena durante o movimento tropicalista. Ícone da cultura popular e do exagero estético, sua figura era evocada menos por sua importância musical na cena brasileira e mais pela sua vinculação a uma imagem estereotipada e “tropical” do Brasil. A cantora viria a ser assumida como um dos ícones tropicalistas, estando presente tanto nas letras de canções (como “Tropicália”, de Caetano Veloso), quanto nas imitações dos trejeitos da artista o torcer das mãos e o revirar dos olhos com que Caetano Veloso por mais de uma vez brindou/provocou a platéia.66
Em 1972, recebeu uma homenagem da Escola de Samba Império Serrano, com o tema "Alô, alô, Taí Carmen Miranda", carnaval desenvolvido pelo carnavalesco Fernando Pinto. A Escola de Samba Império Serrano sagrou-se campeã do principal concurso de escolas de samba nesse ano. Em 2008, homenageando Carmen Miranda, o Império Serrano se tornou campeão do Grupo de Acesso A e voltou em 2009 a desfilar no Grupo Especial.67
Em 18 de Julho de 1995 foi agraciada a título póstumo com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Foi nomeada pelo American Film Institute, uma das 500 "grandes lendas do cinema".68
Em 1995, ela foi tema do aclamado documentário Carmen Miranda:Bananas is my Business, dirigido por Helena Solberg.
Em 25 de setembro de 1998, uma praça no distrito de Hollywood ganhou o nome de Carmen Miranda Square, em uma cerimônia liderada pelo antigo prefeito honorário de Hollywood, Johnny Grant, que também era um dos amigos pessoais da artista. A Praça Carmen Miranda é um dos doze cruzamentos em Los Angeles que foram nomeados em homenagem a artistas históricos, a praça está localizada no cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês. A localização é especialmente notável.69
Em 2001, Carmen foi revivida no musical "South American Way", superprodução orçada em R$ 1,2 milhão70 e dirigida por Miguel Falabella.71
Em 2005, o escritor Ruy Castro lançou pela editora Companhia das Letras uma biografia de 600 páginas sobre a cantora, o livro é considerado a mais completa obra sobre a artista lançado até hoje.72
Em 2007, a BBC produziu Carmen Miranda - Beneath the Tutti Frutti Hat, um documentário de uma hora sobre a sua história de vida, mapeando sua notável ascensão de origem humilde para se tornar a mais famosa cantora do Brasil, antes de conquistar a Broadway eHollywood. Apresentando entrevistas com seu biógrafo Ruy Castro, sua sobrinha Carminha Miranda e Mickey Rooney, que personificou-a no filme Babes on Broadway (1941).73
Uma escultura em tamanho natural seguindo as características da cantora foi criada pelo artista plástico Ulysses Rabelo, que estudou a máscara mortuária e a arcada dentária de Carmen para garantir a fidelidade da peça. A escultura faz parte do acervo do Museu Carmen Miranda.74
Carmen Miranda foi uma das homenageadas em uma série de selos vendidos nos Estados Unidos no ano de 2011, além da cantora, outros quatro "gigantes da música latina" aparecem nas imagens: Tito PuenteCelia CruzSelena e Carlos Gardel.75
Em 2009, no ano de seu centenário de nascimento, a artista foi homenageada pela Academia Brasileira de Letras, e declarada a mesma "Patrimônio da Cultura Brasileira".76
Foi a grande homenageada na edição de 2009 da São Paulo Fashion Week, o maior evento de moda do Brasil, e o mais importante da America Latina, Carmen foi escolhida pela organização do evento por representar a alegria e o brasileirismo colocados como temática dos desfiles daquela edição.77
Uma estatua sua será feita pela escultora paulistana Christina Motta, a obra ficará na praça ao lado do Museu da República, no bairro do Catete, no Rio.78
Em 2009, a gravação de "O que é que a baiana tem?", de Dorival Caymmi, na voz de Carmen Miranda, em 1939, foi selecionada para preservação num arquivo sonoro especial da Biblioteca do Congresso dos EUA.79
Foi eleita a 15º maior voz e à 35º maior artista da música brasileira pela revista Rolling Stone.80 811930 e 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão.2
O seu primeiro grande sucesso veio em 1930, com a marcha Ta-hi!, de Joubert de Carvalho que foi recorde de vendas durante décadas, ultrapassando a marca de 36 mil cópias.3 Ao longo dos anos 30, Carmen foi consolidando sua carreira como cantora e atriz, chegou a participar de cinco longas metragens brasileiros.4 Foi a primeira artista de rádio a assinar contrato com uma emissora, quando na época todos recebiam somente cachês.5
Quando estava em temporada no Cassino da Urca, foi contratada pelo o magnata do show business Lee  Shubert, para ser uma das atrações do seu espetáculo “The Streets of Paris”, que estrearia na Broadway. Este foi o episódio que transformou a vida de quem mais tarde viria a ser conhecida como "The Brazilian Bombshell".6
Em 1940, Carmen fez sua estreia no cinema dos Estados Unidos no filme Serenata Tropical, com Don Ameche e Betty Grable, suas roupas exóticas e sotaque latino tornou-se sua marca registrada.7 No mesmo ano, ela foi eleita a terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos, e foi convidada para se apresentar junto com seu grupo, o "Bando da Lua", para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca.8 Carmen Miranda é conhecida pelos penduricalhos ao pescoço e às frutas tropicais que lhe ornamentavam a cabeça.9 Em 1945, foi eleita a mulher mais bem paga dos Estados Unidos.10
Fez um total de catorze filmes em Hollywood entre 1940 e 1953. Embora aclamada como uma artista talentosa, sua popularidade diminuiu até o final da Segunda Guerra Mundial. O seu talento como cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico de suas apresentações. Carmen tentou reconstruir sua identidade e fugir do enquadramento que seus produtores e a indústria tentavam lhe impor, mas sem conseguir grandes avanços. De fato, por todos os estereótipos que enfrentou ao longo de sua carreira, suas performances fizeram grandes avanços na popularização da música brasileira, ao mesmo tempo, abrindo o caminho para o aumento da consciência de toda a cultura Latina.11
Carmen Miranda foi a primeira estrela latino-americana a ser convidada a imprimir suas mãos e pés no pátio do Grauman's Chinese Theatre, em 1941. Ela é considerada a precursora do Tropicalismo no Brasil, movimento cultural da década de 1960.12
Em 20 anos de carreira deixou sua voz registrada em 279 gravações no Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 gravações. Um museu foi construído mais tarde, no Rio de Janeiro, em sua homenagem.13 Em 1995 ela foi tema do aclamado documentárioCarmen Miranda: Bananas Is My Business, dirigido por Helena Solberg,14 uma interseção no cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês emHollywood foi oficialmente nomeada Carmen Miranda Square, em setembro de 1998.15 Até hoje, nenhum artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela.16

http://pt.wikipedia.org/wiki/Carmen_Miranda#Inf.C3.A2ncia