Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

"EU TENHO UM SONHO" Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)








EU TENHO UM SONHO
Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)  


"Eu estou contente em unir-me a vocês no dia que entrará para a história como a maior 
demonstração pela liberdade na história de nossa nação.  
Há cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou 
a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de 
esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. 
Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros.  
Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre.  
Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e 
as cadeias de discriminação.  
Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de 
prosperidade material. 
Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram 
exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa 
condição.  
De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os 
arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a 
Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo 
americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os 
homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis 
de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou 
esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo 
negro um cheque sem fundos, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".  
Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a 
acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar 
este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a 
segurança da justiça.  
Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento 
para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo.  
Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia.  
Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol 
da justiça racial.  
Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a 
pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos 
os filhos de Deus.  
Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do 
legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de 
liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam 
que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios 
de sempre. 
Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio 
da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de 
ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da 
amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e 
disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência 
física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força 
física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade 
negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para 
muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram 
entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a 
liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.  E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à 
frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos 
direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"  
Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da 
brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a 
fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das 
cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um 
Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não 
estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo 
como águas de uma poderosa correnteza.  
Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns 
de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas 
onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e 
pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem 
trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem 
para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, 
voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma 
maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.  
Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e 
amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho 
americano.  
Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de 
sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens 
são criados iguais.  
Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes 
de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à 
mesa da fraternidade.  
Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira 
com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um 
oásis de liberdade e justiça.  
Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação 
onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um 
sonho hoje!  
Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador 
que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama 
meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas 
brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!  
Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão 
abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a 
glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.  
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós 
poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós 
poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de 
fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir 
encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será 
o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo 
significado.  
"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.  Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,  
De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"  
E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.  
E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.  
Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.  
Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.  
Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.  
Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.  
Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.  
Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.  
Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.  
Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.  
E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós 
deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós 
poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens 
brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras 
do velho espiritual negro: 
"Livre afinal, livre afinal.  


Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal.


http://www.cedine.rj.gov.br/arquivos/martin_eu_tenho_um_sonho.pdf

O Sonho (Clarice Lispector)



Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz. 

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.

http://clubeterra.atrativa.com.br/player/ana_sou123/blog/310432

É hoje! Sexta feira chegou...

Uma programação para mais tarde no final do dia, porquê? Hoje é sexta....Beleza!!!


Um ritual Brasileiro é a melhor pedida depois do expediente que delícia com aquele papo  matreiro meio serviço e pura descontração, papo prô ar muitos risos com alegria de montão!


Já fiz tanto isso em minha vida nossa eu não esqueço como era bom ficar com a turma e jogar muita
conversa fora, tomando todas e na hora de ir embora? Era uma farra!!!


Saudades de tudo do meu Rio de Janeiro do Condomínio do Edifício Cidade do Leblon lá,na Ataúlfo de Paiva, n}135 no Leblon como era bom.. Ia tanto naquele Pub alí perto, sim aquele que tem ou tinha uma cabine de telefone bem em frente no estilo Inglês.
Ali eu já era freguês eu jogava sempre dardo!!!


Mais o ritual permanece nada se esquece, então vamos lá beber, para comemorar...O que?


Não tem motivo, apenas hoje é sexta! Vem, que tem todas!!!


Saudades, sempre...

Tristeza - Monja Coen



Tristeza - Monja Coen


Qual é o significado da tristeza e como lidar com ela?

Na tristeza ficamos tristes.

Quando perdemos alguém.
Quando perdemos.
Quando as coisas não são como queríamos que fossem.
Quando as pessoas não são como queríamos que fossem.
Quando o mundo e a realidade não são o que queríamos que fossem.
Quando não somos o que gostaríamos de ser.
Quando não temos o que gostaríamos de ter.

Porém,
se nos lembrarmos
que as coisas são como são
que as pessos são como são
que nós, o mundo e a relidade são o que são
e que podemos apreciar o que temos invés de lamentar o que não temos,
começamos a entrar no mundo da não dualidade.

Se houver sabedoria e compaixão perceberemos que a tristeza, mesmo profunda, é passageira.

Perceberemos que se as coisas, as pessoas, o mundo, a realidade e nós mesmos estamos num processo contínuo de transformação, então poderemos pensar em nos tornarmos essa transformação que queremos no mundo.

Para que haja menos tristeza, mais alegria, mais compartilhamento e harmonia.

O contentamento com a existência é um dos ensinamentos principais de Buda:

"a pessoa que conhece o contentamento é feliz, mesmo dormindo no chão duro; a pessoa que não conhece o contentamento é infeliz mesmo num palácio celestial."

Então, quando sentimos tristeza, observamos a tristeza.

Como está nossa respiração?

Como estão os batimentos cardíacos?

Como está a nossa postura?

Que pensamentos são esses que me fazem deixar os ombros cair para frente, baixar a cabeça e, quem sabe, chorar?

Como se formam as lágrimas?

E, mesmo em meio a lágrimas, podemos sorrir e perceber que enquanto vivas criaturas temos esta experiência extraordinária e bela de poder ficar triste.

Tristeza que vem.
Tristeza que vai.

E sem se apegar a coisa alguma e sem sentir aversão a coisa alguma descobrimos o verdadeiro sentido da vida.

É assim que trabalhamos a tristeza.

Zazen - sentar-se em zen e observar a si mesma.

Postura correta, alongamento da coluna vertebral, abrir o diafragma e respirar profundamente.

Inspiração mais curta, expiração mais longa.

Saboreando o ar.

Ombros alinhados e retos, postura de Buda.

Ensinamentos de sabedoria nos auxiliam a sair da toca, do casulo de separatividade que falsamente criamos e de nos lembrarmos que sempre há pessoas e situações piores do que a nossa, sempre há pessoas e situações melhores do que a nossa e nunca, nunca, perder a dignidade.

Tristeza boa é da saudade de alguém que logo poderemos rever.
Tristeza ruim é aquela que náo queremos deixar passar. Aquela na qual nos agarramos, pois nos dá uma identidade, nos torna especiais. Especialmente tristes. Comoventes, Vítimas a serem apiedadas e cuidadas. Ah! Quanta carência.

Abandonar a tristeza é abrir as mãos, o coração, a mente para a emoção seguinte.

É lavar o rosto, olhar para a imensidão do céu, da Terra, do mar e perceber a pequenês da nossa vida.

Sem culpa e sem culpar ninguém.

Sinta a tristeza, reconheça, respire a tristeza e a deixe passar.

Mãos em Prece,

Monja Coen





Uma maravilhosa sexta feira...Bom Dia!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Boa Noite!!! O Amor...



Quando amamos de verdade ficamos libertos... Fluímos!
Como a água fonte da vida plena...
Em sua originalidade, na essência e nos valores de sentir
O Amar e ser amada, nada além disto!
Amar no todo e em tudo!
Não só o seu homem, mais no conjunto do que somos!
A sensação primordial em SER um ser "Completo"
Sim sou completa, realizada na minha maior verdade
A minha no meu Eu!
Por afeto e amor a vida sou feliz...
Apesar da maior perda e bem dolorida.
Meu filho se foi....Sim!
Mais sei que está sempre presente em mim...
Minha luta e vida continuam, para amar ainda mais...
Esta fonte de Amor que em mim não se desfaz!!!
Uma noite com botões de rosas para os que aqui visitarem,
peguem é de todos vocês! Com meu amor sempre!
Meu jeito é este sem condições ou senão. 
Eu não posso mudar este "Amor" que transborda dentro de mim!!!
Nasci assim!
Bye... Bye!!!
Faz tão bem!!!

Boa Noite a madrugada já está acelerada!!!

Bye..Bye!


A noite se arrasta madrugada adentro...
Vejo a hora aqui me esqueci do tempo
Um frenético ritmo da vida fico assim
Perdida em leituras e postagens vou a deriva
Eu tenho que descansar.
Não tem momento mais maravilhoso ficar na Internet a navegar!
Perde-se a noção de tudo, perdida no mundo
Quando meu objetivo maior é o estudo,
passando o melhor de mim para vocês...
O tempo já é o meu freguês.
Madrugada, agora é a minha vez!!!
Indo nanar...
Logo bem logo, um novo dia a raiar.
Já com um frio de rachar!!!

Política é uma doença OSHO


Política é uma doença


“Querido Osho,
Na noite passada, você disse que quando encontrar um lugar para se fixar, você começará a expor a hipocrisia dos políticos e governos do mundo, um por um.
Você ainda não me expôs. Por acaso, eu perdi a minha chance?
         Milarepa, você não é um político. Você não precisa de qualquer exposição. Você é um sannyasin que já está dançando no sol, na chuva, no vento, nada escondendo dos outros.         Este é um dos princípios mais fundamentais do sannyas: nada esconder. Simplesmente estar aberto e disponível. Nenhuma porta e nenhuma janela de seu coração devem estar fechadas, assim a brisa fresca pode continuar entrando, mantendo-o sempre refrescado, sempre pronto para qualquer aventura, sempre esperando acontecer alguma coisa divina. Você se torna um anfitrião que está esperando pelo convidado.         As pessoas que se fecham e mantêm todas as janelas e portas fechadas, vivem num ar viciado, numa vida viciada. Nenhuma brisa nova consegue entrar para refrescá-las. Elas nunca se tornam jovens; elas já nasceram velhas ou talvez mortas. Elas nunca enfrentam uma aventura em busca do desconhecido. Elas têm muito medo de que alguma janela possa se abrir. Elas ficam preocupadas com ventos fortes. Elas se preocupam com um homem como eu, que nada mais é que um vento forte que fica batendo em sua janela fechada, e dizendo: ‘por favor, abra a janela’. Fechado por todos os lados, você já está em sua sepultura. (...)         Um sannyasin é alguém que escolheu um caminho no qual ele se abrirá para as pessoas, para as árvores, para os pássaros, para o oceano, para o rio. Ele não viverá no medo. O medo não será o seu sabor. A morte vem, como vem para todo mundo. E porque é certo que ela vem não há necessidade alguma de se ter medo dela. Na vida, exceto a morte, tudo é incerto, pode acontecer ou não. Mas, com relação à morte você pode ter certeza.         Se ela é absolutamente certa e ninguém em toda a história do mundo foi capaz de escapar dela, a sua preocupação é absolutamente desnecessária. A morte virá quando o tempo for oportuno. Ela não pode ser impedida. Assim, você pode esquecer tudo a este respeito. Essa questão não é sua. É uma questão da existência decidir quando vai mudar o seu corpo e lhe dar um novo, uma nova forma.         A sua questão é: viver agora e tão totalmente quanto for possível, não se preocupando com a morte, mas estando totalmente em amor com a vida.          Afirmação da vida é a essência do sannyas.         Milarepa, você não precisa de qualquer exposição. Ao tornar-se um sannyasin você aceitou expor-se por conta própria.          Os políticos precisam de exposição porque em seus armários existem muitos esqueletos. Todo político é um criminoso, mas um criminoso bem sucedido.          Existem dois tipos de criminosos: os que são bem sucedidos, que se tornam poderosos e fazem história, e os criminosos sem sucesso que são presos nas grades, nas prisões e morrem com uma morte infame; vivem e morrem inexpressivamente.         De vez em quando um criminoso bem sucedido é pego. O presidente Nixon, por exemplo, foi pego. Se ele não tivesse sido pego, nós nunca pensaríamos que ele era um criminoso. Ele poderia ter permanecido na história como um grande presidente de uma grande nação.          É importante lembrar o que Mao-Tsé-Tung, da China, disse quando Nixon, totalmente envergonhado, renunciou à presidência. Ele disse, ‘eu não compreendo de jeito algum que crime Nixon cometeu, porque nós, políticos, fazemos as mesmas coisas em todo lugar. O único erro daquele pobre homem foi ter sido pego, não que ele tenha cometido algum crime, mas ter sido pego.’         E você precisa saber que mesmo depois, quando Nixon já não era mais presidente, Mao-Tsé-Tung enviou um avião presidencial especialmente para pegá-lo e trazê-lo para passar umas férias na China, para lhe dar consolo e lhe dizer, ‘Você nada fez de errado. Não se sinta culpado. Todo político faz o mesmo: você apenas tem que ser cuidadoso ao fazer as coisas.’         Joseph Stalin matou mais de um milhão de russos e a Rússia não tinha um milhão de pessoas ricas. Aquele um milhão era de pessoas pobres, as pessoas para quem a revolução havia sido feita, em nome de quem Stalin tornou-se um ditador e estava governando o país. Por que aquelas pobres pessoas foram mortas? Elas não estavam conscientes de que ao escolher o Partido Comunista e fazer a revolução elas estavam cometendo um engano. Elas apenas pensavam que os comunistas iriam fazer todo mundo ficar rico. Elas não tinham outra idéia.          A idéia delas era simples, elas eram pessoas simples. Pensavam que quando o Partido Comunista estivesse no poder, todo mundo ficaria rico, feliz e empregado. Mas quando o Partido Comunista chegou ao poder, milhares de outras coisas começaram a acontecer, sobre as quais o povo não tinha nenhuma idéia.         Eles não fizeram a revolução e não lutaram contra o czar e seu reinado por causa dessas coisas. Primeiro eles ficaram chocados. O czar e toda a sua família - dezenove pessoas – foram brutalmente assassinados, e um deles era um bebê com apenas seis meses de vida. Eles não deixaram nem aquela garotinha viver, e ela nenhum mal tinha feito a quem quer que fosse, ela ainda nem sabia o que era a vida e nem estava preocupada com ricos e pobres nem com todo esse jargão. Eles os colocaram de pé numa fila e atiraram com uma metralhadora.          Quando as pessoas souberam, elas não podiam acreditar, porque elas nunca pensaram que as coisas aconteceriam assim. E logo outras coisas começaram a acontecer. As igrejas tiveram que se transformar em hospitais e escolas porque no Partido Comunista não tem deus. E nem acreditavam que o homem tivesse uma alma. Para eles a consciência era apenas uma combinação de elementos físicos, era um sub-produto, de modo que matar um homem não era diferente do que desmontar uma cadeira; tudo é matéria.         O povo pobre não estava consciente de que eles estavam fazendo a revolução e morrendo por ela para implantar o materialismo. E quando suas igrejas foram fechadas, eles começaram a lutar, quando suas bíblias lhes foram tiradas, eles começaram a combater. O resultado final foi que um milhão de pessoas foram mortas porque elas não estavam prontas para aceitar a ideologia comunista do materialismo.          Mas ninguém pensa no Stalin como um assassino. Ele será lembrado na história como um grande líder. E assassinos comuns que talvez tenham matado apenas um homem são condenados pela sociedade, pela lei, pelos tribunais. O que eles fizeram, a sociedade faz com eles. Ainda vivemos na idade da pedra, de milhões de anos atrás, quando a lei era olho por olho. ‘Se você atirar um tijolo em mim eu vou lhe atirar uma pedra.’ Esta era a lei. Esta ainda é a lei. Embora estas palavras não sejam mais usadas, o resultado final é o mesmo.          Adolf Hitler sozinho matou seis milhões de pessoas por um simples e estúpido desejo: dominar todo o mundo. E vocês não irão acreditar que na América, eu recebi uma carta do presidente do partido nazista americano ameaçando-me e dizendo que eu estava em perigo por ter criticado Adolf Hitler, ‘pois Adolfo Hitler era a reencarnação do profeta Elijah do Velho Testamento e sempre que você o critica, isso machuca nossos sentimentos religiosos.’ Adolf Hitler que matou seis milhões de pessoas seria a reencarnação de Elijah...     
         Nunca antes as pessoas foram mortas em tão grande quantidade e com tanta precisão científica. Ele construiu câmaras de gás. Mil pessoas podiam ser colocadas numa câmara de gás; apenas um interruptor era ligado e podia-se ver nas chaminés que, em poucos segundos, todas aquelas mil pessoas tinham desaparecido numa fumaça. Apenas os ossos permaneciam. Eles fizeram fossos com quilômetros de extensão que foram enchidos com os ossos. Depois da guerra, quando aqueles fossos foram abertos, ninguém acreditava que algum homem pudesse ter feito aquilo.          Mas ainda existem pessoas cujos ‘sentimentos religiosos’ são machucados. Eu nunca imaginei que criticar Adolf Hitler iria machucar os sentimentos religiosos de alguém, ao ponto dela ameaçar-me de morte caso eu fizesse aquilo de novo.   
         Os políticos, todos os políticos do mundo, têm muita coisa para esconder porque para conseguir a realização de sua ambição – tornar-se presidente, primeiro-ministro – eles têm que fazer tudo... Seja legal ou ilegal, moral ou imoral, não interessa. Os meios não interessam aos políticos, apenas os fins interessam. Se o fim for alcançado, então todos os meios estão certos.          Os políticos certamente precisam ser expostos porque até onde eu posso ver, se eles forem expostos completamente, a humanidade, pela primeira vez, será capaz de se livrar da política.          A política é uma doença e ela deve ser tratada exatamente como tal. Ela é mais perigosa do que câncer e se uma cirurgia for necessária, ela deverá ser feita. A política é basicamente suja. E não há como ser diferente porque milhares de pessoas estão desejando e aspirando a um cargo, e para consegui-lo elas naturalmente lutam, matam e fazem qualquer coisa.

Politics -  Osho Zen Tarot
         Toda a programação de nossa mente está errada. Nós fomos programados para sermos ambiciosos. E é aí que entra a política. Ela tem poluído a sua vida normal e não apenas o mundo habitual dos políticos.          Mesmo uma pequena criança já sabe sorrir para a mãe e para o pai com um sorriso falso, sem qualquer autenticidade. Ela sabe que sempre que sorri, ela é recompensada. Ela aprendeu a primeira regra para ser um político. Ela ainda está no berço e você já lhe ensinou política.         Nos relacionamentos humanos existe política em todo lugar.         O homem incapacitou a mulher. Isso é política.         Metade da humanidade é constituída por mulheres. O homem não tem direito algum de incapacitá-la, mas por séculos ele a tem incapacitado completamente. Ele não permitiu que ela tivesse acesso à educação. Ele não lhe permitiu sequer que ouvisse as escrituras sagradas. Em muitas religiões eles não permitiram que elas entrassem nos templos. Ou, se permitiram, elas tinham uma seção separada, elas não podiam ficar ao lado dos homens como iguais, mesmo perante Deus. (...)         O homem tem tentado de todas as maneiras cortar a liberdade da mulher.         Isto é política; isto não é amor.         Você ama uma mulher, mas não lhe dá liberdade. Que tipo de amor é este, que tem medo de dar liberdade?         Você a coloca numa gaiola como um papagaio. Você pode dizer que ama o papagaio, mas você não entende que o está matando.Você tirou todo o céu do papagaio e deu-lhe apenas uma gaiola. A gaiola pode ser feita de ouro, mas ela nada significa ao ser comparada com a liberdade dos papagaios no céu, movendo-se de uma árvore a outra, cantando suas canções – não aquela que você forçou-o aprender a cantar, mas aquela que lhe é natural, que lhe é autêntica.         A mulher continua fazendo as coisas que o homem quer. Pouco a pouco, ela vai esquecendo que ela também é um ser humano.          Na China, por milhares de anos, o marido podia matar a esposa. Somente em 1951 uma nova lei surgiu proibindo isto. Até 1951 o marido estava autorizado, caso ele quisesse, matar sua esposa, era uma questão que dizia respeito a ele. Ela era a sua mulher, uma posse. O sistema de leis não tinha interesse algum em interferir nas suas posses. E, além disto, na China pensava-se que a mulher não tinha alma; somente o homem tinha.         É por isto que na história da China você não encontra uma única mulher com a importância de um Lao Tzu, Chuang Tzu, Lieh Tzu, Confúcio, Mencius. Se você não tem alma, você é apenas uma coisa, não consegue competir com o homem.         Metade da humanidade, em todos os países, em toda civilização, foi destruída pela política de família. Você pode não chamar isto de política, mas é política. Sempre que existe um desejo de ter poder sobre outras pessoas, isto é política. O poder é sempre político, mesmo quando se trata de pequenas crianças. Os pais pensam que as amam, mas apenas em suas mentes, porque o que eles querem são crianças obedientes. E o que significa obediência? Significa que todo o poder fica nas mãos dos pais.          Se a obediência é uma grande qualidade, por que os pais não devem ser obedientes para com os filhos? Se essa é uma questão religiosa, por que os pais não devem obedecer aos filhos? Mas isto nada tem a ver com religião. Tudo isto é política escondida atrás de belas palavras.         O homem precisa ser exposto em todos os pontos em que a política entra, e ela entra em todo lugar, em todos os relacionamentos. Ela contaminou toda a vida do homem e continua contaminando.         Em suas escolas vocês ensinam as crianças a serem os primeiros da sala. Por que? Você já pensou na psicologia disto?  A pessoa que chega primeiro começa a se tornar um egoísta: ela é a primeira. E a pessoa que chega por último começa a se sentir inferior. Qual a necessidade de se fazer isto? Os exames deveriam simplesmente ser abolidos.          Não há necessidade alguma de exames. Os professores podem simplesmente dar notas todos os dias da mesma maneira como eles controlam a freqüência. Eles podem dar notas todos os dias a todas as crianças e no final aquele que demonstrar maior aproveitamento passa mais cedo para uma classe mais elevada. Aquele que for um pouco mais preguiçoso, passará um pouco depois. Mas sem qualquer exame e sem a classificação de ‘primeira classe, segunda classe, terceira classe’. Isto se torna um estigma.          Se uma pessoa em todo o seu currículo escolar, no nível básico, médio e universidade, tiver sido sempre classificada como terceira classe, terá um reduzido senso de auto-respeito. O seu auto-respeito terá sido morto. Ela sabe que não tem valor. Todo mundo poderá exercer poder sobre ela.         Essa expressão ‘terceira classe’ tornou-se tão feia na Índia que se você perguntar a alguém, ‘com que classificação você passou?’  e se ele tiver passado como terceira classe, ele responderá, ‘classe Mahatma Gandhi’  porque Gandhi nunca obteve outra classificação. Ele sempre passou classificado como terceira classe e daí, por toda a sua vida ele viajava de trem de terceira classe. Assim, na Índia, ninguém fala que passou em terceira classe, mas na ‘classe Mahatma Ghandi’. É uma maneira de ocultar aquela classificação, de tapear a si mesmo.          É criada em você a ambição de que tem que ser alguém no mundo. Você tem que provar que não é uma pessoa comum, você é extraordinário. Mas, para que? A que propósito isto serve? Isto serve a um único propósito: se você se torna poderoso, os outros se tornam subservientes a você. Você é uma pessoa extraordinária. Eles são os pobres companheiros, eles são da classe Mahatma Ghandi. Eles, no máximo, conseguem ser balconistas e nada mais. Eles não têm coragem. Toda a humanidade foi castrada de maneiras diferentes, e esta castração é política.

The Miser - Osho Zen Tarot
          Assim, aqueles que estão no poder se perpetuam através das gerações sucessivas. Agora na Índia, após quarenta anos de lutas pela liberdade, uma família tem dominado. Isto se tornou uma dinastia e não uma democracia. E é impossível removê-los porque em quarenta anos eles tomaram todas as providências para que não pudessem ser removidos. Eles se tornaram indispensáveis e colecionaram arquivos. Eu vi com meus próprios olhos os arquivos que Indira Gandhi costumava usar contra todos os outros políticos do seu próprio partido e os da oposição.         Em tais arquivos estão registrados todos os crimes que aqueles políticos cometeram, todos os subornos que eles aceitaram, todas as coisas ilegais que eles fizeram, todo abuso de poder que praticaram. Isto mantém aqueles políticos com medo de que Indira Gandhi possa expô-los, se forem contra ela. Aqueles arquivos passam de uma geração a outra dentro da mesma família. E isto representa um grande poder.         Vocês ficarão surpresos ao saber o que aconteceu quando o segundo filho de Indira, Sanjay Ghandi, morreu num acidente. Em 
primeiro lugar ela era uma política e em segundo, era mãe. O avião dele caiu próximo de onde Indira morava. Assim que ela soube, correu para o local. Havia uma multidão e a polícia. O que ela perguntou primeiro não foi ‘Como está Sanjay? Ele está vivo ou morto? Como aconteceu o acidente?.’ O que ela perguntou foi, ‘Onde estão as duas chaves que ele carregava?’ Uma das chaves era do cofre onde todos aqueles arquivos estavam guardados e a outra era do dinheiro do ‘caixa 2’ para ser usado nas campanhas eleitorais – milhões de dólares.          Um político pode sacrificar tudo, mas ele não consegue sacrificar o seu poder; e isto é inconsciente. E quando disseram a ela que as duas chaves haviam sido encontradas e que estavam no posto policial; ao invés de ir para o hospital e ver as condições de seu filho, ela foi primeiro ao posto policial para pegar as duas chaves, porque elas eram mais importantes do que uma centena de Sanjay Ghandis. Ele poderia ser visitado depois. E, de qualquer forma, ele já estava morto.          Quando eu ouvi que a primeira coisa que ela perguntou foi pelas duas chaves, eu fiquei chocado... Não pela morte de Sanjay Ghandi. Pessoas morrem mesmo. Isto não é um grande problema. E cada um tem seu próprio estilo de morte. Uns morrem num acidente, outros morrem de outro jeito, outros, de uma maneira normal, deitados em suas camas. (...)         Sanjay Gandhi morreu num acidente. Aquele foi seu estilo de morrer.  Isso não foi um problema, mas aquela mulher, que era uma mãe, perguntou pelas chaves! E não sobre a morte de seu filho, ou sobre o acidente. E ela correu ao posto policial, antes que as chaves pudessem se perder.         E vocês também ficarão surpresos ao saber que Indira Gandhi nunca viveu com seu marido por muito tempo. E foi um casamento por amor. Indira era uma brâmane hinduísta e seu namorado era um parsi. Era muito difícil para as mentes ortodoxas aceitarem aquele casamento. Mas a Indira era filha única de Jawaharlal. Ele não quis contrariá-la e ela estava inflexível: ela só se casaria se fosse com aquele homem; com nenhum outro. Assim ela casou-se com o jovem parsi. Jawaharlal aceitou o casamento.         Ela puxou o seu marido para a política também. Ele tornou-se membro do parlamento, mas ela raramente vivia com ele. Ele ficava muito irritado com isto. Eu o conheci. Ele realmente vivia muito frustrado porque Indira continuava morando com Jawaharlal. O poder estava com ele e ela era sua única filha.          Jawaharlal não teve filho e sua esposa estava morta. Havia toda possibilidade de que Indira lhe sucedesse. E o que seu marido podia lhe dar? Por fim, houve uma completa separação e ele começou a beber muito. Talvez ele tenha morrido pelo excesso de bebida.         Mas Indira continou a viver com seu pai, porque tudo estava ali, todo o poder do país estava concentrado ali. E dele ela recebeu todo o treinamento em política, todos aqueles arquivos. Quando ele morreu, ela se apossou de todos aqueles arquivos e de todo aquele dinheiro. O partido nada conseguiria ser sem ela. O partido teve que escolhê-la, porque as pessoas do partido, mesmo os principais líderes, estavam com medo pois ela tinha os arquivos. E ela tinha o dinheiro.          De que outra maneira você pode competir numa eleição? Particularmente num país como a Índia, onde você pode comprar um voto por apenas duas rúpias. Nada é preciso ser feito, apenas dê duas rúpias a uma pessoa e ela votará em você. Ela não tem idéia alguma sobre ideologia ou sobre democracia. Por dois mil anos a Índia tem sido escrava, assim as pessoas não têm idéia alguma sobre liberdade. Duas rúpias parecem ser mais importantes do que qualquer outra coisa; é mais sólido e mais tangível. Democracia e liberdade parecem ser palavras vazias para um povo faminto e moribundo. Duas rúpias parecem ser mais significantes. Assim, quem tiver o dinheiro, quem tiver os recursos e as conexões corretas para conseguir dinheiro, continuará no poder.         É impossível para a Índia livrar-se da família do Nehru. Eles declaram que é uma democracia, mas é apenas uma monarquia, uma dinastia. Esta é a situação em todo o mundo; é como as coisas funcionam. O povo só vê a aparência; ele não vê o que existe por dentro das coisas.         Eu realmente quero expor todo tipo de política. Eu não estou preocupado com os políticos, mas com a maneira como a política funciona: ela é feia, ela é desumana, ela é bárbara. Nós deveríamos viver de uma maneira não-política. Nossos relacionamentos deveriam ser não-políticos, senão, nós não teremos relacionamentos, mas apenas nomes, rótulos, e por trás desses rótulos o conteúdo é algo diferente.”
                                             OSHO – The Path of the Mystic- Disc. 42 – pergunta n° 1                                             Tradução: Sw. Bodhi Champak
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