Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Política é uma doença OSHO


Política é uma doença


“Querido Osho,
Na noite passada, você disse que quando encontrar um lugar para se fixar, você começará a expor a hipocrisia dos políticos e governos do mundo, um por um.
Você ainda não me expôs. Por acaso, eu perdi a minha chance?
         Milarepa, você não é um político. Você não precisa de qualquer exposição. Você é um sannyasin que já está dançando no sol, na chuva, no vento, nada escondendo dos outros.         Este é um dos princípios mais fundamentais do sannyas: nada esconder. Simplesmente estar aberto e disponível. Nenhuma porta e nenhuma janela de seu coração devem estar fechadas, assim a brisa fresca pode continuar entrando, mantendo-o sempre refrescado, sempre pronto para qualquer aventura, sempre esperando acontecer alguma coisa divina. Você se torna um anfitrião que está esperando pelo convidado.         As pessoas que se fecham e mantêm todas as janelas e portas fechadas, vivem num ar viciado, numa vida viciada. Nenhuma brisa nova consegue entrar para refrescá-las. Elas nunca se tornam jovens; elas já nasceram velhas ou talvez mortas. Elas nunca enfrentam uma aventura em busca do desconhecido. Elas têm muito medo de que alguma janela possa se abrir. Elas ficam preocupadas com ventos fortes. Elas se preocupam com um homem como eu, que nada mais é que um vento forte que fica batendo em sua janela fechada, e dizendo: ‘por favor, abra a janela’. Fechado por todos os lados, você já está em sua sepultura. (...)         Um sannyasin é alguém que escolheu um caminho no qual ele se abrirá para as pessoas, para as árvores, para os pássaros, para o oceano, para o rio. Ele não viverá no medo. O medo não será o seu sabor. A morte vem, como vem para todo mundo. E porque é certo que ela vem não há necessidade alguma de se ter medo dela. Na vida, exceto a morte, tudo é incerto, pode acontecer ou não. Mas, com relação à morte você pode ter certeza.         Se ela é absolutamente certa e ninguém em toda a história do mundo foi capaz de escapar dela, a sua preocupação é absolutamente desnecessária. A morte virá quando o tempo for oportuno. Ela não pode ser impedida. Assim, você pode esquecer tudo a este respeito. Essa questão não é sua. É uma questão da existência decidir quando vai mudar o seu corpo e lhe dar um novo, uma nova forma.         A sua questão é: viver agora e tão totalmente quanto for possível, não se preocupando com a morte, mas estando totalmente em amor com a vida.          Afirmação da vida é a essência do sannyas.         Milarepa, você não precisa de qualquer exposição. Ao tornar-se um sannyasin você aceitou expor-se por conta própria.          Os políticos precisam de exposição porque em seus armários existem muitos esqueletos. Todo político é um criminoso, mas um criminoso bem sucedido.          Existem dois tipos de criminosos: os que são bem sucedidos, que se tornam poderosos e fazem história, e os criminosos sem sucesso que são presos nas grades, nas prisões e morrem com uma morte infame; vivem e morrem inexpressivamente.         De vez em quando um criminoso bem sucedido é pego. O presidente Nixon, por exemplo, foi pego. Se ele não tivesse sido pego, nós nunca pensaríamos que ele era um criminoso. Ele poderia ter permanecido na história como um grande presidente de uma grande nação.          É importante lembrar o que Mao-Tsé-Tung, da China, disse quando Nixon, totalmente envergonhado, renunciou à presidência. Ele disse, ‘eu não compreendo de jeito algum que crime Nixon cometeu, porque nós, políticos, fazemos as mesmas coisas em todo lugar. O único erro daquele pobre homem foi ter sido pego, não que ele tenha cometido algum crime, mas ter sido pego.’         E você precisa saber que mesmo depois, quando Nixon já não era mais presidente, Mao-Tsé-Tung enviou um avião presidencial especialmente para pegá-lo e trazê-lo para passar umas férias na China, para lhe dar consolo e lhe dizer, ‘Você nada fez de errado. Não se sinta culpado. Todo político faz o mesmo: você apenas tem que ser cuidadoso ao fazer as coisas.’         Joseph Stalin matou mais de um milhão de russos e a Rússia não tinha um milhão de pessoas ricas. Aquele um milhão era de pessoas pobres, as pessoas para quem a revolução havia sido feita, em nome de quem Stalin tornou-se um ditador e estava governando o país. Por que aquelas pobres pessoas foram mortas? Elas não estavam conscientes de que ao escolher o Partido Comunista e fazer a revolução elas estavam cometendo um engano. Elas apenas pensavam que os comunistas iriam fazer todo mundo ficar rico. Elas não tinham outra idéia.          A idéia delas era simples, elas eram pessoas simples. Pensavam que quando o Partido Comunista estivesse no poder, todo mundo ficaria rico, feliz e empregado. Mas quando o Partido Comunista chegou ao poder, milhares de outras coisas começaram a acontecer, sobre as quais o povo não tinha nenhuma idéia.         Eles não fizeram a revolução e não lutaram contra o czar e seu reinado por causa dessas coisas. Primeiro eles ficaram chocados. O czar e toda a sua família - dezenove pessoas – foram brutalmente assassinados, e um deles era um bebê com apenas seis meses de vida. Eles não deixaram nem aquela garotinha viver, e ela nenhum mal tinha feito a quem quer que fosse, ela ainda nem sabia o que era a vida e nem estava preocupada com ricos e pobres nem com todo esse jargão. Eles os colocaram de pé numa fila e atiraram com uma metralhadora.          Quando as pessoas souberam, elas não podiam acreditar, porque elas nunca pensaram que as coisas aconteceriam assim. E logo outras coisas começaram a acontecer. As igrejas tiveram que se transformar em hospitais e escolas porque no Partido Comunista não tem deus. E nem acreditavam que o homem tivesse uma alma. Para eles a consciência era apenas uma combinação de elementos físicos, era um sub-produto, de modo que matar um homem não era diferente do que desmontar uma cadeira; tudo é matéria.         O povo pobre não estava consciente de que eles estavam fazendo a revolução e morrendo por ela para implantar o materialismo. E quando suas igrejas foram fechadas, eles começaram a lutar, quando suas bíblias lhes foram tiradas, eles começaram a combater. O resultado final foi que um milhão de pessoas foram mortas porque elas não estavam prontas para aceitar a ideologia comunista do materialismo.          Mas ninguém pensa no Stalin como um assassino. Ele será lembrado na história como um grande líder. E assassinos comuns que talvez tenham matado apenas um homem são condenados pela sociedade, pela lei, pelos tribunais. O que eles fizeram, a sociedade faz com eles. Ainda vivemos na idade da pedra, de milhões de anos atrás, quando a lei era olho por olho. ‘Se você atirar um tijolo em mim eu vou lhe atirar uma pedra.’ Esta era a lei. Esta ainda é a lei. Embora estas palavras não sejam mais usadas, o resultado final é o mesmo.          Adolf Hitler sozinho matou seis milhões de pessoas por um simples e estúpido desejo: dominar todo o mundo. E vocês não irão acreditar que na América, eu recebi uma carta do presidente do partido nazista americano ameaçando-me e dizendo que eu estava em perigo por ter criticado Adolf Hitler, ‘pois Adolfo Hitler era a reencarnação do profeta Elijah do Velho Testamento e sempre que você o critica, isso machuca nossos sentimentos religiosos.’ Adolf Hitler que matou seis milhões de pessoas seria a reencarnação de Elijah...     
         Nunca antes as pessoas foram mortas em tão grande quantidade e com tanta precisão científica. Ele construiu câmaras de gás. Mil pessoas podiam ser colocadas numa câmara de gás; apenas um interruptor era ligado e podia-se ver nas chaminés que, em poucos segundos, todas aquelas mil pessoas tinham desaparecido numa fumaça. Apenas os ossos permaneciam. Eles fizeram fossos com quilômetros de extensão que foram enchidos com os ossos. Depois da guerra, quando aqueles fossos foram abertos, ninguém acreditava que algum homem pudesse ter feito aquilo.          Mas ainda existem pessoas cujos ‘sentimentos religiosos’ são machucados. Eu nunca imaginei que criticar Adolf Hitler iria machucar os sentimentos religiosos de alguém, ao ponto dela ameaçar-me de morte caso eu fizesse aquilo de novo.   
         Os políticos, todos os políticos do mundo, têm muita coisa para esconder porque para conseguir a realização de sua ambição – tornar-se presidente, primeiro-ministro – eles têm que fazer tudo... Seja legal ou ilegal, moral ou imoral, não interessa. Os meios não interessam aos políticos, apenas os fins interessam. Se o fim for alcançado, então todos os meios estão certos.          Os políticos certamente precisam ser expostos porque até onde eu posso ver, se eles forem expostos completamente, a humanidade, pela primeira vez, será capaz de se livrar da política.          A política é uma doença e ela deve ser tratada exatamente como tal. Ela é mais perigosa do que câncer e se uma cirurgia for necessária, ela deverá ser feita. A política é basicamente suja. E não há como ser diferente porque milhares de pessoas estão desejando e aspirando a um cargo, e para consegui-lo elas naturalmente lutam, matam e fazem qualquer coisa.

Politics -  Osho Zen Tarot
         Toda a programação de nossa mente está errada. Nós fomos programados para sermos ambiciosos. E é aí que entra a política. Ela tem poluído a sua vida normal e não apenas o mundo habitual dos políticos.          Mesmo uma pequena criança já sabe sorrir para a mãe e para o pai com um sorriso falso, sem qualquer autenticidade. Ela sabe que sempre que sorri, ela é recompensada. Ela aprendeu a primeira regra para ser um político. Ela ainda está no berço e você já lhe ensinou política.         Nos relacionamentos humanos existe política em todo lugar.         O homem incapacitou a mulher. Isso é política.         Metade da humanidade é constituída por mulheres. O homem não tem direito algum de incapacitá-la, mas por séculos ele a tem incapacitado completamente. Ele não permitiu que ela tivesse acesso à educação. Ele não lhe permitiu sequer que ouvisse as escrituras sagradas. Em muitas religiões eles não permitiram que elas entrassem nos templos. Ou, se permitiram, elas tinham uma seção separada, elas não podiam ficar ao lado dos homens como iguais, mesmo perante Deus. (...)         O homem tem tentado de todas as maneiras cortar a liberdade da mulher.         Isto é política; isto não é amor.         Você ama uma mulher, mas não lhe dá liberdade. Que tipo de amor é este, que tem medo de dar liberdade?         Você a coloca numa gaiola como um papagaio. Você pode dizer que ama o papagaio, mas você não entende que o está matando.Você tirou todo o céu do papagaio e deu-lhe apenas uma gaiola. A gaiola pode ser feita de ouro, mas ela nada significa ao ser comparada com a liberdade dos papagaios no céu, movendo-se de uma árvore a outra, cantando suas canções – não aquela que você forçou-o aprender a cantar, mas aquela que lhe é natural, que lhe é autêntica.         A mulher continua fazendo as coisas que o homem quer. Pouco a pouco, ela vai esquecendo que ela também é um ser humano.          Na China, por milhares de anos, o marido podia matar a esposa. Somente em 1951 uma nova lei surgiu proibindo isto. Até 1951 o marido estava autorizado, caso ele quisesse, matar sua esposa, era uma questão que dizia respeito a ele. Ela era a sua mulher, uma posse. O sistema de leis não tinha interesse algum em interferir nas suas posses. E, além disto, na China pensava-se que a mulher não tinha alma; somente o homem tinha.         É por isto que na história da China você não encontra uma única mulher com a importância de um Lao Tzu, Chuang Tzu, Lieh Tzu, Confúcio, Mencius. Se você não tem alma, você é apenas uma coisa, não consegue competir com o homem.         Metade da humanidade, em todos os países, em toda civilização, foi destruída pela política de família. Você pode não chamar isto de política, mas é política. Sempre que existe um desejo de ter poder sobre outras pessoas, isto é política. O poder é sempre político, mesmo quando se trata de pequenas crianças. Os pais pensam que as amam, mas apenas em suas mentes, porque o que eles querem são crianças obedientes. E o que significa obediência? Significa que todo o poder fica nas mãos dos pais.          Se a obediência é uma grande qualidade, por que os pais não devem ser obedientes para com os filhos? Se essa é uma questão religiosa, por que os pais não devem obedecer aos filhos? Mas isto nada tem a ver com religião. Tudo isto é política escondida atrás de belas palavras.         O homem precisa ser exposto em todos os pontos em que a política entra, e ela entra em todo lugar, em todos os relacionamentos. Ela contaminou toda a vida do homem e continua contaminando.         Em suas escolas vocês ensinam as crianças a serem os primeiros da sala. Por que? Você já pensou na psicologia disto?  A pessoa que chega primeiro começa a se tornar um egoísta: ela é a primeira. E a pessoa que chega por último começa a se sentir inferior. Qual a necessidade de se fazer isto? Os exames deveriam simplesmente ser abolidos.          Não há necessidade alguma de exames. Os professores podem simplesmente dar notas todos os dias da mesma maneira como eles controlam a freqüência. Eles podem dar notas todos os dias a todas as crianças e no final aquele que demonstrar maior aproveitamento passa mais cedo para uma classe mais elevada. Aquele que for um pouco mais preguiçoso, passará um pouco depois. Mas sem qualquer exame e sem a classificação de ‘primeira classe, segunda classe, terceira classe’. Isto se torna um estigma.          Se uma pessoa em todo o seu currículo escolar, no nível básico, médio e universidade, tiver sido sempre classificada como terceira classe, terá um reduzido senso de auto-respeito. O seu auto-respeito terá sido morto. Ela sabe que não tem valor. Todo mundo poderá exercer poder sobre ela.         Essa expressão ‘terceira classe’ tornou-se tão feia na Índia que se você perguntar a alguém, ‘com que classificação você passou?’  e se ele tiver passado como terceira classe, ele responderá, ‘classe Mahatma Gandhi’  porque Gandhi nunca obteve outra classificação. Ele sempre passou classificado como terceira classe e daí, por toda a sua vida ele viajava de trem de terceira classe. Assim, na Índia, ninguém fala que passou em terceira classe, mas na ‘classe Mahatma Ghandi’. É uma maneira de ocultar aquela classificação, de tapear a si mesmo.          É criada em você a ambição de que tem que ser alguém no mundo. Você tem que provar que não é uma pessoa comum, você é extraordinário. Mas, para que? A que propósito isto serve? Isto serve a um único propósito: se você se torna poderoso, os outros se tornam subservientes a você. Você é uma pessoa extraordinária. Eles são os pobres companheiros, eles são da classe Mahatma Ghandi. Eles, no máximo, conseguem ser balconistas e nada mais. Eles não têm coragem. Toda a humanidade foi castrada de maneiras diferentes, e esta castração é política.

The Miser - Osho Zen Tarot
          Assim, aqueles que estão no poder se perpetuam através das gerações sucessivas. Agora na Índia, após quarenta anos de lutas pela liberdade, uma família tem dominado. Isto se tornou uma dinastia e não uma democracia. E é impossível removê-los porque em quarenta anos eles tomaram todas as providências para que não pudessem ser removidos. Eles se tornaram indispensáveis e colecionaram arquivos. Eu vi com meus próprios olhos os arquivos que Indira Gandhi costumava usar contra todos os outros políticos do seu próprio partido e os da oposição.         Em tais arquivos estão registrados todos os crimes que aqueles políticos cometeram, todos os subornos que eles aceitaram, todas as coisas ilegais que eles fizeram, todo abuso de poder que praticaram. Isto mantém aqueles políticos com medo de que Indira Gandhi possa expô-los, se forem contra ela. Aqueles arquivos passam de uma geração a outra dentro da mesma família. E isto representa um grande poder.         Vocês ficarão surpresos ao saber o que aconteceu quando o segundo filho de Indira, Sanjay Ghandi, morreu num acidente. Em 
primeiro lugar ela era uma política e em segundo, era mãe. O avião dele caiu próximo de onde Indira morava. Assim que ela soube, correu para o local. Havia uma multidão e a polícia. O que ela perguntou primeiro não foi ‘Como está Sanjay? Ele está vivo ou morto? Como aconteceu o acidente?.’ O que ela perguntou foi, ‘Onde estão as duas chaves que ele carregava?’ Uma das chaves era do cofre onde todos aqueles arquivos estavam guardados e a outra era do dinheiro do ‘caixa 2’ para ser usado nas campanhas eleitorais – milhões de dólares.          Um político pode sacrificar tudo, mas ele não consegue sacrificar o seu poder; e isto é inconsciente. E quando disseram a ela que as duas chaves haviam sido encontradas e que estavam no posto policial; ao invés de ir para o hospital e ver as condições de seu filho, ela foi primeiro ao posto policial para pegar as duas chaves, porque elas eram mais importantes do que uma centena de Sanjay Ghandis. Ele poderia ser visitado depois. E, de qualquer forma, ele já estava morto.          Quando eu ouvi que a primeira coisa que ela perguntou foi pelas duas chaves, eu fiquei chocado... Não pela morte de Sanjay Ghandi. Pessoas morrem mesmo. Isto não é um grande problema. E cada um tem seu próprio estilo de morte. Uns morrem num acidente, outros morrem de outro jeito, outros, de uma maneira normal, deitados em suas camas. (...)         Sanjay Gandhi morreu num acidente. Aquele foi seu estilo de morrer.  Isso não foi um problema, mas aquela mulher, que era uma mãe, perguntou pelas chaves! E não sobre a morte de seu filho, ou sobre o acidente. E ela correu ao posto policial, antes que as chaves pudessem se perder.         E vocês também ficarão surpresos ao saber que Indira Gandhi nunca viveu com seu marido por muito tempo. E foi um casamento por amor. Indira era uma brâmane hinduísta e seu namorado era um parsi. Era muito difícil para as mentes ortodoxas aceitarem aquele casamento. Mas a Indira era filha única de Jawaharlal. Ele não quis contrariá-la e ela estava inflexível: ela só se casaria se fosse com aquele homem; com nenhum outro. Assim ela casou-se com o jovem parsi. Jawaharlal aceitou o casamento.         Ela puxou o seu marido para a política também. Ele tornou-se membro do parlamento, mas ela raramente vivia com ele. Ele ficava muito irritado com isto. Eu o conheci. Ele realmente vivia muito frustrado porque Indira continuava morando com Jawaharlal. O poder estava com ele e ela era sua única filha.          Jawaharlal não teve filho e sua esposa estava morta. Havia toda possibilidade de que Indira lhe sucedesse. E o que seu marido podia lhe dar? Por fim, houve uma completa separação e ele começou a beber muito. Talvez ele tenha morrido pelo excesso de bebida.         Mas Indira continou a viver com seu pai, porque tudo estava ali, todo o poder do país estava concentrado ali. E dele ela recebeu todo o treinamento em política, todos aqueles arquivos. Quando ele morreu, ela se apossou de todos aqueles arquivos e de todo aquele dinheiro. O partido nada conseguiria ser sem ela. O partido teve que escolhê-la, porque as pessoas do partido, mesmo os principais líderes, estavam com medo pois ela tinha os arquivos. E ela tinha o dinheiro.          De que outra maneira você pode competir numa eleição? Particularmente num país como a Índia, onde você pode comprar um voto por apenas duas rúpias. Nada é preciso ser feito, apenas dê duas rúpias a uma pessoa e ela votará em você. Ela não tem idéia alguma sobre ideologia ou sobre democracia. Por dois mil anos a Índia tem sido escrava, assim as pessoas não têm idéia alguma sobre liberdade. Duas rúpias parecem ser mais importantes do que qualquer outra coisa; é mais sólido e mais tangível. Democracia e liberdade parecem ser palavras vazias para um povo faminto e moribundo. Duas rúpias parecem ser mais significantes. Assim, quem tiver o dinheiro, quem tiver os recursos e as conexões corretas para conseguir dinheiro, continuará no poder.         É impossível para a Índia livrar-se da família do Nehru. Eles declaram que é uma democracia, mas é apenas uma monarquia, uma dinastia. Esta é a situação em todo o mundo; é como as coisas funcionam. O povo só vê a aparência; ele não vê o que existe por dentro das coisas.         Eu realmente quero expor todo tipo de política. Eu não estou preocupado com os políticos, mas com a maneira como a política funciona: ela é feia, ela é desumana, ela é bárbara. Nós deveríamos viver de uma maneira não-política. Nossos relacionamentos deveriam ser não-políticos, senão, nós não teremos relacionamentos, mas apenas nomes, rótulos, e por trás desses rótulos o conteúdo é algo diferente.”
                                             OSHO – The Path of the Mystic- Disc. 42 – pergunta n° 1                                             Tradução: Sw. Bodhi Champak
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