Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

sábado, 7 de abril de 2012

Uma Páscoa Plena!!! Meu desejo...


Pietro Ubaldi
Páscoa de 1932

De além do tempo e do espaço chega minha voz. É uma voz universal que fala ao mundo inteiro e verdadeira permanece através dos tempos. A verdade não pode sofrer mudanças se olhada por esta ou aquela nação, se observada por uma raça ou outra, porque a alma humana é sempre a mesma em toda parte, se examinada em sua profundeza.
Venho a vós, na Páscoa, acima de tudo para iluminar e confortar, pois vos achais imersos numa vaga de dores. Crise a denominais e a imaginais crise econômica. Eu, porém, vos digo que se trata de uma crise universal, crise de todos os vossos valores morais, de todas as vossas grandezas. É o desmoronar-se de todo um mundo milenário. Digo-vos que a crise se encontra sobretudo em vossas almas: crise de fé, de orientação, de esperanças. É o vertiginoso momento de grandes mutações.
Trago-vos esperança, orientação, paz. A cada um falo hoje a palavra da verdade e do amor, palavra que não mais conheceis. Quero reconduzir-vos às origens milenárias da fé com o intelecto novo, nascido de vossa ciência. No dia da Ressurreição, repito-vos a palavra da ressurreição, a fim de que possais compreender a dor e ultrapasseis as estreitas fronteiras de vossa vida. Comovido, falo a cada um no sagrado silêncio de sua consciência.
Ó tu que lês, afasta-te, por um momento, dos inúteis ruídos do mundo e escuta!
Minha voz não te atingirá através dos sentidos, mas, através desta leitura, senti-la-ás aflorar dentro de ti na linguagem de tua personalidade. Minha voz não chega, como todas as coisas, do exterior; contudo, surgirá em ti, por caminhos desconhecidos, como coisa tua, da divina profundeza que em ti existe e na qual também estou.
O universo é infinito e de longe venho, atraído pela tua dor. Nada me atrai tanto como a dor, porque somente nela o homem é grande, e se purifica e redime, dirigindo-se para destinos mais elevados. É triste serdes assim golpeados, mas, somente sofrendo, podeis compreender a realidade da vida. Exulta, porque este é o esforço da tua ressurreição!
A quem sofre eu digo: "Coragem! És um decaído que na sombra reconquista a grandeza perdida".
É a justa reação da Lei que livremente transgredistes e que exige o retorno ao equilíbrio; instrumento de ascensão, a dor vos aponta o caminho de que fugistes; impõe-vos reabrirdes vossa alma, fechada pelas alegrias fáceis que infelizmente vos cegam, para que alcanceis júbilos mais altos e verdadeiros. A dor é uma força que vos constrange a refletir e a buscar em vós mesmos a verdade esquecida. É imposição de um novo progresso.
Abraça com alegria esse grande trabalho que te chama a realizações mais amplas. Se não fosse a dor, quem te forçaria a evolver para formas de vida e de felicidade mais completas?
Não te rebeles; pelo contrário, ama a dor. Ela não é uma vingança de Deus e sim o esforço que vos é imposto para mais uma conquista vossa.
Não a amaldiçoes, mas apressa-te a pagar o débito contraído pelo abuso da liberdade que Deus te deu para que fosses consciente. Abençoa essa força salutar que, superando as barreiras humanas, sem distinção transpõe todas as portas, penetra o que é secreto, e fere, e comanda, e dispõe, e por todos se faz compreender. Abraça a dor, ama-a, e ela perderá sua força. Aceita a indispensável escola das ascensões. Se te revoltares, tua força nada conseguirá contra um inimigo invisível e a violência, em retorno, mais impetuosamente cairá sobre ti.
Coragem! Ama, perdoa e ressuscita! Não procures nos outros a origem de tua dor, mas, sim, em ti mesmo, e arrepende-te. Lembra-te de que a dor não é eterna, porém uma prova que dura até que se esgote a causa que a gerou. Tua dor é avaliada e não irá jamais além de tuas forças. O mundo foi criado para a alegria e a alegria lhe voltará. Da outra margem da vida, outras forças velam por ti e te estendem os braços, mais do que tu ansiosas pela tua felicidade. 
Falei com o coração ao homem de coração. Falarei agora à inteligência.
Tendes, ó homens, a liberdade de vossas ações, nunca a de suas conseqüências. Sois senhores de semear alegria ou dor em vosso caminho, e não o sois de alterar a ordem da vida. Podeis abusar, porém, se abusardes, a dor reprimirá o abuso. De cada um de vossos males, fostes vós mesmos que semeastes as causas.
O maior erro de vossos tempos é a ignorância da realidade moral, íntima orientação da personalidade, que é o fundamento da vida social.
O homem moderno se aproxima de seu semelhante para tomar-lhe alguma coisa, nunca para beneficiá-lo. A vossa civilização, que é econômica, está baseado no princípio " do ut des " , que é a psicologia do egoísmo. É a força econômica sempre a reger o mundo. A psicologia coletiva não é senão a soma orgânica dessas psicologias individuais. A riqueza se acumula onde a força a atrai, e não onde a necessidade ou superiores exigências a reclamam; não constitui instrumento de uma vida de justiça e de bem, mas, sim, máquina de poder, representando, em si mesma, um objetivo. A lei de equilíbrio é constantemente violada e impões reações. Não dominais a riqueza, conduzindo-a a fins mais elevados: é a riqueza que vos domina.
Trabalhai, mas que o escopo do vosso trabalho não se reduza apenas a proveitos isolados e egoístas, e sim a frutificar no organismo social; somente então se formará aquela psicologia coletiva, que é a única base estável da sociedade humana.
Fazei o bem, todavia, lembrai-vos de que o pobre não deseja propriamente o supérfluo de vossas riquezas, mas que desçais até ele, que partilheis de sua dor e, até, que a tomeis para vós, em seu lugar.
Venerai o pobre: ele será o rico de amanhã. Apiedai-vos do rico que amanhã será o pobre. Todas as posições tendem a inverter-se a fim de que o equilíbrio permaneça constante. A riqueza tende para a pobreza e a pobreza para a riqueza. Ai daqueles que gozam! Bem-aventurados os que sofrem! Esta é a Lei.
Não confieis no mundo, que rirá convosco enquanto tiverdes força e bem-estar; confiai, antes, em mim, que venho quando sofreis e vos trago auxílio e conforto. Já vedes, hoje, que a dor realmente existe e que nem o ceticismo nem qualquer poder humano conseguem afastá-la.
Uma radical mudança verificar-se-á na sociedade humana, a fim de que a vida não seja um ato de conquista, onde triunfe o mais forte ou o mais astuto, mas, sim, um ato de bondade e de sabedoria em que seja vitorioso o mais justo. Investigando-as com vossa ciência, achareis no íntimo das coisas essa suprema Lei de equilíbrio que vos governa; aprendereis que a bravura da vida não está em violar essa Lei, semeando para vós mesmos reações de dor, porém, em segui-la, semeando efeitos de bem. Deveis também aprender que o vencedor não é o mais forte — esse é um violador — e sim quem segue conscientemente o curso das leis e sem violência se equilibra no seio das forças da vida. As religiões já o revelaram, entretanto, não acreditastes; a ciência o demonstrará, todavia não desejareis ver. O momento é decisivo. Ai de vós se, nesta vitória de civilização material em que viveis, desejardes ainda perseverar no nível do bruto.
Está maduro o mundo, mas, ao mesmo tempo, cansado de tentativas e experiências, do irresolúvel emaranhado de vossos expedientes; cansado de viver no momento, em face de um amanhã repleto de incógnitas; e quer seriamente prever e resolver os grandes problemas da vida, quer francamente olhar o futuro, ainda que isso reclame uma grande coragem.
O mundo tem necessidade da palavra simples e forte da verdade e não de novas astúcias a rolarem por velhos caminhos. O mundo espera essa palavra com ansiedade, como também a aguarda o momento histórico.
A psicologia coletiva tem o pressentimento, embora confuso, de uma grande mudança de direção; sente que o pensamento humano, não mais infantil, apresta-se para tomar as rédeas da vida planetária e que o homem vai substituir o equilíbrio instintivo e cego das leis biológicas por outro equilíbrio, consciente e desejado. Por isso está buscando a luz, para que seu poder não naufrague no caos.
Não está longe de desaparecer vossa psicologia experimental, que será substituída pela psicologia intuitiva; esta a muito longe conduzirá vossa ciência. Novos homens divulgarão a verdade; não mais serão mártires cobertos de sangue, nem se assemelharão aos anacoretas de outrora, porém homens de inteligência e de fé, que difundirão seus pensamentos utilizando-se de moderníssimos recursos, homens que servirão de exemplo no meio do turbilhão de vossa vida.
Despedaçai a férrea jaula que o passado para vós construiu, e onde já não vos resta espaço. Ousai abandonar os velhos caminhos mas não ouseis loucamente, onde não há razão para ousadias; ousai na direção do alto e nunca ousareis demasiadamente. Do grande mar de forças latentes, que não percebeis, imensa vaga levantará o mundo.
Até lá, guardai a fé! A vossa crise, se é profunda e dolorosa, fará, no entanto, nascer o homem novo do terceiro milênio. Para resolvê-la, recordai que ela é mal de substância, que não se debela corrigindo a forma, como procurais fazer. Para solucioná-la é necessário considereis o problema em sua substância; e sua substância é o homem, sua psicologia, sua alma, onde se encontra a motivação de suas ações, a fonte original dos acontecimentos humanos. Eis aí a chave do futuro.
Vosso multimilenário ciclo de civilização está a esgotar-se; deveis retomá-lo em nível mais elevado, vivê-lo mais profundamente, não somente crendo, mas, também, " vendo ".
Ai de vós se, depois de haverdes atingido o domínio do planeta, não dominardes a máquina, a riqueza e as vossas paixões, com um espírito puro.
Sois livres e podeis também retroceder. No período que resta deste século se decidirá do terceiro milênio. Ou vencer, ou morrer: e a morte, desta vez, é a morte pior, porque é morte de espírito. A todos eu digo : " Ressuscitai com a minha ressurreição ".

http://orbita.starmedia.com/~ubaldi/msg-resur.html


Ressurreição

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê 

em mim, ainda que esteja morto, viverá" João 11:25
Após a sua morte, o corpo de Jesus foi colocado num túmulo cavado na rocha. Mas no terceiro dia ele ressuscitou dentre os mortos.

Ressurreição

Ressurreição em latim (resurrectione), grego (a·ná·sta·sis). Significa literalmente "levantar; erguer". Esta palavra é usada com frequência nas Escrituras bíblicas, referindo à ressurreição dos mortos. No seio do povo hebreu, a palavra correlata designava diversos fenômenos que eram confundidos na mentalidade da época. O seu significado literal é voltar à vida; assim, o ato de uma pessoa considerada morta viver novamente era chamado ressurreição. Existe a conotação escatológica adotada pela igreja católica para esse termo que é a ressurreição dos mortos no dia do juízo final.

Particularidades
A ressurreição é considerada por muitos teólogos como base para o cristianismo, já que seu fundador, segundo a Bíblia, ressuscitou pessoas e foi ressuscitado. Entre os relatos mais conhecidos está a ressurreição de Lázaro, que teria voltado à vida após quatro dias de sua morte. Este caso enfatiza o teor sobrenatural do episódio, pois testemunhas oculares, ainda segundo a Bíblia, e até mesmo opositores de Jesus Cristo, comprovaram que realmente Lázaro havia falecido, e seu corpo fora deixado em sua câmara mortuária, e quando Jesus foi vê-lo, este estava em estado de decomposição[carece de fontes].
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o

Um dia de Festa Completa!!!


FELIZ PÁSCOA
“Há dois mil anos atrás, um homem veio ao mundo disposto a ser o maior exemplo de amor e verdade que a humanidade conheceria.
Sua proposta de vida não foi entendida por muitos e, então, condenaram este homem e crucificaram-no, ignorando todos os seus propósitos de um mundo melhor.
Houve dor, angústia e escuridão.
Por três dias, o sol se recusou a brilhar, a lua se negou a iluminar a Terra, até que no terceiro dia algo aconteceu…
Houve a ressurreição!
A Páscoa existe para nos lembrar deste espetáculo inigualável chamado ressurreição!

Páscoa…
Ressurreição do sorriso…
Ressurreição da alegria de viver…
Ressurreição do amor…
Ressurreição da amizade…
Ressurreição da vontade de ser feliz!
Ressurreição dos sonhos, das lembranças e de uma verdade que está acima dos ovos de chocolate:
Cristo morreu, mas ressuscitou, e fez isso somente para nos ensinar a matar os nossos piores defeitos e ressuscitar as maiores virtudes sepultadas no íntimo de nossos corações.
Que esta seja a verdade da nossa Páscoa.”

Amigos...


migo é aquele que te 
eija com
arinho e que
eseja com
ntusiasmo a tua
elicidade, e
arante-te fidelidade.
umilde é o amigo que
ndependentemente de qualquer coisa
oga tudo fora por ti e
arga a mão de tudo que seja                 
aterial e desnecessário,
aturalmente para cumprir a sua
brigação que é
roteger a quem lhe protege, e
uerer bem a quem lhe quer bem.
espeitar o teu
ilêncio calado,
ransformando a tua vida numa
nica motivação para
iver.
eretando se preciso e
angando-se quando necessário.

 “Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência. Às vezes, usa a raiva para que possamos compreender o infinito valor da paz. Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono. Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade do que dizemos. Às vezes usa o cansaço, para que possamos compreender o valor do despertar. Outras vezes usa a doença, quando quer nos mostrar a importância da saúde. Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar a andar sobre a água. Às vezes, usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar. Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da vida.”
(Paulo Coelho)

Eu sou essa gente que se dói inteira porque não vive só na superfície das coisas.
Eu acredito em profundidades.
E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos.
São eles que me dão a dimensão do que sou.


Rachel de Queiroz
Um ótimo, sábado!!! Com um beijo assim, babado...
Risos!

Para todos vocês....Um dia de descanso total!


Bom dia, de coração,
A você e todos os seus;
Façamos uma oração,
Agradecendo a Deus,
Por esta manhã serena,
Porque viver vale a pena!
Bom dia, com alegria,
Com harmonia e muita energia!!
A cidade amanheceu sorrindo, os jardins todos em flor, os passarinhos cantando, te saudando, meu amor! Bom dia!

To you my love, who has agreed ...
Good morning, my passion,
How much longing endless ...
I hope, my heart,
Even not being here,
What think, love, me,
As I think about you ..
Bye...

Fé:Qual o significado do sábado de aleluia?


Fé:Qual o significado do sábado de aleluia?


Para muitos, o Sábado de Aleluia é apenas um dia de faxina ou de preparação para a Páscoa. No entanto, esse dia sem liturgia tem um significado espiritual próprio. Jesus morreu por nós, e permaneceu três dias no sepulcro. Assim, também deveríamos nos dedicar com plena consciência ao teor espiritual desse dia. Isso acontece melhor em meio ao silêncio, quando nos posicionarmos quanto à verdade e à situação sepulcral de nós mesmos.
Cristo desceu ao reino da morte, ao Hades, o reino das sombras. Posso imaginar como Jesus desce aos cantos tenebrosos de minha própria existência. O que excluo da vida? Quais os lugares para os quais não gosto de olhar? Onde foi que tratei de recalcar alguma coisa, empurrar algo para as câmaras escuras de minha alma? Para onde me nego a olhar? O que pretendo esconder de mim mesmo, dos outros e de Deus? Jesus propõe-se descer exatamente a esses rincões da morte e da escuridão, para mexer em tudo o que há de escuro e rançoso em mim, tudo o que há de mortiço e entorpecido, e então despertar-me para a vida.
Os ícones da Igreja oriental sempre representam a ressurreição de Jesus com Cristo subindo do reino dos mortos, trazendo consigo os mortos pela mão. No dia de Sábado de Aleluia permito que Cristo desça até o meu reino dos mortos, para que tome todos os mortos pela mão, inclusive o que há de morto em mim mesmo, e nos reconduza à luz, a fim de despertar-nos para a vida.
Cristo esteve no sepulcro. Assim, o Sábado de Aleluia convida-me a olhar para minha própria situação sepulcral. O que me caberia enterrar? Que feridas em minha história de vida precisam ser enterradas de uma vez por todas? Quando sepulto todas as ofensas, paro de usá-las como armas para agredir as outras pessoas. Não as carregarei mais em mim mesmo, como se fossem uma recriminação tácita aos que feriram em algum momento. Com isso, posso descartar minha mágoa, meus ressentimentos e minha irritação. Não preciso de mais nada disso como pretexto para justificar minha recusa a olhar a vida de frente.
Pretendo sepultar também os sentimentos de culpa que consomem e dos quais não consigo me afastar. Preciso ter confiança em que Cristo também desceu ao meu sentimento de culpa e a todo martírio interno que imponho a mim mesmo, com auto-acusações; e desceu até aí para libertar-me. Quando paro de andar em círculos em torno de minha culpa, aí sim realmente posso despertar para a vida nova.
No Sábado de Aleluia desço até meu próprio sepulcro e imagino de que forma Cristo repousa lá, a fim de trazer tudo o que lá está para uma nova vida. Cristo desceu ao sepulcro de meu medo, minha resignação, minha autocompaixão e minha morbidez, a fim de salvar-me e transformar-me no mais fundo de minha alma. Para ressuscitar na Páscoa como uma pessoa salva e liberta, preciso ter a coragem de meditar acerca de meu sepulcro e de sepultar tudo o que me distancia da vida.
Sábado de Aleluia.
Este dia é consagrado especialmente a honrar a sepultura de Nosso Senhor.
 As principais cerimônias são:
1. Bênção do fogo novo, que se tira de um silex, e com o qual se acende um círio de três bicos, outras velas e a lâmpada do santuário.
2. Bênção do Círio Pascal;
3. Leitura das profecias;
4. Bênção da Água Batismal;
5. Ladainha de todos os santos; e
6. Missa solene com glória, durante a qual se tocam os sinos e se cantam as aleluias. Ao meio dia acaba-se o tempo de Jejum, portanto, fim do tempo quaresmal.
http://jornalocampeao.com.br/2012/04/06/qual-o-significado-do-sabado-de-aleluia/

Significado de Aleluia

O que é Aleluia:

Aleluia significa “Louvem Deus Javé, ou “Adorem Deus Javé” e é um termo de origem hebraica.  Javé é uma abreviatura do nome de Deus, portanto aleluia é um elogio ao Deus Javé.
No Catolicismo, existe o Sábado de Aleluia, que corresponde ao dia que antecede o Domingo de Páscoa, sendo o último dia da Semana Santa, onde é comemorada a Ressurreição de Jesus Cristo. Aleluia é uma palavra muito utilizada em celebrações cristãs, por protestantes e católicos, não somente em cânticos como em orações, além de aparecer no Velho e no Novo Testamento da Bíblia Cristã, e no livro do Apocalipse de São João.
Aleluia é também considerada simplesmente uma palavra que vem de ulular, uma exultação de alegria como ainda hoje ainda acontece entre tribos semitas e africanas.
O termo aleluia tem sido muito utilizado popularmente, muitas vezes até como gíria, para festejar um acontecimento mágico, quase como um “milagre".

Malhação do Judas. Quem lembra?

HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS 
Malhação do Judas. Quem lembra?
Como em outras cidades brasileiras, tradição vai diminuindo a cada ano
Costume trazido pelos portugueses e espanhóis para toda a América Latina, a malhação do Judas no sábado de Aleluia aos poucos vai desaparecendo das grandes cidades, restringindo-se cada vez mais ao interior do Brasil. Já em 1978 essa tendência era registrada em Santos, em matéria publicada pelo editor de Novo Milênio, então no jornal A Tribuna, no dia 25 de março de 1978 (um sábado de Aleluia), com a contribuição do setor de pesquisa do jornal:
Dentro de mais alguns anos, só restará a lembrança
Foto: jornal A Tribuna de Santos, 25/3/1979
Malhação do Judas, costume que acaba
O folclore e as tradições que nos centros urbanos o progresso faz desaparecer, ainda podem ser encontrados nos morros e em alguns pontos onde foi preservado o espírito comunitário. Assim, conforme vai diminuindo o número de locais de malhação do Judas na planície santista, os morros vão se sobressaindo como centros de preservação da cultura e dos costumes populares.
Apenas um Judas foi visto ontem na rua: numa alusão às enchentes, o boneco tinha uma bóia do lado, terno, gravata, anel, dentadura, lenço, chapéu, óculos escuros, peruca e um cartaz mostrava a cidade inundada, enquanto uma garotinha gritava por socorro sobre o telhado de uma casa. O boneco foi confeccionado pelos moradores do Edifício Vila Rica e será malhado hoje, após as 23h30, na esquina da Av. Washington Luís com a Rua Galeão Carvalhal.
Enquanto isso é feito na zona rica da Cidade, a zona pobre (morros) também contribui para preservar a tradição. No Largo do Machado, no Morro de São Bento, crianças e adultos estão terminando a confecção de um Judas, com camisa de malha marrom e jardineira azul por cima, cabeça de pano, pintada, nenhum cartaz, crítica ou ironia. Hoje, ele sairá da casa de José Gonçalves Quinta, na Rua Santa Madalena, 375, para ser malhado no largo, ao meio-dia.
Esse não é um Judas político ou manda-chuva: apenas um boneco representando Judas Iscariotes, o personagem bíblico que traiu Cristo com um beijo. Um boneco que hoje as crianças irão malhar e queimar, dando, sem saber, continuidade a uma tradição secular.
Tradição de malhar o Judas continua viva, principalmente nos morros
Foto: jornal A Tribuna de Santos, 26/3/1979
JUDAS ISCARIOTES
(Pesquisa A Tribuna)
Malhar o Judas é uma prática ainda muito comum no Brasil, apesar de o costume praticamente ter sido banido das grandes cidades por falta de locais adequados e dos perigos que representa. No interior, entretanto, a tradição continua viva, e os bonecos de palha ou de pano, pendurados em postes de iluminação pública e galhos de árvores, são rasgados e queimados no sábado de Aleluia.
Tradição popularíssima na Península Ibérica, radicou-se em toda a América Latina desde os primeiros séculos da colonização européia. No Rio de Janeiro oitocentista, os judas - com fogo de artifício no ventre - apareciam conjugados com demônios, ardendo todos numa apoteose multicolorida que o povo aplaudia.
O Judas queimado é uma personalização das forças do mal e constitui vestígio de cultos agrários, em muitas partes do mundo. Vários historiadores registraram o uso, quase universal, de festas de alegria no início e fim das colheitas, para obter melhores resultados nos trabalhos do campo.
Queima-se um manequim representando o deus da vegetação. Pela magia simpática, o fogo é o sol e o processo se destina a garantir às árvores e plantações o calor e a luz indispensáveis, submetendo a figura ao poder das chamas. O sacrifício do mau apóstolo é, então, uma convergência de tradições vivas no trabalho agrícola.
No Brasil, é costume antigo fazer-se o julgamento de Judas, sua condenação e execução. Antes do suplício, alguém lê o "testamento" de Judas, em versos, colocado especialmente no bolso do boneco. O testamento é uma sátira das pessoas e coisas locais, com graça oportuna e humorística para quem pode identificar as figuras alvejadas.
Judas, apóstolo traidor, cognominado Iscariotes por ser oriundo de Carioth, cidade ao Sul de Judá, já um ano antes da Paixão de Jesus tinha perdido a fé no Mestre, mas continuava a acompanhá-lo por comodidade e para ir furtando do que ofereciam aos apóstolos.
Obcecado pelo dinheiro, antes de se afastar de Cristo, resolveu entender-se com os sinedritas - membros do Sinédrio, conselho supremo dos judeus -. Judas assistiu ainda à última ceia, em que Jesus revelou a sua traição, mas foi logo ao encontro dos inimigos de Cristo para cumprir o que tinha combinado e receber 30 dinheiros. Consumada a traição, arrependeu-se, quis restituir o dinheiro, mas, repelido pelos sacerdotes, enforcou-se numa corda.


http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0116.htm


Como funciona a malhação do Judas


Origem e tradição da malhação do Judas

Todo ano, na rua dos Lavapés, no bairro do Cambuci, um dos redutos da imigração italiana em São Paulo, centenas de moradores se reúnem para destroçar simbolicamente, sem dó nem piedade, o pior malfeitor do ano. O alvo retratado em um boneco de pano recheado de serragem, e pendurado como se tivesse sido enforcado em algum poste da rua, leva pauladas, chutes e, no fim, é queimado por uma multidão exultante. Há um bom tempo, os políticos brasileiros têm sido a figura preferida para ser retratada no boneco como alvo da fúria da população. E eles têm dado inúmeros motivos para esse grau de insatisfação popular, que é extravasada, como que num recado direto a eles, no chamado sábado de Aleluia, que na tradição católica acontece entre a Sexta-Feira Santa e o domingo de Páscoa.

Populares destroçam o Judas, retratado como um político, com as mãos


Esse ritual chamado de malhação do Judas sobrevive não só na tradição paulistana, mas também em vários outros locais do Brasil. A brincadeira chegou ao país junto com a colonização portuguesa. Ela representa o julgamento popular contra Judas Iscariotes, um dos apóstolos que teriam acompanhado Jesus Cristo. Judas teria traído Jesus e o entregue ao Sinédrio, conselho supremo e representação dos judeus perante os romanos, em troca de dinheiro. Por conta desse episódio relatado no Novo Testamento, as populações seguidoras da fé católica adotaram o ritual de na semana da Paixão de Cristo fazer simbolicamente o julgamento, a condenação e a execução de Judas, o traidor. Na tradição popular, antes da “execução” dele, é lido o "testamento" de Judas, que escrito em versos é colocado no bolso do boneco e traz sátiras às pessoas e a fatos locais.


Assim como várias outras tradições do catolicismo, a malhação do Judas tem sua inspiração, segundo alguns historiadores, em antigos rituais pagãos. Desde séculos antes de Cristo, celebrações no início do cultivo e ao final das colheitas faziam parte de cultos agrários que buscavam garantir bons resultados no campo. Um boneco feito de palha representaria o “deus da plantação” e o fogo seria o sol. Ao queimar o boneco, acreditava-se estar submetendo o “deus da plantação” ao poder do sol e garantindo com isso a luz e o calor necessários para os cultivos.


Outras versões, como a do professor especialista em folclore brasileiro Ático Vilas-Boas da Mota, em “Queimação de Judas: catarismo, inquisição e Judas no folclore brasileiro”, relacionam a tradição à Inquisição e à perseguição aos judeus na Idade Média. Segundo Mota, os acusados de heresias que conseguiam fugir, escapando do processo inquisitório comandado pela Igreja Católica, eram substituídos por bonecos queimados em praça pública. Para ele, essa consagração do ritual da queima do Judas seria o resultado do poder da Igreja Católica no período inquisitorial para incutir na população ódios e preconceitos, inclusive contra os judeus que representariam todo o mal.