TURISMO ... China parte I - Hong Kong e Macau

China parte I - Hong Kong e Macau

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Estátuas ao pé do Buda Gigante em Landau - Hong Kong

 Qual é o padrão de beleza que você busca? O bronzeado intenso do italiano ou a pele mais branca que for possível manter?
Viajar nos permitiu entender que a resposta para esta pergunta sempre irá depender da cultura em que você estiver imerso. Aprendemos que a pele branca na China é sinônimo de status já que o bronzeado remete ao camponês que trabalha duro sob o sol.  Aprendemos também que superpopulação nem sempre é sinônimo de desordem e insegurança já que Hong Kong com 7 milhões de habitantes é um exemplo de transporte público organizado e sem o caos de outras cidades grandes como São Paulo por exemplo.

Viemos da Rússia depois de 22horas de viagem com conexões e espera nos aeroportos, mas enfim chegamos a China.
Começar por Hong Kong foi uma boa idéia pois a cidade é tão ocidentalizada que nem parece estar na China. Bom pelo menos até começarmos a andar pelas ruas e vermos um monte de letreiros neon, pessoas apressadas para todos os lados e a maior quantidade de smartphones por habitante do planeta...

Ruas cheias todos os dias em Hong Kong

Escolhemos um hostel na ilha, mas encurtamos os dias pois a hospedagem aqui ficava super cara nos fins de semana. Isto bagunçou nossa agenda e tivemos que correr para tirar os vistos para entrada no continente Chinês recorrendo a um despachante local.
Para explorar a cidade o metrô é a melhor opção, pois te leva para todos os lados e tem maquininhas de auto-atendimento em todas estações. Os preços variam conforme a distância que vai percorrer e, é pressionar a estação desejada no painel, por as moedinhas e sair com o bilhete na mão. Se for utilizar muito o transporte público o cartão Octopus é uma boa, pois pode ser recarregado nas estações de metro.

Templo Man Mo Hong Kong

Aproveitamos para visitar o templo Man Mo que tem enormes espirais de incenso penduradas no teto e uma fumaceira no interior que te deixa a impressão de estar andando nas nuvens, quero dizer, dentro delas rs...

Dia seguinte já recuperados da viagem rumamos para a ilha de Landau para visitar o maior Buda sentado de bronze do mundo e o monastério Po Lin. O acesso é feito através de um bondinho que parte da estação Tung Chung do metrô e sobe os 500 metros até as atrações. O visual é muito legal e a infra- estrutura novinha.

Monastério Po Lin ilha de Landau

Monastério de Po Lin ilha de Landau

No alto há restaurantes, lojinhas de souvenir e todo o aparato de um parque temático, não é para menos que Hong Kong é o único pais asiático a ter uma Disney, eles aprenderam direitinho a preparar o local para o turismo.
Na descida encontramos um casal da Croácia que nos contou sobre suas experiências na China e sobre os contrastes que poderíamos enfrentar nas cidades da Mainland.
Como o dia estava acabando rumamos para a Avenue of the Stars para ver a "Symphony of lights" que acontece todos os dias as 20:00 hrs nos prédios comerciais do lado da ilha.

Skyline Hong Kong

Symphony of Lights Hong Kong

Aqui fica o destaque para o skylyne de prédios que sem dúvida foi o mais bonito e impressionante que já vimos até hoje. O show de luzes e música é Ok mas a vista dos prédios é incrível.

Hong Kong tem um porto de Ferry bem movimentado e é uma ótima opção para quem quer dar uma esticada na ilha de Macau. A viagem dura 1:00 hora com barcos que saem a cada 30minutos e cabe em um dia longo de passeio desde Hong Kong.

Macau foi colônia portuguesa por muitos anos, mas foi devolvida a China Mainland através de um tratado que garantiu autonomia política a ilha por muito tempo, nos mesmos moldes de Hong Kong. Ao viajar entre as ilhas lembre-se de trazer seu passaporte, pois terá que passar pela imigração na entrada e saída de cada uma delas.

Cassino Lisboa Macau ao lado do sucessor Grand Lisboa

 Já na saída do Ferry de Macau há vários micro-ônibus que oferecem transporte gratuito até os cassinos.  É so escolher aquele que mais te interessar e entrar, ninguém pergunta nada.

No nosso caso fomos para o Grand Lisboa pois como está localizado bem no centro da ilha fica pertinho para caminhar entre as  principais atrações.

Ruínas igreja de São Paulo Macau

 Além das ruínas da igreja de São Paulo, um museu e uma fortaleza, o mais interessante é ver as propagandas, nomes de rua e estações de ônibus todas escritas em Português, Cantonês e algumas em inglês.

Herança da Colonização Portuguesa em Macau

 Outro passeio inevitável é entrar em alguns cassinos para ver o luxo e o movimento de turistas e jogadores pelos corredores.  O mais famoso da ilha é o Venetian que como o nome diz recria a cidade italiana com direito aos gondoleiros que cantam enquanto passeiam com os turistas pelos canais internos do prédio. Para chegar até lá basta tomar o ônibus 25 ou 26A no terminal em frente ao Grand Lisboa.

Voltamos a Hong Kong no Ferry da noite e a viagem foi bem tranqüila. Pode comprar o ticket da classe econômica, pois as poltronas são confortáveis e não tem muita diferença com a first class.

Cassino Venetian Macau

No outro dia para encerrarmos a visita, passamos no Ladies Market que é uma feira de muamba no meio das ruas movimentadas da cidade onde metade da população fica concentrada entre as lojas e as barraquinhas de comida.
De Hong Kong tomamos o metrô para a estação Luohu que fica na fronteira com a China. Aqui é curioso pois ao sair da estação nos deparamos com os guichês de imigração de Hong Kong e após alguns metros já entramos na fila de outro  guichê desta vez do lado chinês.
A borda entre Hong Kong e Shenzen é uma das mais movimentadas da China e já na saída do lado China Mainland você encontra a estação de trem à esquerda, ônibus à direita e metrô logo a frente bem fácil de se localizar.
Foi em Shenzen que embarcamos para Guìlín em um trem de longa distancia com 6 camas em cada compartimento (hard sleep como chamam aqui). Podemos dizer que apesar das 13 horas é uma viagem bem confortável.
Compramos as passagens em Hong Kong na loja da China railway que fica na estação de metro Hung Hom. Eles cobram comissão pela venda, mas ao menos falam inglês...
Próxima parada Guìlín!