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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SAÚDE & PÉ diabético

Pé diabético: pessoas com diabetes devem ter cuidados especiais

Perda de sensibilidade no pés é irreversível, mas quadro pode ser estabilizado

POR ADRIANE ZIMERER - PUBLICADO EM 01/08/2012

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Pé diabético: pessoas com diabetes devem ter cuidados especiais

Perda de sensibilidade no pés é irreversível, mas quadro pode ser estabilizado
http://www.minhavida.com.br/temas/Dorm%C3%AAncia

Prevenção

Os pés devem ser inspecionados diariamente à procura de pequenas feridas, bolhas, áreas avermelhadas, alterações nas unhas, proeminências ósseas e mudanças na forma dos pés. A inspeção deve necessariamente incluir a planta dos pés. Para realizar essa inspeção muitas vezes será necessário utilizar um espelho. Nos casos em que exista problema de visão é importante contar com a ajuda de outra pessoa.
pé diabéticoPé diabético apresenta manchas vermelhas e alterações nas unhas
Cuidado especial deve ser tomado na escolha do sapato, que deve ser macio, leve e moldado na forma dos pés.
Evite andar descalço ou com sandálias e chinelos; na presença de "dormência" nos pés deve ser mantido controle periódico com ortopedista.

O que é Pé diabético?

O pé diabético é uma complicação do Diabetes mellitus e ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que possam levar à amputação do membro afetado.

Evite problemas com o pé diabético

Temperatura certa da água e calçado adequado ajudam a evitar úlceras graves

POR FERNANDO MENEZES - PUBLICADO EM 14/11/2011




Pé diabético é um dos problemas decorrentes do diabetes, e causa aproximadamente 55 mil amputações por ano no Brasil. Por mais que as pessoas o associem a problemas de circulação, não são apenas eles que podem causar úlceras nas extremidades do corpo. O diabetes pode provocar a deterioração dos nervos periféricos, quadro chamado de neuropatia diabética, que faz com que a pessoa perca a sensibilidade nos pés. "Outro problema é que o sistema imunológico de um diabético é menos eficaz do que o de uma pessoa sem a doença. Portanto, o menor machucado pode infeccionar e evoluir para um grave caso de gangrena", explica o endocrinologista Frederico Marchisotti, mestre em Endocrinologia pela USP e especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.


Segundo a endocrinologista Hermelinda Pedrosa, Coordenadora do Departamento de Pé Diabético da Sociedade Brasileira de Diabetes, o mais importante que é que as pessoas que têm diabetes e sofrem com neuropatia diabética saibam que é preciso ter alguns cuidados especiais com os pés, para evitar infecções, úlceras e até amputações. "O primeiro cuidado, que não fica restrito aos pacientes com neuropatia diabética, é manter os níveis de açúcar no sangue sob controle", alerta. Confira sete outros cuidados, indicados por endocrinologistas.  

Exames frequentes

Muitas pessoas que têm pé diabético não se preocupam em realizar exames nos pés anualmente. A endocrinologista Hermelinda Pedrosa alerta que esse é o principal erro de quem quer evitar o problema. "Assim como exames em olhos, rins e coração, os pacientes com diabetes precisam realizar exames para os pés pelo menos a cada seis meses", explica.

Segundo a especialista, os exames não precisam ser complicados e o próprio endocrinologista ou clínico pode fazê-los para detectar qualquer ferida que possa se transformar em uma úlcera.
Não deixe o pé parado

Fazer movimentos circulares com os pés a cada 15 minutos ajuda a manter uma boa circulação sanguínea nos membros inferiores, melhorando a oxigenação dessa área do corpo. Mesmo que isso não previna a neuropatia diabética, diminui as chances de isquemia e trombose, dois problemas que são comumente associados ao pé diabético. 
Água na temperatura certaA temperatura da água durante o banho, principalmente em banheiras, não deve passar dos 35°C, já que temperaturas mais altas podem causar leves queimaduras que, no caso de pessoas com diabetes, podem favorecer o aparecimento de úlceras nos pés. Não é preciso andar com um termômetro, mas é preciso medir a temperatura com outra parte do corpo, como o cotovelo ou as mãos. A água muito fria também não é indicada, já que diminui ainda mais a circulação, podendo causar desconforto nas extremidades do corpo de quem tem diabetes. 
Calçados adequadosOutro passo importante para evitar problemas envolvendo machucados nos pés é escolher calçados adequados. "Usar calçados que deixem o pé sem respirar nunca é bom, mas é ainda mais perigoso para as pessoas com diabetes", explica o endocrinologista Frederico Marchisotti, especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Sapatos que causem um desbalanceamento nos pés também não são indicados, já que a concentração de muito peso em poucos lugares dos pés de forma constante pode causar úlceras de pressão.

Andar sempre de sandálias e chinelos, mesmo que causa arejamento nos pés, não é indicado, já que esse tipo de calçado não protege os dedos de impactos e machucados. Frederico conta que, em geral, a primeira parte afetada são os dedos. "Por isso, calçados que protegem essa área são mais indicados e é fundamental observar constantemente se os dedos estão com machucados", alerta. 
Evite andar descalço 
Pacientes com diabetes devem evitar ao máximo andar totalmente descalços, mesmo quando estão em casa. "Ter sempre um calçado por perto, principalmente ao lado da cama e na porta do banheiro, protege os pés de arranhões, topadas e outras lesões que poderiam levar à formação de uma úlcera", diz a endocrinologista Hermelinda. 
Não colocar os pés de molho
O famoso escalda pés não é indicado para pessoas que tem pé diabético. "Esse hábito deixa a pele bastante frágil e quebradiça, facilitando as infecções causadas por fungos, como frieiras e micoses, que podem virar lesões mais sérias", diz Hermelinda Pedrosa. Não secar bem os pés, principalmente entre os dedos, também é um mau hábito que aumenta as chances da proliferação de fungos.
Cuidados ao cortar as unhas
"Mesmo que as úlceras possam se manifestar também na sola e nas laterais dos pés, os dedos são a parte que mais corre risco e, por isso, os cuidados ao cortar as unhas é fundamental", explica a endocrinologista Hermelinda Pedrosa.

Segundo a especialista, o principal cuidado é não cortar os cantos das unhas de maneira arredondada. Esse hábito muito comum aumenta as chances de que a unha encrave, problema que pode progredir para uma úlcera. Também é importante lixar as unhas com cuidado, para que elas não arranhem os dedos quando começarem a crescer.

Além disso, em muitos casos, é aconselhado que o paciente não corte as próprias unhas, deixando essa tarefa para um enfermeiro ou podólogo especializado em pés diabéticos. "Quem deve dar esse tipo de conselho é o médico da pessoa", diz o especialista Frederico Marchisotti.  

Assunto SAÚDE...

Falando sobre os cuidados da Saúde, sua Prevenção.
Para o BRASIL..."Horário de Verão"
Adiantar seus relógios em 1 hora, para o inicio do Horário de Verão. 
Boa Tarde!

"INFORMES" Noticias em Geral...



05/10/2012
Cometa ilumina o céu em 2013
Ulisses Capozzoli

Em fins de setembro de 2013 um novo cometa deverá brilhar no céu mais intensamente que qualquer um desses astros que passaram pelas proximidades do Sol e puderam ser observados da Terra.
            O C/2012 S1 (ISON), cometa que neste momento está no interior da constelação zodiacal do Câncer, mas com magnitude 6,5, só é visível mais claramente com telescópios amadores de médio porte. Ele irá atingir sua máxima aproximação do Sol, o periélio, em fins de novembro do próximo ano.
            O C/2012 (ISON) foi identificado a partir de fotografias feitas em 21 de setembro passado pelos astrônomos Vitali Nevski, de Vitebsk, na Bielorrússia e Artyom Novichonok, de Kondopoga, na Rússia.
            Os caçadores de cometa encontraram esse astro com um telescópio com espelho de 40 cm de diâmetro do International Scientific Optical Network (ISON, na sigla em inglês). Quando foi localizado o C/2012 exibia magnitude 18,8, 100 mil vezes mais fraco que o brilho de uma estrela no limite de visibilidade a olho nu no céu noturno.
            O cálculo feito por astrônomos que rastreiam a órbita do cometa aponta que, no periélio, ele deverá aproximar-se a apenas 1,8 milhão de quilômetros do Sol (a Terra está a 150 milhões de quilômetros do Sol) e, em dois meses, ou seja, em janeiro de 2014, atingirá a máxima aproximação da Terra, de 60 milhões de quilômetros.
            As estimativas são de que o cometa poderá ser observado por telescópios de pequeno porte, ou mesmo binóculo, em fins do inverno de 2013. E entre fins de outubro e começo de novembro seguintes será visível a olho nu, eventualmente com brilho mais intenso que o da Lua Cheia.
            Observadores, no entanto, devem levar em conta que essa comparação é bastante enganosa, já que essa luminosidade leva em conta o corpo inteiro do cometa, o que significa que ele estará longe de ser uma segunda Lua Cheia no céu.
            No momento de brilho mais intenso, no periélio, o cometa ficará diluído pela luz do Sol e estará se deslocando para o norte, com uma cauda que deverá surpreender pela extensão. Próximo ao Natal ele será mais bem observado do hemisfério norte e, em 8 de janeiro de 2014, estará a apenas 2º da Estrela Polar, portanto, fora da visão de observadores do hemisfério sul.

Água marciana

Em Marte, a plataforma de pesquisas Curiosity enviou para a Terra imagens inequívocas de sinais de erosão produzida por um curso d’água nas proximidades da Cratera Gale, no equador marciano.
            Essa é a primeira vez que sinais de água corrente em Marte se tornam absolutamente evidentes. Os cientistas planetários da equipe do Curiosity estimam que a velocidade da corrente que deslocou pedregulhos era de aproximadamente 0,90 metro por segundo, confirmando mais uma vez, de forma indireta, a presença de água no solo congelado de Marte.
            O Curiosity é o laboratório mais sofisticado já enviado para a superfície marciana, com a missão de detectar formas de vida no planeta, ainda que possam ser estruturas relativamente simples, como bactérias e extremófilos (organismos que sobrevivem em ambientes desfavoráveis para outras formas de vida).
            A descoberta de formas de vida mesmo primitivas em Marte tende a consolidar a ideia de que a vida pode ser um processo mais amplo e presente em outros mundos além da Terra.
           
16 de outubro de 2012

Tesouro escondido a sete chaves...Dossiê


Tesouro escondido a sete chaves
por Graziella Beting
MUSEU NACIONAL DO AFEGANISTÃO
Pingente “Mestre Dragão” , peça de ouro, granada turca, lápis-lazúli e pérolas do século I d.C., encontrada no sítio arqueológico de Tillia Tepe e Medalhão com representação de um cupido alado do século I d.C. encontrado no sítio arqueológico de Begram
Os 250 objetos restaurados que estão em exposição em Amsterdã, depois de passar por Paris e Turim, são verdadeiros sobreviventes. As peças, que constituem a mostra Tesouros escondidos do Afeganistão, resistiram não apenas ao tempo como a mais de um quarto de século de guerras.

Essa incrível sobrevivência é também feito de alguns heróis, como o diretor do Museu Nacional de Cabul e seus assistentes. Para salvarem as obras do acervo – tesouros da arte das estepes, iconografia greco-romana, peças da Índia e da China –, eles esconderam, desde 1980, todas as obras em caixas-fortes do banco central afegão. Foi por isso que, em 2004, essas peças, que se acreditava terem sido perdidas desde o início do regime do talibã, foram reencontradas sãs e salvas. Após a invasão americana em 2001, o Museu Nacional, diversas vezes bombardeado e saqueado, considerava ter perdido 70 mil de suas 100 mil peças originais.
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Graziella Beting é jornalista e tradutora
http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/tesouro_escondido_a_sete_chaves.html

Dossiê
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Dossiê: Povos do mar - Companhia das Índias, grande negócio em muitas versões
O mundo ávido por sedas, porcelanas e especiarias comprava tudo o que vinha do Oriente, nos navios holandeses, ingleses, franceses que se lançaram à mesma aventura em diferentes momentos
por Bernadette de Castelbajac
© THE BRIDGEMAN ART LIBRARY / KEYSTONE
Detalhe da vista do Porto de Cádiz, onde se fazia o comércio com a Companhia das Índias Orientais
Jean Hugues van Linschooten voltou para a Holanda, seu país natal, em 1593. Ele chegava de Goa, então a capital das colônias portuguesas do Oriente, onde ocupara a função de secretário do arcebispado. O retorno desse modesto funcionário a Amsterdã poderia ter passado despercebido a seus contemporâneos caso o viajante, ainda maravilhado por tudo o que vira, não tivesse redigido uma obra intitulada Itinerário, viagem ou navegação às Índias Orientais. Era uma verdadeira mina de informações sobre as fabulosas riquezas desses lugares longínquos, acrescida de uma lista de plantas e animais extraordinários que lá existiam e complementada por mapas, desenhos e anotações, de maneira a permitir uma navegação bastante segura a quem se aventurasse pela rota.

O autor incitava seus compatriotas a organizar expedições para o Leste, sem esquecer Java, “uma ilha ainda não freqüentada pelos portugueses, onde abundam diamantes, incenso e especiarias”. Nessa época, Portugal e Espanha captavam em seus portos de Lisboa e Cádiz a maior parte das riquezas vindas do Oriente. Franceses, ingleses e holandeses se deslocavam até essas bases de comércio para adquirir as mercadorias que depois distribuíam em seus respectivos países.



Dossiê: Povos do mar - As fantásticas (e verdadeiras) aventuras de Marco Polo
A narrativa de uma viagem de 24 anos ao longínquo Oriente, que encantou a muitos durante séculos, teve sua autenticidade confirmada no século XIX
por Jacques Brosse
© AKG IMAGES / IPRESS
Festa na corte do imperador Kublai Khan, que foi visitado por Marco Polo; na página ao lado, o porto de Veneza, início de sua viagem

Quando Marco Polo voltou a Veneza em 1295, seus compatriotas não o reconheceram – o que não foi uma surpresa, já que ele os havia deixado 24 anos antes, quando tinha apenas 17. Foi isso, sem dúvida, que inspirou o relato exagerado, quase lendário, narrado por Giovanni Battista Ramusio (1485-1557), autor que escreveu sobre os Polo, três séculos depois. Marco, Niccolo, seu pai, e Matteo, seu tio, teriam chegado em casa como peregrinos, vestidos com trajes miseráveis.

Tiveram, dificuldade em se fazer reconhecer pelos parentes, que, ocupavam a casa, pensando que estavam mortos. Os três viajantes convidaram, então, todos os seus aparentados para um banquete, no qual surgiram vestidos com hábitos de cetim violeta, logo trocados por outros de seda estampada, ainda mais preciosos, antes de retomarem seus hábitos à moda veneziana. Em seguida, Marco Polo trouxe os trapos com que estavam vestidos quando de sua chegada a Veneza; descosturou-lhes a barra, fazendo tombar “uma grande quantidade de jóias de um valor inestimável, rubis, safiras, granadas, diamantes e esmeraldas”. Imediatamente, sua família “lhes devotou sinais de estima e de respeito”.

Apesar de se tratar apenas de um apólogo, essa cena reflete a emoção que tomou conta dos venezianos ao rever esses três homens, que há tempos se pensava que estavam mortos, e contemplar as riquezas trazidas de países tão longínquos, dos quais nunca tinham ouvido falar.

Muitos curiosos dirigiam-se à casa dos Polo, em uma pequena praça perto da ponte do Rialto. Com bastante complacência, Marco relatava suas extraordinárias aventuras e descrevia os países que tinha percorrido. Como bom homem de negócios veneziano, avaliava suas enormes riquezas em milhões de moedas de ouro.
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Jacques Brosse é escritor, jornalista e pintor. Ganhador do Grande Prêmio de Literatura da Academia Francesa, escreveu, entre outros livros, L´homme dans lê bois (O homem na floresta, 1976).
http://www2.uol.com.br/historiaviva/dossie/as_fantasticas__e_verdadeiras__aventuras_de_marco_polo.html

Dossiê: Povos do mar - Bandidos nada simpáticos
A literatura celebra os piratas desde a Antigüidade. Não é raro encontrarmos, em romances e poemas, piratas transformados em modelo de coragem. Mas a realidade é mais crua. Os saqueadores dos mares não eram coroinhas. Eram, sobretudo, ladrões sem fé e sem lei, que os Estados procuravam eliminar... Quando não os recrutavam
por Michel Vergé-Franceschi
©GIRAUDON/KEYSTOCK – KEYSTONE
A mais tradicional maneira de executar os inimigos era obrigá-los a andar, com os olhos vedados, sobre uma prancha até cair no mar. Walking the plank, óleo sobre tela, de Howard Pyle, 1887
Na região do Caribe dos séculos XVI-XVIII, o flibusteiro era um pirata, um irmão da costa, um saqueador dos mares, produto de um conglomerado humano cosmopolita. Voltaire, em seu ensaio “Essai sur les moeurs”, escreve: A França só entrou nessa partilha [de Santo Domingo] com a Espanha pela audácia [...] de um povo novo que o acaso compôs de ingleses, bretões e, sobretudo, normandos. Eles foram denominados bucaneiros, flibusteiros. Esses marinheiros, revoltosos e desertores, seduzidos pelo clima das Antilhas, decidiram expulsar os bandos selvagens da parte norte de Santo Domingo, em vez de voltar às brumas do norte. Eles passaram a comer carne assada em fogo de lenha, cantando ao redor do fogo, e fazendo barulho à maneira dos caribenhos, isto é, fazendo boucan (barulho). No fim da primavera, os flibusteiros do mar das Antilhas caçavam os galeões espanhóis carregados de ouro e prata. A bordo de navios pequenos e rápidos, armados com poucos canhões lançadores de pedras, esperavam suas presas fumando tabaco. De surpresa, faziam a abordagem, geralmente em pares de amigos íntimos, donde veio o nome irmãos da costa. A arma branca era a preferida, a se acreditar na imagem do pirata com a faca entre os dentes. O canhão era supérfluo. Em 1696, um flibusteiro confiou ao padre Labat, um missionário francês que reuniu suas observações sobre a vida dos bucaneiros em Voyage aux îles de l'Amérique, que sua artilharia de seis minúsculos canhões era mais por cerimônia que por necessidade, já que eles só empregavam as duas peças de caça quando combatiam um barco pela frente ou por trás; seus fuzis bastavam para importunar o adversário até que seu capitão julgasse conveniente fazer a abordagem.

A tática do pirata do mar das Antilhas se resumia a uma única palavra: abordagem. O êxito dependia da determinação, ou melhor, da temeridade dos homens do navio. Numerosos, eles manejavam o sabre de abordagem e o punhal. Combatiam aos pares, porque sempre se juntavam em duplas e se chamavam, um ao outro, de matelot [marinheiros], sendo mattenoot aquele que compartilhava alternadamente a mesma rede que seu irmão. Vitoriosos, esses celibatários sem família faziam a festa, embebedavam-se à vontade de rum da Jamaica e partilhavam amigavelmente as mulheres indígenas ou pilhadas.
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Michel Vergé-Franceschi é professor de História Moderna da Universidade de Savóia e publicou grande número de obras, entre as quais Histoire de Toulon, PortRoyal. Ele dirigiu o Dictionnaire d'Histoire Maritime e é laureado pela Academia Francesa e pela Academia da Marinha.
Dossiê: Povos do mar - A onda vermelha do norte
Vindos da Escandinávia meridional, da costa da Alemanha e dos Países Baixos, os povos bárbaros se uniram para expulsar os romanos da Bretanha
por Jean-Yves Marin
© THE BRIDGEMAN ART LIBRARY / KEYSTONE
Elmo do período migratório viking, do século V, feito de ferro e bronze. Museu Histórico de Estocolmo
Jordanes, historiador godo, nos diz que “é da Ilha de Scanzia, que podemos chamar de fábrica de nações ou reservatório de povos, que os godos parecem ter saído (...)”. Essa Scanzia, a atual Escandinávia, era povoada por um grande número de nações. A maioria dos grupos, que participaram das migrações, era proveniente da Escandinávia meridional, outros da costa da Alemanha e dos Países Baixos. Suas tradições marítimas faziam com que estivessem em permanente contato e que começassem a investir juntos sobre a Bretanha, no final do século III, destruindo a autoridade de Roma na ilha.

Nesse “oceano germânico” que é o Báltico, emigrantes originários de povos inexoravelmente confundidos, começaram a expandir-se, tanto na direção leste quanto oeste. É muito difícil distingui-los uns dos outros, pois só os mais importantes, ou os que foram mais felizes na guerra, deixaram o nome na posteridade. O velho fantasma da coesão étnica foi espantado pelos fatos. Nada serve para procurar a origem de um grupo determinado, pois todos provêm de agrupamentos posteriores às migrações.

Um clã escolheu seguir um chefe de prestígio, tido como invencível, sem se preocupar com o lugar de onde viera. Esse fenômeno foi reforçado no noroeste da Europa por uma semelhança de línguas, tanto que os lingüistas chamaram de velho saxão e velho inglês uma espécie de matriz comum a toda uma era geográfica que englobava aquela área. Desde finais do século III, tornou-se claro o perigo que os francos e os saxões representavam para a parte setentrional do Império Romano. O mar do Norte estava a ponto de se tornar “germânico”, ou seja, ali, a potência romana estava mais ou menos ausente.
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Jean-Yves Marin é curador do Museu da Normandia e especialista em arqueologia urbana.
http://www2.uol.com.br/historiaviva/dossie/a_onda_vermelha_do_norte.html

6 maiores tesouros perdidos do mundo

6 maiores tesouros perdidos do mundo



Eles foram exemplos fantásticos de opulência, decadência e esplendor. Pessoas ficaram maravilhadas com a sua beleza, reverenciaram seu excesso e renderam-se a seu poder. E agora eles se foram.
Mas onde eles estavam? E o que aconteceu a eles? Alguns são temas recorrentes de filmes, como em "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida". Explore nossa lista dos seis maiores tesouros perdidos do mundo. Vamos começar com um que valeria hoje estimados US$ 142 milhões.
1. Câmara de Âmbar
Descrita como a oitava maravilha do mundo por aqueles que a viram, a Câmara de Âmbar é certamente o mais exclusivo tesouro perdido da história.
Ela era uma sala de 1.021 m2 que consistia de de grandes painéis de parede incrustados com varias toneladas de pastilhas de âmbar, grandes espelhos com molduras de folhas de ouro e quatro magníficos mosaicos florentinos. Disposto em três camadas, o âmbar foi incrustado com joias preciosas, e vitrines de vidro hospedavam uma das mais valiosas coleções de arte russa e prussiana já reunida.
Criada para o rei da Prússia, Frederico 1º e dada ao czar russo Pedro, o Grande em 1716, a Câmara Âmbar estava localizada no Palácio Catarina, perto de São Petersburgo. Hoje esse tesouro estaria avaliado em mais de US$ 142 milhões.
Quando Adolf Hitler direcionou sua máquina nazista para a Rússia, os guardiões da Câmara Âmbar ficaram nervosos. Eles tentaram mudá-la de lugar, mas o âmbar começou a desmoronar, então eles tentaram cobri-lo com papel de parede. Não foram bem-sucedidos, e quando os nazistas tomaram Leningrado (ex- São Petersburgo), em outubro de 1941, eles reivindicaram a Câmara âmbar e a colocaram em exibição no Castelo Königsberg durante o resto da guerra.
Contudo, quando Königsberg se rendeu, em abril de 1945, o fabuloso tesouro não foi encontrado em lugar algum. A Câmara Âmbar nunca mais foi vista novamente. Os soviéticos inadvertidamente destruíram seu próprio tesouro com bombas? Ele foi escondido em um agora perdido  bunker subterrâneo fora da cidade? Ou ele foi destruído quando o Castelo Kösnigsberg foi queimado logo depois que a cidade se rendeu?
Provavelmente nunca saberemos ao certo. Mas felizmente para os amantes da opulência, a Câmara Âmbar foi detalhadamente recriada e está em exposição no Palácio Catarina.

2. Tesouro do Barba Negra

O famoso pirata Barba Negra passou apenas dois anos (1716-1718) saqueando o alto-mar. Nesse período, contudo, ele angariou uma grande fortuna. Enquanto os espanhóis estavam ocupados obtendo todo ouro e prata que podiam extrair do México e da América do Sul, Barba Negra e seus companheiros esperavam pacientemente, e então atacavam os navios carregados de tesouros na viagem de volta para a Espanha.
O Barba Negra desenvolveu uma reputação assustadora como oportunista cruel e malévolo. Seu reinado de terror se centrou em torno das Índias Ocidentais e da costa atlântica da América do Norte, com sedes nas Bahamas e na Carolina do Norte. Seu fim chegou em novembro de 1718, quando o tenente britânico Robert Maynard decapitou o pirata e pendurou sua cabeça no gurupés de seu navio como um troféu pavoroso.
Mas o que aconteceu com o vasto tesouro amealhado pelo Barba Negra? Sabe-se que ele enterrou sua fortuna, mas nunca revelou o local. Isso, no entanto, não impediu incontáveis caçadores de tesouro de tentar colocar suas mãos nela. 
O navio afundado do Barba Negra, a Vingança da Rainha Anne (Queen Anne's Revenge), pode ter sido descoberto perto de Beaufort, Carolina do Norte, em 1996, mas o saque não estava a bordo. Possíveis localizações do estoque escondido incluem as ilhas do Caribe, a Baía de Chesapeake, na Virgínia, e as cavernas das Ilhas Cayman.

3. Tesouros de Lima

Em 1820, Lima, no Peru, estava à beira da revolta. Como medida preventiva, o vice-rei de Lima decidiu transportar a fabulosa riqueza da cidade para um local seguro no México. Os tesouros incluíam pedras preciosas, castiçais, e duas estátuas em tamanho natural de ouro sólidas de Maria segurando o menino Jesus. Ao todo, o tesouro encheu 11 navios e foi avaliado em cerca de US$ 60 milhões.
O capitão William Thompson, comandante do Mary Dear, foi posto no comando do transporte das riquezas para o México. Mas o vice-rei deveria ter feito uma pesquisa sobre o homem a quem confiou a fabulosa fortuna. Thompson era um pirata, e um pirata implacável. Uma vez que o navio estava fora de vista da costa, ele cortou as gargantas dos guardas peruanos e jogou seus corpos ao mar.
Thompson então se dirigiu às Ilhas Cocos, no Ocenao Índico, onde ele e seus homens supostamente enterraram o tesouro. Eles então decidiram se separar e esperar até que a situação se acalmasse, quando eles se reuniriam novamente para dividir o espólio.
Mas o Mary Dear foi capturado, e a tripulação foi a julgamento por pirataria. Todos, exceto Thompson e seu imediato foram enforcados. Para salvar suas vidas, os dois concordaram em levar a Espanha ao tesouro roubado. Eles levaram os espanhóis o mais longe possível das Ilhas Cocos e conseguiram escapar na selva. Thompson, seu imediato, e o tesouro nunca mais foram vistos novamente.
Desde então, mais de 300 expedições tentaram, sem sucesso, localizar os tesouros de Lima. A teoria mais recente é que o tesouro não foi enterrado nas Ilhas Cocos, mas em uma ilha desconhecida longe da costa da América Central..

4. O tesouro perdido do faraó

Quando Howard Cartes encontrou a tumba do faraó Tutancâmon no Vale dos Reis, no Egito, em 1922, ele ficou embasbacado com o esplendor dos artefatos que o jovem rei levou para o além. Anexa à câmara funerária estava uma tesouraria com tantas joias e outros artefatos, que Carter demorou dez anos para conseguir catalogar tudo.
Contudo, quando as câmaras funerárias de mais faraós proeminentes foram desenterradas, no final do século 20, suas câmaras de tesouro estavam virtualmente vazias. É de conhecimento geral que os ladrões de tumbas andaram bem ocupados nas tumbas ao longo dos séculos, mas a escala do roubo exigida para limpar as tumbas dos reis está além de criminosos insignificantes. Então, onde está a vasta riqueza que os faraós enterraram no Vale dos Reis?
Alguns estudiosos acreditam que os tesouros foram apropriados pelos padres que conduziram novos enterros no Vale dos Reis entre o começo da 20ª e do fim da 21ª dinastias egípcias (de 425 a 343 a.C.). Os faraós não eram contrários à reutilização dos esplendores funerários de seus ancestrais, por isso a remoção pode ter ocorrido com a sanção oficial.
Um administrador em especial, Herihor, merece atenção especial. Herihor era um alto funcionário da corte durante o reinado de Ramsés 11. Com a morte de Ramsés, Herihor usurpou o trono, dividindo o reino com um co-conspirador, seu genro Piankh. Herihor colou-se a cargo dos procedimentos do reenterro no Vale dos Reis, proporcionando a si mesmo a grande oportunidade de roubar em larga escala.
Sua tumba nunca foi encontrada. Quando e se for, especialistas acreditam que os tesouros perdidos de muitos dos faraós do Egito finalmente verão a luz do dia.

5. A Arca da Aliança

A Arca da Aliança sumiu depois do ataque dos babilônios a Jerusalém, mas o tesouro aparece em filmes como Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida
Reprodução
A Arca da Aliança sumiu depois do ataque dos babilônios a Jerusalém, mas o tesouro ganhou réplicas como esta, do filmes "Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida"
Para os antigos israelitas, a Arca da Aliança era a coisa mais sagrada da Terra. Objeto supremo e central da nação Hebraica, esse baú ornamentado foi, de acordo com a Bíblia, desenhado por Deus.
Medindo 1,11 m de comprimento, 0,66 m de largura e 0,66 m de altura, o baú era feito de madeira acácia, sobreposta dentro e fora por ouro puro e cerca por uma borda artística de ouro. Montados na tampa de ouro sólido havia dois querubins de frente um para o outro, com as cabeças em arco e asas estendidas para cima.
A Arca serviu como arquivo sagrado para relíquias sagradas, incluindo as duas tábuas de pedra dos 10 Mandamentos. Como tesouro histórico e religioso, a Arca e seus conteúdo são absolutamente inestimáveis.
Em 607 a.C., Jerusalém, a capital do reino israelita de Judá e sede do Templo de Salomão, onde a Arca estava hospedada, foi conquistada e destruída pelos babilônios. Em um terrível massacre, mais de 1 milhão de pessoas foram mortas, e que sobreviveu foi feito prisioneiro.
Setenta anos depois, quando os israelitas retornaram para reconstruir a cidade, a Arca da Aliança tinha sumido. O que aconteceu à relíquia inestimável tem sido tema de intensa especulação desde então. 
Acredita-se amplamente que a Arca foi escondida pelos hebreus para protegê-la dos babilônios. Locais possíveis de seu esconderijo variam do Monte Nebo, no Egito, à Etiópia, passando por uma caverna no coração da Judeia. Mas se a Arca foi escondida, por que ela não foi recuperada quando os israelitas retornaram a Jerusalém e reconstruíram o templo?
Outros acreditam que a Arca foi destruída pela ação violenta dos babilônios. Outra explicação, ainda, foi produzida pela fé. A Arca teria sido milagrosamente removida por Deus e está sob sua custódia.

6. O tesouro de Montezuma

A destruição espanhola do império asteca no México aconteceu em 1 de julho de 1520. Depois de ferir mortalmente o imperador Montezuma, Hernando Cortés e seus homens foram cercados por furiosos guerreiros astecas na capital da cidade de Tenochtitlán.
Após dias de luta feroz, Cortés ordenou a seus homens que empacotassem o vasto tesouro de Montezuma como preparo para a luta daquela noite, mas eles não foram muito longe antes que o astecas caíssem sobre eles. A carnificina decorrente encheu o lago Tezcuco com corpos espanhóis e os tesouros roubados de Montezuma.
O exército aterrorizado tinha jogado fora o butim na vã tentativa de escapar com vida da fúria asteca. O tesouro consistia de incontáveis ornamentos de ouro e prata, junto com uma enorme conjunto de joias.
Cortés e um punhado de seus homens conseguiram fugir e retornaram um ano depois para exigir vingança. Quando os habitantes de Tenochtitlán se deram conta da aproximação dos invasores, eles enterraram o que havia restado do tesouro da cidade e no lago Tezcuco e em torno dele para evitar que ele caísse nas presas dos gananciosos espanhóis.
Hoje, o vasto tesouro sem dono permanece escondido debaixo de quase cinco séculos de barro e lama nos arredores da Cidade do México, a encarnação de Tenochtitlán dos dias de hoje. Gerações de caçadores de tesouros saíram à procura das preciosidades sem sucesso. Um ex-presidente do México até dragou o leito do lado, mas nenhum tesouro foi encontrado.
Contribuíram neste artigo:
Helen Davies, Marjorie Dorfman, Mary Fons, Deborah Hawkins, Martin Hintz, Linnea Lundgren, David Priess, Julia Clark Robinson, Paul Seaburn, Heidi Stevens, e Steve Theunissen