05/10/2012
Cometa ilumina o céu em 2013
Ulisses Capozzoli
Em fins de setembro de 2013 um novo cometa deverá brilhar no céu mais intensamente que qualquer um desses astros que passaram pelas proximidades do Sol e puderam ser observados da Terra.
O C/2012 S1 (ISON), cometa que neste momento está no interior da constelação zodiacal do Câncer, mas com magnitude 6,5, só é visível mais claramente com telescópios amadores de médio porte. Ele irá atingir sua máxima aproximação do Sol, o periélio, em fins de novembro do próximo ano.
O C/2012 (ISON) foi identificado a partir de fotografias feitas em 21 de setembro passado pelos astrônomos Vitali Nevski, de Vitebsk, na Bielorrússia e Artyom Novichonok, de Kondopoga, na Rússia.
Os caçadores de cometa encontraram esse astro com um telescópio com espelho de 40 cm de diâmetro do International Scientific Optical Network (ISON, na sigla em inglês). Quando foi localizado o C/2012 exibia magnitude 18,8, 100 mil vezes mais fraco que o brilho de uma estrela no limite de visibilidade a olho nu no céu noturno.
O cálculo feito por astrônomos que rastreiam a órbita do cometa aponta que, no periélio, ele deverá aproximar-se a apenas 1,8 milhão de quilômetros do Sol (a Terra está a 150 milhões de quilômetros do Sol) e, em dois meses, ou seja, em janeiro de 2014, atingirá a máxima aproximação da Terra, de 60 milhões de quilômetros.
As estimativas são de que o cometa poderá ser observado por telescópios de pequeno porte, ou mesmo binóculo, em fins do inverno de 2013. E entre fins de outubro e começo de novembro seguintes será visível a olho nu, eventualmente com brilho mais intenso que o da Lua Cheia.
Observadores, no entanto, devem levar em conta que essa comparação é bastante enganosa, já que essa luminosidade leva em conta o corpo inteiro do cometa, o que significa que ele estará longe de ser uma segunda Lua Cheia no céu.
No momento de brilho mais intenso, no periélio, o cometa ficará diluído pela luz do Sol e estará se deslocando para o norte, com uma cauda que deverá surpreender pela extensão. Próximo ao Natal ele será mais bem observado do hemisfério norte e, em 8 de janeiro de 2014, estará a apenas 2º da Estrela Polar, portanto, fora da visão de observadores do hemisfério sul.
Água marciana
Em Marte, a plataforma de pesquisas Curiosity enviou para a Terra imagens inequívocas de sinais de erosão produzida por um curso d’água nas proximidades da Cratera Gale, no equador marciano.
Essa é a primeira vez que sinais de água corrente em Marte se tornam absolutamente evidentes. Os cientistas planetários da equipe do Curiosity estimam que a velocidade da corrente que deslocou pedregulhos era de aproximadamente 0,90 metro por segundo, confirmando mais uma vez, de forma indireta, a presença de água no solo congelado de Marte.
O Curiosity é o laboratório mais sofisticado já enviado para a superfície marciana, com a missão de detectar formas de vida no planeta, ainda que possam ser estruturas relativamente simples, como bactérias e extremófilos (organismos que sobrevivem em ambientes desfavoráveis para outras formas de vida).
A descoberta de formas de vida mesmo primitivas em Marte tende a consolidar a ideia de que a vida pode ser um processo mais amplo e presente em outros mundos além da Terra.
16 de outubro de 2012
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