Idade Média e a prostituição
A prostituta,
popularmente conhecida como uma das mais antigas profissões, teve
diferentes percepções com relação a sociedade no decorrer da historia. Na
França medieval por exemplo, os magistrados consideravam as necessidades
sexuais dos solteiros. Nas cidades onde haviam poucas mulheres,
construíram hotéis em regiões com uma certa distancia dos bairros residenciais,
onde se podia encontrar as moças publicas, ou seja, prostitutas. Esses hotéis
eram chamados de bordéis.
No
governo de Luis IX, ele gostaria de acabar com a prostituição, porem o números
de mulher que a praticava era muito significativo, foi necessário relevar.
Poucas
moças escolhiam voluntariamente esta forma de vida, porém o lucro que se tinha
era considerável. A titulo de comparação, enquanto uma moça ganhava entre 20 a 60 dinheiros, uma mulher
ganhava 20 dinheiros em uma jornada nas vinhas.
Cada
bordel tinha suas normas, na maioria as moças pagavam o quarto e a alimentação
ao gerente, os chamados “abades”.
Cada uma pagava 6 dinheiros por dia pelo
quarto, o leito, o fogo, o serviço de luz. Em algumas casas o gerente recebia
uma taxa a cada programa. O tratamento com as prostitutas também variava de
acordo com o estatuto de cada bordel, em alguns, elas viviam enclausuradas,
dormiam, se alimentavam no interior da casa; em outros tinham a
autorização para saírem aos domingos.
Um
outro fator que levou a criação dos bordeis, foi para evitar que homens se
tornassem homossexuais.
Apesar que na Alta Idade Media o homossexualismo não
foi reprimido de forma rigorosa, provavelmente influenciado pela cultura
clássica, onde não encaravam o homossexualismo como um problema, pois tinham
uma concepção diferente sobre o assunto.
As
práticas homossexuais não era algo difícil de ocorrer, principalmente com
aqueles que viviam em regimes monásticos e cavalheirescos onde quase não tinham
contato com mulheres.
Em um
determinado momento a tolerância, sucede a repressão, mas que evidentemente não
põe fim ao homossexualismo.
Algumas prostitutas conseguiram muda de vida, a pesar que a maioria
acabasse na miséria.
Muitas foram desposadas, e muitas mudaram de comportamento,
mudando a forma de se vestir, e se misturando com as demais mulheres da
sociedade, a ponto de não ser possível diferenciá-las das demais mulheres.
As perseguidas
Ora lascivas, ora virtuosas, as mulheres foram estereotipadas
nos romances filosóficos do século XVIII
Seres tomados por paixões, as mulheres não raciocinavam com a cabeça, e
sim com a genitália. Pelo menos era nisso que acreditava o filósofo Denis
Diderot (1713-1784), que ainda emendava: as mulheres estariam tão submetidas os
seus impulsos que suas almas se é que mulher possuía alguma estariam em suas
vaginas. Em seus escritos, ele chamava a genitália feminina, “carinhosamente”,
de “ joia”:
“Acho que a joia leva uma mulher a fazer mil coisas sem que ela
perceba. Já reparei, mais de uma vez, que uma mulher que pensava estar seguindo
sua cabeça, na verdade estava obedecendo à sua joia Um grande filósofo situava
a alma masculina no cérebro. Se eu atribuísse às mulheres uma alma, sei onde a
situaria.”
Diderot não foi o único a pensar na mulher desta
forma. Boa parte dos “romances filosóficos” concebia suas personagens femininas
como “emocionalmente desequilibradas” e “irascíveis em suas paixões”, mais
propensas a caírem, inclusive, em um desregramento sexual. A origem desses
romances, no século XVIII, está relacionada ao Iluminismo. Alguns filósofos da
chamada “Época das Luzes” tentaram responder a perguntas sobre uma possível
natureza feminina. Afinal, o que se vê nas mulheres que não é possível ver nos
homens? Existe uma superioridade masculina com relação ao controle dos
sentimentos? Quais seriam, então, os “atributos” de uma “mulher virtuosa”? Em
diferentes oportunidades, os pensadores responderam a suas inquietações por
meio dos chamados “romances filosóficos”.
Além de Diderot, Montesquieu (1689-1755),
Voltaire (1694-1778), Rousseau (1712-1778) e Crebillon Fils (1707-1777) fizeram
dos romances importantes veículos para a divulgação das idéias e dos ideais
iluministas, que criticavam a sociedade hierarquizada e a Igreja Católica.
Talvez tenha sido esse um dos motivos que levaram os romances a ser tão
perseguidos pela censura portuguesa no século XVIII.
As perseguidas: Mulheres orientais
Nessa obra, as “mulheres orientais” são descritas por Montesquieu como seres tão desejosos de sexo que, para não se “perderem”, deveriam ser trancafiadas e vigiadas, dia e noite, por eunucos. Vistas como lúbricas ao extremo, estas infelizes prisioneiras não conseguiam suportar literalmente a ausência do falo masculino. Somente por meio dele suas “paixões” poderiam ser temporariamente saciadas. Fatmé, ao longo de todo o romance, ilustrou bem este discurso. Presa em um serralho e distante de Usbek, seu “senhor”, ela lamentava não poder saciar os desejos que tanto a castigavam. Sofrendo com os ataques de suas paixões, Fatmé oscilava entre a resignação a fidelidade a Usbek e o desespero o anseio incontrolável por sexo.
Até que, no limite de sua resistência, desabafa, com rara franqueza, em carta a Usbek: “Como é infeliz a mulher que tem desejos tão violentos quando está privada do único meio de saciá-los; quando abandonada a si mesma, nada tendo que a possa distrair, ela tem de habituar-se aos suspiros e viver no furor de uma paixão irritada”.
Se havia interesse pela juventude e pela voluptuosidade, o mesmo não se pode dizer sobre personagens que viessem a representar os papéis de esposas e mães. Pouquíssimas obras, entre 1721 a 1760, apresentavam esse perfil. A razão parece óbvia: maternidade e matrimônio exigiam uma postura mais equilibrada das mulheres. E, definitivamente, os romances da primeira metade do século XVIII não viam, nem queriam ver, o feminino de tal forma. Interessavam-se mais pelas mulheres apaixonadas. Afinal, na opinião manifestada em alguns romances, eram as que melhor representavam a tão discutida e controvertida “natureza feminina”. Além disso, tais personagens seriam, segundo os escritores do período, mais interessantes para o público leitor. Sendo loucas em suas paixões, a possibilidade de as heroínas se envolverem em cenas lascivas seria bastante considerável. E entre ver esposas cuidando de seus afazeres domésticos e bisbilhotar belas jovens se entregando ao sexo, havia os que preferiam esta última opção.
Uma alternativa que agradava aos leitores deveria desagradar, e muito, aos censores portugueses. Basta lembrar que boa parte dos romances proibidos foi de obras escritas e publicadas na primeira metade do século XVIII. Boa parte, mas não a totalidade. A censura portuguesa também proibiu um número considerável de obras lançadas após 1750. Dentre elas estava Júlia ou A Nova Heloísa, de Jean-Jacques Rousseau, proibida pelo Edital da Real Mesa Sensória em 24 de setembro de 1770. Uma proibição que – pensando especificamente no feminino chega a surpreender. Sob vários aspectos, a obra proibida de Rousseau se alinhava às opiniões de uma moral religiosa que era apregoada às mulheres e que os tribunais sensórios portugueses tanto defendiam. Muito antes de corromper e ridicularizar valores como a virgindade, o casamento, a fidelidade conjugal, o “dever” da mulher de ser obediente ao homem primeiro ao pai, depois ao marido e o zelo materno, temas caros à religião católica, A Nova Heloísa os defendeu de forma explícita.
As perseguidas: Belo sexo
Mas as Luzes e, conseqüentemente, os romances não se preocuparam
apenas em avaliar e ironizar o trono e o clero. É certo que entre os temas mais
abordados pelas narrativas também apareceu, de forma recorrente, a questão do
feminino. Não teria sido fortuito, por exemplo, o fato de que vários romances,
logo em seus títulos, já fizessem menção ao “belo sexo”. Foi o caso dos
romances Teresa Filósofa (1749), de Jean-Baptiste de Boyer, o marquês d’Argens
(1704-1771), A Religiosa (1760), de Denis Diderot, Júlia ou A Nova Heloísa
(1761), de Rousseau, e A Princesa de Babilônia (1768), de Voltaire.
Duas fases marcaram as opiniões dos “romances
filosóficos” sobre as mulheres.
Em uma fase inicial na primeira metade do
século XVIII, as mulheres foram descritas de forma bastante pejorativa, quase
sempre relacionada a “paixões”. Mas as mulheres não eram descritas como
possuidoras de uma paixão que, bem moderada, incentivava as pessoas a cumprir
seus objetivos. Não! Elas eram associadas a uma “má paixão”, descontrolada, sem
limites. Em suma: uma paixão que transformava os seres humanos em criaturas
quase irracionais.
Essa imagem lasciva da mulher teve importantes
conseqüências na caracterização das personagens dos romances. Em geral, as
heroínas da primeira metade do século XVIII possuíam características físicas e
psicológicas juventude, beleza e voluptuosidade – que as inclinavam “naturalmente”
a viver suas paixões. Jovens, as personagens representavam uma dupla imagem: a
da mulher a ser deflorada e a da menina que começava a ser impelida ao sexo por
seus próprios sentidos situação vivida, por exemplo, pela personagem Teresa,
do romance Teresa Filósofa. Bonitas, elas seriam sempre desejadas e convidadas
a viver suas paixões. Manon Lescaut, a sensual protagonista de A História do
Cavalheiro Des Grieux e Manon Lescaut (1731), escrita pelo abade Prévost
(1697-1763), é um exemplo lapidar. Voluptuosas, as mulheres estariam
constantemente com suas paixões afloradas, como Fatmé, coadjuvante de Cartas
Persas,romance de Montesquieu publicado em 1721 e proibido pela censura
portuguesa em 1771.
Como surgiu o sutiã?
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Até hoje não se sabe como nem quando
surgiu o primeiro modelo do acessório que, há séculos, auxilia a mulherada na
implacável luta contra a gravidade. Existem registros de versões primitivas que
remontam a mais de 2 mil anos, como mosaicos romanos mostrando mulheres com
faixas de pano sobre os seios. Oficialmente, porém, a versão moderna do sutiã
surgiu em 1914, quando foi patenteado por uma socialite norte-americana. Acompanhe
a valorosa história desse amigão do peito feminino.
TUDO EM CIMA A saga feminina em busca do suporte
perfeito
O INÍCIO DA LUTA: Quando:
2500 a .C.
Embora seja difícil precisar, acredita-se que o primeiro grito de guerra das
mulheres contra a Lei da Gravidade tenha acontecido na ilha grega de Creta,
berço da civilização minoica. A mulherada usava um corpete rústico feito de
tiras de pano sobre os seios para deixá-los mais bonitos
SAFADEZA ANTIGA: Quando:
1500 a .C.
O uso da peça para sedução ganhou mais força na civilização grega. As mulheres
de Atenas usavam vários tipos de corpete destinados a valorizar seu colo. Já
entre as esportistas saradas de Esparta, o acessório servia para manter o busto
sob controle durante treinos e competições
TEMPOS CAÍDOS: Quando:
800 a .C.
Os romanos valorizavam mais a forma corporal dos guerreiros do que a delicadeza
do corpo feminino. E quem sofreu com isso foram os mamilos. As mulheres usavam
faixas apertadas para reduzir o volume dos seios, com exceção das noites de
orgia, quando os corpetes gregos voltavam com tudo.
TORTURA MEDIEVAL: Quando:
900
Na Idade Média, surgiram os apertadíssimos espartilhos. Eles reinaram
soberanos, em vários modelos, até o século 19. Se mantinha a silhueta esbelta,
o asfixiante acessório também causou a morte de várias mulheres, que tiveram
costelas quebradas e órgãos perfurados pelo uso da peça.
UUUFA!: Quando:
1900
É difícil determinar quando, para o alívio feminino, os sutiãs menos
complicados (e apertados) voltaram. Mas, no início do século 20, os modelos já
começaram a se aproximar daquele que conhecemos hoje. A novidade teria sido
introduzida pelas inglesas, sendo logo adotada e difundida pelas francesas.
TÁ NA MODA: Quando:
1907
Foram as americanas que deram uma turbinada no sutiã com a publicação de uma
matéria na revista Vogue sobre a nova peça, chamada pela revista de brassière,
termo francês que remete a uma camisa pequena na França, ela é chamada de
soutien gorge, que significa“apoio para os seios”
ESPERTEZA AMERICANA: Quando:
1915
Embora o sutiã já fosse usado havia milênios, o título de inventora do
acessório ficou com uma americana. Após causar frisson desfilando com um
modelito feito de lenços de seda pelos salões da alta-roda de Nova York, em 1914, a socialite Mary
Phelps Jacob acabou patenteando a peça no ano seguinte.
ESTICA E PUXA: Quando:
1937
Mesmo já difundido no mundo da moda, a popularização do sutiã só veio mesmo com
a invenção de um material mais elástico e resistente: o náilon. O novo tecido,
patenteado pela empresa norte-americana Dupont, permitiu maior durabilidade, um
ajuste mais confortável e uma queda no preço do produto.
DESIGN SUPERSÔNICO: Quando:
1945
O bilionário norte-americano Howard Hughes usou suas habilidades de engenheiro
de aviação para desenhar o famoso sutiã meia-taça para a atriz Jane Russel.
Segundo ele, os modelos da época não faziam jus ao busto da beldade. Seu
desenho levou à criação de peças em formatos mais ousados.
FOGUEIRA DA VAIDADE: Quando:
1968
Ficou famoso, no fim dos anos 60, o episódio em que mulheres teriam
queimado sutiãs em protesto contra o concurso Miss America e o machismo que ele
representava. Elas até tentaram incendiar sapatos, revistas, maquiagem e sutiãs
num latão, mas foram impedidas por seguranças.
FONTE: www.fashion-era.com
Essa semana pode marcar uma reviravolta na história das peças íntimas femininas.
Pesquisadores encontraram um sutiã e uma calcinha no porão de um castelo na região de Lengberg, na Áustria e as peças podem ser do século XV.
Até essa semana pensava-se que o sutiã tinha sido inventado em 1890 e a primeira calcinha era datada de 1800.
Veja as fotos da descoberta... nem parecem tão antigos assim.