Richard Wolf
Community
O SIMBOLISMO DA ROSA
A rosa é a flor de maior simbolismo na cultura ocidental.
A Rosa é uma flor consagrada a muitas deusas da mitologia.
Símbolo de Afrodite e de Vênus (deusa grega e romana do amor).
O cristianismo adotou a Rosa como o símbolo de Maria.
De acordo com o mito grego, Afrodite quando nasceu das espumas do mar, tal espuma tomou forma de uma rosa branca, assim a rosa branca representa a pureza e a inocência. Conta o mito que quando Afrodite viu Adônis ferido, pairando sobre a morte, a deusa foi socorrê-lo e se picou num espinho e seu sangue coloriu as rosas que lhe eram consagradas.
Assim, na Antigüidade as rosas passaram a ser colocadas sobre os túmulos, sendo uma cerimônia chamada pelos antigos de “Rosália”.
Todos os anos no mês de maio enfeitam-se os túmulos com rosas.
A Rosa vermelha significa o ápice da paixão, o sangue e a carne. Para os romanos as rosas eram uma criação da Flora (deusa da primavera e das flores), quando uma das ninfas da deusa morreu, Flora a transformou em flor e pediu ajuda para os outros deuses. Apolo deu a vida, Bacus o néctar, Pomona o fruto, as abelhas se atraíram pela flor e quando Cupido atirou suas flechas para espantá-las, se transformaram em espinhos e, assim, segundo o mito diz ter sido criada a Rosa.
A Rosa é, igualmente, consagrada a Isís que é retratada com uma coroa de rosas. O miolo da Rosa, fechado, fez com que a flor significasse em muitas culturas o símbolo do segredo.
Um costume medieval era de colocar uma Rosa no teto da sala de reuniões indicando que onde houvesse a flor no teto, os assuntos deveriam ser mantidos em segredo. Logo surgiu o costume de pintar rosas no teto das salas e assim levou a decoração de muitas casas de arquitetura clássica.
Segundo a tradição, cada cor de Rosa tem um significado, já na Alquimia representa o feminino e corresponde ao órgão sexual da mulher.
A cruz sendo símbolo masculino deu origem a palavra “Rosa-Cruz”, o primeiro símbolo da ordem Rosa-Cruz.
Na tradição Hindu, a deusa Lakshmi (deusa do amor), nasceu de uma Rosa. Simbolismo da beleza e da pureza, perfeição em todos os sentidos, na idade média a Rosa passou a ser símbolo da virgem Maria por significado de pureza.
s rosáceas das catedrais góticas foram dedicadas a Maria como emblema do feminino em oposição à cruz. Os rosários originais eram feitos com pétalas de rosa.
A palavra “rosário” deriva do latim “rosarium” que significa roseiral.
Inúmeros são os mitos sobre a Rosa, em geral tem o significado do amor, seja espiritual, carnal, virginal. Símbolo da pureza a rosa possui suas propriedades não só simbolicamente, mas é aproveitada na medicina, para perfumes, culinária, entre outros atributos.
A Rosa tornou-se simbolismo do amor e, por isso, muitas pessoas têm o hábito de presentear quem ama com a flor do amor.
Por Letícia de Castro
A caixa de Pandora é um mito grego no qual a
existência da mulher e dos vários males do mundo são explicados. Tudo começa
quando Zeus, o deus de todos os deuses, resolveu arquitetar um plano para se
voltar contra a ousadia de Prometeu que entregara aos homens a capacidade de
controlar o fogo. Para tanto, Zeus decide criar uma mulher repleta de dotes
oferecidos pelos deuses e a oferece a Epimeteu, irmão de Prometeu.
Antes disso, Prometeu recusou a jovem Pandora de
Zeus temendo que ela fizesse parte de algum plano de vingança da divindade
roubada.
Ao aceitar Pandora, Epimeteu também ganhou uma caixa onde estavam contidos vários males físicos e espirituais que poderiam acometer o mundo.
Desconhecedor do conteúdo, ele foi somente alertado de que aquela caixa não
poderia ser aberta em nenhuma hipótese. Com isso, o artefato era mantido em segurança,
no fundo de sua morada, cercado por duas gralhas barulhentas.
Aproveitando de sua beleza, Pandora convenceu o
marido a se livrar das gralhas que lhe causavam espanto. Após atender ao pedido
da esposa, Epimeteu manteve relações com ela e caiu em um sono profundo.
Nesse instante, não suportando a própria curiosidade, Pandora abriu a caixa proibida para espiar o seu conteúdo. Naquele momento, ela acabou libertando várias doenças e sentimentos que atormentariam a existência do Homem no mundo.
Zeus assim
concluía o seu plano de vingança contra Prometeu.
Logo percebendo o erro que cometera, Pandora se
apressou em fechar a caixa. Com isso, ela conseguiu preservar o único dom
positivo que fora depositado naquele recipiente: a esperança.
Dessa forma, o mito
da Caixa de Pandora explica como o Homem é capaz de manter-se perseverante
mesmo quando as situações se mostram bastante adversas. Além disso, esse mesmo
mito explora a construção da identidade feminina como sendo marcada pela
sensualidade e o poder de dissimulação.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Ró Fortes
Community
Povo Cigano
Um povo á qual tenho extrema admiração.
Após séculos de especulações acerca da verdadeira origem dos ciganos, a tendência conclusiva desses estudos, aponta cada vez mais para a origem indiana.
Durante muito tempo, as pesquisas estavam focadas em duas possibilidades: a indiana e a egípcia. A falta de elementos culturais típicos da civilização egípcia, entre os ciganos, acabou por enfraquecer essa tese. Entretanto, alguns poucos estudiosos, ainda tentam encontrar similaridade entre os dois povos.
Aspectos preponderantes entre os ciganos, como a língua e o tipo físico os aproximam dos indianos e fortalecem, até o momento, a tese da origem indiana dos mesmos.
A ciganologia é um ramo da etnologia que tem como objetivo o estudo do povo cigano em todos os seus aspectos, e tem se dedicado a descobrir o máximo possível de informações confiáveis a respeito da origem mais precisa desses filhos do vento.
Todas as culturas que registraram suas origens e história pela tradição oral, dificultam a comprovação de fatos verificáveis. E no caso dos ciganos, essa característica é acentuada pela trajetória nômade transcontinental, e a assimilação de um pouco da cultura dos mais variados povos.
Quando um povo era invadido por outro de maior poder bélico, havia com a conquista e o convívio entre dois, uma espécie de simbiose cultural, que resultava na reinterpretação e reconceituação dos elementos de ambas as culturas.
Com o nomadismo dos ciganos o que ocorria era que, por serem "invasores" pacíficos, submetiam-se voluntariamente aos costumes do povo que os "hospedava" e mesmo mantendo forte convicções e tradições no seu clã, sofriam mais a influência desses povos, que influenciavam, por serem estrangeiros e minoria.
Registros sobre sua trajetória, surgem na Europa no início do século XIV, onde os mesmos diziam-se de origem egípcia, ficando conhecidos como gypsys, posteriormente foram chamados de zíngaros na Itália, heiden na Holanda, ciganos em Portugal, boémiens na França, grecianos na Espanha, pois este grupo dizia ter origem grega. Foram muitos os nomes com que foram chamados. Algumas denominações eram estabelecidas pela suposta origem, como gypsys (egípcios) e outras de modo pejorativo como a denominação dos holandeses: heiden (pagão)
O interessante do povo cigano é a sua pacificação e aceitação da vida nômade, não invadiram pela força nenhum território, não demonstram necessidade de terem uma pátria e de fixarem-se neste ou outro ponto do globo, não desenvolveram exércitos ou guerreiros.
Os ciganos que estabeleceram-se e criaram descendentes em diversos países, hoje estão mais articulados social e politicamente, inseriram-se nas culturas desses países, mas não perderam por completo suas tradições. Dentre os aspectos que se mantêm na cultura cigana encontram se a língua romani, que os unifica não importando o país de origem; a cartomancia; a musicalidade; a dança.
Demais costumes como as cerimônias religiosas de nascimento, casamento e funerais sofreram maiores interferências, mas ainda assim são mantidas em muitos clãs.
Os grupos ciganos que mais se destacam na atualidade são:
Kalon criaram um dialeto próprio, o kalon, para esconder a origem cigana.
Rom falam o romani e dividem-se em subgrupos:
Matchuaia da Iuguslávia, Lovara e churara na Turquia,
Sinti falam a língua sintó, encomtram-se na Alemanhã, Itália e França, incluindo as famílias: Valshtike, Estrekárja e Aachkane, na França.
As perseguições sofridas na Europa desde o século XIV até a segunda guerra foram cruéis e incluíram escravidão, prisões, assassinatos, estupros, torturas.
E movimentos extremistas de defesas de territórios que são uma crescente em
todo o mundo, vêm novamente ameaçando as pessoas de origem cigana e africana.
Essa perseguição faz eco principalmente na Europa, onde vivem mais de 60% dos 10 milhões de ciganos da atualidade.
Na Europa, os direitos ciganos estão sendo seriamente discutidos e vários países já têm legislações pró-ciganas. Portugal, por exemplo, já tem grandes avanços.
Essa perseguição faz eco principalmente na Europa, onde vivem mais de 60% dos 10 milhões de ciganos da atualidade.
Na Europa, os direitos ciganos estão sendo seriamente discutidos e vários países já têm legislações pró-ciganas. Portugal, por exemplo, já tem grandes avanços.
Mas com a crise econômica internacional, imigrantes de diversas
origens e ciganos, mesmo com nacionalidade ou situação regularizada, têm sido
os primeiros a perderem seus empregos.
No Brasil, a mobilização pró cidadania cigana e seus direitos de inclusão social e política, tem acontecido desde a preparação dos ciganos para a 1ª Conferência Nacional de Políticas de Promoção de Igualdade Racial quando participaram dos debates estaduais e municipais para as Conferências Estaduais de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
A tendência, ao longo dos anos seria novamente a migração, reativando o estilo nômade.
Mas migrar para onde, se os países do primeiro mundo estão fechando suas fronteiras?
Que perspectiva aguardam ciganos e africanos assolados pela miséria, doenças e pela falta de oportunidades?
Qual foi a pátria que os pariu?
Qual será a pátria que os acolherá?
No Brasil, a mobilização pró cidadania cigana e seus direitos de inclusão social e política, tem acontecido desde a preparação dos ciganos para a 1ª Conferência Nacional de Políticas de Promoção de Igualdade Racial quando participaram dos debates estaduais e municipais para as Conferências Estaduais de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
A tendência, ao longo dos anos seria novamente a migração, reativando o estilo nômade.
Mas migrar para onde, se os países do primeiro mundo estão fechando suas fronteiras?
Que perspectiva aguardam ciganos e africanos assolados pela miséria, doenças e pela falta de oportunidades?
Qual foi a pátria que os pariu?
Qual será a pátria que os acolherá?
Ró Fortes
Community
AMAZONAS,
*Histórias das Mulheres Guerreiras*
Escavações arqueológicas confirmam a descoberta de fósseis de mulheres armadas para a guerra nas planícies junto ao Mar Negro. Nas 150 tumbas do século 5° a C encontradas em 1996 nas estepes do sudeste da Rússia, perto de Pokrovka, encontram-se enterradas guerreiras com armamento militar. Na Turquia, a mesma coisa, com a primeira identificação anatômica. Na Grécia, "o" maior herói nacional é rainha amazona que venceu o Império Islâmico.
Nos anos 90, foi finalmente esclarecido o mais fascinante arquétipo mitológico da História humana: o mito das Amazonas, baseado em lendas cultivadas de um fato real: a antiga sociedade matriarcal da Ilha de Creta, descrita nas ruínas e nos registros do alfabeto grego primitivo há mais de 5 mil anos atrás, berço da Grécia e da civilização ocidental desde 3200 antes de Cristo.
Antes de
povoarem o continente com os deuses do Olimpo, os gregos cretenses cultuavam a
Deusa-Mãe Terra (Gaia) e construíram uma civilização incrivelmente avançada
para a época, com as famílias centradas a partir da autoridade da mãe.
Lembre-se que então os povos eram pagãos, com religiões politeístas de deuses e
deusas igualmente poderosos. Na mitologia grega, das Amazonas, diziam serem
filhas da ninfa Harmônia com o próprio Deus da Guerra, Ares.
Seriam protegidas
também pela Deusa da Caça, Ártemis. De acordo com Diodoro, a rainha amazona
Myrine liderou-as na vitória contra os Atlantes, Líbios e Górgonas, quando
"o povo dos deuses" tentou conquistar o mundo.
Na vida real, a
História e seus acontecimentos foram mais nebulosos, e só a arqueologia
avançada, com exames de DNA e carbono 14, conseguiu lançar luz aos fatos de
maneira definitiva e comprovando as origens factuais por trás do
"mito".
A única dúvida que ainda restava sobre a veracidade dos
relatos de uma sociedade assim era de ordem prática: como seria possível uma
mulher ter força para manejar o peso da armadura, capacete, armas e escudo de
metal?
A resposta está na própria época em que surgiram, milhares de anos antes
de Cristo: na Era do Bronze, o metal a carregar era bem mais leve. "As
Amazonas só podiam ter surgido mesmo na Idade do Bronze." avaliam os
historiadores.
Embora algumas tribos tenham sobrevivido até o final do Império
Romano, foi principalmente entre 3200 e 1000 a .C que sua cultura floresceu e se
expandiu pelas nações do Mar Mediterrâneo, sendo até aceito como "um fato
da vida" mesmo pelos machistas mais inconformados. Por quê justo naquela
época?
Porque foi esse o período dos primeiros impérios comerciais do Mar
Mediterrâneo, cujas nações experimentaram um fluxo intenso de trocas e contatos
entre diversas culturas, considerada a primeira globalização.
Ps:*A cultura amazona foi o fenômeno social mais revolucionário e radical da História humana.*
Elas enlouqueciam os homens gregos, inspirando-lhes sentimentos contraditórios de raiva, admiração, medo, inveja e desejo.
Rivais insuperáveis, adversárias
imbatíveis e fêmeas inconquistáveis, só lhes restava imaginar fantasias. E esse
desejo frustrado de conquista era desabafado na mitologia. Com um ou outro
grande herói grego vencendo e desposando uma Amazona, mesmo temporariamente, a
fantasia coletiva dos gregos era irreprimível.
Mesmo Aquiles se apaixonou
perdidamente pela rainha Pentesiléia, "de beleza tão divina mesmo após a
morte" que ele até matou um companheiro grego que tentou maltratar o corpo
dela.
Os atenienses nos cemitérios militares faziam grandes homenagens póstumas
nos túmulos das suas adoradas inimigas."Matadoras de Homens"
(Heródoto), naturalmente, o pensamento bélico delas era criado por sua própria
situação única e extraordinária de minoria isolada de sexo frágil sob risco de
extermínio.
Para minimizar os riscos, preferiam se esconder habitando áreas
afastadas, mas também impor respeito e temor.
Como odiavam o mundo do
patriarcado, elas não podiam confiar em ninguém, e nem poderiam se dar ao luxo
de escravizar outro povo, como os espartanos.
Assim, a doutrina militar das
Amazonas era baseada no princípio da concentração máxima de força para
assombrar qualquer exército e esmagá-los numa onda avassaladora.Para destruir a
moral do adversário, a atitude era semear choque e pavor.
Elas sempre semeavam
o pânico entre os oponentes que não tivessem nervos de aço ao encará-las.
Elas
atacavam sempre com força total para aniquilar o inimigo de uma vez, eliminando
o risco de qualquer represália futura.
Por isso preferiam não fazer
prisioneiros, impondo o choque.
Também por isso era um procedimento lógico
deixar uns poucos sobreviventes escaparem, para espalhar o pavor.
O fenômeno que
marcou o desaparecimento da sociedade das amazonas também definiu o início da
Idade do Ferro: a Guerra de Troia por volta de 1000 a .C.
Quando os
metalúrgicos da Grécia continental aprenderam a dominar a técnica de fundir o
ferro metal mais duro, pesado e resistente e produzir o aço que rompia os
escudos e armas de bronze dos troianos, a então nascente Grécia virou a mesa e
destruiu o maior império colonial da Antiga Era.
Já se falava sobre as Amazonas
lutando ao lado de Troia na Ilíada de Homero, a primeira narrativa do Ocidente;
mas se na época houve registros de sua existência, eles desapareceram na
devastadora guerra contra o Império comercial de Troia cuja grande capital
ficava na porta de entrada do Oriente e controlava as rotas comerciais da Ásia.
O evento foi tão cataclísmico que não houve vencedores: todas as civilizações do Mar Mediterrâneo foram varridas do mapa, incluindo a Grécia.
O evento foi tão cataclísmico que não houve vencedores: todas as civilizações do Mar Mediterrâneo foram varridas do mapa, incluindo a Grécia.
A narrativa
mítica foi uma maneira de condenar a tragédia apocalíptica da guerra passando a
imagem falsa de que os helenos não foram também derrotados, nem o vil motivo
real da guerra: disputas econômicas.
O cataclismo histórico da Primeira Grande
Guerra Mediterrânea destruiu todas as antigas potências, marcou o fim da Idade
do Bronze e fez o mundo cosmopolita mediterrâneo retroceder á vida no campo.
O antigo mundo épico estava morto, enterrado e esquecido; apenas alguns fragmentos seriam preservados na memória dos poemas de Homero, lembrando um mítico mundo heroico.
Esse retrocesso do povo grego, com a lenta recuperação do progresso anterior, foi o Período Homérico.
Nele, os relatos do mundo que ainda aceitava as amazonas se fundiram ao folclore da mitologia dos deuses.
"E os soldados gregos, horrorizados com aquela cena tão chocante e brutal, atiraram-se ao mar, gritando: Androcthones! (assassinas de homens).
O antigo mundo épico estava morto, enterrado e esquecido; apenas alguns fragmentos seriam preservados na memória dos poemas de Homero, lembrando um mítico mundo heroico.
Esse retrocesso do povo grego, com a lenta recuperação do progresso anterior, foi o Período Homérico.
Nele, os relatos do mundo que ainda aceitava as amazonas se fundiram ao folclore da mitologia dos deuses.
"E os soldados gregos, horrorizados com aquela cena tão chocante e brutal, atiraram-se ao mar, gritando: Androcthones! (assassinas de homens).
Heródoto,
"o pai da História", documentou relatos do século 5° a C, descrevendo
um grupo de mulheres que enfrentaram os gregos na Batalha do rio Térmidon, em
sua capital Themiscira, na Ásia Menor.Numa batalha comum da época, morreram
apenas 20% dos soldados de cada lado.
Surpresos e impressionados com a
resistência e bravura das soldadas, os gregos não executaram as prisioneiras,
que foram levadas em navios para serem vendidas como escravas. Eles ainda não
sabiam com quem estavam lidando.
Mas a surpresa maior viria em seguida.
Elas se
libertaram, tomaram o controle dos navios e mataram todos os soldados gregos a
bordo. Relatos dos sobreviventes que se lançaram na água testemunham que o
plano delas era exatamente esse: conseguir um transporte por mar.
Mas, sem
experiência na Marinha e inábeis para navegar, as mulheres mudaram o curso,
seguindo as correntes do Mar Negro até as costas do Cáucaso exatamente onde
as lendas as situam.
As Amazonas de Heródoto atingiram o território dos Cítios,
um povo nômade guerreiro de arianos do Cáucaso.Essas mulheres guerreiras, diz
Heródoto, casaram com os Cítios e os convenceram a migrar para as planícies de
campos da Eurásia, cruzando as altas montanhas do Cáucaso e os desertos do Mar
Negro até se fixarem nas estepes russas – o povo russo usa o alfabeto grego.
A
primeira evidência direta do status dessas mulheres guerreiras veio com as
escavações arqueológicas recentes. Isso se confirmaria em 1996, com a
descoberta de tumbas de fósseis de mulheres armadas para a guerra e a caça nas
planícies russas.
Nas 150 tumbas do século 5° aC encontradas perto de Pokrovka,
nas estepes do sudeste da Rússia, encontram-se soldadas enterradas com
armamento militar, muitas com ferimentos de batalha.
Junto com espelhos,
brincos, colares e outros adornos femininos ricamente elaborados em ouro.
O MITO DE PERSÓFONO
Contudo, um belo dia, Hades, o deus dos infernos, ao avistar a doce Perséfone, caiu de amores pela jovem. E rasgando as entranhas da terra, de modo a formar grandes crateras veio a superfície com sua negra carruagem e raptou a bela Perséfone, levando-a para morar consigo no submundo.
Deméter se pôs a chorar e muito triste não teve mais vontade de cultivar a terra. Houve então que nessa época a humanidade passou por um grande período de seca e infertilidade do solo. As pessoas não tinham mais o que comer e iniciou se uma época de grande fome.
Zeus então, compadecido da pobre mãe e da situação dos mortais pediu a seu irmão que devolvesse a menina à deusa.
Hades, gostando imensamente da companhia de Perséfone e nem um pouco inclinado a devolvê-la, usou de um estratagema respondendo:
Diz a lenda, que existia uma bela donzela dos cabelos longos que andava a brincar com os animaizinhos da floresta. Esta era filha da imponente deusa da colheita, Deméter! A bela jovem ajudava sua mãe a manter o fogo sagrado. As duas viviam em grande paz e felicidade, de modo que eram grandes amigas.
Contudo, um belo dia, Hades, o deus dos infernos, ao avistar a doce Perséfone, caiu de amores pela jovem. E rasgando as entranhas da terra, de modo a formar grandes crateras veio a superfície com sua negra carruagem e raptou a bela Perséfone, levando-a para morar consigo no submundo.
Deméter se pôs a chorar e muito triste não teve mais vontade de cultivar a terra. Houve então que nessa época a humanidade passou por um grande período de seca e infertilidade do solo. As pessoas não tinham mais o que comer e iniciou se uma época de grande fome.
Zeus então, compadecido da pobre mãe e da situação dos mortais pediu a seu irmão que devolvesse a menina à deusa.
Hades, gostando imensamente da companhia de Perséfone e nem um pouco inclinado a devolvê-la, usou de um estratagema respondendo:
"Sim, ela pode voltar a morar coma mãe, desde que daqui do submundo nada tenha ingerido" sabendo de antemão que sua amada já havia ingerido uma romã e, assim sendo, não precisava devolvê-la.
Deméter então pôs se a chorar lágrimas de grande dor e compadecido ao ver a sogra Hades fez o seguinte acordo: Perséfone passaria seis meses com ele e seis meses com a mãe.
Não tendo outro jeito Deméter aceitou o acordo. De forma que até hoje, quando Perséfone desce aos infernos para ficar com seu esposo, sua mãe entra em grande tristeza e deixa de cultivar a terra, entramos então no outono e inverno. Ao retornar, a alegria de Deméter é tanta que retorna a cultivar o solo, entramos então na primavera e no verão.
Meditem sobre este mito tão belo que fala sobre as estações do ano e sobre a nossa descida aos infernos, pois foi descendo ao submundo que Perséfone encontrou seu grande amor, Hades.
Deméter então pôs se a chorar lágrimas de grande dor e compadecido ao ver a sogra Hades fez o seguinte acordo: Perséfone passaria seis meses com ele e seis meses com a mãe.
Não tendo outro jeito Deméter aceitou o acordo. De forma que até hoje, quando Perséfone desce aos infernos para ficar com seu esposo, sua mãe entra em grande tristeza e deixa de cultivar a terra, entramos então no outono e inverno. Ao retornar, a alegria de Deméter é tanta que retorna a cultivar o solo, entramos então na primavera e no verão.
Meditem sobre este mito tão belo que fala sobre as estações do ano e sobre a nossa descida aos infernos, pois foi descendo ao submundo que Perséfone encontrou seu grande amor, Hades.
Às vezes é necessário tornar-se introspectivo e buscar dentro de nós nossa fortaleza. Só existe uma coisa que pode nos tornar melhor, é a coisa mais linda do mundo e está bem dentro de você, a sua alma, sua centelha divina!
Clarice Ferreira
Clarice Ferreira
Mavutsinim e o primeiro Kuarup
O primeiro homem (kamaiurá). No começo só havia Mavutsinim. Ninguém vivia com ele. Não tinha mulher. Não tinha filho, nenhum parente ele tinha. Era só.
Um
dia ele fez uma concha virar mulher e casou com ela. Quando o filho nasceu,
perguntou para a esposa: É homem ou mulher? É homem. Vou levar ele comigo. E
foi embora.
A mãe do menino chorou e voltou para a aldeia dela, a lagoa, onde
virou concha outra vez. Nós dizem os índios somos netos do filho de
Mavutsinim.
No primeiro Kuarup, a festa dos mortos (Kamaiurá), Mavultsinim queria que os seus mortos voltassem à vida. Foi para o mato, cortou três toros da madeira de kuarup, levou para a aldeia e os pintou. Depois de pintar, adornou os paus com penachos, colares, fios de algodão e braçadeiras de penas de arara. Feito isso, Mavutsinim mandou que fincassem os paus na praça da aldeia, chamando em seguida o sapo cururu e a cutia (dois de cada), para cantar junto dos Kuarup. Na mesma ocasião levou para o meio da aldeia, peixes e beijus para serem distribuídos entre o seu pessoal. Os maracá-êp (cantadores), sacudindo os chocalhos na mão direita, cantavam sem cessar em frente dos kuarup, chamando-os à vida. Os homens da aldeia perguntavam a Mavutsinim se os paus iam mesmo se transformar em gente, ou se continuariam sempre de madeira com eram. Mavutsinim respondia que não, que os paus de kuarup iam se transformar em gente, andar como gente e viver como gente vive.
Depois de comer os peixes, o pessoal começou a se pintar, e a dar gritos enquanto fazia isso. Todos gritavam,. Só os maracá-êp é que cantavam. No meio do dia terminaram os cantos. O pessoal, então, quis chorar os kuarup, que representavam os seus mortos, mas Mavutsinim não permitiu, dizendo que eles, os kuarup, iam virar gente, e por isso não podiam ser chorados. Na manhã do segundo dia Mavutsinim não deixou que o pessoal visse os kuarup. “Ninguém pode ver” dizia ele. A todo momento Mavutsinim repetia isso. O pessoal tinha que esperar. No meio da noite desse segundo dia os toros de pau começaram a se mexer um pouco. Os cintos de fios de algodão e as braçadeiras de penas tremiam também. As penas mexiam como se tivessem sendo sacudidas pelo vento.
Os paus estavam querendo transformar-se em gente. Mavutsinim continuava recomendando ao pessoal para que não olhasse. Era preciso esperar. Os cantadores – os cururus e as cutias quando os Kuarup começaram, a dar sinal de vida cantaram para que se fossem banhar logo que vivessem. Os troncos se mexiam para sair dos buracos onde estavam plantados, queriam sair para fora. Quando o dia principiou a clarear, os Kuarup do meio para cima já estavam tomando forma de gente, aparecendo os braços, o peito e a cabeça. A metade de baixo continuava pau ainda. Mavutsinim continuava pedindo que esperassem, que não fossem ver.
No primeiro Kuarup, a festa dos mortos (Kamaiurá), Mavultsinim queria que os seus mortos voltassem à vida. Foi para o mato, cortou três toros da madeira de kuarup, levou para a aldeia e os pintou. Depois de pintar, adornou os paus com penachos, colares, fios de algodão e braçadeiras de penas de arara. Feito isso, Mavutsinim mandou que fincassem os paus na praça da aldeia, chamando em seguida o sapo cururu e a cutia (dois de cada), para cantar junto dos Kuarup. Na mesma ocasião levou para o meio da aldeia, peixes e beijus para serem distribuídos entre o seu pessoal. Os maracá-êp (cantadores), sacudindo os chocalhos na mão direita, cantavam sem cessar em frente dos kuarup, chamando-os à vida. Os homens da aldeia perguntavam a Mavutsinim se os paus iam mesmo se transformar em gente, ou se continuariam sempre de madeira com eram. Mavutsinim respondia que não, que os paus de kuarup iam se transformar em gente, andar como gente e viver como gente vive.
Depois de comer os peixes, o pessoal começou a se pintar, e a dar gritos enquanto fazia isso. Todos gritavam,. Só os maracá-êp é que cantavam. No meio do dia terminaram os cantos. O pessoal, então, quis chorar os kuarup, que representavam os seus mortos, mas Mavutsinim não permitiu, dizendo que eles, os kuarup, iam virar gente, e por isso não podiam ser chorados. Na manhã do segundo dia Mavutsinim não deixou que o pessoal visse os kuarup. “Ninguém pode ver” dizia ele. A todo momento Mavutsinim repetia isso. O pessoal tinha que esperar. No meio da noite desse segundo dia os toros de pau começaram a se mexer um pouco. Os cintos de fios de algodão e as braçadeiras de penas tremiam também. As penas mexiam como se tivessem sendo sacudidas pelo vento.
Os paus estavam querendo transformar-se em gente. Mavutsinim continuava recomendando ao pessoal para que não olhasse. Era preciso esperar. Os cantadores – os cururus e as cutias quando os Kuarup começaram, a dar sinal de vida cantaram para que se fossem banhar logo que vivessem. Os troncos se mexiam para sair dos buracos onde estavam plantados, queriam sair para fora. Quando o dia principiou a clarear, os Kuarup do meio para cima já estavam tomando forma de gente, aparecendo os braços, o peito e a cabeça. A metade de baixo continuava pau ainda. Mavutsinim continuava pedindo que esperassem, que não fossem ver.
“Espera… espera… espera” – dizia sem parar.
O sol começava a nascer. Os cantadores não paravam de cantar,...
O sol começava a nascer. Os cantadores não paravam de cantar,...
Os braços dos Kuarup estavam crescendo. Uma das pernas já tinha criado carne. A outra
continuava pau ainda. No meio do dia os paus começavam a virar gente de
verdade. Todos se mexiam dentro dos buracos, já mais gente do que madeira.
Mavutsinim mandou fechar todas as portas., só ele ficou de fora, junto dos Kuarup. Só ele podia vê-los, ninguém mais. Quando estava quase completa a
transformação de pau para gente, Mavutsinim mandou que o pessoal saísse das
casas para gritar, fazer barulho, promover alegria, rir alto junto dos Kuarup.
O pessoal, então, começou a sair de dentro das casas. Mavutsinim recomendava
que não saíssem aqueles que durante a noite tiveram relação sexual com as
mulheres.
Um, apenas, tinha tido relações. Este ficou dentro da casa. Mas não aguentando a curiosidade, saiu depois. No mesmo instante, os Kuarup pararam de se mexer e voltaram a ser pau outra vez. Mavutsinim ficou bravo com o moço que não atendeu à sua ordem. Zangou muito, dizendo: – O que eu queria era fazer os mortos viverem de novo. Se o que deitou com mulher não tivesse saído de casa, os Kuarup teriam virado gente, os mortos voltariam a viver toda vez que se fizesse Kuarup. Mavutsinim, depois de zagar, sentenciou: – Está bem.
Um, apenas, tinha tido relações. Este ficou dentro da casa. Mas não aguentando a curiosidade, saiu depois. No mesmo instante, os Kuarup pararam de se mexer e voltaram a ser pau outra vez. Mavutsinim ficou bravo com o moço que não atendeu à sua ordem. Zangou muito, dizendo: – O que eu queria era fazer os mortos viverem de novo. Se o que deitou com mulher não tivesse saído de casa, os Kuarup teriam virado gente, os mortos voltariam a viver toda vez que se fizesse Kuarup. Mavutsinim, depois de zagar, sentenciou: – Está bem.
Agora vai ser sempre
assim. Os mortos não reviverão mais quando se fizer Kuarup. Agora vai ser só
festa.
Mavutsinim depois mandou que retirassem dos buracos os toros de Kuarup.
O pessoal quis tirar os enfeites, mas Mavutsinim não deixou.
“Tem que ficar
assim mesmo”, disse.
E em seguida mandou que os lançassem na água ou no
interior da mata. Não se sabe onde foram largados, mas estão até hoje lá, no
Morená.
Conheça uma lenda esquimó que explica o surgimento desses astros no céu
Há muitos e muitos anos, em uma pequena aldeia
da costa, viviam um homem e sua mulher.
Depois de um longo período, o casal teve dois filhos: um menino e uma menina. Os irmãos se davam muito bem, para alegria dos pais.
Um não se separava do outro.
O tempo foi passando e as crianças crescendo.
Quando os dois irmãos se tornaram adultos, aconteceu algo surpreendente: eles não paravam de brigar.
Depois de um longo período, o casal teve dois filhos: um menino e uma menina. Os irmãos se davam muito bem, para alegria dos pais.
Um não se separava do outro.
O tempo foi passando e as crianças crescendo.
Quando os dois irmãos se tornaram adultos, aconteceu algo surpreendente: eles não paravam de brigar.
Os pais dos jovens ficaram tristes e espantados.
Não conseguiam entender como os filhos, de uma hora para outra, tornaram-se inimigos.
Na verdade, quem se transformou foi o filho, que tinha inveja da beleza da irmã e por isso vivia a persegui-la.
A menina, por sua vez, já estava cansada das implicâncias do irmão e não sabia mais o que fazer para escapar de suas maldades. Mas um dia ela teve uma ideia:
– Vou fugir para o céu.
Só assim escaparei do meu irmão.
A menina então se transformou em Lua.
Quando o rapaz descobriu que a irmã tinha fugido, ficou muito triste e arrependido.
– Se ela foi para o céu, eu irei também.
Não posso ficar sem a minha irmã.
E foi isso que aconteceu. O rapaz conseguiu ir para o céu, só que em forma de Sol, e não parou de correr atrás da menina.
Às vezes, ele a alcança e consegue abraçá-la, causando então um eclipse lunar.
Não conseguiam entender como os filhos, de uma hora para outra, tornaram-se inimigos.
Na verdade, quem se transformou foi o filho, que tinha inveja da beleza da irmã e por isso vivia a persegui-la.
A menina, por sua vez, já estava cansada das implicâncias do irmão e não sabia mais o que fazer para escapar de suas maldades. Mas um dia ela teve uma ideia:
– Vou fugir para o céu.
Só assim escaparei do meu irmão.
A menina então se transformou em Lua.
Quando o rapaz descobriu que a irmã tinha fugido, ficou muito triste e arrependido.
– Se ela foi para o céu, eu irei também.
Não posso ficar sem a minha irmã.
E foi isso que aconteceu. O rapaz conseguiu ir para o céu, só que em forma de Sol, e não parou de correr atrás da menina.
Às vezes, ele a alcança e consegue abraçá-la, causando então um eclipse lunar.