Mulheres são melhores em discriminar cores, dizem os pesquisadores, enquanto os homens são excelentes em rastrear objetos com movimentos rápidos e discernir detalhes à longas distâncias, possivelmente ligadas a adaptações evolutivas ligados ao passado de caçadores.
O estudo, liderado pelo professor Israel Abramov, colocou jovens adultos com visão normal em uma bateria de testes.
Em experimentos de cores, os homens e as mulheres tenderam a atribuir tons diferentes para os mesmos objetos. Os pesquisadores pensam que sabem o porquê.
"Na maioria do espectros visíveis, os homens requerem um comprimento de onda ligeiramente mais longo do que as mulheres, a fim de reconhecer a mesma tonalidade", conclui a equipe na última edição do jornal Biologia das diferenças de sexo.
Uma vez que comprimentos de onda mais longos são associados a cores "mais quentes", uma cor de laranja, por exemplo, pode parecer mais vermelho para o homem do que para uma mulher. Da mesma forma, a grama é sempre mais verde para as mulheres do que para os homens, para os quais os objetos verdes aparecem um pouco mais amarelados.
O estudo também descobriu que os homens são menos hábeis em distinguir entre tons no centro do espectro de cores: azuis, verdes e amarelos.
Onde os homens superam as mulheres foi na detecção rápida da mudança de detalhes de longe. A equipe credita essa vantagem ao desenvolvimento de neurônios no córtex visual, que é aumentada por hormônios masculinos. Como os homens produzem testosterona, eles nascem com 25% mais neurônios na região cerebral do que as mulheres, constatou a equipe.
Da mesma forma, na adaptação evolutiva, as mulheres se tornaram mais adaptadas a reconhecerem detalhes mais à mão e objetos parados, como por exemplo, reconhecerem alimentos saudáveis ou estragados pela observação minuciosa dos detalhes e cores.
Fonte: National Geographics