Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

sábado, 5 de abril de 2014

MONTERIGGIONI, UMA PEQUENA JÓIA

MONTERIGGIONI, UMA PEQUENA JÓIA

Por Claudia Liechavicius
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Apenas alguns quilômetros acima de Siena, no coração da Toscana, uma preciosidade medieval encanta quem se aventurar a entrar em suas muralhas. É a pequenina cidade de Monteriggioni. Na verdade, um castelo. O lugarejo é tão pequeno que pode ser percorrido a pé do portão de entrada até o de saída em cinco minutos. Simplesmente, uma graça.

Montiriggioni surge de repente em uma curva da estrada com seus muros ainda bem preservados, em plena região de Chianti. Foi construída no início do século XIII e logo se transformou em um posto militar com o objetivo de defender as fronteiras do norte de Siena contra as invasões florentinas.

Monteriggioni
vista da estrada que liga San Gimignano à Siena.

Ainda hoje, a cidade se mantém praticamente com a mesma estrutura da época em que foi construída. Suas muralhas feitas com grandes blocos de pedra e suas 14 torres foram imortalizadas por Dante na Divina Comédia, como alegoria ao abismo mais profundo do mundo, em Inferno: "sobre o muro arredondado,
Monteriggioni é coroada por torres, então na margem infernal que o fosso circunda, guerreavam os terríveis gigantes, apenas com a metade de seu corpo encouraçado".
Comprando um ingresso de 2 euros é possível caminhar sobre as muralhas "do inferno", segundo Dante.

Dentro da fortificação há pouca coisa para se ver: uma praça, uma igreja românica, algumas casas, poucas lojas, alguns restaurantes e hotéis.
Essa é a lojinha de artesanato do centro da cidade. 
Fica na Piazza Roma, a praça do poço.

Essa é a Igreja de Santa Maria Assunta.

A cidade é mínima. Mas, não dá para sair de lá sem tomar um café no bar, almoçar em um de seus poucos restaurantes ou simplesmente tomar um sorvete. Bom lugar para isso é no Il Feudo Caffeteria Ristorante, na Piazza Roma 16.

FESTA MEDIEVAL DE MONTERIGGIONI

Todos os anos no mês de julho, a cidade revive a magia do passado em uma festa que dura alguns dias.
Para mais informações consulte os sites 

http://www.monteriggionimedievale.it/ ou http://www.monteriggioniturismo.it/


HOTEL EM MONTERIGGIONI

Para quem resolver dormir uma noite na cidade, o Romantik, hotel 4 estrelas é bem simpático. Fica na Via 1 Maggio, 4. Telefone (0577) 305009.

PASSANDO O DIA EM MURANO E BURANO

PASSANDO O DIA EM MURANO E BURANO

Por Claudia Liechavicius

MURANO

Quem nunca ouviu falar nos famosos cristais de Murano? Há quem ame e quem ache cafona. Mas, isso não entra em questão. Afinal, gosto não se discute. Gostando ou não, numa viagem à Veneza, não dá para deixar de fora do roteiro esse conjunto de sete pequenas ilhas chamado de Murano e que têm uma tremenda tradição na indústria de vidraria. A distância é de apenas 1 quilômetro a partir de Veneza. Bem pertinho. E, Murano é uma graça. Pequenina, com apenas 5 mil habitantes e toda conectada por pontes.
Murano.

Murano ganhou força em 1291 quando o governo determinou que as fábricas de vidro deveriam ser todas transferidas de Veneza para Murano devido ao risco de incêndio. Pois,  Veneza era praticamente toda construída de madeira. A partir daí a indústria de vidro soprado cresceu muito e o nome da cidade "Murano" passou a ser sinônimo dos famosos vidros. Murano foi por muito tempo o maior produtor de cristais da Europa. 
Numa das tantas pontes de Murano.

O que mais vale a pena em Murano é visitar uma fábrica de vidro para conhecer o processo de fabricação artesanal. Visitei a New Murano Gallery, na Calle Vivarini 6/A, telefone 041 52 75110.  Os artesãos fazem peças belíssimas. Mas, como são consideradas obras de arte, têm preço condizente com a fama do artista. Além disso, caminhe pelas ilhotas, atravesse as pontes, conheça as igrejas de Santa Maria, São Donato, São Pedro e o Museu do Cristal. 
Artesão trabalhando na New Murano Gallery.

BURANO

Isso que foi falado acima, pode ser feito em uma manhã, se você partir cedo de Veneza. Então, aproveite para tomar outro barco e ir até a ilha de Burano. A cidadezinha, também formada sobre algumas ilhotas é um encanto. Seu colorido intenso é o que a diferencia das outras cidades ao seu redor.
 Pelas ruas de Burano.

As casas tem fachada simples e muito alegre. Os canais 

são repletos de barcos. Afinal, Burano é habitada 

basicamente por pescadores e rendeiras. 
Burano e seus canais repletos de pequenas embarcações

Dizem que a renda de Burano já foi a mais procurada da Europa. Era até conhecida como "pontos no ar" (punto in aria), tal sua delicadeza. Hoje ainda existe uma escola para manter a tradição das rendeiras, a "Scuola dei Merletti". Mas, a autêntica renda de Burano já é difícil encontrar.
Rendas de todo tipo nas lojas de Burano.

Burano pode ser facilmente reconhecida, antes mesmo do

 barco chegar por ter uma igreja com a torre inclinada.

Qualquer semelhança com Pisa é mera coincidência. 

Coisas da Itália.
 
A torre da igreja inclinada de Burano serve como referência.

rua principal de Burano se chama Via Baldassare 

Galuppi, batizada com o nome do compositor que nasceu 

na cidade. 

Burano também é muito procurada por ter restaurantes que servem peixes fresquíssimos. Adorei o Riva Rosa, um restaurante super charmoso, sofisticado e com excelente cozinha. Fica na Via San Mauro, 296. O ideal é fazer reserva pelo telefone 041 73 0850
 Burano.

DICA: Ainda tem outra ilhota interessante. Torcello. Ela 

guarda relíquias dos séculos V e VI, como a catedral 

de Santa Maria Dell'Assunta e a igreja de Santa Fosca.

Não consegui visitar nessa viagem. Mas, com certeza

irei na próxima ida à Veneza. Afinal, sempre deixo 

alguma coisa para ter motivo para programar a 

próxima. 


OS MOSAICOS BIZANTINOS DE RAVENA

OS MOSAICOS BIZANTINOS DE RAVENA

Por Claudia Liechavicius

Ravena é uma das grandes estrelas da Emília-Romana, coração do centro da Itália. Recebe turistas atraídos pelos célebres mosaicos bizantinos, lembrança do seu passado carimbado como a última capital do Império Romano do Ocidente, após a queda de Roma no século V. Na verdade, ela começou a ganhar poder já no século I quando o imperador Augusto construiu um porto e uma base naval na cidade vizinha de Classe e depois por quase dois séculos foi a capital do Império Romano. História não falta a essa pequena e tranquila cidade que hoje vive cheia de orgulho de seus tesouros artísticos.

Muros da Basílica de San Vitale e ao fundo Igreja de Santa Maria Maggiore, Ravena.

Por onde quer que se passe a fachada sóbria de prédios em tijolos alaranjados contrasta com a sofisticação dos mosaicos que revestem seus interiores. Eles são compostos de vidros, mármores coloridos e pedras cortadas para se juntar de tal modo que o resultado é estarrecedor.

Comecei a conhecer Ravena pelo Mausoléu de Galla Placidia. Esse é um monumento fúnebre paleocristão (arte do início do período bizantino) pertencente a Igreja Católica. Sua planta tem forma de cruz e suas paredes internas são ricamente decoradas com mosaicos declarados pela UNESCO como Patrimônio Mundial. Os mosaicos representam cenas e personagens da religião cristã. Lá dentro há três sarcófagos, um em cada extremidade dos braços da cruz com exceção da entrada. Por fora a estrutura é pequena, simples, em tijolos aparentes, mas por dentro é um belo tesouro.

Mausoléu de Galla Placidia.

Mosaico "O Bom Pastor" sobre a porta de entrada.

Cúpula do mausoléu revestida com mosaicos que simulam um céu estrelado.

Teto com vários detalhes em formas geométricas que lembram a cruz torta da suástica, que já foi usada até por Hitler, mas em sânscrito significa felicidade, prazer e boa sorte.

Outros detalhes dos mosaicos em formas de flores estilizadas com círculos concêntricos.

Ao redor das janelas que são fechadas com mármore translúcido, desenhos de veados bebendo água.

Gala Placidia era filha do Imperador Teodósio, o Grande. Nasceu em Constantinopla, no finalzinho do século IV e teve uma vida tumultuada. Foi capturada ainda jovem pelos visigodos que sitiaram Roma. Casou com um dos seus sequestradores e com isso uniu as tradições romanas e bárbaras, o que desagradou os romanos. Em seguida, seu marido foi assassinado e ela se tornou prisioneira. Então, foi obrigada a se casar com Constâncio em Ravena e juntos foram elevados à condição de Augustos, ficando em pé de igualdade com o imperador. Novamente seu marido foi morto e ela assumiu o trono como imperatriz por oito anos em Ravena, no lugar do filho que ainda era menor de idade, até ser derrotada numa campanha militar. Ficou exilada em Roma até sua morte, em 450. Os estudiosos não sabem se seu corpo está sepultado no Mausoléu Galla Placidia ou em Roma.

Adjacente ao Mausoléu de Galla Placidia fica a Basílica de San Vitale. É impressionante a escuridão dentro desses templos. A iluminação é muito reduzida e é preciso esperar até que os olhos se acostumem com a penumbra para poder explorar e aproveitar os detalhes impressionantes.



Basílica de San Vitale.

A Basílica de San Vitale é a obra arquitetônica mais conhecida de Ravena devido aos mosaicos de arte bizantina. Também é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Ela começou a ser construída em 525, por ordem do bispo Eclésio e foi concluída em 548 já sob o domínio bizantino. Não se sabe quem foi o arquiteto responsável pela basílica. Ela combina elementos romanos e bizantinos. Tem desenho octogonal e mosaicos espetacculares no seu interior, que representam sacrifícios do Velho Testamento e retratos de quatro evangelistas. Seu valor é enorme por ser o único grande templo bizantino que permanece intacto até os dias de hoje.

Acima, mosaico com Cristo, São Vital recebendo uma coroa de mártir, dois anjos e o bispo Eclesius que começou a construir a igreja. Nas laterais. mosaico com Justiniano I (à esquerda) e com a Imperatriz Teodora (à direita).

INGRESSO: Juntamente com a Basílica de San Vitale e com o Mausoléu de Galla Placidia fica o Museu Nacional de Ravena com uma pequena coleção de peças romanas, bizantinas, medievais e paleocristãs. Para visitar estes locais além do Battistero Neoniano, Museu Arcivescovile e da Basílica de San Apollinare Nuovo - compra-se um bilhete único no valor de 9,50 euros que tem validade de uma semana.

Andando mais alguns quarteirões fica outro complexo fantástico com o Battistero Neoniano, a Duomo, aTorre e o Museu Arcivescovile. É incrível como tudo se parece. Mesmos formatos, mesmas cores. E, por dentro, mosaicos.


Duomo, Torre e Battistero Neoniano.

O Batistério Neoniano é a mais antiga das construções de Ravena inscritas como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. É considerado o monumento mais bem preservado dos primeiros tempos do Cristianismo com representações de figuras humanas. Em parte foi edificado sobre uma antiga terma romana. Sua estrutura octogonal, em tijolos foi feita no século IV como parte de uma grande basílica que foi destruída em 1734. O bispo Urso iniciou as obras que foram concluídas pelo bispo Neon, daí o nome. O significado dos oito lados do batistério se referem aos sete dias da semana mais o Dia da Ressurreição.

Mosaico do Batismo de Cristo, no Battistero Neononiano. Observe as figuras dos 12 apóstolos ao redor da cena central.

A cena central representa João Batista batizando Jesus Cristo que está em pé com água do rio Jordão até a cintura. Do lado direito, há um deus pagão.

Battistero Neoniano com seu formato octogonal e janelas cegas.

Também vale a pena visitar o Battistero degli Ariani que tem uma cúpula do final do século V com um mosaico dos Apóstolos, a tumba de Dante e a Basília de Sant'Apollinare.

A grande beleza de Ravena está nos detalhes, está no seu passado, nas marcas deixadas pelo Império Bizantino. É preciso circular com calma e com olhos de ver. Além disso, a cidade também tem uma mistura de ruas antigas, lojas elegantes, restaurantes gostosos e piazzas tranquilas. Vale uma passada de um dia.

Mas, a viagem pode ficar ainda melhor se der para conjugar com Bologna, Florença e Veneza. No mais, os arredores não oferecem muito encanto, apesar desse lado da Itália estar virado para o Mar Adriático. Porém, se a ideia for praia, a Itália tem lugares muito mais interessantes do que Rimini, Milano Maritima, Cervia (que ficam nos arredores de Ravena)... Opte pela Costa Amalfitana, Cinque Terre, Portofino ou pelas ilhas Sicília e Sardenha. Itália é um país encantador. Há muito que se ver, comer e beber por lá.

DISTÂNCIAS

Ravena - Bologna: 74 quilômetros

Ravena - Florença: 190 quilômetros

Ravena - Veneza: 143 quilômetros

Ravena - Milão: 294 quilômetros

Ravena - Roma: 374 quilômetros



http://www.viajarpelomundo.com/2012/10/os-mosaicos-bizantinos-de-ravena.html

ROMA, HISTÓRIA E ARTE POR TODA PARTE!

ROMA, HISTÓRIA E ARTE POR TODA PARTE!

Por Claudia Liechavicius

Roma. Uma das cidades mais antigas do mundo. Fundada em 753 a.C. Capital da Itália desde 1870. Centro do catolicismo mundial. Sua história é tão forte a ponto de abraçar toda a civilização europeia. Os rastros da sua longa trajetória continuam se exibindo num inigualável patrimônio arqueológico, arquitetônico e artístico que mostra suas diversas personalidades: republicana, imperial, medieval, renascentista, barroca, papal.

Essa metrópole cosmopolita espalhada às margens do rio Tibre, por vezes parece ter parado de contar o tempo. Não é à toa que costuma ser chamada de "Cidade Eterna". Emocionante!


Ponte Vittorio Emanuele II, sobre o rio Tibre. À direita, o Vaticano.

UMA LENDA PRA COMEÇAR UMA LONGA HISTÓRIA

Segundo a mitologia, Roma foi fundada por volta de 753 a.C. pelos irmãos gêmeos Rômulo e Remo. Quando nasceram, eles foram jogados no rio Tibre e resgatados por uma loba que os amamentou. Mais tarde um casal de pastores encontrou as crianças e as criou. Quando chegaram à idade adulta retornaram à sua cidade natal Alba Longa e ganharam terras para fundar uma nova cidade. Então, nasceu Roma entre sete colinas: Palatino, Aventino, Capitólio, Quirinal, Viminal, Esquilino e Célio - em terras, que já haviam sido ocupadas pelos etruscos no século IX a.C.

Por do sol visto do alto da escadaria da Piazza di Spagna, no Monte Quirinal.

No começo, a economia daquele vilarejo próspero tinha como base a agricultura. Eles tinham uma religião politeísta (os principais deuses eram Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco). A sociedade era formada por donos de terras e plebeus, o Estado era uma república, o exército era forte e nas artes dominavam as pinturas de afrescos e esculturas com influência grega.

Aos poucos, os romanos começaram a se expandir. O poder passou às mãos de generais como Júlio César. Quando ele foi assassinado, em 44 a.C. a república passou a não funcionar mais e os herdeiros de César tornaram-se os primeiros imperadores romanos. Augusto recebeu, a princípio, o título de príncipe e se tornou o primeiro imperador romano em 27 a.C. (A Roma republicana pode ser vista às margens do rio Tibre, perto da Ponte Palatino, onde há os restos da Ponte Rotto e os Templos do Fórum Boarium e no Fórum Romano).


Fórum Romano.

Os romanos dominaram toda a península itálica e dali partiram para conquistar a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Síria, a Palestina e a Trácia. Os povos conquistados foram escravizados e passaram a pagar impostos ao Império Romano. Da era de Augusto ao reinado de Trajano, o poder de Roma cresceu. Houve muitas mudanças, eles enriqueceram e passaram a ter um foco mais comercial do que agrário. Então, de um pequeno vilarejo, Roma se tornou um dos maiores impérios da antiguidade. E, como herança ainda nos deixaram o direito romano e os idiomas originados do latim: português, francês, italiano e espanhol.

Mas, claro que esse crescimento desenfreado começou a gerar problemas. O desemprego se espalhou. O imperador com medo de conflitos e arruaças criou a política do Pão e Circo, que oferecia alimentos e diversão aos romanos. Vem dessa época a herança do magnífico Coliseu, com suas lutas de gladiadores. (Pompeia foi soterrada pela erupção do Vesúvio nessa época, em 79 e guarda detalhes fantásticos de como eles viviam nesse momento.)


Coliseu.

Ao redor do século III, começa a decadência do Império Romano quando Constantino se converte ao Cristianismo e decide construir uma nova capital em Constantinopla, em 312. Com a crise econômica e política, os recursos destinados ao exército romano foram reduzidos e as fronteiras ficaram cada vez mais vulneráveis. Foi então que o Imperador Teodósio, em 395, resolveu dividir o território em Império Romano do Ocidente tendo Roma como capital e Império Romano do Oriente (Império Bizantino) com capital em Constantinopla. Em 476 se deu o fim do Império Romano do Ocidente após uma série de invasões. Esse fato marca o fim da Antiguidade e o início da Idade Média. (Para ver a Itália Bizantina é preciso conhecer Ravenna - que foi uma cidade muito poderosa enquanto Roma se reduzia a ruínas).

É muita história. Os principais imperadores romanos foram Augusto (27 a.C. a 14 d.C), Tibério (14 a 37), Calígula (37 a 41), Nero (54 a 68 se suicidou ao ser destituído do trono), Trajano (98 - 117) e Marco Aurelio (161 a 180.).

A Itália Medieval viu uma grande luta de poder entre papas e imperadores, aguçada ainda mais por invasões estrangeiras. Veneza se tornou poderosa nessa época travando alianças comerciais com o Oriente.

E, finalmente, a Itália do século XV foi o palco de um florescimento artístico e cultural imbatível. O Renascimento trouxe à luz poetas como Dante, artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael, e a arquitetura ganhou novos contornos inspirados em modelos clássicos em vez de góticos. Florença foi a grande responsável por esse renascer tendo famílias abastadas como patrocinadoras das artes. Foi nessa época que Michelangelo fez o teto da Capela Sistina em 1512.
Teto da Capela Sistina pintado por Michelangelo.

Com grandes ameaças ao catolicismo pelo protestantismo, em 1527, é proposta uma Contra-Reforma em Roma. Nessa época o barroco domina o cenário sob influência do espírito missionário que tomava conta. (Uma das belas heranças da Roma Barroca é a Piazza Navona).

Fontana dei Quattro Fiumi, de Bernini, na piazza barroca mais bonita de Roma, Piazza Navona.

Em 1748 começa uma Época de Paz. E Roma volta a reinar depois de ter um importante Tratado de Paz assinado. (Para ver a Roma do século XVIII vá à escadaria da Piazza di Spagna e à Fontana di Trevi).

Fontana de Trevi.

A Itália consegue finalmente se livrar do domínio estrangeiro com um movimento liderado por Vittorio Emanuele II e, consegue sua unificação. Roma volta a ser a capital da Itália e o Vaticano retoma sua força, até que chega a vez do fascismo de Mussolini que mais uma vez rendeu grande sofrimento ao povo, apesar de ter levado a economia italiana a ser uma das mais fortes da Europa.

Monumento a Vittorio Emanuele.

Como se toda essa história não bastasse, no interior da cidade de Roma há outra cidade: o Vaticano, sede da Igreja Católica Apostólica Romana e residência dos papas. Roma é a única cidade do mundo que hospeda um outro Estado no seu interior. Por isso, muitas vezes é mencionada como a capital de dois estados. Tive uma sorte danada ao chegar à Praça de São Pedro exatamente na hora em que o Papa Francisco circulava entre os fiéis. Uma multidão se aglomerava entre as colunatas criadas por Bernini para receber as bençãos do simpático pontífice e ele parou exatamente na minha frente.

Praça de São Pedro.

Papa Francisco.

COMO CIRCULAR PELA CIDADE. Se quiser andar pela cidade como os romanos é preciso montar numa Vespa. Mas, o trânsito é caótico e muitas ruas são fechadas para a circulação de carros e motos. Então, vou no método mais tradicional e fácil: a pé. Roma é uma cidade para ser desfrutada lentamente. Suas ruelas levam à labirintos históricos imperdíveis.

RESTAURANTES. Comer em Roma é muito fácil. Em qualquer lugar que se vá é provável que a comida seja fantástica. Mas, vamos a algumas indicações: Armando al Pantheon (Salita dé Crescenzi 31), Trattoria Cesare al Casaletto (Via del Casaletto 45), Ristorante Paris (Piazza San Calisto), Spaghetteria L'Archetto(Via dell'Archetto, 26), Il Vero Alfredo (Piazza Augusto Imperatore, 30).

DICA DE CASA DE CHÁ. Em Roma há uma Associação de Lojas Históricas. Numa delas fica a casa de chá Babington's. A casa funciona desde 1893 ao lado da escadaria da Piazza di Spagna. Lugar delicioso para tomar um chá gelado no verão, chá quente no inverno, ou até mesmo para a café da manhã.

INDICAÇÃO DE HOTEL. Gostei muito do The First. É um hotel 5 estrelas, do grupo "Luxury Art Hotel". Pequeno. Simpático. Novo. Clean. Bem decorado. Quartos muito aconchegantes e com banheiros novinhos (difícil na Europa). Pertinho da Piazza del Popolo - duas quadras. Fácil de ir andando ao Coliseu, Fórum Romano, Vaticano, Piazza Navona, Piazza di Spagna, Fontana di Trevi. Perfeito. E, ainda tem um bar na cobertura (sexto andar) com visual lindo da cidade ao entardecer. www.thefirsthotel.com - Via del Vantaggio 14. Tem wi-fi gratuito.


Quarto do hotel The First.

Banheiro do The First.

MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR ROMA. Nos meses de temperaturas mais amenas é o ideal, como abril, maio, junho, setembro e outubro. Em junho, os dias são longos e ainda é fresco, ponto positivo para se aproveitar mais uma cidade que merece ser explorada a pé. No alto verão - julho e agosto - a temperatura é muito alta e por ser período de férias na Europa, muita gente viaja e fecha seus estabelecimentos. No inverno, os dias são mais curtos e a temperatura baixa atrapalha um pouco as caminhadas.

IMPORTANTE. As filas para comprar ingressos para o Coliseu e para a Capela Sistina costumam ser longas. Para garantir o acesso e não perder tempo compre antecipadamente os ingressos pela internet.

Roma é um museu a céu aberto. Sempre emocionante. 



http://www.viajarpelomundo.com/2013/06/roma-historia-e-arte-por-toda-parte.html