Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

domingo, 30 de abril de 2017

TURISMO ... Egito Antigo - introdução

Egito Antigo - introdução


Misteriosa e enigmática, a civilização egípcia encanta a humanidade  5 mil anos e atire a primeira pedra quem nunca se sentiu atraído pelos envolventes segredos deste lugar!

Há 3200 a.c, o Egito começou a se formar sob o governo de Djoser e ao longo da história, passou por diversas dinastias, tendo como representantes mais marcantes os faraós Akhenáton, Ramsés, Nefertiti, Tutancâmon e finalmente Cleópatra.
Se tornou uma potência mundial e seu território foi gradualmente aumentado pelos faraós, que ergueram sob o deserto construções monumentais dedicadas à seus deuses, com sofisticados projetos arquitetônicos e riquíssimos detalhes decorativos, sobretudo na pintura e no entalhe. O aspecto mais significativo é a Lei da Frontalidade, onde deveriam ser retratados sempre com o tronco de frente e cabeça e pernas de perfil.
Técnica da frontalidade. Faraó faz oferenda ao deus falcão Hórus

Sua economia era essencialmente agrícola, pois apesar de seu território ser 98% desértico, o rio Nilo permitia que as terras em sua volta fossem extremamente férteis, sobretudo após as cheias anuais. No comércio e no artesanato era também bastante desenvolvido, com uma habilidade única na ourivesaria, onde produziu as mais belas peças de ouro já encontradas no mundo antigo, dentre elas, a máscara mortuária e o sarcófago do faraó Tutancamon.

As peças impressionam pela delicadeza e riqueza dos detalhes. Ambas foram trabalhadas em ouro maciço, cravejadas de turquesas e lápis lazuli. Pesam 1170 kgs e possuem as características principais dos faraós egípcios: a barba retangular postiça, o cetro e os animais símbolo do Alto e Baixo Egito: cobra e abutre.   

 Os Egípcios também inventaram a escrita e o "ancestral" do papel, feito ainda hoje à base da planta papiro. Imperdível conhecer o processo e claro, levar um para a casa!
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No campo das ciências o Egito foi pioneiro em desenvolver as primeiras técnicas da medicina, sobretudo no processo de mumificação, que permitiu manter corpos em excelente estado de conservação mesmo 5 milênios mais tarde. Deixou como legado também o calendário de 365 dias, que serviu de base para o que o mundo ocidental utiliza ainda hoje. 
 
Embora interessante, a história do Egito é extensa e complexa. Não é minha intenção comtemplá-la em sua totalidade e por este motivo, deixo apenas este aperitivo como um convite a quem quiser se aprofundar mais pelo assunto, seja in loco com um egiptólogo ou seja pelos infindáváveis livros e sites que exploram o assunto. Ou seja ainda, através dos próximos posts, que à sua maneira, contarão mais um pouquinho desta civilização enigmática! Vem comigo!
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Sugestão de roteiro de viagem pelo Egito:
Cairo - 2 noites
Luxor - 2 noites
Cruzeiro pelo Nilo, visitando Edfu, Esna, Kom Ombo, Filae e Asuã - 4 noites
Abu Simbel - bate e volta desde Asuã.

Tem mais disponibilidade de tempo? Aproveite para incluir no roteiro Sharm El Sheik ou Hurgharda, dois balneários espetaculares às margens do Mar Vermelho, perfeito para mergulho e dotados de infra-estrutura turística maravilhosa! Se você não procura praia, acrescente uma noite no roteiro para ir até Alexandria à partir do Cairo, e conferir de perto a cidade mais cultural do Egito, com sua esplendorosa milenar biblioteca e o lugar onde supostamente foi erguido o Farol de Alexandria, uma das 7 maravilhas do mundo antigo.

E aí, tá preparado??
http://www.viaggio-mondo.com/2010/02/egito-introducao.html

sexta-feira, 28 de abril de 2017

CUIDADOS... Como Limpar Prata

Como Limpar Prata


Criado por Denis Camargo, Chris Hadley, Zaira e 4 outros

A prata é um metal bonito e versátil, e o seu brilho suave adiciona elegância a pratos, talheres e joias. Infelizmente, a prata é muito frágil se comparada a metais mais comuns, podendo enferrujar, ficar manchada ou sofrer arranhões facilmente. Limpar objetos de prata pode ser também uma tarefa que causa muito receio, pois eles normalmente são objetos muito especiais para nós, fazendo com que não queiramos danificá-los. Porém, com estas dicas, você não precisará ser nenhum joalheiro para deixar a sua prataria brilhando.

Passos


1- Limpe a prataria com frequência e limpe sempre imediatamente após o uso.Objetos de prata que são usados frequentemente dificilmente mancham. Quando a mancha ainda não estiver presente ou estiver apenas começando a se formar, lave-a, pois ela pode corroer a prata. Use um pano macio para esfregar o objeto e seque imediatamente com uma toalha macia. Dê brilho a ele, polindo-o suavemente com um pano de algodão.
Fazer uma limpeza imediata é especialmente importante para pratos em que você vá servir comida. Lave o objeto imediatamente após o uso, ou pelo menos lave-o com água morna. Não o deixe muito tempo imerso na água se ainda houver restos de alimentos.

Evite usar luvas de borracha, pois a borracha corrói a prata. Use um pano ou uma toalha macia para esfregar a prata gentilmente.

Use luvas de nitrilo. Elas não contém enxofre, que é um composto que pode causar manchas.



2 - Dê polimento à sua prataria. Quando a prata começa a manchar, apenas lavar não será o suficiente para remover as manchas. Produtos feitos especialmente para polir objetos de prata são a melhor alternativa para que você execute esta tarefa com segurança, especialmente se estiver lidando com uma antiguidade ou uma peça com detalhes finos. Siga as instruções do fabricante com cuidado.
Umedeça o pano ou a esponja que veio com o produto e aplique um pouco do polidor.

Esfregue a prata somente em uma direção, usando movimentos de vai e vem (não faça em círculos). Evite esfregar com força; deixe o polidor fazer o seu trabalho.

Lave em água corrente.

Seque por completo com um pano limpo e macio.



3- Considere usar produtos caseiros comuns para peças menos valiosas ou raras. Eles costumam funcionar, mas podem causar danos. Use a seu próprio risco.
Pasta de dente: escolha uma pasta de dente branca comum (que não seja em gel), sem branqueador.

Pegue um pano macio e umedecido ou uma esponja úmida e coloque um pouco de pasta de dente. Esfregue a prata com movimentos unidirecionais. Ou, você pode umedecer a prata e aplicar a pasta diretamente na sua superfície. Seja delicado; se você perceber arranhões se formando a qualquer momento, pare e lave a pasta.

Assim que o pano ou esponja começar a escurecer, ponha um pouco mais de pasta em uma parte limpa e continue a polir.

Lave cuidadosamente com água morna e seque com uma toalha macia.

Bicarbonato de sódio: serve para remover manchas teimosas, mas não o use, a não ser que não se importe com o risco de danificar a peça. O bicarbonato de sódio normalmente é considerado abrasivo demais para ser usado em objetos de prata.

Misture bicarbonato e água, formando uma pasta.

Siga as instruções para o uso de pasta de dente, conforme descrito acima.



4- Dê um banho na prataria. Produtos para "dar banho" em objetos de prata estão disponíveis no mercado, podendo dissolver as manchas sem que você precise esfregá-las. Ao contrário do que a palavra "banho" possa sugerir, os profissionais da área raramente imergem a prata completamente - pelo menos não por muito tempo. Os produtos para banho contém substâncias químicos nocivas, e você deve seguir as instruções da embalagem a risca. Se tiver alguma dúvida, consulte um especialista. Porém, você pode fazer um banho caseiro que remove manchas através de uma reação eletroquímica. Tenha em mente que ambos estes processos podem danificar a prataria e irão remover qualquer pátina presente, não sendo recomendados para pratarias com um acabamento francês ou oxidado.
Aqueça uma quantidade adequada de água e dissolva uma grande quantidade de sal dentro dela. Use sal suficiente para que demore pelo menos um minuto para dissolver por completo na água quente ao mexer constantemente.

Faça um revestimento de folha de alumínio e ponha-o no recipiente com água quente.

Coloque a prata que foi lavada com sabão anteriormente na panela e deixe-a lá por vários minutos. As manchas deverão se dissolver.

Para manchas teimosas, remova o objeto e limpe-o com sabão e um pano úmido, antes de recolocá-lo na água.

Jogue a água salgada na pia depois de esfriar. Esta é uma reação simples entre o alumínio e o sulfato de prata (as manchas). O sal funciona como um eletrólito, permitindo que a reação aconteça. Aviso: isto irá remover TODAS as manchas e pátinas, até aquelas desejáveis.



5- Guarde a prataria da maneira correta. Além de limpar com frequência, a melhor maneira de preservar a prataria é guardando-a da forma correta.
Guarde as peças apenas depois que elas estiverem completamente secas.

Embrulhe cada peça em um lenço alcalino ou em papel anti-manchas. Você pode também usar flanelas especiais para empacotá-las.

Sele as peças empacotadas em sacos de plástico herméticos. Quando for guardar, coloque junto um pouco de gel de sílica para reduzir a umidade e evitar manchas.

Nunca guarde a prataria num local onde ela possa entrar em contato com borracha, tinta ou aço inoxidável.


Vídeo

VER VÍDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=5FHbAyDC_eE

Como limpar prata

Um vídeo que mostra como limpar prata em água morna.

Dicas
Não ponha a prataria na máquina de lavar louça! É possível fazer isso sem danificá-la, mas só se você fizer tudo certo e tiver sorte. Não arrisque. É importante também levar em conta que a pátina que você quer que se desenvolva na prata surge mais facilmente quando você exerce um atrito suave ao lavar com as mãos, algo que o lava-louças não pode fazer.

Evite usar joias de prata na piscina. O cloro pode danificar a prata em pouco tempo.

Para polir objetos de prata com entalhes intricados e fendas profundas, você pode usar uma escova de dentes macia. Umedeça as cerdas com água morna para amaciá-las ainda mais. Por outro lado, você talvez queira deixar algumas nódoas nas fendas para realçar o desenho.

No caso das baixelas de prata, a única maneira de deixá-las bonitas é usando-as regularmente e lavando-as e secando-as gentilmente com água e sabão. Se elas não ficarem guardadas por muito tempo, não irão desenvolver manchas muito profundas.


Avisos

Para pratarias com acabamento francês ou oxidado, ou qualquer outra peça de valor, você deve limpar à mão e usar polidores comerciais. O mais seguro é contratar um profissional para fazer o serviço.

Evite limpadores abrasivos. Usar bicarbonato ou pasta de dente já é uma medida extrema. Você corre o risco de arranhar a sua prataria. Qualquer coisa mais abrasiva que estes produtos vai certamente danificar o material.

Polidores de prata e produtos para banhos contêm elementos químicos nocivos. Siga as instruções e avisos do fabricante.

O método que usa uma folha de alumínio pode parecer inofensivo, mas pode causar uma textura de casca de laranja na prata. Vá por etapas e use sempre um pano de algodão para esfregar o sulfato de alumínio que se forma na superfície da prata, antes de achar que não está funcionando.

Mesmo sendo de metal, um prato de prata pode ficar desgastado se você for muito diligente no polimento. Certifique-se de que as manchas negras realmente são manchas, e não o metal de base começando a surgir.

Fontes e Citações
Society of American Silversmiths - Esta organização foca em produtos especiais e limpeza profissional.
DoItYourself.com




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http://pt.wikihow.com/Limpar-Prata

JOIAS... Dez (10) curiosidades sobre pérolas

Dez (10) curiosidades sobre pérolas


1. A pérola é a única pedra preciosa do mundo que é fabricada por animais vivos.
2. É o resultado de um sistema de defesa da ostra contra invasores. Parasitas que se alojam no mantro da ostra, ou mesmo grãos de areia, são atacados por aragonita (um tipo de calcário), água e outra substância orgânica igual à que forma a concha externa. Essa mistura é chamada de nácar e cristaliza em camadas ao redor do invasor. Deste processo de cristalização, nasce a pérola.
3. Retirar a pérola de seu organismo não mata a ostra. Quando devolvida a seu ambiente ela pode, inclusive, fabricar outro exemplar da pedra preciosa.
4. A cor da pérola depende da cor do interior da concha onde ela está sendo formada. A tonalidade varia do branco ao dourado, no caso das pérolas claras, e do roxo ao preto, no caso das escuras.
5. Na mitologia persa, a pérola era vista como a "lágrima dos deuses". Já no panteão grego, acreditava-se que elas nasceram junto com Afrodite, deusa do amor e da beleza, também chamada de "Pérola do Mar".
6. Antigamente, as pérolas estavam ligadas à força fundamental da vida. Costumava-se dizer que, se a pérola usada por alguém ficasse opaca, a pessoa ficaria doente. Perder totalmente o brilho era presságio de morte. 
7. No século XIII, o uso das pérolas foi proibido para "pessoas comuns", já que eram símbolo de status e estavam sendo usadas pela burguesia, que começava a enriquecer. As joias com pérolas, antes produzidas somente em ateliês de palácios e catedrais, passaram a ser feitas por autônomos.
8. As pérolas são compostas por 95% de cálcio. Suas contas são transformadas em pó e vendidas como remédio para a vitalidade na China e no Japão. Já na Índia, o pó é aspirado pelo nariz, misturado com água ou ingerido puro para curar dores de cabeça, doenças mentais, úlcera, catarata e lepra. 
9Uma das pérolas mais famosas do mundo é a Peregrina. Ela tem forma de pêra e pesa 200g. Foi encontrada no século XVI e pertenceu a vários reis europeus. Em 1969, a atriz Elizabeth Taylor ganhou a Peregrina de seu então marido, o ator Richard Burton. Tempos depois, ela perdeu o mimo de 37 mil dólares. A pérola foi encontrada algum tempo mais tarde - no estômago de seu cachorro.
10. As pérolas dissolvem em contato com vinagre. É tudo culpa do ácido acético presente no composto. As pérolas são, basicamente, feitas de carbonato de cálcio, que é facilmente dissolvido pelo ácido acético. O mesmo processo de desintegração acontece se colocarmos um ovo em um copo cheio de vinagre.
http://www.guiadoscuriosos.com.br/categorias/3136/1/perolas.html

JOIAS... As pérolas e seus encantos

As pérolas e seus encantos



Símbolo imaculado de poder e grandeza, as pérolas têm seu valor atrelado a uma extensa história, que, acredita-se, tem raízes no Império Persa. A crença deve-se ao fato de a pedra mais antiga hoje exposta no Museu do Louvre, em Paris ter sido encontrada justamente no sarcófago de uma princesa persa, morta em 520 a.C. 

Fruto de uma “ferida” causada à ostra por um grão de areia, a pérola é descrita pelos budistas como “a transformação do sofrimento em joia”. Embora lento, seu processo de formação é simples: após invadir a concha, o grão de areia é envolto por nácar, em uma tentativa da ostra de se livrar do intruso ou, pelo menos, de amenizar o incômodo causado por sua presença. Ano após ano uma nova camada de nácar é dispensada ao grão de areia, até que ele se torne uma pérola. 
Para explicar sua existência, povos de outrora alimentavam mitos e superstições, tais como os poderes mágicos atribuídos à pedra. Na China antiga, por exemplo, acreditava-se que as pérolas caíam do céu quando dragões lutavam. Já os gregos sustentavam a ideia de que elas eram lágrimas dos deuses. Enquanto isso, na Roma clássica, apenas pessoas de determinado nível tinham autorização para usá-las.

Ainda hoje existe a crença de que pérolas trazem para a pessoa que as usa o poder do amor, dinheiro, proteção e sorte. Parte indispensável do ritual de casamento hindu, a pedra é considerada um símbolo de pureza e inocência, sobretudo porque não existem duas pedras absolutamente idênticas e nenhuma 100% perfeita.
Apesar de alguns países europeus aplicarem leis que restringiam o uso de pérolas advogados e professores, por exemplo, não podiam usar franjas ou correntes com pérolas, sua ascensão no mundo da moda foi inevitável. Seu auge aconteceu entre os séculos XII e XIV, mas Coco Chanel voltou a defendê-la na década de 20. “Com um vestido pretinho básico e um colar de pérolas, toda mulher fica elegante”. A frase da estilista francesa, bem como a joia em si, nunca saiu de moda. 


Pérolas de água doce ou Biwa

Criada em rios e lagos, a pérola Biwa tem esse nome para relembrar sua produção original: o Lago Biwa, no Japão. Hoje em dia essas pedras são produzidas em grande escala na China, o que ajudou a reduzir seu custo. Diferente das joias desenvolvidas em águas salgadas, essa não é completamente composta de nácar – substância que lhe dá brilho e longevidade. Embora o preço seja acessível, a Biwa tem excelente qualidade e uma gama de cores muito extensa, como rosa, prata, cobre, lavanda, preta, branca, amarela. Por esta razão elas são usadas como joia e também como acessório, pois podem combinar perfeitamente com a sua roupa.

Pérolas Akoya Também oriundas do Japão, onde ainda são cultivadas, as pérolas Akoya são mais caras, mais reluzentes, mais redondas e suaves do que as pedras de água doce. 

South Sea  Cultivadas nos mares da Austrália, Indonésia, Filipinas, Mianmar, Japão, Tailândia e Taiti, as pérolas South Sea são as mais valiosas e raras do mercado. Podem ser encontradas em diversas cores e vários tons, como branco, dourado, cinza, preto.

Classificação  Como os diamantes, as pérolas são classificadas de acordo com suas especificações. As pedras são medidas em milímetros e, normalmente, variam de 5 mm a 18 mm. Quanto maior seu tamanho, maior o seu valor, porque seu diâmetro aumenta de acordo com a quantidade de nácar depositado, o que aumenta o brilho e longevidade da pedra. 

Outra característica que influencia o preço é a simetria as redondas são as mais caras e raras.
Uma pérola é considerada AAA, a mais alta classificação, quando apresenta 95% de sua superfície livre de imperfeições e é completamente redonda.
Para fins de comparação, pode-se dizer que uma pérola negra AAA, com 20 mm de diâmetro, custa aproximadamente U$25.000.















Renato Guelfi
Designer de joias a 26 anos no mercado.
http://www.blackcard.com.br/colunas_p2.php?id=53
pérola é a rainha das gemas e a gema das rainhas.

~Autor Desconhecido

JOIAS... Pérolas de Mikimoto



prassadahari.blogspot.com


Pérolas de Mikimoto



A Rainha das Gemas

Do subsolo do Brasil extraem-se enormes fortunas em pedras, mas o mesmo não ocorre no Japão, cuja formação geológica vulcânica e relativamente recente resulta num subsolo pobre em cristais e rochas de valor comercial. Entretanto, essa desvantagem natural não impediu que o país também obtivesse riqueza e fama internacional com uma preciosidade: a pérola cultivada.
Curiosamente, apesar de preciosas, as pérolas não são pedras propriamente ditas, já que são resultado de um processo orgânico vivo. Também chamada de a “Rainha das Gemas”, a pérola é a mais antiga pedra preciosa conhecida e já foi tida como a joia mais cara do mundo devido à raridade com que ela se encontra. Afinal, antes da criação da pérola cultivada, não se sabia ao certo como a pérola se formava dentro da ostra, e apenas uma em um milhão de ostras tinha uma das tão cobiçadas pérolas. Tida como um misterioso capricho da natureza, uma pérola redonda, grande e brilhante, era tão rara que achar uma significava uma fortuna que mudaria a vida de quem a encontrasse. Por isso, durante milhares de anos, as pérolas foram símbolos da aristocracia e da realeza do mundo. Essa situação só mudaria no século XX, com o advento das pérolas cultivadas.

O Pioneiro Kokichi Mikimoto

Conhecido como “Rei das Pérolas”, Kokicho Mikimoto nasceu na cidade de Toba, na atual província de Mie. Sua família possuía um pequeno negócio de udon (macarrão com caldo japonês) e sendo o filho mais velho, ele estava destinado a continuar com a atividade de seus antepassados. Foi apenas na casa dos 30 anos, já casado e com filhos, que Mikimoto se interessou por pérolas – mais especificamente pelos experimentos para a criação de pérolas cultivadas. Contemporâneos de Mikimoto, o biólogo Tokichi Nishikawa e o carpinteiro Tatsuhei Mise descobriram, um independente do outro, a base da cultura de pérolas, que era a inserção cirúrgica de um núcleo de metal dentro de uma ostra, para que ela forme uma pérola com a lenta liberação de uma secreção nacarada que cobrirá o núcleo. Nessa época (final do século XIX), embora se conhecesse a base do processo que forma a pérola dentro de uma ostra, não havia um processo que efetivamente permitisse o cultivo de pérolas de qualidade em escala.
Determinado a criar o processo de cultivo propriamente dito, Mikimoto fez experimentos durante anos, para encontrar desde o material mais adequado para o núcleo até o local mais adequado para as ostras ficarem no mar. Na base da tentativa e erro, ele usou de tudo: areia, barro, madeira, vidro e metais como núcleos. Ele perdeu anos de trabalho com a praga da maré vermelha, uma doença que mata ostras aos milhões. Endividado, Mikimoto chegou a ter de ir trabalhar em Hokkaido para levantar dinheiro.
Tanta obstinação gerou frutos. Mikimoto acabou obtendo os melhores resultados com ostras enxertadas com núcleos feitos de conchas de mariscos americanos, e na costa de Toba encontrou o melhor local para o longo repouso das ostras, que precisam estar vivas para produzir pérolas. A primeira “colheita” de Mikimoto foi de meras cinco pérolas de boa qualidade para 800 mil ostras enxertadas – ainda assim uma média mais alta que a natural, de uma pérola para cada milhão de ostras.
Mikimoto abriu sua empresa em 1893. além de aperfeiçoar o cultivo de pérolas, ele investiu no ramo joalheiro, enviando funcionários à Europa para aprender confecção e design de jóias. Em 1907, Mikimoto abriu sua primeira joalheria em Tokyo, e em 1911, a primeira filial no exterior, em Londres. Hábil homem de marketing, Mikimoto promoveu as pérolas japonesas no exterior expondo grandes estruturas, como a réplica do Sino da Liberdade dos Estados Unidos, e representando personalidades com suas criações, como o inventor Thomas Edson. Mikimoto cunhou a frase “meu sonho é colocar um colar de pérolas no pescoço de cada mulher deste mundo”.
Antes da Segunda Guerra, Mikimoto possuía filiais em Londres, Nova York, Los Angeles, Xangai, Bombaim e Paris. Com a Guerra, ele foi obrigado a fechar as filiais e nos duros tempos de reconstrução, mesmo com idade avançada, ele voltou a enxertar e cuidar das ostras com as próprias mãos. Em 1954, Mikimoto faleceu aos 96 anos, tendo reerguido a indústria das pérolas que ele mesmo criou. Sua esposa, Ume Mikimoto, sua principal colaboradora e mãe de seus cinco filhos, faleceu antes de ver o sucesso do marido. Além de trabalhar, cuidar da casa e da família, Ume participou ativamente do longo e complexo cultivo de ostras, fato este que Mikimoto fez questão de lembrar re divulgar durante toda sua vida.
Mikimoto é um divisor de águas no que se refere a pérolas. Com ele, criou-se efetivamente a pérola cultivada, o que tornou uma jóia rara acessível no mundo inteiro, embora pérolas continuem sendo caras e belas. Atualmente, todas as jóias adornadas com pérolas são do tipo cultivado e embora haja hoje pérolas cultivadas de outras partes do mundo, Mikimoto tornou a pérola um sinônimo de Japão.

As Sereias de Toba

Muito antes de Mikimoto criar suas pérolas cultivadas, as águas da região de Toba já eram dominadas pelas ama-san (em ideogramas kanji, escreve-se umionna – mulher do mar). As ama-san são mulheres mergulhadoras treinadas desde pequenas para pegar ostras, equipadas apenas com coragem e fôlego. Vestidas com uma folgada combinação branca, um lenço branco na cabeça e uma máscara de mergulho, elas coletam ostras no fundo do mar e as colocam em tinas de madeira que ficam boiando na superfície. Curiosamente, trata-se de uma atividade tradicional, que é feita da mesma maneira há séculos, tanto que as ama-san são partes importantes de um festival em julho: o Shirongo Matsuri, ocasião em que elas competem para pegar a primeira ostra da temporada, que será ofertada ao templo Shirongo, numa cerimônia para que os pescadores tenham segurança no mar e que a pesca seja farta durante o ano. Ainda hoje, existem cerca de mil ama-san em atividade no Japão.

Pérolas de Todos os Tipos

Todas as pérolas são resultantes de uma reação natural da ostra de um corpo estranho que entrou em sua membrana epitelial. O corpo estranho causa irritação à ostra, que passa a liberar uma secreção calcificante que visa isolar o corpo estranho de seu organismo. Essa secreção é nacarada, e vai gerar uma calcificação similar a parte interna da concha da ostra (assim, se a parte interna for rosada, a pérola ficará rosada; se for cinza, a pérola ficará acinzentada, etc.). o formato e o tamanho da pérola varia de acordo com a forma do corpo estranho, o tempo que ele permanece na ostra, além de outras condições do meio ambiente.
Hoje existem basicamente dois grandes tipos de pérolas: as naturais e as cultivadas. A diferença básica é que a primeira é produzida pelo acaso, ou seja, um corpo estranho entrou numa ostra e, após alguns anos, a calcificação desse corpo estranho gerou uma pérola. Via de regra, as jóias antigas (feitas até o fim do século XIX) possuem pérolas naturais. É comum que elas não sejam perfeitamente redondas, nem tenham o mesmo tamanho ou sejam até tortas (caso em que são chamadas de “pérolas barrocas”). As pérolas cultivadas são as geradas pela interferência do homem, ou seja, aquelas em que o corpo estranho que chamamos de núcleo foi deliberadamente colocado na ostra. Esse núcleo, que geralmente é uma bolinha feita da concha de outra ostra ou molusco (madrepérola), é inserido na ostra com uma rápida cirurgia. Em seguida, a ostra enxertada é recolocada no mar, onde ficará de 3 a 20 anos para produzir uma pérola. Praticamente quase todas as jóias feitas não séc. XX e atualmente são de pérolas cultivadas. As pérolas cultivadas são divididas em dois tipos: as de água doce e as de água salgada, dependendo de que tipo de ostra se trata. No Japão, as ostras de água salgada são tipo Akoya, que produz belas pérolas brancas, mas são muito frágeis. Metade das ostras Akoya não sobrevive ao processo de implante do núcleo, e das que sobrevivem cerca de 40% vão produzir pérolas comercializáveis, sendo menos de 5% delas de alta qualidade. As ostras de água doce Biwa são originárias da China e são também usadas no Japão no cultivo de pérolas.
Outros grandes centros de produção perlífera atuais são o Pacífico Sul (Austrália e Sudeste Asiático), China e o Taiti, onde a ostra de águas salgadas tropicais Pinctada Margaritafera produz pérolas negras.

Simbologia e Curiosidades

Refinamento, elegância, romantismo, riqueza e poder são idéias ligadas às pérolas ao longo dos séculos e nas mais diferentes civilizações.
Muitos registros escritos descrevem o apreço da humanidade pelas pérolas desde a antiguidade. Um dos mais famosos é o célebre banquete dado por Cleópatra a Marco Antônio, para convencer Roma de que o Egito tinha tradição e riqueza imbatível pela simples conquista militar. Durante o jantar que foi considerado o mais caro da história, Cleópatra esmagou duas grandes pérolas que usava como brinco, dissolveu-as numa taça de vinagre e as bebeu diante do impressionado general. O historiador e escritor romano Plínio estimou as pérolas em 60 milhões de sestércios (cerca de 9 milhões e 375 mil dólares atuais).
Na Europa, durante a Idade Média, em especial nos séculos XIII e XIV, muitos países proibiam por lei que pessoas comuns usassem pérolas, reservando-as somente à aristocracia. Quando as leis discriminatórias foram abolidas após a Revolução Francesa, as pérolas passaram a ser consideradas perfeitos presentes de noivado e casamento, por inspirar beleza e inocência. Essa mesma idéia romântica fez com que modernamente as pérolas se tornassem o presente ideal para as mães.
Uma das grandes personalidades do séc. XX, cuja vida foi marcada por glorias, tragédias, riqueza e política, fez das pérolas sua marca registrada. Jacqueline Kennedy Onassis, um ícone de elegância moderna, usava quase sempre o famoso colar de três voltas e um par de brincos solitários de… pérolas, obviamente.
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