O corpo humano é impressionante – a forma como funciona, seus mecanismos para nos manter vivos e tudo o mais. No entanto, nem tudo é perfeito. Algumas coisas que na realidade nos atrapalham ou são absolutamente inúteis ainda estão caminhando para a extinção, ou são coisas que precisamos conviver para atingir um segundo objetivo. Como:
Alergias
Por que existem alergias? Elas são imbecis, visto que reagem mal a coisas que não nos ameaçam (como o pólen de flores ou amendoim). Segundo vários estudos, a resposta para isso pode ser um “erro”. Certos compostos que causam alergia se assemelham a proteínas encontradas em parasitas, de forma que as reações alérgicas podem ser respostas imunes mal adaptadas.
Pelos púbicos
A evolução tratou de se livrar de quase todos os nossos pelos, exceto em alguns lugares do corpo, onde eles continuam a ter funções importantes. Por exemplo, o cabelo que protege o nosso couro cabeludo. Mas e os pelos púbicos? Uma hipótese é de que existem para aumentar o cheiro que liberamos para atrair potenciais parceiros, visto que é um dos locais do corpo onde mais suamos.
Dedos enrugados
Estudos já sugeriram que a forma com que nossos dedos se enrugam quando passamos muito tempo na água é uma maneira do corpo de aumentar a aderência, evitando deslizes e escorregamentos.
Cócegas
As cócegas são valiosas lições sociais. Por um lado, elas podem ser um mecanismo para a ligação social entre pessoas, ajudando a estabelecer relações entre membros da família e amigos – afinal, é um momento de carinho e riso. Além disso, muitas partes do corpo mais sensíveis às cócegas, como o pescoço e as costelas, são também as mais vulneráveis em um combate – logo, as crianças podem aprender a proteger essas partes vitais durante as “lutas de cócegas”, uma atividade relativamente segura.
Sons agudos
Sons irritantes como o arranhar de unhas em uma lousa são tão enlouquecedores para nós porque, no passado, esses barulhos de alta frequência poderiam fazer parte de um “sistema de aviso” entre humanos, a fim de anunciar perigo.
Dente do siso
Antes, nossos antepassados mastigavam muito mais plantas e alimentos crus, e tinham mandíbulas maiores. Depois que passamos a cozinhar, ao longo dos anos, nossas mandíbulas diminuíram e o siso deixou de ser necessário. A evolução já se encarregou de livrar alguns de nós desses dentes, mas ainda serão necessários mais uns bons anos para que todos nasçamos sem essas inconveniências.
TOC
O transtorno obsessivo-compulsivo é uma condição debilitante que pode atrapalhar muito a vida da pessoa. No entanto, pode ser que esse comportamento tenha sido muito útil no passado – por exemplo, quando as pessoas tinham que constantemente se preocupar com coisas cotidianas, como “o que é e de onde vem esse barulho?”. Logo, existe uma teoria de que obsessões e compulsões são originárias da sobreatividade de um módulo mental que a maioria de seres humanos possuem e tem a função de imaginar situações de risco, sem intervenção voluntária.
Enjoos matinais
Evolutivamente falando, tais ânsias podem ter salvado a humanidade. As comidas mais propensas a causar enjoo (carne vermelha, ovos, aves, peixes) são também mais propensas a conter parasitas. Além disso, o primeiro trimestre é o mais vulnerável para o feto.
Engasgar
Engasgar é um fenômeno basicamente humano. Outros animais não passam por isso. Nós passamos, basicamente, porque podemos falar. Nossas cordas vocais evoluíram muito para baixo na garganta, a fim de nos presentear com uma ampla gama de sons, mas como a laringe fica tão perto do esôfago, a comida que fica presa ali pode cortar nosso suprimento de ar.
Arrepios
Os arrepios são resquícios de quando tínhamos mais pelos. Quando espetados, eles faziam com que nós parecêssemos maiores – assustando e afastando predadores – e também podiam nos proteger melhor do frio. Em alguns animais peludos, continuam tendo essas funções.
Balançar a orelha
A maioria de nós não consegue mexer as orelhas. Os que conseguem demonstram mais um resquício evolutivo, de uma função que costumávamos ter – como outros animais fazem, um dia já fomos capazes de virar nossas orelhas em direção a um som, para identificar de onde está vindo.
Ficar vermelho
Pesquisas descobriram que as pessoas que ficam vermelhas após cometer um erro ou uma gafe social são consideradas mais confiáveis e julgadas de forma mais positiva do que as que não coram. Logo, tal mecanismo pode ter surgido para evitar brigas e consequências mais graves de inevitáveis falhas.
Testículos
Quem já levou um chute no testículo sabe o quão dolorido isso pode ser. Além disso, é muito fácil levar uma pancada lá. Seria melhor se ele fosse dentro do corpo, não é mesmo? Só que o esperma sobrevive melhor fora do corpo. Como andamos eretos, as bolas ficam ali, penduradas, só esperando para serem acertadas.
Apêndice
Transtorno afetivo sazonal
Transtorno afetivo sazonal é um distúrbio de humor caracterizado pela depressão relacionada a uma determinada época do ano – especialmente no inverno. Os cientistas acreditam que a condição surgiu para levar a bebês mais saudáveis. A fase “maníaca” no verão ocorre quando é mais propício ficar grávida. A depressão do inverno garantiria uma mãe menos ativa, e livre para se concentrar na criança que está chegando. [Cracked]
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