Sempre na minha mente e no coração...

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Corcovado ou Cristo Redentor, lindo !!!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Oração Universal - Vilma Ruho


Oração Universal - Vilma Ruho



Oh! Deus de nossos corações,
Grandioso e Misericordioso,
Pai de todas as Multiplicidades dos Mundos,
Princípio de todas as belezas,
Emanador Celestial de Amor,
Alimento de Perdões e do Poder da humildade,
Abençoa-nos neste Sagrado Momento,
Teu Amor transbordante enche nossos corações
De preciosidades angélicas,
E faz vibrar Tua Beleza em nossas almas espirituais.
Olhamos para Ti neste Recinto Sagrado,
E decretamos em cada irmão e irmã
A Tua Paz, a Tua Harmonia,
A Tua Alegria para toda a Terra.
Que se desintegrem os sofrimentos, desapareça a morte
E que impere a Vida!
Que haja opulência,
Que todos colham a Luz do mundo Espiritual
Para o mundo material humano,
E que todos sejam felizes
Vivendo o mundo de Deus!
Que assim seja!

(Repetir esta oração três vezes em voz alta)

Vilma Ruho - Email: vilmaruho@hotmail.com



http://www.fadadasrosas.com.br/2011/03/oracao-universal-vilma-ruho.html


Boa Noite!!! Com a proteção de Deus e dos Anjos!!!
" Deus os abençoei, hoje e sempre"

Ser Zen... - Monja Coen




Ser Zen... - Monja Coen



Ser zen não é ficar numa boa o tempo todo, de papo para o ar, achando tudo lindo sem fazer nada.
Ser zen é ser ativo. É estar forte e decidido. E caminhar com leveza, mas com certeza. É auxiliar a quem precisa, no que precisa e não no que se idealiza.
Ser zen é ser simples. Da simplicidade dos santos e dos sábios. Que não precisam de nada. Nada mais que o necessário. Para o encontro, a comida, a cama, a diversão, o trabalho.
Ser zen é fluir com o fluir da vida. Sem drama, sem complicação. Na hora de comer come comendo, sem ver televisão, sem falar desnecessário. Sente o sabor do alimento, a textura, o condimento. Sente a ternura (ou não) da mão que plantou e colheu, da terra que recebeu e alimentou, do sol que deu energia, da água que molhou, de todos os elementos que tornam possível um pequeno prato de comida à nossa frente. Sente gratidão, não desperdiça.
Come com alegria. Para satisfazer a fome de todos os famintos. Bebe para satisfazer a sede de todos os sedentos. Agradecendo e se lembrando de onde vem e para onde vai.
A chuva, o sol, o vento.
O guarda, o policial, o bandido, o açougueiro, o juiz, a feiticeira, o padre, a arrumadeira, o bancário e o banqueiro, o servente e o garçom, a médica e o doutor, o enfermeiro e o doente, a doença e a saúde, a vida e a morte, a imensidão e o nada, o vazio e o cheio, o tudo e cada parte.
Ser zen é ser livre e saber os seus limites.
Ser zen é servir, é cuidar, é respeitar, compartilhar.
Ser zen é hospitalidade, é ternura, é acolhida.
Ser zen é o kyosaku, bastão de madeira sábia, que acorda sem ferir, que lembra deste momento, dos pés no chão como indígenas, sentindo a Terra-Mãe sustentando nossos sonhos, nossas fantasias, nossas dores, nossas alegrias.
Ser zen é morrer
Morrer para a dualidade, para o falso, a mentira, a iniqüidade.
Ser zen é renascer a cada instante. Na flor, na semente, na barata, no bicho do livro na estante.
Ser zen é jamais esquecer de um gesto, de um olhar, de um carinho trocado no presente-futuro­passado.
Ser zen é não carregar rancores, ódios, cismas nem terrores.
Ser zen é trocar pneu, as mãos sujas de graxa.
Ser zen é ser pedreiro, fazendo e refazendo casas.
Ser zen é ser simplesmente quem somos e nada mais. É ser a respiração que respira em cada ação. É fazer meditação, sentar-se para uma parede, olhar para si mesmo. Encontrar suas várias faces, seus sorrisos, suas dores. É entregar-se ao desconhecido aspecto do vazio. Não ter medo do medo. Não se fazer ou, se o fizer, assim o perceber e voltar.
Ser zen é voltar para o não-saber, pois não sabemos quase nada. Não sabemos o começo, nem o meio, muito menos o fim. E tudo tem começo, meio e fim.
Ser zen é estar envolvido nos problemas da cidade, da rua, da comunidade. É oferecer soluções, ter criatividade, sorrir dos erros, se desculpar e sempre procurar melhorar.
Ser zen é estar presente. Aqui, neste mesmo lugar. Respirando simplesmente, observando os pensamentos, memórias, aborrecimentos, alegrias e esperanças.
Quando? Agora, neste instante. É estar bem aqui onde quando se fala já se foi. Tempo girando, correndo, passando, e nós passando com ele. Sem separação.
Ser zen é Ser Tempo.
Ser zen é Ser Existência.

Monja Coen



http://www.fadadasrosas.com.br/2011/08/ser-zen-monja-coen.html?

Zen Budismo – História e influência.









Zen Budismo – História e influência.






Texto por: Victor Silvares – autor e administrador do blog Sadame – Graduando em Letras e Literatura Japonesa pela Universidade de Brasília
1 – Budismo
O Budismo é uma religião criada na Índia, mas onde atualmente é o Nepal. O Budismo surge numa sociedade estagnada, onde o papel do indivíduo é determinado por sua casta, que lhe é transmitida por laços sanguíneos. A manutenção dessa estrutura é feita pelos costumes religiosos da sociedade Hindu. Com a incapacidade de ascensão e o engessamento social, uma nova estrutura começa a ser necessária.
É exatamente neste contexto que por volta de 500a.c nasce Siddartha Gautama, que posteriormente é conhecido como Buda ou Shakyamuni. Siddartha faz parte da sociedade Hindu, e faz parte de uma família influente. Para que Siddartha possa assumir o comando desta família com sucesso, a verdade sobre o mundo lhe é escondida..Siddartha vive numa sociedade utópica onde todos são ricos, a doença e velhice não existem e a morte não é sequer um problema.



Certo dia Siddartha tem contato com o mundo exterior e fica perplexo. As suas primeiras visões são pessoas com fome, doentes, velhos e pessoas mortas. Neste momento Siddartha deixa de ser apenas um Nobre e dá seus primeiros passos ao que posteriormente será chamado de Budismo.

Siddartha não admite a verdade sobre o mundo, enquanto uns vivem com conforto e luxo, outros sofrem e são tratados como animais. Ao se deparar com essa dicotomia, Siddartha deixa sua vida luxuosa para que possa meditar sobre a humanidade. Ao se retirar de seu palácio, Siddartha tem contato com ascetas que vivem nas florestas, longe da civilização e de qualquer  materialismo. Siddartha se torna um desses ascetas e passa a viver de uma forma que todos os prazeres lhe são privados. Todo o seu tempo é destinado à meditação e à busca da iluminação e da verdade.
Anos se passam e Siddartha não percebe nenhuma evolução, mas a verdade lhe parece próxima, já que ao viver no extremo luxo e na extrema negação dos prazeres nada lhe foi revelado, o que pouco à pouco se revela é a existência de um caminho do meio, ou seja, viver distante dos excessos. Com esta nova verdade, Siddartha ao meditar sobre um pé de figueira, atinge a iluminação, ou Nirvana, que é o termo traduzido do sânscrito. Neste momento passa a ser chamado de Buda, que significa ‘O Iluminado’.
Buda passa a ensinar sua nova filosofia até os seus últimos dias, conseguindo assim muitos discípulos, que convencidos de seus ensinamentos passaram a transmiti-los de forma a criarem as primeiras sociedades monásticas ou Sangha.
Na visão Hinduísta, Buda não criou uma nova religião e sim aparece como um avatar da divindade Vishnu, que vem ao mundo para acabar com os rituais de sacrifício que eram realizados até então. Siddartha é considerado o 9°(nono) avatar de Vishnu. Seu antecessor é Krishna (importante figura da religião hindu, tratada como dividade), 10° (décimo) avatar ainda está por vir.
Esta é uma versão padrão de como surge o Budismo e como Siddartha atinge a iluminação. Como toda história religiosa alguns floreamentos são adotados, com o exemplo do Budismo Tibetano, ou Lamaísmo, onde ao nascer, Siddartha começa a andar, e onde dá seus passos flores de Lótus aparecem. Mas também é um fato que Siddartha é realmente uma figura histórica, e não apenas um personagem mítico.
O Buda histórico não deixou nenhum sermão escrito, e transmitiu toda a sua filosofia de formal oral, posteriormente alguns discípulos passam a escrever seu ensinamentos, como é o caso do Concílio de Páli, onde após sua morte, seus discípulos se reuniram e ditaram todos os ensinamentos para que estes fosse registrados de forma escrita. Apesar desses acontecimentos, o Budismo não adota nenhum livro como cânone e algumas escolas, como a Zen, desprezam o conhecimento escrito.
Os alicerces da filosofia Budista são dados pelas Quatro Nobres Verdades, que é o conhecimento primordial para que se possa compreender o Budismo. As Quatro Nobres Verdades são:

1 – A Verdade do Sofrimento – Viver é sofrer;
2 – A Verdade da Origem do Sofrimento – Todos os tipos de sofrimento tem uma origem comum, o desejo;
3 – A Verdade do Fim do Sofrimento – Ao renunciarmos o desejo, deixamos de sofrer;
4 – A Verdade do Caminho para o Fim do Sofrimento – O Nobre Caminho Óctuplo.
A quarta nobre verdade nada mais é que a introdução a outro importante conceito para a compreensão do budismo, o Caminho Óctuplo é a manifestação do Caminho do Meio, verdade na qual levou Buda à Iluminação. O Caminho Óctuplo é:
1- Compreensão Correta;
2- Pensamento Correto;
3- Fala Correta;
4- Ação Correta;
5- Meio de Vida Correto;
6-Atenção Correta;
7-Sabedoria Correta;
8-Visão Correta.
Posteriormente estes caminhos foram agregados da seguinte forma:
1- Compreensão Correta;
2- Pensamento Correto;
3- Fala Correta;
- Moralidade
4- Ação Correta;
5- Meio de Vida Correto;
6-Atenção Correta;
- Concentração
7-Sabedoria Correta;
8-Visão Correta.
- Sabedoria


Baseados nesses princípios, o Budismo começa a se expandir pelo mundo. Os discípulos de Buda começam a expandir os seus ensinamentos, a ponto de que o conhecimento budista chega a toda a Ásia.
Os diferentes modos de abordagem dão início a diferentes escolas budistas, existe uma ramificação inicial em que divide o budismo em três (3) vertentes
Mahayana¹ – Budismo que engloba a maioria das escolas. Se instalou basicamente no Leste Asiático em países como China, Coréia e Japão. Ex: Nichiren, Chan, Zen, Jodo Shu, Jodo Shin Shu;
Theravada – Budismo que se instalou no Sudeste Asiático em países como Tailândia e Indonésia, é o Budismo mais próximo do Budismo Primordial, e por este fato, é onde se encontra as escolas mais antigas de Budismo e algumas das escolas mais ortodoxas.
Vajrayana² – Budismo esotérico, na qual fazem parte as escolas Tibetanas, Shingon e Tendai.
¹Alguns estudiosos usam o termo Hinaiana para se referir ao Budismo Theravada, este termo surge de uma forma preconceituosa, mas hoje é usado sem esse intuito.² O Budismo Vajrayana é considerado em algumas obras, como uma ramificação do Budismo Mahayana.
Existem discussões sobre o Budismo ser ou não um religião. Alguns o consideram apenas como filosofia, pois a não existência de uma divindade não o caracteriza como religião. Mas com o seu forte apelo a conceitos morais e regras de conduta estabelecidas, é deveras simples considerar apenas como filosofia e negar todo o seu lado religioso.
2 – Budismo no Japão

O Budismo foi introduzido no Japão, por meio da Coréia,  no ano de 552(Período Asuka). Não foi aceito de imediato e uma série de conflitos aconteceram para que este fosse aceito, conflitos estes que não diziam respeito apenas à religião, e sim a disputas de poder. Alguns nobres se encantaram pelos ensinamentos budistas. Provavelmente a causa para a instalação do Budismo entre os nobres fosse a quebra com os costumes Xintô, criando assim uma diferenciação entre a religião do povo e da nobreza. E foi o que de fato aconteceu, o Budismo se implanta primeiro na casa imperial, e no ano de 587 é declarado como religião oficial do estado.
De fato, o Budismo foi um fator organizacional para o Japão. Introduzindo a escrita chinesa e sistematizando a sociedade. O termo Xintô só passou a existir após a introdução do Budismo no Japão, o termo foi criado para diferenciar o Budismo da religião nativa praticada no Japão. Não existindo centros de ensino sistematizados na sociedade até então, o Budismo passa a introduzir a cultura chinesa no Japão,  aos poucos os costumes, a arquitetura, as tecnologias, ciências, tecelagem , militarismo, entre outras influências. Também é importante ressaltar que à partir dos templos budistas, a escrita foi sendo desenvolvida  e ensinada, criando aos poucos uma escrita japonesa que se difere da chinesa.
O Budismo aos poucos se adapta aos costumes Xintô e cria uma especie de simbiose religiosa, para se adaptar aos costumes japoneses, o Budismo toma emprestado alguns costumes e tradições. Aos poucos essas interações inter religiosas dão uma característica singular ao Budismo no Japão, que pouco a pouco vão o tornando diferente do Budismo praticado no restante da Ásia.
Porém, as escolas implantadas não são genuinamente japonesas, precisando frequentemente de monges vindos da China para pregar seus ensinamentos. Alguns monges japoneses são mandados à China para estudar o Budismo. No Período Heian, estes monges passam a desenvolver um Budismo que está mais próximo da sociedade japonesa, há um sincretismo maior entre as os costumes nativos e pouco a pouco o Budismo passa a se instalar nas mais diversas partes do Japão. As principais escolas budistas deste período são a Shingon e Tendai.

Mas o problema elitista ainda existe, as escolas Budistas são voltadas para a nobreza e estão intimamente ligadas a interesses políticos. No meio deste panorama escolas genuinamente japonesas passam a ser criadas. No período Kamakura temos a criação do Budismo Nichiren, expansão do Budismo Jodo Shu e Jodo Shin Shu, e a instalação das primeiras escolas do Budismo Zen no Japão. Do Período Meiji ao tempo presente, muitas escolas Budistas foram criadas, algumas criadas com novos conceitos, outra apenas como releitura das antigas religiões. Algumas escolas budistas passam a se envolver intimamente com a política.
O Budismo Japonês é mais atrativo ao povo, pois sua prática é mais simples do que os complexos rituais praticados nas escolas mais antigas. Popularizando a salvação, o Budismo atinge um grande número de seguidores, quebrando as barreiras entre os nobres e o povo, no que se trata do Budismo. A escola Jodo Shu, também conhecida como Amidista, dá como o caminho para a salvação a devoção ao Amida Butsu, ou Buda da Luz Infinita. E o simples recitar do sutra “Namu Amida Butsu” tem o poder de levar a sua alma para a Terra Pura( Daí o nome, Jodo Shu, que significa literalmente Terra Pura). Já o Budismo Nichiren, ao recitar o título de um sutra, o Daimoku,  “Nam myoho rengue kyo”, torna a iluminação mais próxima. Ao compararmos com os rituais complexos, sistema de mandalas, sutras e mudras utilizados anteriormente, nos é claro porque o Budismo genuinamente japonês se torna cada vez mais atrativo.
Atualmente, todas as escolas budistas no Japão são Mahayana, exceto raríssimas exceções. A escola com mais seguidores é a Jodo Shu, e a escola com mais templos é a Zen.




3 – Origem do Zen Budismo
A origem do Zen Budismo nos leva aos primeiros ensinamentos do Buda Histórico. É contada a história que em um de seus ensinamentos, Siddartha apenas segura uma Lótus e nada diz. Apenas um dos seus discípulos presentes consegue entender esse ensinamento, seu nome é   Mahakashyapa. Diversas escolas acreditam que o Sutra da Lótus é o sermão mais importante dado por Siddartha, e nele reside a verdadeira compreensão do Budismo e da Iluminação.
Mahakashyapa passa a ser o primeiro mestre Zen, seus ensinamentos são passados de forma oral, de mestre para discípulo até chegarem em Bhodiddarma no século V, o primeiro mestre Zen a sair da Índia e ir para a China, transmitir os ensinamentos de Buda.
Conta-se que Bhodidharma após alguns episódios, medita durante nove (9) anos dentro de uma caverna, olhando apenas para a parede. Bhodidharma continua a transmitir o conhecimento Zen após o episódio em que um jovem corta seu próprio braço para mostrar a fé nos ensinamentos de Buda. Através de Bhodidharma, são contados seis (6) patriarcas que são os principais difusores do Zen na China:
- Bodhidharma (बोधिधर्म) (c. 440 – c. 528);
- Huike (慧可) (487 – 593);
- Sengcan (僧燦) (? – 606);
- Daoxin (道信) (580 – 651);
- Hongren (弘忍) (601 – 674);
- Huineng (慧能) (638 – 713).
Destes patriarcas, os 2 últimos são os mais importantes para a compreensão do pensamento Zen. Conta-se que Hongren estava procurando um monge que pudesse sucede-lo com sucesso, na transmissão do Dharma. Para procurar tal pessoa, Hongren propõe em seu mosteiro que todos escrevam sobre a verdadeira natureza da iluminação. Todos os monges ficaram descrentes, pois acreditavam que o Monge Shenxiu não poderia ser batido. Logo, ninguém escreve o exercício proposto por Hongren. Como era de se esperar, apensar Shenxiu escreve, e seu texto é pregado em uma das paredes do templo.
“O Corpo é a árvore de Bodhi,
a mente é um espelho brilhante.
Com cuidado a limpamos continuamente,
sem deixar que o pó acumule”.
Todos ficam perplexo, achando que nada poderá ser mais coerente que o escrito por Shenxiu, no entanto, no dia seguinte, ao lado do exercício de Shenxiu, aparece um desconhecido sem assinatura:
“Bodhi não é uma árvore
nem a mente um espelho brilhante
Já que tudo é vazio em essência
onde pode o pó acumular?”
Sim, esta era a suprema verdade sobre a iluminação(Bodhi), mas o seu autor permanecia desconhecido. Posteriormente descobre-se que o autor era o cozinheiro do templo, Huineng, que era analfabeto, e havia pedido para um amigo escrever suas palavras. Huineng acaba por tornar-se o novo patriarca do Zen na China, mas alguns monges ficam descontentes e acabam por criar uma outra corrente Budista, onde Shenxiu é o verdadeiro patriarca. Esta escola é extinta em pouco tempo.
Huineng é o último patriarca do Zen na China, e consegue expandir os ensinamentos de Buda por toda a China. Suas palavras são tidas como um marco na compreensão do Zen Budismo. Ao estudarmos linha por linha em paralelo ao texto de Shenxiu, podemos ter uma primeira compreensão do que é verdadeiramente o ensinamento Zen:
“O Corpo é a árvore de Bodhi”;
“Bodhi não é uma árvore”;
Enquanto Shenxiu afirma a necessidade de existência de um corpo para o caminho da iluminação, Huineng nega, a iluminação não precisa de um corpo.
“…a mente é um espelho brilhante”;
“nem a mente um espelho brilhante”;
Huineng agora nega a importância da mente no processo de iluminação.
“Com cuidado a limpamos continuamente,
sem deixar que o pó acumule”.
“Já que tudo é vazio em essência
onde pode o pó acumular?” .
Enquanto Shenxiu prega a necessidade de um autocontrole da mente, Huineng diz que isto não deve existir, pois para o Zen não existem intermediários.
É exatamente este o principal foco do Zen. Pouco palpável, mas é exatamente isto que o Zen prega, a quebra com a lógica, a mente não pode controlar o Zen, o Zen existe independente de qualquer coisa, de qualquer meio. O Zen não é tangível pela intelectualidade, para compreender o Zen deve se deixar de lado qualquer paradigma existente e apenas ser. Ao primeiro contato nos é difícil compreender, mas ao estudar os métodos Zen, e o Zen aplicado à algumas atividades, nos fica claro qual é sua finalidade, mesmo que isso não seja possível na visão Zen.
4 – Zen Budismo
O termo Zen tem origem em Dhyanna, termo sânscrito que significa meditação. Ao ser introduzido na China, o termo Dhyanna tornou-se Ch’an, possivelmente este termo foi corrompido ao chegar no Japão, e por sua similaridade sonora tornou-se Zen. Porém Zen não carrega mais o sentido de meditar, para isto existe o nome Zazen, que seria o sentar Zen.
O Zen Budismo, como em outras escolas, busca o caminho da iluminação. Esta iluminação, em japonês, recebe o nome de Satori ou Dai-Kensho. Dai-Kensho seria um estágio avançado da iluminação, enquanto Kensho é apenas uma iluminação parcial. O foco do Zen Budismo é dado na meditação, entretanto, cada escola tem uma metodologia sobre meditação.
Alguns princípios utilizados no Zen são de grande importância para a compreensão deste. Um deles é o princípio da impermanência, ou seja, nada existe pra sempre. Outro princípio importante é o da Natureza Búdica, qualquer pessoas é um buda em potêncial, somos todos iluminados por natureza, porém temos que seguir este caminho de volta para a iluminação, esta iluminação nos dá uma visão sobre a verdadeira realidade de tudo. Este é a finalidade do Zen.
O Zen tornou-se popular na China, crescendo absurdamente em número de templos, chegando ao ponto de que praticamente todos templos Budistas na China eram da escola Zen. Após crescer na China, o Zen atravessou as fronteiras, muitos templos foram criados no sudeste asiático e principalmente na Coréia.
O Zen Budismo começou a ser introduzido no Japão entre os séculos XII e XIII, sua aceitação foi de certa forma rápida, como as escolas budistas japonesas, o Zen conseguia simplificar ainda mais a iluminação. Sendo fácil de praticar e sendo acessível à população japonesa, seja intelectualmente ou financeiramente. Criou-se também o acesso das mulheres à religião, chegando ao caso de mulheres tornarem-se mestres Zen e dirigirem mosteiros. Ou seja, o Zen entra no Japão com uma série de atrativos.
Existe um número limitado de escolas Zen de expressão, restringe-se basicamente a Soto Zen e Rinzai Zen. Existem também a escola Obaku Zen, que foi introduzida no período Tokugawa, pelas famílias chinesas residentes no Japão, e atualmente foi criada em 1954 a escola Sanbo Kyodan Zen, que na verdade é uma releitura das escolas Soto e Rinzai.
A Escola Rinzai, a primeira escola Zen a ser introduzida no Japão, é levada em ao Japão por Myoan Eisai em 1191. Inicialmente é uma releitura da escola chinesa Linji, mas posteriormente a escola Rinzai cria uma identidade tipicamente japonesa. A escola Rinzai é conhecida por ter um método abrupto, ou seja, que acelera o caminho para a Iluminação. A iluminação é dada através da meditação sobre os Koans, frases que fazem o praticante refletir sobre a verdade. Esta escola também dá ênfase no trabalha árduo. Por tais motivos o Zen é adotado rapidamente pela classe de Samurais, principalmente o Rinzai Zen, pois ao contrário de outras escolas, o Zen pode ser praticado em qualquer lugar, em silêncio, sem necessidade de grandes rituais. O foco da Rinzai Zen no trabalho árduo é adaptada à prática de artes marciais, o que torna atrai ainda mais a classe de Samurais a praticarem Zen. Pode-se dizer que o Zen define a identidade do Samurai.
A Escola Soto Zen é a escola Zen com mais praticantes em todo o mundo. Foi criada por Dogen Zenji, e surge como uma releitura da escola chinesa Caodong, e assim como a Rinzai, adquire a identidade típicamente japonesa com o passar dos anos. Ao contrário da Rinzai, a escola Soto torna-se mais popular entre os camponeses. A escola Soto não faz o o uso de Koans, e também não faz uso de trabalhos árduos. O foco é dado na meditação sentada, ou Shikatanza, que significa “apenas sentar-se”. A escola também faz meditações andando ou Kinrin, e meditações enquanto realizam pequenas atividades, como preparar o almoço, essa meditação chamam-se Samu.
No Zen como um todo, a meditação é o principal método utilizado para atingir-se o Satori, entre uma escola e outra apenas o enfoque da meditação é mudado, mas o Zen continua o mesmo. Entendendo os principais métodos de meditação, podemos compreender a realidade Zen.
5-Koan
Koans são frases usadas pelos mestres, para forçar seus discípulos a compreender a verdade do Zen, algumas frases são famosas como:
“Sabemos o som de duas mãos batendo uma na outra, mas qual o som de uma das mãos?”
Meditando sobre Koans, o praticante consegue quebrar as barreiras que o prendem a realidade, não mais existem duas mãos, nem uma mão. As mãos são duas e “são” uma ao mesmo tempo. O uno e o dual coexistem. Esta é a realidade para o Zen, tudo que existe é Uno, mas ao mesmo tempo existe uma individualidade, e não obstante, o tudo torna-se nada. Difícil de entender ao primeiro contato, porém isso pode ser explicado com um outro Koan.
“O Zen é como o reflexo da lua dentro de um lago.”
Portando uma certa poesia, este Koan nos dá a verdade quando tentamos obter o zen de uma forma lógica. Um objeto glorioso como a lua pode entrar em um lago sem criar uma onda sequer, mas se tentarmos agarrar essa imagem deixaremos a água turva, de modo que não veremos mais a lua como ela é. Essa é a realidade que o Zen prega, a iluminação não pode ser obtida por um processo lógico. Este é um dos motivos na qual não existe um texto sagrado sobre o Zen, não há como expressá-lo de forma lógica, o Zen só pode ser vivido. Como diz esse próximo Koan.
“As palavras são como um dedo apontando para a Lua; cuida de saber olhar para a Lua, não se preocupe com o dedo que a aponta” .
Este Koan é de mais fácil interpretação. Novamente a verdade é retratada como a lua, ao escrever, ou até mesmo falar sobre o Zen. Corre-se o risco de olharmos para o dedo ao invés da lua, ou seja. Este Koan diz dos perigos de se tornar um escravo das palavras, ao invés de contemplarmos a verdade, e além disso, por mais que um mestre possa apontar a lua, ele não pode olhar a lua pelo discípulo.
Estes Koans começam a deixam claro a filosofia Zen, para se entender o Zen deve-se pratica-lo, pois ele não pode ser atingido por caminhos intelectuais. Ao sentar e meditar sobre os Koans, o praticante aproxima-se do Satori. Compreender o mundo como duas mãos que batem e fazem um único som.
6- Zazen


Zazen é o método de meditação usado pela Soto Zen, e ao contrário da Rinzai. Não se usam Koans. O Zazen procura o caminho inverso. Ao sentar não se deve ter nada na cabeça, os pensamentos não devem existir, e o mundo não será mais externo ao praticante. A prática do Zazen leva ao Shikatanza, ou seja, apenas sentar. Quando o praticante atingir o nível de que não faça mais nada além de sentar, ele estará apto a perceber a verdade do mundo. E assim, atingir o Satori.
O Zazen deve ser praticado na posição de Lótus, colocando o pé direito sobre a coxa esquerda, e o pé esquerdo sobre a coxa direita. Por ser uma posição difícil, também pode se praticar Zazen em Semi Lótus, onde só o pé esquerdo fica sobre a coxa direita. Também existe a posição Birmanesa, onde as pernas tocam o chão do joelho aos pés, pode-se realizar Zazen em Seiza, o modo japonês de se sentar ajoelhado, ou até mesmo praticar sentado, caso seja difícil para o praticante ficar numa das posições anteriores.
O Zazen na escola Soto zen é praticado virado para a parede, ao contrário da escola Rinzai, onde os praticantes miram o centro do Dojo, com os olhos semi-fechados, não tão abertos ao ponto de dispersar e nem tão fechados ao ponto de dar sono. As mãos devem formar o Mudra Cósmico ou Dhyanna Mudra, onde a palma direita vira-se pra cima e a mão esquerda repousa sobre a mão direita, os polegares se tocam levemente. Este mudra deve ser realizado à altura do Hara, ponto este que fica 3 dedos acima do umbigo.
Ao atingir o Satori, o praticante apenas senta, e mais nenhum sentimento, pensamento ou sensação irá atingi-lo. Assim pode-se ter a compreensão da realidade.
Existe uma variação do Zazen, que chama-se Kinrin, onde o praticante anda lentamente, enquanto faz um mudra na altura do plexo solar. Existe também o Samu, onde o praticante faz uma atividade normal, como preparar o almoço ou varrer a casa, mas tentando atingir alguma iluminação. Em ambos os casos, a finalidade é a mesma do Zazen.
7-Zen

O termo Zen, como já foi dito, tem sua origem no termo Dhyanna, que significa meditação. Apesar de não ter mais esse significado, a meditação continua sendo a essência do Zen Budismo. A escola Soto Zen muitas vezes diz usar o termo meditar por não existir um correspondente melhor. Mas compreendendo os métodos usados e finalidades, podemos retratar as escolas Zen como nulistas, ou seja, não existe uma grande atividade, e os praticantes se abstêm de qualquer coisa que aconteça. Qualquer assunto pode ser tratado com naturalidade, e independente do contexto, os praticantes Zen não manifestam nenhuma reação ou opinião sólida. O Zen também é retratado como religião iconoclasta, não dando importância a símbolos, escrituras ou a personagens históricos. Existem relatos de monges que queimam ou cospem em estátuas de Buda, isto pode ser interpretado de uma forma não saudável pela sociedade, além do mais, têm-se a impressão que os praticantes não tem respeito por seus mestres. As palavras são o meio mais poderoso de transmissão de Zen, mas algumas delas podem ser interpretadas de forma errônea, como já foi dito por um mestre Zen: “Se você encontrar o Buda, mate o Buda. Se você encontrar o Patriarca, mate o Patriarca”. Frases e ações como essas devem ser interpretadas com grande cautela.
Como acontece com o Budismo em geral, existe a discussão sobre o Zen ser ou não uma religião. Discussões mais sérias são levantadas em torno do Zen, como por exemplo, se ele é realmente um escola Mahayana ou dá início a uma nova ramificação, ou ainda, o Zen ainda é Budismo, ou é uma filosofia nova baseada no Budismo? Questões como essas podem ser estudadas e nunca levantar uma resposta conclusiva.
O Zen tornou-se popular e gerou uma esteriótipo japonês, onde todo japonês é Zen. O Japão como um país onde a sabedoria transborda, e como fonte de grande espiritualidade. Devemos reconstruir o conhecimento sobre o povo japonês, e evitar esse tipo de pré conceito. Alguns estudiosos afirma que o Zen é o produto genuíno da sociedade japonesa, a essência do povo japonês encontra-se no Zen. Será que figuras populares como o Samurai justo e corajoso são reais, ou apenas um construção idealizada? Será que o Japão sempre teve este comportamento, mesmo antes da introdução do Zen Budismo? O Zen Budismo reconstruiu o Japão, ou o Japão criou o Zen Budismo? Questões como essas devem ser levantadas para evitar uma idealização da sociedade japonesa..
O Zen também é tema pra vários campos de estudo, não só a antropologia, linguística e história. A psicanálise tem estudos sobre o Zen, onde essa manifestação do desejo é dada como influência do Ego (Vontade e desejo, livre de qualquer conceito moral), e os métodos Zen como Koan e Zazen são instrumentos para construir um Superego(Superego é o que suprime o desejo, ou seja, suprime o Ego), em função do Id (Personalidade do Indivíduo).
Muito se tem estudado sobre alguns costumes e artes Zen, como o Ikebana ou Kado, a arte dos arranjos florais. O chado(ou sado) ou chanoyu, a arte de servir e apreciar chás. O shodo, a arte da escrita. Ou até artes marciais como Aikido e Judo.
8- A arte e o caminho Zen
Ao ser introduzido no Japão, o Zen Budismo leva consigo uma série de costumes e tradições que pouco a pouco passam a ser incorporadas à identidade Nippônica.
A notável preocupação de encontrar o caminho da iluminação extrapola os ritos religiosos e é encontrada em atividades pouco ligadas ao Budismo. Algumas dessas práticas são levadas junto a introdução do Zen no solo japonês, como é o caso da arte do chá. Outras são criadas e desenvolvidas à partir de contextos filosóficos e históricos, como é o caso de certas artes marciais. Mas qual relação existe entre tomar chá e atingir a natureza búdica? Isso nos fica claro assim que compreendermos tais práticas.
A arte do chá, Chanoyu ou Chado, foi levada ao Japão por monges chineses, estes cultuavam o hábito de tomar chá verde, tal chá já existia no Japão, mas a sua qualidade era contestável.
O Zen pouco a pouco desenvolve um método cerimonial de se apreciar o chá. Esste método visa a evolução espiritual e a busca pelo caminho, como nos deixa claro o nome Chado, Cha significa Chá, enquanto Do tem o significado de caminho. Então o Caminho do Chá estabelece uma série de regras e uma norma de etiqueta que pode variar conforme a escola.  Em essência todas escolas seguem um padrão. Antes de começar o ritual do chá propriamente dito, os convidados caminham por um jardim zen, ondem contemplam a natureza, essa etapa visa a integração do homem à natureza, fortalecendo o principio de unidade que existe no Zen. Antes de entrar na sala de chá, os convidados lavam suas mãos e bocas. Este não é um gesto de asseamento e sim um gesto simbólico de quebra com o mundo material, após esta lavagem o convidado está apto a entrar na sala do chá. Ao entrar, o mundo deve ser esquecido, a única preocupação deve ser com a cerimonia. O chá deve ser apreciado, assim como os talheres e instrumentos usados, eventualmente se apreciam arranjos florais e pinturas sumiê.
Ao se focar no chá, existe uma unidade entre o convidado e a cerimônia, os dois estão unidos intimamente, todas as ações são feitas com naturalidade e qualquer resquício do mundo exterior é deixado de lado.
Essa idéia de unidade é exatamente o que o Zen procura, não existe distinção entre o que é chá e o que é homem, os dois são um só, e através da prática do Chado o praticante se torna apto a extrapolar esse conceito chá-homem para homem-universo.
Outra prática interessante é o Ikebana ou Kado, Ka significa flor enquanto Do novamente significa caminho. O mesmo conceito do chá é aplicado aqui. Ao construir arranjos florais, o praticante torna tal prática tão natural, que é incapaz de distinguir o praticante do arranjo. Certas regras estéticas fazem parte do Ikebana, como o cuidado com os ramos usados, seus tamanhos e direções. A regra principal é buscar o equilibrio entre os três (3) galhos usados no arranjo. Mas no arranjo de Ikebana, os galhos não são apenas galhos, são símbolos que representam, o Céus, a Terra e o Homem. Ao buscar o equilibrio entre esses galhos, o praticante entra em equilibrio com a iluminação (Céu), com o mundano (Terra) e o consigo (Homem). Essa tríade é um conceito que foi englobado à partir do contato do Budismo com o Xintô.
As Artes Marciais também tem sua preocupação com a iluminação. O Budo, onde Bu significa guerra, e Do significa caminho. Busca trazer a iluminação ao praticante, através do treino de técnicas de combate.
O Budo é uma adaptação do Bujutsu, Jutsu significa arte ou técnica, a única finalidade do Bujutsu é formar soldados aptos ao combate armado e à mãos nuas. Com o final da segunda guerra, tais práticas perdem sua utilidade, e pouco a pouco as escolas marciais vão desaparecendo. Com uma releitura Zen do Bujutsu, o Budo surge, adaptando antigas técnicas de combate ao caminho Zen. Novamente o praticante deve atingir um elevado grau na arte, que é impossível distingui-lo da técnica. Não existe nenhum pensamento, todo o processo acontece de forma natural. Mais uma vez, buscando a iluminação, o praticante deve interpretar a sua naturalidade técnica como uma manifestação da postura que deve ser tomada em relação ao universo.
Existe um crescimento exagerado das artes Zen, onde praticamente tudo pode ser praticado de uma forma a revelar o caminho da iluminação. Também existe grande especulação e inúmeros livros sobre o modo Zen de se executar ações diversas. Hoje podemos encontrar livros que relatam a mente Zen na manutenção de automotores, ou até mesmo na direção automobilística.
9- O Zen e o mundo
O Zen atualmente é praticado em quase todo o mundo, a escola com o maior número de monges fora do Japão é a Soto Zen. Após os anos 80, aumenta o  interesse do mundo na sociedade japonesa, onde muito da sua cultura acaba por se tornar uma moda. O mesmo acontece com o Zen.
Com a popularização das artes marciais, dos samurais, ninjas e gueixas, o Japão se torna uma grande fonte de novidades. Em oposição ao que já existe no ocidente, os costumes japoneses são generalizados como espirituais, pacíficos. Muitas vezes podemos observar uma dicotomia entre ocidente/oriente – bem/mal. Muitas das características adoradas pelo ocidente, se deve a grande influência do Zen na sociedade japonesa.
Glossário
Amidismo – Outro nome dado à escola Jodo Shu, devido à sua devoção ao Amida Buda.
Bhodi – Iluminação.
Buda – O Iluminado, mas comumente o termo é usado pra se referir à Siddartha Gautama.
Bukkyo – Budismo.
Butsudo – Budismo.
Butsu – Buda.
Dai-Kensho – Maior nível que possa ser atingido pela iluminação.O mesmo que Nirvana ou Satori.
Daimoku – Sutra utilizado na escola Nichiren.
Dojo – Local onde se pratica a meditação. Literalmente é o “lugar do caminho”
Kensho – Primeiro estágio da iluminação, termo japonês.
Koan – Frases usadas para forçar a compreensão do Zen..
Kinrin – Meditação andando.
Lamaísmo – Budismo Tibetano praticado pelos Lamas.
Mudra – Símbolos que são realizados com as mãos ao se meditar.
Nirvana – Iluminação. O mesmo que Dai-Kensho ou Satori.
Samu – Um trabalho que é realizado com intuito de meditação.
Sangha – Comunidade monástica.
Sutra – Registros escritos das palavras proferidas por Siddartha Gautama.
Período Asuka – Período da história japonesa que corresponde de 552-710.
Período Heian – Período da história japonesa que corresponde de 794-1185.
Período Kamakura – Período da história japonesa que corresponde de 1185-1333.
Período Tokugawa –  Período da história japonesa que corresponde de 1615-1868
Zazen – Meditação Sentada.
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