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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Diabete/Diabetes




Diabete/Diabetes


Diabete e tratamentos



09/03/2006
Há medidas não medicamentosas e as medicamentosas. O primeiro conjunto é representado por um plano alimentar, um plano de atividade física e um plano de educação com informações sobre saúde e diabetes.Todos devem ser individualizados. Quando após estas medidas, o controle adequado do diabetes não foi obtido, estão indicadas as medidas medicamentosas com os comprimidos orais e a insulina.
Os portadores de diabetes tipo I, já no início, devem usar insulina juntamente com as medidas não medicamentosas, o que envolve o uso de seringa e agulha, caneta de insulina, ou pode ser fornecida por uma bomba de insulina.

Bombas de insulina são usadas junto ao corpo em um cinto ou no bolso. Elas liberam insulina por meio de um tubo que a conecta a uma agulha colocada sob a pele e quantidades extras de insulina necessárias antes das refeições, dependendo do nível de glicose no sangue e da refeição.
A necessidade de insulina é diferente para cada pessoa e deve ser adequada ao estilo de vida e tipo de atividade física.
A terapia deve ser monitorada pelo paciente através de testes de glicemia com aparelhos glicosímetros e com o tratamento intensivo com várias doses de insulina ao dia, seguindo orientação de um médico endocrinologista.
O paciente portador de diabetes tipo II faz o tratamento medicamentoso quando necessário. Esses medicamentos podem agir aumentando a secreção de insulina ou melhorando a ação da insulina e deve ser individualizado.
Usam-se hipoglicemiantes orais e, eventualmente haverá necessidade de introdução de insulina nos casos em que o tratamento não está sendo eficaz em atingir os objetivos de glicemia adequada.

Novas Terapias no Diabetes Tipo 2:

Diferentes estudos têm demonstrado a relação entre a magnitude e tempo de hiperglicemia e o aparecimento de complicações crônicas do diabetes.

Além disso, a manutenção do bom controle glicêmico tem se mostrado efetivo tanto no diabetes tipo I como no tipo II, reduzindo ou retardando o desenvolvimento destas complicações, permitindo assim, uma maior longevidade e qualidade de vida para o pacientes diabéticos.

No tipo II as estratégias terapêuticas diferem do tipo I em função das características fisiopatológicas específicas do tipo II:

1) A deficiência secretória da célula pancreática é usualmente parcial e gradativa, variado com o tempo de doença;

2) Uma menor sensibilidade tecidual hepática e periférica à ação da insulina (resistência à insulina) e

3) um aumento da secreção hepática de glicose. Portanto, no diabetes tipo II diversos agentes farmacológicos orais, além do tratamento substitutivo com a insulina endógena, podem ser utilizados:

Hipoglicemiantes/Antidiabéticos Orais:

Recentemente um grupo de cientistas ingleses encerrou uma das maiores e mais longas pesquisas mundiais sobre o tratamento por via oral do diabetes tipo II. O estudo, que durou mais de 15 anos, acompanhando cerca de 5.200 pacientes, testou todas as opções de hipoglicemiantes e antidiabéticos orais e os resultados no organismo.
Para a tranqüilidade de médicos e pacientes do mundo inteiro, a conclusão foi positiva. Todos os medicamentos existentes no mercado têm efeitos benéficos, reduzindo bastante o número de complicações.
Os tipos mais conhecidos são as sulfoniluréias (que aumentam a secreção de insulina pelo pâncreas), as biguanidas (que aumentam a sensibilidade do organismo à insulina já produzida) e a acarbose (que torna mais lenta a absorção da glicose no intestino, dando tempo ao organismo para manter a glicemia normal).

Além destes três tipos básicos surgiram recentemente, os sensibilizadores de insulina de última geração chamados thiazolidinedionas, cujo representante mais conhecido é o troglitazone (ainda não disponível no mercado brasileiro), que tem um mecanismo de ação diferente.
O tratamento via oral está indicado para o diabético tipo II, porque este paciente ainda produz insulina. No momento não há evidências que justifiquem o uso de antidiabéticos orais no diabético tipo I, cujo organismo não produz nenhuma insulina, embora não se possa descartar a possibilidade de uso no futuro.
A escolha do antidiabético a ser usado ocorre de acordo com as características de cada um. Um paciente obeso, por exemplo, irá se beneficiar mais de um antidiabético do tipo biguanida, porque ela não atua promovendo maior secreção de insulina, ou seja, não contribui para o aumento de peso.

Ao contrário, provoca até uma certa falta de apetite (um dos efeitos colaterais), reduzindo o ganho de peso e facilitando o controle do diabetes.

A acarbose seria reservada para aqueles pacientes que tem uma elevação muito significativa da glicemia, logo após as refeições. Pelo fato da acarbose atuar tornando mais lenta a absorção dos carboidratos, isso faz com que esses níveis aumentem devagar no sangue e, com isso, permite que a insulina atue de maneira progressiva. Os outros pacientes sem estas características iniciariam com as sulfoniluréias.

Todo diabético que começa seu tratamento por via oral pode, ao longo do tempo, evoluir para a necessidade de usar insulina. Neste caso, inicialmente pode ser útil a associação destes dois medicamentos. Alguns grupos médicos acreditam que se deve iniciar com a insulina noturna, para manter a glicemia estável durante a noite.

À medida que vai ocorrendo a chamada falência secundária à droga oral, ou seja, o antidiabético não consegue mais controlar a glicemia, o médico começa a prescrever insulina associada, até que muitos diabéticos do tipo II passam a usar somente insulina, depois de um longo período de diabetes.

Importante ressaltar que, qualquer que seja a opção adotada pelo médico, existe uma redução significativa dos riscos de complicações crônicas desde que a glicemia seja mantida o mais próximo possível dos limites normais. Até recentemente, muitos ainda acreditavam que níveis um pouco elevados de glicose não representavam problema. Atualmente o objetivo do tratamento é manter a glicemia semelhante à de pessoas não diabéticas
.

Tipos de insulina são usados no tratamento do diabetes:

São usadas insulinas de origem animal, como as retiradas dos pâncreas de boi e porco; as insulinas humanas fabricadas através de bactérias previamente preparadas; e as mistas (mistura de insulina bovina e suína).

Quanto ao tempo de ação do efeito redutor do açúcar no sangue (glicemia), as insulinas são separadas em: de ação rápida (insulina Regular com aspecto transparente, semelhante a água potável), de ação intermediária (insulina HPH ou Lenta com aspecto leitoso) e de longa duração (também com aspecto leitoso).

Nos últimos anos, surgiram os análogos da insulina humana, fabricados através da engenharia genética, alguns a com sua função redutora do açúcar muito rápida e outros com esta função mais demorada.

Detecção:

O diabetes pode ser detectado através de testes simples que pesquisam a presença de açúcar na urina ou que avaliam a quantidade de açúcar no sangue. Mas o diagnóstico deve ser comprovado através do exame laboratorial de sangue (glicemia), que pode ser realizado em três condições:
1- Com glicemia pela manhã em jejum de pelo menos 8 horas (uma noite) e o resultado igual ou superior a 126mg/dl é sugestivo de diabetes;
2
- Com glicemia 2 horas após sobrecarga com 75g de glicose (a glicose é ingerida com água, após jejum de uma noite e o sangue é colhido 2 horas após para dosagem da glicose), o resultado igual ou superior a 200mg/dl é sugestivo de diabetes;

3
Com glicemia casual (o sangue deve ser colhido em qualquer horário do dia, sem relação com alimentação) esta glicemia deve ser realizada apenas nas pessoas que estão apresentando quadro clínico sugestivo de diabetes (muita fome, muita sede e muita urina) e o resultado igual ou superior a 200mg/dl é sugestivo de diabetes. Um resultado positivo por qualquer critério acima, deverá ser referendado nos dias subsequentes por uma nova glicemia de jejum ou 2 horas pós-sobrecarga.


Valores referência de glicemia:

O Valor de glicemia normal de 70 a 110 mg/dl em jejum oral de 8 horas. Os Valores intermediários entre 110-126 mg/dl devem ser mais bem investigados com outros testes para afastar o diagnóstico de diabetes. É aceitável a glicemia pós-prandial (após refeição) de 140mg/dl.
Pacientes acima de 45 anos com história de obesidade e alteração de colesterol e parentes com diabetes devem realizar o teste de glicemia de jejum pelo menos entre 1 a 3 anos.

O que é hipoglicemia?

Hipoglicemia ou crise insulínica é a queda rápida do açúcar no sangue. Se prolongada, pode levar o diabético ao coma. Os sintomas da hipoglicemia são sudorese, tremores, dor de cabeça, visão turva, fala arrastada, irritabilidade, nervosismo, confusão mental, convulsões e perda da consciência.

Esta condição aparece quando o teor de insulina é superior as necessidades do momento, como na seguinte situação: aplicou insulina pela manhã e logo em seguida saiu para o trabalho sem ter comido nada. Horas depois no trabalho, passou mal com desmaio.


O que é hiperglicemia?

Hiperglicemia é o aumento do açúcar no sangue. Seus sinais e sintomas são os mesmos descritos no item "quais são os sintomas do diabetes?".

Complicações agudas na hipoglicemia:

Sintomas: suor frio, fraqueza, palidez, dor de cabeça, palpitação, tremores, visão turva, sensação de fome, irritabilidade, mudança de comportamento.

O que fazer?

Beba um copo de refrigerante não dietético, suco ou de água com açúcar. Em caso de perda de consciência: Não ofereça nada via oral nem aplique insulina; Procure o serviço médico mais próximo.

Complicações agudas na hiperglicemia:

Sintomas: aumento da sede e volume urinário, fraqueza e dores generalizadas, perda de apetite, náuseas, vômitos e respiração acelerada.

O que fazer?

Beba líquido sem açúcar. Procure atendimento médico.

Complicações crônicas:

Acometem as pessoas que não controlam bem o diabetes, levando à perda da visão, problemas renais, circulatórios, diminuição e perda da sensibilidade e impotência sexual. Portanto, quando o controle do diabetes não é adequado, a pessoa pode apresentar as complicações conseqüentes do açúcar elevado no sangue.
No diabetes tipo I, a elevação aguda do açúcar pode acarretar transtornos metabólicos como o emagrecimento, a desidratação, que nos casos mais graves, sem tratamento, pode evoluir para o estado de coma, com perda dos sentidos. É o coma diabético. Alguns pacientes com diabetes tipo II, com pouca produção de insulina ou que tenham uma doença grave associada, como uma pneumonia, podem também desenvolver este quadro.
As principais complicações são aquelas que aparecerão no curso dos anos de evolução do diabetes. São as complicações dos vasos sangüíneos como o infarto no coração; o aumento da pressão arterial; o derrame ou a isquemia cerebral; o pé diabético; as lesões dos rins com insuficiência renal; as lesões dos nervos com aparecimento de dor; as paralisias; as lesões dos olhos com a catarata e, principalmente, a retinopatia diabética que pode levar a redução e até a perda da visão.
Estas complicações que surgem em decorrência do não tratamento ou do tratamento irregular do diabetes, são responsáveis por aumento do número de consultas, exames, internações, cirurgias e outros procedimentos médicos.

Elas aumentam a incapacidade laborativa provisória ou permanente da pessoa com diabetes, e são causadoras de um enorme impacto econômico e social em nosso meio. O mais importante é que todas estas complicações podem ser evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado do diabetes.
 



IMPORTANTE

  •  Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. 
  • As informações disponíveis no site da Dra. Shirley de Campos possuem apenas caráter educativo.
Publicado por: Dra. Shirley de Campos






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