Comentada por Paulo Yokota
Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa
Mulheres na Ásia
8 de março de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: Empresas, mulheres na Ásia, papel na sociedade, política | 2 Comentários »Uma das maiores distorções que continuam a existir no Ocidente com relação à Ásia real está na compreensão do papel da mulher, assunto que abordamos hoje, dia em que se presta homenagem a elas universalmente.Um artigo da jornalista Seth Mydans, do The New York Times, publicado no suplemento da Folha de S.Paulo de hoje, por exemplo, é extremamente injusto. Tem o título “Laço familiar conduz lideranças femininas na Ásia”. Ora, isto não acontece também com os homens que assumem a liderança política de um país?Deve-se admitir que elas sofrem discriminações de diversas ordens em todo mundo, ainda que isto esteja se atenuando um pouco recentemente. E exatamente por que precisam superar mais obstáculos, elas se empenham a se destacar desde pequenas. Os desafios têm sido as motivações constantes para os seres humanos, independente de sexo. E isto vem da base de muitas sociedades.Na maioria das comunidades asiáticas, o predomínio masculino é só na aparência. Quem detém o poder efetivo sobre assuntos fundamentais da família, núcleo básico de qualquer sociedade, é a mulher, enquanto os “machistas” ficam somente com as formas superficiais e externas de ostentação.É preciso admitir que a educação, a administração dos recursos de uma família e as decisões sobre os principais investimentos são predominantemente da alçada feminina. Pode-se alegar que estes “abacaxis” são deixados para elas porque os recursos disponíveis costumam ser limitados. Mas são as decisões que vão influenciar sobre os rumos futuros de qualquer coletividade.Muitos líderes políticos homens, mesmo na Ásia, se beneficiaram dos laços familiares. No Japão, por exemplo, grande numero de primeiros-ministros chegaram a estes postos porque seus antepassados, avós e pais, tiveram papel de destaque na política. Até mesmo sogros ou outros parentes. Não é possível diferenciar que isto aconteceu somente com as mulheres, salvo alguns casos. Mas isto aconteceu também no Ocidente.Só posso atribuir este preconceito à ignorância. Ou a vontade de afirmações dentro de movimentos feministas. Mas, agora, acho que são os homens que precisam promover estes movimentos, pois estão sendo esmagados pela competência das mulheres.
20 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: na política, no comando das empresas, papel das mulheres na economiaMuitos continuam pensando que as mulheres desempenham um papel secundário na Ásia, quando já conquistaram posições avançadas tanto na política, economia como nas empresas. Ainda assim, continuam lutando como na recente reunião da APEC – Associação dos Países do Sudeste Asiático – Women Leaders Networking, realizada em Tokyo, como noticiado no Japan Times.Países como a Índia, as Filipinas e a Nova Zelândia tiveram primeiras-ministras, e continuam contando com muitas representantes femininas nos seus legislativos. Ainda assim, acham que continua havendo uma parede para a igualdade com os homens, tanto na política como na economia.A vice-presidente executiva da Shiseido, Kimie Iwata, pronunciou-se a favor de mais mulheres nos altos postos das empresas, pois muitos produtos visam atender a clientela feminina.Hon Parsy Wong, ministra de Negócios das Mulheres da Nova Zelândia citou um estudo com 17.000 empresas, mostrando que no caso de no mínimo uma mulher nos seus altos escalões de comando o número de falência era de 20% menor.Fumiko Hayashi foi a principal executiva de uma companhia de vendas da Nissan, e CEO da Daiei,uma importante cadeia de supermercados, e atualmente é prefeita de Yokohama, cidade que é o principal porto japonês. Ela informou que notou a importância das mulheres que tiveram filhos e continuaram a trabalhar nos seus empregos, e considera que a máxima prioridade de sua Prefeitura é criar condições para cuidar das crianças das mulheres que continuam a trabalhar.Na América do Sul, também, muitas mulheres ocuparam ou ocupam a posição máxima no comando político dos seus países, e estão conquistando galgar nas suas carreiras nas empresas. Ainda assim, precisam continuar a lutar para conseguir igualdade com os homens na sociedade.O número de estudantes universitários do sexo feminino no Brasil quase chega a igualar-se com os do sexo masculino, mas ainda como no Japão poucas são as que ocupam posições de comando. Este quadro tende a evoluir rapidamente, pois como minoritárias lutam bravamente para conquistar os espaços a que têm direito.Um importante líder empresarial japonês expressou que “somente aquelas que sofreram as dores do parto são capazes de adotar medidas drásticas necessárias”, revelando a sua admiração à Margaret Thacher, primeira-ministra do Reino Unido.© 2010 | Paulo Yokota | Colaboração: Kazu Kurita, Naomi Doy, Samuel Kinoshita, Decio Yokotah
8 de março de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: Empresas, mulheres na Ásia, papel na sociedade, política | 2 Comentários »
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: Empresas, mulheres na Ásia, papel na sociedade, política | 2 Comentários »
Uma das maiores distorções que continuam a existir no Ocidente com relação à Ásia real está na compreensão do papel da mulher, assunto que abordamos hoje, dia em que se presta homenagem a elas universalmente.
Um artigo da jornalista Seth Mydans, do The New York Times, publicado no suplemento da Folha de S.Paulo de hoje, por exemplo, é extremamente injusto. Tem o título “Laço familiar conduz lideranças femininas na Ásia”. Ora, isto não acontece também com os homens que assumem a liderança política de um país?
Deve-se admitir que elas sofrem discriminações de diversas ordens em todo mundo, ainda que isto esteja se atenuando um pouco recentemente. E exatamente por que precisam superar mais obstáculos, elas se empenham a se destacar desde pequenas. Os desafios têm sido as motivações constantes para os seres humanos, independente de sexo. E isto vem da base de muitas sociedades.
Na maioria das comunidades asiáticas, o predomínio masculino é só na aparência. Quem detém o poder efetivo sobre assuntos fundamentais da família, núcleo básico de qualquer sociedade, é a mulher, enquanto os “machistas” ficam somente com as formas superficiais e externas de ostentação.
É preciso admitir que a educação, a administração dos recursos de uma família e as decisões sobre os principais investimentos são predominantemente da alçada feminina. Pode-se alegar que estes “abacaxis” são deixados para elas porque os recursos disponíveis costumam ser limitados. Mas são as decisões que vão influenciar sobre os rumos futuros de qualquer coletividade.
Muitos líderes políticos homens, mesmo na Ásia, se beneficiaram dos laços familiares. No Japão, por exemplo, grande numero de primeiros-ministros chegaram a estes postos porque seus antepassados, avós e pais, tiveram papel de destaque na política. Até mesmo sogros ou outros parentes. Não é possível diferenciar que isto aconteceu somente com as mulheres, salvo alguns casos. Mas isto aconteceu também no Ocidente.
Só posso atribuir este preconceito à ignorância. Ou a vontade de afirmações dentro de movimentos feministas. Mas, agora, acho que são os homens que precisam promover estes movimentos, pois estão sendo esmagados pela competência das mulheres.
20 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: na política, no comando das empresas, papel das mulheres na economia
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: na política, no comando das empresas, papel das mulheres na economia
Muitos continuam pensando que as mulheres desempenham um papel secundário na Ásia, quando já conquistaram posições avançadas tanto na política, economia como nas empresas. Ainda assim, continuam lutando como na recente reunião da APEC – Associação dos Países do Sudeste Asiático – Women Leaders Networking, realizada em Tokyo, como noticiado no Japan Times.
Países como a Índia, as Filipinas e a Nova Zelândia tiveram primeiras-ministras, e continuam contando com muitas representantes femininas nos seus legislativos. Ainda assim, acham que continua havendo uma parede para a igualdade com os homens, tanto na política como na economia.
A vice-presidente executiva da Shiseido, Kimie Iwata, pronunciou-se a favor de mais mulheres nos altos postos das empresas, pois muitos produtos visam atender a clientela feminina.
Hon Parsy Wong, ministra de Negócios das Mulheres da Nova Zelândia citou um estudo com 17.000 empresas, mostrando que no caso de no mínimo uma mulher nos seus altos escalões de comando o número de falência era de 20% menor.
Fumiko Hayashi foi a principal executiva de uma companhia de vendas da Nissan, e CEO da Daiei,uma importante cadeia de supermercados, e atualmente é prefeita de Yokohama, cidade que é o principal porto japonês. Ela informou que notou a importância das mulheres que tiveram filhos e continuaram a trabalhar nos seus empregos, e considera que a máxima prioridade de sua Prefeitura é criar condições para cuidar das crianças das mulheres que continuam a trabalhar.
Na América do Sul, também, muitas mulheres ocuparam ou ocupam a posição máxima no comando político dos seus países, e estão conquistando galgar nas suas carreiras nas empresas. Ainda assim, precisam continuar a lutar para conseguir igualdade com os homens na sociedade.
O número de estudantes universitários do sexo feminino no Brasil quase chega a igualar-se com os do sexo masculino, mas ainda como no Japão poucas são as que ocupam posições de comando. Este quadro tende a evoluir rapidamente, pois como minoritárias lutam bravamente para conquistar os espaços a que têm direito.
Um importante líder empresarial japonês expressou que “somente aquelas que sofreram as dores do parto são capazes de adotar medidas drásticas necessárias”, revelando a sua admiração à Margaret Thacher, primeira-ministra do Reino Unido.
© 2010 | Paulo Yokota | Colaboração: Kazu Kurita, Naomi Doy, Samuel Kinoshita, Decio Yokotah
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