Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul sem dúvida é o Estado do Brasil que mais procura manter suas tradições de forma viva e dinâmica. Através do seu passado de luta e do seu constante trabalho visa o bem estar do seu povo. É povo vibrante e destemido, enraizado na sua fé. A religião é a sua terra, é seu chão. Aprendeu a conhecê-lo, a cuidá-lo e a amá-lo como ama seus irmãos das várias pátrias que contribuíram para a sua formação. Gigante na sua cultura, gigante na sua natureza privilegiada, gigante no bom caráter da sua gente. Desenvolvimento, riquezas naturais, simpatia e hospitalidade, excelente gastronomia e patrimônio histórico-cultural que o visitante deve conhecer, desfrutar e deslumbrar-se.
A capital do Estado, Porto Alegre, de aspectos sofisticados e cosmopolitas, de forma harmoniosa convive com a tradição e legado cultural trazido pelos imigrantes europeus. Rede hoteleira variada e extensa, vida noturna agitada, facilidades do grande centro urbano, integra juntamente com a sua região metropolitana oportunidades de práticas de turismo histórico, ecológico, rural e de aventura. Banhada por muitas águas e cercada por muito verde tornam o local agradável e inesquecível.
Os 32 balneários que compõem o Litoral Norte tem vida noturna intensa para o lazer e entretenimento dos visitantes. Nos seus poucos quilômetros de distância, numa temperatura média de verão de 30ºC, a região litorânea é singular pela sua combinação de paisagens. Rios, praias de água doce e de mar aberto, dunas, lagoas e serras, são cenários ideais para passeios e caminhadas em trilhas ecológicas e esportes náuticos nas quatro estações do ano.
O local mais europeu do Brasil, a Serra Gaúcha, é roteiro obrigatório para quem visita o Estado. Emoldurada por vales, matas nativas, montanhas e cachoeiras, premiada com o frio intenso no inverno e possibilidade de neve, conduz o turista a se fartar em sua culinária sofisticada. Ambiente de puro romantismo, pois em seus domínios inclui-se a Rota Romântica e a Rota dos Vinhos, local onde é produzido o melhor vinho do Brasil. Região com rede hoteleira equipada, lembra através do seu estilo arquitetônico cidades de interior da Itália e da Alemanha. Boa comida, bons vinhos, hospitalidade e belezas naturais são a prata da casa da Serra Gaúcha.
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A rica Região Hidromineral do Estado, já que é o local de produção de pedras semi-preciosas, banhada pelo majestoso Rio Uruguai, tem na qualidade das suas águas termais seus principais atrativos para quem busca tranqüilidade. Cidades crescentes, campos, serras e balneários oferecem possibilidades de passeios por uma das mais belas e variadas paisagens do Rio Grande do Sul. A herança indígena apresenta possibilidade do contato com o artesanato típico em cipó, vime e madeira. O encantador e deslumbrante passeio de barco é imperdível nesse roteiro.
As reduções jesuíticas das Missões, tombado como Patrimônio Histórico da Humanidade, são o testemunho de uma experiência religiosa e social, cuja parte mais significativa localiza-se em terras brasileiras, argentinas e uruguaias no chamado Circuito Internacional das Missões Jesuíticas, com sítios arqueológicos, museus, monumentos e locais históricos. A Região Turística das Missões subdivide-se em 3 partes: a do Berço Nacional da Soja de Colheitadeiras Automotrizes; a do Noroeste Colonial pela diversidade de etnias e pelo Salto Yucumã, maior salto longitudinal do mundo, 1800 metros; e a região das Missões, abrigando a principal redução jesuítica dos Sete Povos. Pode-se adquirir artesanato indígena dos remanescentes das tribos que lá habitam.
Extensos campos verdes, pradarias e coxilhas formam o cenário conhecido como Pampa. É nesse território e espaço físico que habita o gaúcho. Açudes, pássaros e mata nativa constituem a paisagem sóbria, bela e nostálgica, berço de movimentos armados, a Revolução Farroupilha. A hospitalidade do gaúcho praticada em sua rusticidade, o hábito do chimarrão e do churrasco feito em fogo de chão, a paixão por cavalos e as danças folclóricas são marcas de uma cultura identificada com os valores do campo. A proximidade territorial com os países platinos, Argentina e Uruguai, torna-se um atrativo a mais para quem visita essa região.
A Região Central composta pela Serra Geral guarda o passado e a história da humanidade, sendo considerada como um dos maiores sítios paleontológicos do mundo, rica em fósseis do Período Triássico. Nos muitos museus das cidades que integram essa região, pode o visitante ter contato com vestígios de animais pré-históricos, como os dinossauros. Árvores petrificadas são outros atrativos num percurso cultural e científico. Na Rota das Terras, com população formada por descendentes de alemães, italianos e portugueses pode-se conferir variados sabores no seu roteiro gastronômico.
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De natureza generosa, a Região dos Vales Gaúchos é composta de muitos rios, dentre os quais o navegável Rio Taquari que disponibiliza em suas águas um ótimo passeio de barco. Completando essa riqueza natural se encontra cachoeiras ideais para a prática do turismo ecológico e de aventura. Em torno dos rios, comunidades de etnias alemãs, italianas e açorianas apresentam produtos e diversidades culturais em tradicionais festas locais.
Formado por colonizadores açorianos, conforme pode ser observado na arquitetura dos casarios e nos hábitos culturais e gastronômicos de sua população, a Costa Doce, compreendida pelo Litoral Sul, é bastante significativa para prática de turismo ambiental, pois é nessa área que se encontra uma Estação Ecológica, um Parque Nacional e a maior laguna do mundo. Tem em seu território o extremo mais meridional do país e a maior praia do mundo em extensão, mesclando faixa litorânea e áreas rurais e atividade de pecuária. A Costa Doce proporciona opções para quem procura cultura, história e aventura.
Terra de gentes, cores e sabores. Terra de encantos mil de natureza abençoada que faz com que o visitante se sinta em casa e privilegiado por conhecer tão belo cenário, se integrar com culturas diferentes e enriquecer sua vida de pura harmonia, pois o Rio Grande do Sul é um verdadeiro espetáculo.
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GRAMADO - PONTO TURÍSTICO
Lago Negro:
Endereço: Rua A. J. Renner
CANELA - RS
PONTO TURÍSTICO
espacoturismo.com
viajandoobrasil.com.br
Canela – RS
O primeiro morador do território foi Joaquim da Silva Esteves, o qual obteve em 1821 da Coroa o título de “Senhor do Campestre do Canella”.
O nome da cidade provém de uma árvore, chamada de Canela, então localizada não longe do local onde está atualmente a praça central da cidade, a Praça João Corrêa, esta caneleira servia de ponto de encontro e pousada de tropeiros.
O Coronel João Corrêa Ferreira da Silva foi o desbravador do povoado, construiu uma estrada de ferro, iniciando a obra por volta de 1913 sendo esta concluída em 1925, ligando Canela a Taquara. Em 1913, foi criada a “Companhia Florestal Riograndense”, esta Companhia comprava pinheiros e terras nas redondezas do Caracol. Para exploração desses pinheiros foram instaladas cinco serrarias. Foi contratado por esta Companhia o Sr. Helmut Schmitt, prático em locação de estradas e instalações de serrarias, e por conta da Companhia Florestal, este mandou construir diversas estradas, desde a localidade do Caracol até o Banhado Grande, Esteinho, Ferradura, Tubiana, etc.
Em 02 de março de 1926, Canela foi catalogada pelo Ato nº 309 como 6º Distrito de Taquara, tendo por sede Canela. O movimento emancipacionista tomou maior vulto a partir de 1942. Em 28 de dezembro de 1944, pela Lei Estadual nº 717, foi criado o município de Canela. O primeiro prefeito, Sr. Nelson Schneider, instalou-se a 01 de janeiro de 1945.
O TURISMO EM CANELA
Canela era um pequeno povoado, congregando famílias de fazendeiros de Cima da Serra, imigrantes alemães e italianos e seus descendentes. Havia um início de atividades na Indústria, com a implantação de serrarias. Canela era passagem obrigatória para as cidades de Cima da Serra com a capital do Estado. Passavam por Canela, tropeiros levando gado, queijo e couro com destino a Parobé, Taquara, São Leopoldo e Porto Alegre. Subiam a Serra, os mascates para colocarem seus produtos nas fazendas de Cima da Serra. Era o início do movimento turístico em Canela.
Com a industrialização da madeira, surgem os primeiros hotéis na localidade de Caracol, que atraem clientela da Capital do Estado. Com o crescimento industrial floresce o comércio, e como conseqüência o movimento de pessoas. Houve necessidade de criação de pensões e hotéis (denominados naquele tempo de “Casas de Pasto”) para atender a demanda. A construção da Linha Férrea que ligava Canela a Porto Alegre foi o fator determinante para que Canela se constituísse na época no maior centro de turismo do Estado. Naquele tempo, o movimento turístico era denominado “veraneio”. As famílias vinham principalmente de Porto Alegre e permaneciam num determinado hotel por períodos de um a três meses. Para atender essa demanda, surgiram o Grande Hotel, Hotel Bela Vista, Hotel Central e Palace Hotel. Em 1944, funciona um Cassino em Canela, em prédio provisório. Com o funcionamento do jogo são atraídos para Canela turistas de grandes centros do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, e do exterior, Uruguai e Argentina. Os hotéis mantêm lotação permanente. Há fortalecimento do comércio.
Emancipa-se o município, e os dirigentes municipais voltam as suas preocupações para equipar o município com uma estrutura turística para receber os visitantes. Surgem os eventos e festividades para dar ao turista maior opção e lazer durante o seu “veraneio”.
No decorrer de 1945, o Governo Federal proíbe o jogo no Brasil, o que significou um golpe fatal para o município de Canela, que tinha a sua estrutura turística em função do jogo.
O fato da cidade estar localizada em uma área de serra lindíssima, rodeada de pinheiros, matas e parques, que sobreviveram ao desmatamento, tornou o turismo a tendência natural de Canela. Somava-se, ainda, a esse cenário o espetáculo da neve, que atraia pessoas dos mais diversos lugares desse Brasil tropical.
As baixas temperaturas estimulavam que as lareiras e fogões a lenha das casas permanecessem acesos, impregnando o ar com aromas diversos de madeira, lenhas de pinho, eucalipto, e a própria Canela… Mas não eram somente as belezas naturais e o clima os fatores de sedução para as pessoas.
A cidade oferecia e ainda oferece aos turistas bons hotéis, restaurantes, churrascarias e os famosos cafés coloniais, com biscoitos waffles, schmiers, apfelstrudell e no inverno… tempo para o delicioso chocolate quente e licores caseiros. A população de Canela sempre teve uma preocupação no seu desenvolvimento cultural. A música, a gastronomia, o teatro foram capacitações desenvolvidas em várias gerações de imigrantes, que vivenciavam suas tradições em diferentes formas de comunicação. Estas eram as heranças europeias da Cidade, o seu diferencial no cenário do Brasil.
E assim, Canela veio exercendo grande fascínio sobre seus visitantes,tornando-se um dos mais importantes municípios no contexto turístico e cultural da Região das Hortênsias. A indústria do Turismo é fascinante, mas, também, bastante competitiva. Canela trilhou um longo caminho para chegar até aqui. E já tem uma história vitoriosa em seu meio século de vida.
Só no ano de 1999,o turismo na região cresceu 60% , enquanto que no Brasil como um todo, o incremento foi de apenas 10%.
A cidade conseguiu desconcentrar o fluxo – anteriormente centrado no inverno e hoje já tem um grande percentual de visitantes durante o mês de dezembro, em função do evento Sonho de Natal e da Temporada de Verão.
Uma cidade que redescobriu seu rumo. Uma comunidade onde os cidadãos usaram o seu talento e espírito de união para crescer e juntos criarem uma qualidade de vida ímpar em nosso país.
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