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Resiliência reduz riscos de doenças e melhora a qualidade de vida
O estresse é uma realidade observada hoje nas mais diferentes áreas e setores.
Como manter a qualidade de vida e o equilíbrio emocional?
A resposta é simples:
treinando a capacidade de cada indivíduo de desenvolver a resiliência.
O termo vem da física e significa a capacidade humana de superar tudo, tirando proveito dos sofrimentos, inerentes às dificuldades.
O resiliente é aquele que recupera-se e molda-se a cada "deformação"
(obstáculo) situacional.
O equilíbrio humano é semelhante à estrutura de um prédio, se a pressão for superior à resistência, aparecerão rachaduras (doenças e lesões, por exemplo).
Dentre as mais diferentes doenças psicossomáticas que se manifestam no indivíduo que não possui resiliência, estão não apenas o estresse, mas doenças graves como a gastrite até a síndrome do pânico, incluindo ainda problemas como vaginites, doenças intestinais, hipertensão arterial, entre outros males.
Durante o ciclo de vida normal, é necessário ao indivíduo desenvolver a resiliência para conseguir ultrapassar as passagens com "ganhos", nas diferentes fases: infância, adolescência, juventude, fase adulta e velhice, incluindo mudanças como de solteiro para casado.
O indivíduo que possui resiliência desenvolve a capacidade de recuperar-se e moldar-se novamente a cada obstáculo, a cada desafio.
Se transportarmos o raciocínio para o dia-a-dia, poderemos observar que, quanto mais resiliente for o indivíduo, haverá menos doenças e perdas e mais desenvolvimento pessoal será alcançado.
Um indivíduo submetido a situações de estresse e que sabe vencer sem lesões severas (rachaduras) é um resiliente.
Já quem não possui resiliência é o chamado "homem de vidro", que se "quebra" ao ser submetido às pressões e situações estressantes.
A ideia de resiliência pode ser comparada às modificações da forma de uma bexiga parcialmente inflada, se comprimida, adquirindo as formas mais diversas e retornando ao estado inicial, após pressões exercidas sobre a mesma.
A resiliência consiste em equilíbrio entre a tensão e a habilidade de lutar, além do aprendizado obtido com obstáculos (sofrimentos).
Traduzindo em outras palavras, é atingir outro nível de consciência.
O indivíduo que não possui ou não desenvolve a resiliência, pode sofrer severas conseqüências, que vão da queda de produtividade ao desenvolvimento das mais diferentes doenças psicossomáticas.
Dicas para aumentar a capacidade de resiliência:
* Mentalizar seu projeto de vida, mesmo que não possa ser colocado em prática imediatamente. Sonhar com seu projeto é confortante e reduz a ansiedade.
* Aprender e adotar métodos práticos de relaxamento e meditação.
* Praticar esporte para aumentar o ânimo e a disposição.
Os exercícios aumentam endorfinas e testosterona que, conseqüentemente, proporcionam sensação de bem-estar.
Os exercícios aumentam endorfinas e testosterona que, conseqüentemente, proporcionam sensação de bem-estar.
* Procurar manter o lar em harmonia, pois este é o "ponto de apoio para recuperar-se".
* Aproveitar parte do tempo para ampliar os conhecimentos, pois isso aumenta a autoconfiança.
* Transformar-se em um otimista incurável, visualizando sempre um futuro bom.
* Assumir riscos (ter coragem).
* Tornar-se um "sobrevivente" repleto de recursos.
* Apurar o senso de humor (desarmar os pessimistas).
* Separar bem quem você é e o que faz.
* Usar a criatividade para quebrar a rotina.
* Examinar e refletir sobre a sua relação com o dinheiro.
* Permitir-se sentir dor, recuar e, às vezes, enfraquecer, para em seguida retornar ao estado original.
Dr. Alberto D'Auria é ginecologista e superintendente de Saúde Ocupacional do Hospital e Maternidade São Luiz
Fonte : Texto retirado, com adaptações, de Leila Navarro
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