Diamantina - um museu a céu aberto
Ao se deparar com o centro histórico, com suas belíssimas igrejas barrocas e os misteriosos casarões, a sensação é de que aqui o tempo não passou. Sugiro fechar os olhos e deixar a fantasia conduzir... Por um segundo, você vai escutar alguém chamando por Xica da Silva, logo após, vai escutar os aplausos que Juscelino Kubitschek recebe durante seu discurso ali na praça ao lado e ainda, vai escutar o tilintar das correntes dos escravos, que carregam as liteiras de seus senhores pelas ladeiras históricas. Abriu os olhos? Então comece a percorrer esta bela cidade, onde o passado e o presente não se distanciam nunca!
Diamantina é simplesmente linda!
Tal qual Ouro Preto, se desenvolveu no período da corrida do ouro e foi uma das mais prósperas cidades mineiras. Por aqui passaram pessoas ilustres, como as ditas acima, imperadores e tantas outras de posses que acabaram por tornar a cidade um verdadeiro museu de grandes casarios e belos monumentos. Verdadeiras mansões para a época, com estilo barroco próprio, inspirado nos casarios portugueses. Além dos telhados com eiras e beiras, as casas possuíam grandes varandas e janelas com uma espécie de cortiça, onde era possível observar a rua sem que fosse visto. Artefato típico de Minas, famosa por sediar as pessoas mais “cabreiras” de todo o país!
Eleita Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco é conhecida como terra do diamantes, do ouro e dos cristais, mas também possui uma parte ecológica bastante interessante, como a Gruta do Salitre, o Caminho dos Escravos e diversas cachoeiras. O céu é de um azul intenso o ano inteiro, propício para fazer este tipo de atividade.
A cidade também é bastante animada e é berço das serestas. Aliás, estas têm papel fundamental na história da cidade e influenciaram até o ex-presidente JK, boêmio confesso das rodas de Diamantina. Os eventos que a movimentam durante todo o ano, sendo os principais:
Carnaval: Festa popular com desfiles de blocos caricatos. Desfile do Bloco carnavalesco "Vai Quem Quer" e bonecos gigantes.
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Semana Santa: Festa religiosa com encenações ao vivo da paixão e morte de Cristo. No sábado de Aleluia acontece a tradicional queima do Judas.
Semana Santa: Festa religiosa com encenações ao vivo da paixão e morte de Cristo. No sábado de Aleluia acontece a tradicional queima do Judas.
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Vesperata: Reunião de duas fanfarras nas sacadas dos casarões centenários do centro histórico, regidas por um maestro no chão. O público, sentado em mesas no meio da rua de pedra, acompanha o show com petiscos e bebidas. Acontece na rua da Quitanda nos dias 20 de julho; 17 de agosto; 21 de setembro e 19 de outubro. É gratuito.
Festival de Inverno da UFMG: (Universidade Federal de Minas Gerais) Cursos, oficinas, simpósios e ciclos de palestras sobre artes cênicas, pintura, escultura, desenho, literatura, música e cinema. Shows de música e apresentações de teatro. Acontece em vários pontos da cidade durante o mês de julho.
Circuito de Corais: Encontro de corais da cidade aberto à participação de grupos de diferentes regiões do Estado, do País e até mesmo do exterior. Acontece nas ruas da cidade na primeira semana de setembro.
Na gastronomia, figuram os tradicionais pratos mineiros, dentre eles, o frango com quiabo, o angu, o arroz, a couve mineira, e o feijão tropeiro. Nas noites frias de inverno, a sugestão é para os caldos, todos bastante substanciosos e com ervas da região, como o orapronobis.
http://www.viaggio-mondo.com/2008/06/diamantina-um-museu-cu-aberto.html
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